segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma recomendação: Resenha de Turnê, de Maira Giosa


Eu poderia tentar fazer uma resenha sobre o filme Turnê, de Mathieu Amalric, sobre como ele aborda o bizarro e a desconstrução do enredo no longa-metragem. No entanto, preferi deixar para vocês o texto da jornalista Maira Giosa, do blog Projetor, que, por enquanto, é minha resenha favorita sobre o filme. Confiram.

Sarney diz que impeachment de Collor foi "acidente" na história brasileira


"Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, diz José Sarney.

Não sei quanto ao senhor presidente do Senado, mas os crimes foram comprovados. Por mais que a justiça no Brasil seja falha, Collor se afastar do cargo de presidente seria uma prova de honestidade. Mas o osso atrai o cachorro e, certamente, Fernando Collor de Mello não sai da política tão cedo.

E o "acidente" que José Sarney menciona se concretiza, e não uma postura política séria.

Via Agência Brasil

sábado, 28 de maio de 2011

As 10 informações que você deve saber antes de entrar no jornalismo


Não tenho 20 anos de carreira, não fui editor de nenhum veículo importante e não sou ninguém para dizer o que você deve fazer ou deixar de fazer. Mas, considerando que me formei em jornalismo no ano passado, não custa dar uns toques para quem pensa em entrar na imprensa, para quem cursa comunicação ou para quem tem curiosidade pela área.

Segue abaixo 10 informações importantes para quem quer entrar no jornalismo.

1 - Seu chefe, superior ou editor vai sempre falar que você está errado. Não vai te chamar de equivocado, não vai dizer que você cometeu um deslize, mas vai afirmar que você errou, sem leveza nenhuma. Com todas as letras. Esteja pronto para ouvir isso, ainda mais se você trabalha com texto, com TV ou com rádio, as áreas primordiais do jornalismo.

2 - Você não vai escrever os textos que gostaria. Nem vai estrear nos programas que sonha. No entanto, um alívio: Você vai conhecer coisas que não sabia e vai passar a gostar delas. Especialmente se você for um profissional com perfil aberto a descobrir novos conhecimentos.

3 - Escrever é editar. Mesmo se você for cuidadoso com ortografia, vai errar regras essenciais com uma demanda de trabalho alta. Se você for falar com um microfone de frente para uma câmera, o português oral será mais sensível aos erros. Procure sempre se editar, mesmo quando edita os outros. Procure o erro e não fuja dele.

4 - Seu público vai falar as coisas mais incoerentes a seu respeito. E vai dar dicas úteis. Saiba filtrar o que falam a você e sobre você.

5 - Jornalista imparcial é impossível, disse Heródoto Barbeiro, famoso âncora da Rádio CBN. No entanto, você poderá tomar decisões que não beneficiarão a empresa onde trabalha, mas sim o público. Isso é jornalismo. Um profissional comprometido com seu público é um jornalista. E dar o que o seu público precisa, não o que ele quer, é um esforço que requer tempo de carreira e intuição.Você trabalha para as empresas, mas também para quem consome seu produto. Essa é uma relação delicada para ser esquecida.

6 - Leia. Jornalista também é um leitor. Consuma mídia e verifique sempre seus concorrentes diretos. Se você entrou no jornalismo e tem preguiça de ler conteúdo, terá problemas. Imprensa é o espaço para quem sempre está descobrindo novos veículos.

7 - Não crie rivalidades apenas para ter uma opinião. Não emita opiniões que não são úteis ao público. Quando for parcial em determinado tema, tenha, pelo menos, um propósito claro.

8 - Não há cobertura perfeita, mas existe cobertura que sabe se criticar. Saiba onde parar na hora de apurar uma reportagem. Há informações que a imprensa não tem tanta necessidade de noticiar, como o sofrimento excessivo de algumas pessoas.

