segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

456 anos de São Paulo de Piratininga

"Não sou conduzido, conduzo". Frase gravada no brasão da cidade de São Paulo.


Fundada há 456 anos, a cidade de São Paulo de Piratininga surgiu com a construção de um colégio jesuíta por 12 padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. A fundação ocorreu em 1554, no dia 25 de janeiro, primeiro centenário da colonização brasileira por Portugal.

A ironia hoje, nesta data de aniversário, é como uma vila religiosa evoluiu para uma cidade moderna que, apesar de seus avanços, enfrenta problemas de alagamento descomunais, além da miséria e das disparidades sociais. Talvez seja a sina da cidade de São Paulo ser tão diversa e antagônica.


Imagem da enchente em São Paulo, em janeiro, da Agência Estado.

Macintosh com 26 anos: Sucesso da Apple

Configuração: processador Motorola 68000 de 8MHz, 128KB de memória RAM, monitor de 9 polegadas com resolução de 512×342 pixels e com o sistema operacional System 1. Esse foi a configuração do primeiro Macintosh, lançado no dia 24 de janeiro de 1984. Steve Jobs apresentou e propagandeou esse computador que acabou com outros modelos dentro da Apple e se tornou uma das maiores marcas da empresa, hoje representada pelo modelo iMac.


Para comemorar esses 26 anos da primeira grande máquina de Jobs, segue abaixo um comercial da época, com um forte apelo à literatura de George Orwell, um espírito tecnológico revolucionário. Vale a olhada:



Vi no Ponto Mac.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sobre janeiro, desastres e dias parecidos

Desde a virada do ano, aconteceram enchentes desastrosas, dentro e fora de São Paulo, dentro e fora do Brasil. Desde o último dia 12, desastre no Haiti é amplamente explorado, amplamente exposto, minimamente humano. Desde o começo de 2010, meus dias estão praticamente iguais, não interessando quando estão bons e ruins.

No jornalismo, temos impressão de muitos dias assim. Perdemos a vontade de escrever em uma avalanche de acontecimentos. Para não cair na fofoca e no senso comum, nos calamos. Mas precisamos buscar um incentivo para escrever e nos expressar. Precisamos de um pontapé inicial em todo o começo de ano.

Inspirações aparecem e somem. O esforço é o que fica registrado, tanto nos melhores quanto nos piores textos. O objetivo, sempre, é sair alguma coisa, nem que seja apenas uma crônica frustrada sobre dias parecidos, mas não idênticos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O primeiro homem é orfão

Manuscritos foram encontrados em janeiro de 1960, junto com o corpo de seu autor. Nas anotações, um livro conciso é desvendado nas primeiras páginas. Mas, com o aumento das rasuras e das várias versões de um mesmo parágrafo, a narrativa vai se perdendo a medida que chega em seu final. Nem mesmo com esses pormenores O Primeiro Homem, escrito pelo intelectual e jornalista Albert Camus até o dia de sua morte, perde seu valor. Aliás, o fato de ser um livro incompleto o torna ainda mais compatível com seu tema e seu propósito como romance.

Camus nunca escreveu ficção baseada inteiramente em sua vida pessoal. Mersault em O Estrangeiro não reflete sua personalidade, mas um conceito de absurdo em forma desumana, apesar de ser um personagem. O heroísmo do doutor Rieux em A Peste era contra uma forma generalizada do absurdo. O Mito de Sísifo e O Homem Revoltado foram ensaios conceituais sobre absurdismo e revolta. Por fim, somente com a história de Jacques Cormely, filho de franceses na Argélia, que Albert Camus decidiu espelhar sua própria experiência como estudante, escritor e estrangeiro em sua própria casa. Nesse contexto existiu o maior absurdo que ele enfrentou em vida: nascer e viver em uma terra miserável tendo a riqueza interior de sempre querer saber mais e ter uma história. O desejo de um marco temporal de Cormely/Camus contrasta com a ausência de um sentido racional da pobreza, com a inexistência do pai, morto pela Primeira Guerra Mundial, além do vazio do calor solar. Todos os simbolos camuseanos de outras obras estão presentes nessa.

E o romance se desenrola em cenas desencontradas no tempo. Em certos capítulos, Cormely aparece crescido e prospero como intelectual. Outros retratam sua infância dificil, dividido entre a vida pobre doméstica e o incentivo de professores na escola, que assumem o papel de seu pai.apagado por uma morte traumática. Camus faz diversas metáforas sobre a capacidade de viagem de seu protagonista principal, alegando que os livros eram sua saída do mundo quente e subdesenvolvido em que ele se encontrava para outros lugares estranhos, mas familiares em seu íntimo.