9 - Não crie regras definitivas no jornalismo, mas busque sempre uma apuração objetiva. Faça um texto claro para quem aprecia seu tema e para quem desconhece o assunto.

10 - Esteja sempre aberto ao aprendizado. Um jornalista é sempre aluno e professor dos temas que aborda. Explique o máximo que puder, mas tenha cabeça aberta para estar sempre aprendendo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mark Zuckerberg diz que a internet deve ser livre

Na cúpula do G8, que está reunindo líderes de países desenvolvidos hoje em Deauville, na França, Mark Zuckerberg fez uma defesa da internet. O CEO do Facebook, junto com o presidente do Google Eric Schmidt, fez um apelo aos governantes pela liberdade da internet.

"Ela [a internet] dá voz a muita gente", disse Zuckerberg. Para o jovem milionário, o excesso de regulamentação pode atrapalhar a rede internacional.

Um apelo desses vindo de um executivo desse tamanho só vem reforçar o caráter livre da internet. Até mesmo quem lucra com essa rede ainda pretende vê-la livre.

Via Veja

Feliz Dia dos Nerds


Feliz Dia dos Nerds. Foi ontem, mas ainda está valendo (25/05/2011).

E o que é o Dia dos Nerds?

O motivo é esse cara acima. Um tal de Douglas Adams. Falecido em maio de 2001.
Autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias. E de mais quatro sequências.

Nesse dia 25, alguns malucos levam uma toalha para a rua e usam de maneira criativa. A toalha é um item essencial para o mochileiro de Adams. O resto você confere no livro.

E outros malucos, que não leram Adams, dizem que é Dia dos Nerds. Mas os dois grupos são de gente parecida. Gente estranha.

PS: Ah, e confiram o vídeo da INFO. Bem divertido também!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gastos de brasileiros no exterior crescem 58% em abril de 2010


Brasileiros gastaram em viagens ao exterior 58,1% a mais comparando o mês de abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, os turistas brasileiros gastaram no exterior US$ 1,943 bilhão.

Contabilizando quatro meses deste ano, essas despesas somaram US$ 6,667 bilhões, aumento de 45,1% em relação aos US$ 4,570 bilhões registrados de janeiro a abril de 2010. O aumento dos gastos dos brasileiros ocorreu mesmo com o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior.

Por outro lado, os estrangeiros em visita ao Brasil gastaram US$ 540 milhões em abril, 17,3% a mais do que os US$ 460 milhões no mesmo período do ano passado. Nos quatro meses de 2011, esses gastos ficaram em US$ 2,337 bilhões, 10,7% a mais na comparação ao mesmo período do ano passado, que somou US$ 2,111 bilhões.

Informações via Agência Brasil

Uso do transporte público no Brasil caiu 30% nos últimos dez anos


Segundo estudo A Mobilidade Urbana no Brasil, divulgado hoje pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), mostra que ocorreu uma queda de cerca de 30% na utilização do transporte público no país na última década. O pouco investimento do governo espantou uma parte expressiva dos usuários de metrô, trem e ônibus, aumentando o transporte privado.

Tarifas de ônibus aumentaram cerca de 60% acima da inflação, enquanto o uso de automóveis nas grandes cidades cresce 9% ao ano. Somente em 2008 foram vendidos 2,2 milhões de carros e 1,9 milhão de motos. A previsão é que, em 2015, esses números dobrem.

Mesmo com a modernização recente do metrô, com novas estações na Linha Verde e a inauguração da Linha Amarela, os horários de pico aumentaram. São Paulo tem, além de seus problemas de poluição, falhas graves de logística. O que o governo pode fazer para reverter esse quadro polêmico?

Via Agência Brasil

Obama tomou uma cerveja Guinness na Irlanda


Ao contrário da rainha do Reino Unido, que negou uma cervejinha em sua última visita ao país, o presidente americano Barack Obama brindou com uma Guinness no pub Ollie Hayes em Moneygall. Obama não ficou apenas nas visitas diplomáticas e políticas, que abordaram a questão das guerras no Oriente Médio e no norte da África. O político parou para tomar a bebida típica da Irlanda.