O primeiro homem de Albert Camus é um órfão. Sua história pessoal, de abandono e busca de alguma memória, é o que o escritor franco-argelino concebe como a primeira busca humana. Se Adão e Eva existissem num universo camuseano, sua origem não seria tão judaico-cristã, mas abandonada, vazia e estranhamente repleta de símbolos que se perpetuariam em seus filhos. Nas palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que redigiu o prefácio dessa obra na tradução brasileira, Camus faz uma busca ao próprio pai, que também é uma descoberta de si mesmo. Nada mais adequado do que essa revelação estar incompleta, dando muitas opções interpretativas ao leitor, tanto aquele que conhece Albert Camus quanto os que não o conhecem como literato.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bola entre os podcasts brasileiros

Clique na imagem acima para saber mais.

Projeto feito pelo pessoal do Metacast para a Campus Party, entre os dias 25 e 31 de janeiro, pessoal vai gravar podcasts em um grande evento da internet. O Bola da Foca entrou nessa, por isso vamos tentar uma produção ao vivo no local ou pela rede.

Este blog apóia iniciativas como essa, que reunem blogueiros e produtores de conteúdo sem distinção, abrindo novas oportunidades para todos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Alô, alô, Paloma!

Às vésperas de completar 28 anos, Paloma Piragibe já coleciona êxitos em sua carreira profissional. Formada em jornalismo pela PUC, a carioca encontrou seu auge trabalhando como produtora do filme Alô, Alô, Terezinha (ao lado, Paloma e Roberto Carlos no intervalo das gravações). Esse documentário dirigido por Nelson Hoineff, exibido recentemente nos cinemas e que será lançado em DVD em março, é sobre a trajetória do ícone da TV, entre os anos 60 e 80, Abelardo Barbosa (1917-1988), o Chacrinha. Atualmente redatora do programa Show do Tom, da Record, Paloma revela, em entrevista exclusiva, que seu começo na área não foi fácil – chegou ,inclusive, a trabalhar de graça – e confessa sua paixão por personagens da vida real. Confira:

Paulo Pacheco - Como foi o início de sua carreira?

Paloma Piragibe - Fiz cinco anos de Jornalismo na PUC-Rio. O normal são quatro, mas trabalhei do segundo para o terceiro período. Só estou onde estou porque pude “investir” muitas vezes em estágios quase de graça. Mas nada é de graça. Na verdade, sempre vi o trabalho como algo importante demais. Aos 20 anos, lutei para estar em uma redação de jornal (qualquer uma), e a batalha e a sorte me ofereceram o Jornal dos Sports: esporte amador, educação, saúde e especiais de futebol... Descobri minha paixão por personagens, histórias boas pra contar, minha escola. [Fiquei no jornal] Um ano e dez meses, os quatro primeiros sem ganhar nada, dando plantões como todo mundo, mas era minha feliz opção. Eu queria assim. Não me arrependo e faria tudo de novo. Fui chamada para uma entrevista com a ex-técnica de ginástica olímpica e ex-deputada estadual no Rio, Georgette Vidor (foto abaixo), para sua assessoria de imprensa. Entrei no mundo das pessoas com deficiência e essa foi uma das grandes recompensas. Foi aí que descobri a imagem e o som. Produzi um programa na televisão pública para Georgette, PPD em Debate (“Pessoa Portadora de Deficiência em Debate”).

Paulo - Desde quando surgiu o interesse por televisão? Quando foi que você decidiu que queria seguir a carreira audiovisual?

Paloma - Acredito que foi quando entrei no programa estagiar da TV Globo. Em outubro de 2004, uma professora de telejornalismo da PUC-Rio disse para não deixar de fazer a prova do Programa Estagiar da Rede Globo de Televisão. Eram oito ou nove etapas, fui passando e fiquei um ano na Editoria Rio da TV Globo. Quando meu estágio acabou, não me contrataram, mas a galera do Fantástico conhecia meu trabalho pelos corredores, por achar ótimos personagens. Fiquei um ano colaborando nas reportagens, toda terça-feira estava na reunião de pauta do programa. Depois me deram um contrato de quatro meses (eu já estava formada). Ser produtor de reportagem é gostoso demais. É mais ou menos como ser produtor de documentário, só que com a diferença que tem que ser no “time” da TV, ou seja, absolutamente rápido. TV é apaixonante. A responsabilidade é enorme e acho que fazer TV é gostoso por isso: desafio de um bom conteúdo junto com tempo.

Paulo - Como conheceu Nelson Hoineff?

Paloma - Quando o contrato acabou, o produtor Eduardo Faustini me indicou para Nelson Hoineff para fazer o filme Alô, Alô, Terezinha. Só falei ao Nelson assim: “Amo personagens reais.” E ele: “É isso. O filme do Chacrinha será tudo que o cerca, personagens reais. Você pode começar amanhã?” E fiquei dois anos na produtora audiovisual do Nelson – Comunicação Alternativa (COMALT). Alô, Alô, Terezinha foi o filho. Mas pude fazer outros projetos, aprendi formular outras ideias, e não tenho dúvidas de que passei a ver televisão de outra forma. Aprendi muito, mas muito com Nelson.

Paulo - Como conheceu Abelardo Barbosa, sendo tão pequena na época da morte dele?

Paloma - Lembrava do Chacrinha sábado à tarde em casa com os primos, mas nada profundo. Sabia que era um apresentador. Já era louca por TV, mas não imaginava trabalhar nela. Lembro demais da cobertura do seu enterro. Já na faculdade de comunicação ele era um mito. Chacrinha foi um presente e vai ficar na minha vida profissional e pessoal para sempre. Digo isso porque não vejo TV da mesma forma. Identifiquei-me demais com Chacrinha. Gênio, com uma sabedoria audiovisual, digamos. Como produtora, ao lado do Daniel Maia, e pesquisadora, obviamente descobri e conheci Chacrinha por centenas de programas, estudando uma gargalhada dele, por exemplo, um bordão, livros, o comportamento dele no palco e como ele queria os programas de sucesso que realizou. Chacrinha é único. Digo a todos que estudam comunicação: conheçam um pouco do Chacrinha. Como vale a pena para quando atuarem no vasto mercado audiovisual, seja TV, cinema, celular ou internet, tenha um pouco do Chacrinha, dependendo do conteúdo a ser produzido.

Paulo - Alô, Alô, Terezinha foi sua primeira experiência com documentários?

Paloma - De um longa sim. Mas, quando trabalhei com Georgette, já tinha decidido que meu TCC seria um documentário e com quatro personagens com deficiências diferentes. Tive a coordenação do grande cineasta e professor Silvio Tendler, que apoiou a ideia.

Paulo - A produção teve o cuidado de transformar o documentário em um registro histórico, muito mais do que um simples momento nostálgico?

Paloma - Desde o início, Nelson não queria algo biográfico. Nada de “papai, mamãe e titia”, entende? Nelson desejou um Cassino do Chacrinha (último programa do Chacrinha) dentro da tela grande. E foi isso que fizemos. Alô, Alô, Terezinha tenta mostrar ao máximo o comunicador Chacrinha através dos calouros, os artistas, as chacretes, ou seja, exatamente tudo que o cercava. Esta foi sempre a ideia do diretor e um bom produtor realiza os sonhos do cara que manda. Foi uma experiência linda, e como toda boa experiência, muita luta, mas muita luta mesmo.



Paulo -
Foi difícil encontrar os ex-calouros e as ex-chacretes que aparecem no documentário?

Paloma - Não foi fácil, mas foi prazeroso. Ligava para associações de moradores. Mas até que um dia, durante a dificuldade, pensei: “Rádio é um grande meio de comunicação, calouros em grande parte eram de baixa renda, certamente não estão na internet, mas continuam escutando rádios populares”. Foi aí que comecei a mandar notas para todas as rádios comunitárias. Claro, recebemos trote de pessoas querendo cinco minutos de fama. Aí o jornalismo atuou muito. Selecionamos várias histórias, procurei imagens... Juntei boas histórias com imagens, como foi o caso do Manoel de Jesus (personagem do filme). Achamos grande parte das ex-chacretes através de Nanato e Leleco Barbosa (filhos do Chacrinha). Mas [para encontrar] a Fátima Boa-Viagem, por exemplo, Nelson sempre visitou a cidade Lumiar (região serrana do Rio), e alguém comentou com ele que ela trabalhava lá. Eles se encontraram, e produzimos. Muitas chacretes maravilhosas não entraram apenas pelo tempo. Caso contrário, teríamos umas dez, vinte horas de filme.

Paulo - Os ex-calouros do Chacrinha ficaram surpresos por terem sido requisitados após tanto tempo em que apareceram na TV?