Via Exame

Novo blog de estudantes de jornalismo: Paulista 900


Assim como o Bola da Foca, estudantes de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero fizeram um blog orientado por professores e fazendo um trabalho multimídia. O site Paulista 900 aborda os fatos e as notícias que acontecem na avenida mais famosa de São Paulo. O blog é repleto de mapas, reportagens alternativas e matérias inusitadas, que compõem realmente uma revista digital, separada por seções.

Pessoal fez um texto sobre protestos favoráveis ao deputado conservador Jair Bolsonaro, fizeram outra reportagem sobre a Rádio Tupi FM e também abordaram outras manifestações e locais na Paulista. Vale uma olhada, uma leitura profunda e comentários que possam ajudar esses estudantes.

domingo, 22 de maio de 2011

Conheça o trabalho jornalístico e literário de Albert Camus


Com o propósito de promover uma pesquisa comunitária - como é feito em inúmeros sites na internet - foi criado o site www.albertcamus.com.br. Se você aprecia os livros desse escritor franco-argelino, quer conhecer curiosidades sobre sua biografia ou enviar seus textos sobre Albert Camus, este é seu canal. A nova página na internet vale como mais uma área de debate e construção de conteúdo.

Começou a votação do concurso TOPBLOG 2011

Se você quiser saber mais, clique na imagem no topo à direita, que é azul.

Vote no Bola da Foca para chegar nos primeiros lugares da categoria comunicação neste ano!

PS: Confirme seu voto por e-mail. Sem essa confirmação, o voto não é contado.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Um Rush épico, curto e com muito sci-fi



Herança direta de 2112, lançado em 1976, o CD Hemispheres da banda Rush chegou para as prateleiras em 1978. O disco reunia músicas épicas, longas - sendo uma delas com quase 20 minutos -, mas em um material conciso. Para quem quer conhecer rock progressivo pela primeira vez, sem risco de tédio, vale a pena ouvir esse álbum. Ele possui apenas quatro músicas.

As ideias principais do trio Neil Peart, Alex Lifeson e Geddy Lee foram temas de livros de ficção científica e fantasia para as letras e muito virtuosismo instrumental. Cygnus X-1 Book II: Hemispheres começa o CD falando de um buraco negro em uma galáxia chamada Cygnus, em um épico inspirado em uma música do álbum Farewell to the Kings, contando, literalmente, a história espacial de um livro. A letra é recheada de referências aos mitos gregos e até ao clássico de Miguel de Cervantes, Dom Quixote.

Depois de solos de guitarras, interlúdios acústicos e toda a história de uma viagem espacial, o Rush mergulha na música Circunstances. Em uma letra autobiográfica, o baterista Neil Peart narra suas desilusões enquanto vivia na Inglaterra, com um emprego que não gostava, longe de casa. A música não destoa dos clássicos de ficção científica e fantasia que o Rush traz em outras canções, mas traz um complemento humano ao CD.

The Trees é a música mais fantasiosa e leve do material. Fala de uma briga entre árvores em uma floresta, inspirada em uma história em quadrinhos que o baterista Neil Peart viu antes de escrever a letra. O ritmo é um crescendo, partindo de um instrumental acústico para uma guitarra elétrica progressivamente mais rápida.

Com um dos refrões instrumentais mais conhecidos do Rush - e sem os vocais agudos de Geddy Lee - La Villa Stragiato fala de um sonho delirante do guitarrista Alex Lifeson. As passagens envolvem monstros, um fantasma do herói Aragorn - da saga literária Senhor dos Anéis - e várias improvisações com sua guitarra elétrica. Lifeson utiliza bastante solos com escalas diferentes, harmônicos para variar do grave ao agudo, rapidamente, e frases pegajosas nas seis cordas, que ficam na cabeça do ouvinte.