Paloma - Nossa! Eles, as ex-chacretes e de repente até artistas como Biafra, não é? Aquele momento de achá-los e marcar uma entrevista uma glória para eles. Todos ligavam toda semana para saber quando o filme seria lançado, choraram no lançamento. Ligam para mim até hoje! Ficaram eternos na telona, é assim que acham.

Paulo - A última cena de Alô, Alô, Terezinha traz o assistente de palco Russo caminhando ao som da canção de abertura do Cassino do Chacrinha no piano. Esse fim melancólico foi proposital, como se representasse a TV pós-Chacrinha (apática, sem alegria)?

Paloma - Isso foi uma leitura sua. Bela leitura, aliás. Mas não tem como falar do Chacrinha para as pessoas que lhe assistiam sem a palavra “saudade” estar presente. Os momentos eram realmente para serem no estilo dos programas dele, esse foi o objetivo do Nelson. Buscamos o real. Deixamos as chacretes falarem. Um bom jornalista sabe escutar, somos mais que psicólogos, e deixamos todos à vontade. Todos que viveram momentos de glamour e foram esquecidos... Com Alô, Alô, Terezinha, acredito que muitas se sentiram como uma etapa cumprida.

Paulo - Você agora integra a produção (foto abaixo) do Show do Tom, da Record, em que são feitas paródias, como a do filme Tropa de Elite ("Bofe de Elite") e do reality show A Fazenda ("O Curral"). Acredita que, com isso, leva adiante o ensinamento de Chacrinha, que disse que "na TV, nada se cria, tudo se copia"?

Paloma - Para mim, Tom Cavalcante é um artista completo. Além de humorista, se ele quisesse atuar em um musical sairia bem demais, não duvido. Como Chacrinha, Tom faz a diferença na televisão. Não apenas pela elevada audiência que tem, mas pelo trabalho. Ele pensa 24 horas em televisão, como Chacrinha, e tenta “pescar” tudo para usar em algum momento no futuro. Observa, escuta... Tom é gênio, e fazer parte de sua equipe e ter feito [o documentário sobre] Chacrinha, acho que são presentes divinos e coloridos, como a televisão. Uma paixão!

Paulo - Depois de Alô, Alô, Terezinha, pensa na próxima produção? Sonha em ser diretora?

Paloma - Sim. Já tenho projetos em mente e aqueles outros que sonhamos, não é? Um deles é para 2011 e, coincidência ou não, só posso dizer que é outro personagem que mudou a televisão. E o que é sonho ainda é um documentário sobre o Tom. A história e tudo que o cerca é grande demais. E o melhor: ele continua fazendo história, está vivo para poder assistir a seu documentário, diferentemente do Chacrinha. É um sonho.

Retirado do blog http://letrasescapadas.blogspot.com

domingo, 17 de janeiro de 2010

Nota sobre o terremoto no Haiti

Tragédia ocorrida no dia 12 de janeiro, às 19h50, próximo a capital haitiana Porto Príncipe, matou cerca de 70 mil de pessoas, que tiveram seus corpos empilhados por toda a cidade. Ajuda vinda dos EUA e de diversos países ao redor do globo tentou, ao longo da semana, diminuir os prejuízos do país com vítimas do terremoto. Abaixo você confere um infográfico com mais detalhes desse acontecimento.


Dados do Último Segundo e do New York Times, pelo site do IG.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A importância da entrevista na internet


Passei esses três últimos anos de jornalismo ouvindo o seguinte comentário: entrevistar pela internet é menosprezar o contato no olho, a chance de falar fisicamente com a fonte e relatar detalhes que transcendem sua declaração, como a forma de proferir as resposta, entre outros. Muitas dessas pessoas consideram que o texto escrito, ou digitado no caso, não corresponde ao que a pessoa falaria na vida real.

Que motivos não fariam alguém mentir na internet? Vamos enumerar alguns:

- Uma entrevista pela internet, especialmente publicada num site de repercussão, é um chance da pessoa se expôr e obter algo disso, mesmo quando não há interesse jornalístico.

- Uma entrevista pela internet irá se integrar com a notoriedade do entrevistado. Se o entrevistado der dados mentirosos ou informações falsas, mesmo que sejam opiniões, o prejuízo é tanto do jornalista quanto da fonte. Em tempos de indexação Google Search, isso fica nítido.

- Uma entrevista superficial ou com respostas monótonas tem a chance de ser cortada ou, se não for cortada, será mal exposta na rede. Novamente, má repercussão do entrevistador e do entrevistado.

Motivos que fariam a pessoa mentir:

- A pessoa é tímida e/ou não escreve bem na norma culta da língua portuguesa.

- A pessoa tem algum segredo constrangedor ou ilegal, motivos que podem ocorrer na vida real.

- A pessoa tem a tendência de se mostrar de forma diferente no formato texto.

Há outros motivos e não motivos para criar afirmações mentirosas. Mas, através de exemplos de um lado e de outro, da mesma situação, chego na conclusão que esses riscos existem na vida real, em maior ou menor risco dependendo da fonte. O que existe, para a internet ser renegada como um meio de entrevistas jornalísticas, é um preconceito da antiga escola da imprensa.

Progressivamente os profissionais farão entrevistas por MSN, Gtalk, Twitter e outros meios online. Atualmente as redações usam telefone para poupar gastos. O uso da internet vai piorar o jornalismo, em sua qualidade? Depende única e exclusivamente do profissional. Se há uma preocupação do jornalista com sua apuração, ele vai usar mensagens de texto, vai entrevistar a fonte via voz no Skype e, se ainda for mais necessário, vai usar webcam para teleconferências. Os meios eletrônicos não podem ser menosprezados, especialmente com a competência profissional sendo mostrada na rede.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Conferência de Comunicação e o Diploma de Jornalismo

Desde a metade de 2009, fizeram muitas piadas com seu diploma de Comunicação Social - Jornalismo? Disseram, com os recentes escândalos envolvendo o âncora Boris Casoy, que seu estudo universitário vale menos do que o de um gari?

Então vou refrescar a memória de alguns e trazer notícias velhas que outros não viram. Entre os dias 14 e 17 de dezembro do ano passado, foi realizada em Brasília a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM). Com a participação de 1,6 mil representantes do Poder Público, o empresariado e movimentos sociais, a conferência aprovou 700 propostas feitas pela sociedade civil para aprovação no legislativo. Entre as propostas aprovadas, adivinhem, é a volta da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, diminuição de redes internacionais no Brasil e programas que representem minorias étnicas e culturais.

A última vez que o setor sofreu uma alteração em seu regimento, mesmo que muitas propostas tenham sido recusadas hoje, foi há cerca de 50 anos. Então, se alguém vier tirar sarro da sua carreira profissional como comunicador, entenda que o processo é mais complicado do que parece e colabore para sua melhoria, seja pela Conferência ou por outros meios.

Você perdeu um blog


Juliana Sardinha perdeu a vontade de blogar. Você pode não conhecê-la, e eu mesmo nem conheço direito. Conheço, sim, o trabalho dela: o Dicas Blogger (além de alguns tweets trocados). Se você não conhece, não custa o clique, pois é um blog que auxilia a fazer seus sites aqui, no sistema Blogger/Blogspot.

Mas não vim falar disso e sim dar uma péssima notícia. Juliana desistiu de blogar ontem, e com um bom motivo para isso. 18 motivos para ser mais exato. Juliana foi plagiada 18 vezes por um outro blogueiro chamado Maikao. Seguido por mais de cinco mil pessoas, o rapaz tem até duas mil postagens de plágio em seu blog.

Juliana desiste. Todos nós perdemos para um plagiador. Friso bem que somos todos que perdemos. Escrever sobre um mesmo assunto visando ter fama é aceitável. Copiar descaradamente nunca é, nunca foi. A internet pode ter seus crackers, mas deveria recompensar melhor os desenvolvedores de conteúdo honesto, gostando ou não de seus blogs, sendo ou não profissionais.

Essa perda é um manifesto pelo conteúdo. Carlos Cardoso fez o seu. Marcel Dias fez outro, com milhares de blogs transmitindo repúdio à atitude de Maikao. Resta saber se você, blogueiro ou comentarista, fará sua parte. Não adianta espernear achando que isso não tem solução. Não adianta estar nem ai para a situação. É necessário um posicionamento, porque todos estamos perdendo para o plágio.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Erudir #3: bororos e um pouco de antropologia


Bem atrasados, gravamos o terceiro programa do primeiro videocast do Bola da Foca no começo de novembro do ano passado. Por problemas técnicos, ele só foi ao ar hoje. Neste vídeo, Pedro Zambarda faz comentários sobre a carreira antropológica de Claude Lévi-Strauss, poucos dias depois de seu falecimento no dia 30 de outubro. A morte do intelectual já foi mencionada neste blog.