Para quem conhece toda a discografia de Rush, Hemispheres pode parecer um trecho muito pequeno das grandes obras da banda. Para quem não conhece, o material é uma porta de entrada atraente para ficar viciado pelo grupo. Tudo isso em apenas quatro canções, com muitas referências literárias e musicais concentradas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estudante de jornalismo? Participe do 7º Concurso Universitário de Jornalismo CNN



Tá na faculdade e afim de conhecer os estúdios da CNN em Atlanta, nos Estados Unidos? Ter contato com uma das principais emissoras de televisão no jornalismo internacional? Talvez essa seja sua chance de ganhar uma viagem pros States.

O novo Concurso Universitário de Jornalismo CNN abre inscrições para estudantes de jornalismo de todo o Brasil para enviar videorreportagens de até 2 minutos que mostrem ações relacionadas ao tema energia renovável. Vale falar de energia eólica, solar e todas as fontes limpas. Vale falar sobre iniciativas inovadoras com a nossa realidade de escassez de recursos energéticos.

Com informações do pessoal que organiza o concurso, confira as regras para participar.

1 - Preencha a ficha de inscrição no site concursocnn.com.br para receber seu login e senha. O período de inscrições e envio dos trabalhos vai de 29/03/2011 até 06/07/2011.

Nota: Para validar seu cadastro, você deverá clicar no link que receberá no e-mail cadastrado na ficha de inscrição.

2 - Após a conclusão da sua matéria jornalística, faça o upload do seu vídeo para o YouTube ou Vimeo.

3 - Entre novamente no site do Concurso Universitário de Jornalismo CNN, preencha a ficha técnica de sua matéria e inclua o link do vídeo (caso você queira proteger seu vídeo com senha, não esqueça de fornecer a senha do vídeo na ficha técnica).

4 - Se você estiver participando com mais de uma matéria, lembre-se de que cada matéria deverá ter sua respectiva ficha técnica e link para o YouTube ou Vimeo. Caso tenha dúvidas, entre em contato com a Comissão Organizadora através do e-mail: concurso2011@concursocnn.com.br.

No dia 10/07/2011 serão selecionados os 10 trabalhos finalistas para uma comissão de triagem.
Veja quem fará a avaliação dos trabalhos:

- Afra Balazina (Jornalista e repórter de ambiente do Estadão)
- Júlia Bandeira (Jornalista, repórter e produtora-executiva do Profissão Repórter – Rede Globo)
- Renata Falzoni (Fotógrafa, videorrepórter, bike repórter e cicloativista)
- Renata Simões (Jornalista e apresentadora do programa Urbano, no Multishow)
- Sérgio Gwercman (Jornalista e redator-chefe da revista Superinteressante)

No dia 29/07/2011, apenas uma videorreportagem será escolhida vencedora pela uma comissão julgadora.
Quem vai avaliar esse trabalho será:

- Marcelo Tas (Jornalista, apresentador, ator, autor e diretor de TV)
- Sônia Bridi (Jornalista, correspondente internacional e autora)
- André Trigueiro (Jornalista, apresentador de TV, professor e autor)
- Lúcia Araújo (Jornalista e gerente geral do canal Futura)

Recomendação é da Carol Rocha (@tchulimtchulim).
Participe, você tem até julho para desenvolver sua matéria.

Rainha Elizabeth II visita museu da cerveja Guinness na Irlanda


Mesmo nessa visita histórica, que marca a primeira vinda de uma realeza britânica na Irlanda em 90 de independência, a rainha inglesa não tomou um gole da tradicional Guinness.

Tristeza. Muitas pessoas poderiam desfrutar do gole que essa autoridade poderia ter saboreado.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fernando Henrique Cardoso, Dráuzio Varella, Paulo Coelho e a mentalidade da Guerra contra as Drogas


A guerra contra as drogas e contra o crime organizado traz opiniões fortes sobre a legalização ou a criminalização de entorpecentes. Em um documentário ousado, chamado Quebrando o Tabu, trata sobre uma defesa possível da comercialização de drogas. O material foi produzido pelo apresentador de TV Luciano Huck e dirigido pelo cineasta Fernando Grostein Andrade. O que mais impressiona, de cara, são os depoimentos dos personagens do filme.


O material deve ser lançado no dia 3 de junho deste ano. O ex-presidente FHC afirmou que mudou de ideia sobre a questão das drogas, depois de liderar o Brasil, e diz que a luta contra o tráfico é uma luta perdida. O médico famoso por participações no programa Fantástico, Dráuzio Varella, defende a tese que o viciado é um doente, não um criminoso. Paulo Coelho alerta para as consequências do uso - por experiência própria. O filme defende a legalização, mas defende também uma conscientização maior sobre os usos e desusos dessas substâncias na história, que continuam com as sociedades, sendo proibidas ou não.

Não é nada que você não tenha pensado, mas vale assistir, talvez. Mesmo que você seja contra a liberação das drogas ou diretamente contra as opiniões deste material.

Via Exame

As 20 frases - riffs - mais marcantes do Dream Theater


O site ThrashMetalRiffs selecionou 20 músicas do Dream Theater com os melhores fraseados melódicos, ou riffs, de sua história. Você concorda com essa lista? Veja abaixo as músicas selecionadas e dois vídeos com todos os 20 trechos.

Música e CD
1. The Glass Prison - Six Degrees of Inner Turbulence
2. In The Presence of Enemies - Part II - Systematic Chaos
3. Metropolis Pt.1 - Images And Words
4. A Change of Seasons - A Change of Seasons
5. Octavarium - Octavarium
6. Constant Motion - Systematic Chaos
7. The Ministry of Lost Souls - Systematic Chaos
8. Fatal Tragedy - Metropolis Pt.2: Scenes From a Memory
9. A Rite of Passage - Black Clouds & Silver Linings
10. The Dark Eternal Night - Systematic Chaos
11. Endless Sacrifice - Train of Thought
12. Scene Six Home - Metropolis Pt.2: Scenes From a Memory
13. The Test That Stumped Them All - six Degrees Of Inner Turbulence
14. The Dance Of Eternity - Metropolis Pt.2: Scenes From a Memory
15. As I Am - Train of Thought
16. This Dying Soul - Train of Thought
17. The Count of Tuscany - Black Clouds & Silver Linings
18. Stream of Consciousness - Train of Thought
19. Lie - Awake
20. Constant Motion - Systematic Chaos






Via Whiplash.net

Oscar Freire com luxo, lixo e um suicídio mal explicado


Amigos meus da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, fizeram uma reportagem especial sobre a Rua Oscar Freire de São Paulo. No blog FurrECA, os estudantes de jornalismo Eduardo Tavares e Renato Rostás contaram histórias de uma das ruas mais badaladas da capital, com lojas de luxo, salões de beleza, carros para casamento, lixos vindo da Avenida Paulista e um suicídio polêmico.

Confira detalhes da reportagem aqui, para conhecer sobre a história da rua e da vida que percorre ela hoje.

domingo, 15 de maio de 2011

Para quem não viu: O discurso de Barack Obama sobre a morte de Osama bin Laden


"Boa noite. Nesta noite, eu posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, líder da Al Qaeda", disse o presidente, antes de todos os jornais.

Discurso ficou famoso no começo deste mês. Presidente Barack Obama fala por cerca de 10 minutos sobre detalhes sobre a operação que assassinou Osama bin Laden. O estilo firme do discurso de Obama, mesmo em uma guerra controversa como essa, ficará para a história dos grandes discursos.