O videocast está sendo um excelente laboratório para trazer temas diferentes. Se você tiver alguma sugestão de escritor para o Erudir ou quiser sugerir outros programas, mande e-mail para boladafoca@gmail.com.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Os reis do palco

Dois soberanos fazendo aniversário no mesmo dia. Um, se fosse vivo, teria 75 anos. O outro vive com 63. Um requebrou ao som de ritmos advindos do blues negro, mesmo sendo branco. O outro usou maquiagem, personagens espaciais e um cabelo tingido de laranja para encarnar um rockstar alien andrógino. Um escandalizou com abuso de drogas, até morrer em 1977. O outro, além de abusar das drogas, era um bissexual publicamente polêmico. Um estourou nos anos 1950. O outro explodiu em 1970 e manteve uma carreira que o manteve nas décadas seguintes.

Seja pelo norte-americano Elvis Presley ou pelo inglês David Bowie, 8 de janeiro é uma data para comemorar o aniversário de ambos e suas contribuições para a música internacional, em especial o rock. Elvis veio da cidade de East Tupelo, Mississippi, trazer embalos em músicas como Love me Tender, Jailhouse Rock e Hound Dog. Bowie veio de Londres para emocionar todos ao cantar Heroes, e criar canções enigmáticas como Ziggy Stardust e Space Oddity.

Confira abaixo duas músicas dessas estrelas dos palcos roqueiros, valorizando, além da genialidade das músicas, o desempenho de ambos.




quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O que é um podcast? Videocast?






Respondendo uma pergunta besta, o Jornal Especial para Rádio Gazeta AM, em três capítulos. tem como tema a origem dos podcasts e videocasts, mídias audiovisuais na internet. Foi feito em abril de 2009 com apresentação de Pedro Zambarda e Mariana Gabellini, além da reportagem e ediçaõ de Mariana Carrera e Marília Passos.

Apesar de ser um material antigo, ele serve para explicar e exemplificar essas produções na internet. Então, caso você queira começar a participar desse tipo de produção online, não deixe de conferir esse material que o Bola da Foca preparou para você.

Obs: Neste material há trechos de entrevistas com o pessoal do NowLoading, o comediante Ronald Rios e o jornalista Jonas Gonçalves já publicadas aqui. Esse material foi utilizado para exemplificar o tema do jornal.

O "Big Four" do Thrash Metal

Anthrax

Slayer

Metallica

Megadeth

Achava improvável a reunião desses gigantes do rock pesado? A Big Four Tour ocorrerá em diversos lugares do leste europeu, começando por Varsóvia, na Polônia, dia 16 de junho deste ano. Reunindo as 4 maiores bandas de thrash metal norte-americano - heavy metal com doses de punk e com velocidade e peso acima do normal - a reunião deixa de lado quase 30 anos de desavenças entre os músicos envolvidos pelo gosto comum de seus fãs.

Por enquanto as bandas estão em turnês separadas. O Metallica vem para o Brasil no final de janeiro. O Slayer fará com o Megadeth 26 shows pela América do Norte, a partir do dia 18 de janeiro, na cidade de Seattle. Resta todos se reunirem com o Anthrax para que essa reunião de gigantes de peso tenha começo.

Christopher Lee, Carlos Magno e heavy metal

Começando o novo ano com novidades diferentes, foi anunciado que o ator Christopher Lee está novamente se aventurando pela música. Interprete de papéis célebres como Sauruman em Senhor dos Anéis, o conde nosfaratu em Drácula e até o Lord Sith Dooku em Star Wars, Lee terá seu primeiro trabalho solo chamado Charlemagne: By the sword and the cross lançado em 15 de março de 2010.

O CD será do gênero heavy metal totalmente orquestrado pelo compositor Marco Sabiu, mais conhecido por suas colaborações com Kylie Minogue, Take That, Pavarotti e Morricone. O material será semelhante a trilhas sonoras de filmes, com toda uma obscuridade ao tratar da Idade Média e do reinado de Carlos Magno, influente em toda a Europa.

Christopher Lee já participou na composição de bandas de rock pesado como Rhapsody of Fire, na EP The Dark Secret e no álbum Symphony of Enchanted Lands II - The Dark Secret.

Abaixo, você pode tanto conferir uma prévia do trabalho quanto assinar sua mailing list. Você pode conferir detalhes também no Myspace do artista.



Music Player webQuantcast


Vi na Whiplash.net e no G1.

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