A mensagem de Osama que ecoa após sua morte


Desde seu assassinato em 1º de maio de 2011, Osama bin Laden é pauta em jornais, agências de notícias e todos os veículos de mídia. O governo americano optou por não revelar seu cadáver. Não revelaram para se proteger de terroristas e dos muçulmanos? Não dá pra ter certeza.

No entanto, é possível saber que a mensagem de Bin Laden ficará entre os extremistas islâmicos e com a maioria das pessoas que condenam os Estados Unidos. A última entrevista que ele deu para a imprensa ocidental foi para a BBC, em 1998. Com uma voz pacífica e calma, ele condenou as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.

Veja no vídeo.

sábado, 14 de maio de 2011

Blogger fica fora do ar por mais de 20 horas


O Blogger, sistema de blogs que hospeda o Bola da Foca, ficou fora do ar 20 horas desde a tarde de anteontem (12/05). O serviço entrou em manutenção de rotina no dia 11, mas novos problemas forçaram os blogs a ficarem apenas em modo de leitura, sem edição possível. Ao voltar no ar, às 14h do dia 13, o serviço estava sem postagens das últimas 30 horas, que voltaram progressivamente.

Antes dessa pane geral, o Blogger nunca tinha ficado com seus serviços no offline.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Estudo mostra que pobreza pode trazer depressão no Brasil


População pobre e com baixo nível de escolaridade podem sofrer depressão, segundo artigos da uma série especial produzida pela revista médica inglesa The Lancet. Você pode visualizar os artigos neste link. O estudo é sobre a saúde brasileira.

Segundo os ingleses, pessoas com baixa renda no Brasil estão sujeitas aos transtornos por mais adversidades com o dinheiro. Apesar de poucas informações sobre depressão no país, as condições de vida podem ser associadas com a doença. Com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro na economia, casos podem cair nas próximas décadas, segundo o Lancet.

Via Agência Brasil

House foi tocar blues e quase não voltou


Hugh Laurie, o ator que interpreta o médico House no seriado de mesmo nome, lançou um CD de blues chamado Let Them Talk nessa semana e quase não voltou para seu trabalho anterior. Laurie se apaixonou pela carreira de músico. E parece que ele manda bem no piano e no violão, com uma voz puxando para o sentimento depressivo nas canções, meio folk.

Confira o vídeo abaixo e saiba como House quase fugiu de seus afazeres na série.


Via Veja

Número de empregos para jovens e idosos cresceu em 2010


Número de jovens e idosos no mercado de trabalho cresceu comparando dados de 2010 com 2009. No faixa etária entre 16 a 17 anos, a expansão do nível de empregados foi 19,06%, 65.179 mil pessoas. Trabalhadores com mais de 65 anos de idade tiveram um aumento de 12,77%, 40.936 mil pesssoas. Entre 18 anos e 24 anos, postos de trabalhos o cresceram em 6,66%, 471.091 mil pessoas.

As informações do Ministério do Trabalho revelaram também que 2010 foi o ano recorde de empregos, desde o início da divulgação do Relação Anual de Informações Sociais (Rais), em 1975. Politicamente, é um dado que comprova efetividade das políticas sociais último ano do governo Lula, apesar do excedente de mão-de-obra qualificada e dos problemas na educação.

Via Agência Brasil.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A performance polêmica de Aquiles Priester na audição para o Dream Theater


Se você é fã do baterista brasileiro Aquiles Priester, da banda Angra, da banda Hangar ou tem problemas com críticos, saiba que este é apenas mais um texto de opinião (portanto, não leve tão a sério). Comentarei sobre a performance do músico na seleção do novo batera para a banda de prog metal Dream Theater. Ele não foi selecionado. E quais foram os possíveis motivos?

Primeira coisa que podemos notar no vídeo da Roadrunner Records (no fim deste post) é que Aquiles não fala fluente o inglês. Isso não é nada grave - e também não significa que ele não seja falante da língua estrangeira -, mas pode contar pontos contra na sintonia com a banda americana. Não acredito que a decisão do Dream Theater em excluí-lo da seleção tenha por base apenas isso, mas esse é um fator que dificulta a comunicação com os integrantes. Fica um clima diferente entre os membros, menos descontraídos, mais travados para tocar.

Outra coisa que salta aos olhos é o esforço que Aquiles fez praticando as músicas do DT. Isso conta pontos a favor no começo, com comentários deles elogiando o treino do profissional. No entanto, no final da performance de Dance of Eternity, Aquiles Priester erra o tempo na bateria. Um descuido comum? Sem dúvida. Mas pode ter sido um problema justamente do excesso do treino e da tensão.

Mike Portnoy era um baterista tão preciso e rápido quanto Aquiles, mas sabia flexibilizar seu modo de guiar as baquetas, tornando-se um instrumentista eclético. Priester, pelo contrário, só tocou em bandas com similaridades com o Angra. Nunca se aventurou em um cover de Beatles bem feito. Nunca fez uma música mais psicodélica, como o Transatlantic.

Por fim, faltou espontaneidade na improvisação de Aquiles Priester. O exercício que Jordan Rudess do Dream Theater fez foi pontual: Absorver uma melodia e devolver um ritmo agradável o mais rápido possível. Aquiles não deu uma resposta compatível durante a jam entre os instrumentos.

É muito triste saber que nosso baterista brasileiro não passou no teste do DT? É. Mas ainda não temos um batera com o nível de complexidade de Mike Portnoy conhecido no país. Aliás, há poucos músicos assim no mundo. Aquiles se equipara ao rival Ricardo Confessori, que está agora no Angra, e ao seu discípulo Eloy Casagrande, que toca com André Matos.

Ainda falta muito conhecimento para o baterista ao longo de sua carreira. E a velhice pode trazer um Aquiles diferente do que sabemos hoje em dia. É para esperar.

Assista aqui o vídeo até o tempo 4min25segs.

domingo, 8 de maio de 2011

Mestres alemães e finlandeses no show duplo de power metal



Quando as pessoas viram a banda Stratovarius junto com o Helloween no ingresso do show em São Paulo, algumas pensaram que o grupo finlandês fosse fazer apenas uma abertura. A apresentação mostrou que as duas bandas tiveram tempos iguais no palco, quase 2h cada. E o resultado não poderia ser melhor para a noite de 6 de maio, com músicos que criaram o som dos anos 1980.

Com atraso de pouco menos de 15 minutos, o Stratovarius entrou no palco mostrando rapidez e a potência de seu novo trabalho Elysium, mas o povo vibrou mais com as clássicas. Timo Kotipelto, embora não mantenha todos os agudos das gravações originais, cumprimentou o público e o guiou para manter o clima de empolgação. O baixista Lauri Porra também brincou com os espectadores, tocando bossa nova no baixo e correndo em quase todos os momentos.

O novo guitarrista, Matias Kupiainen, não tem o talento de Timo Tolkki nas novas músicas, mas tocou com fidelidade as composições antigas e cumpriu seu papel discretamente no palco. Fez algumas improvisações novas nos clássicos, mas sem alterar a essência do que era mostrado ao público. Uma das músicas de maior sucesso ao vivo foi Kiss of Judas, cantada em uníssono no Credicard Hall.

As músicas do CD Visions marcaram o show. No final, Kotipelto disse: "Ajuda dizer que essa música começa com os teclados de Jens Johansson? Não é branca e nem cinza essa canção, mas negra!". Com essa chamada inspirada, Black Diamond roubou o fechamento do show, fazendo todos pularem e vibrarem com a energia e a velocidade do Strato, guiada por teclados que simulavam o som de cravo. A trupe liderada por Timo Kotipelto aqueceu e agradou os fãs de metal finlandês, abrindo caminho para uma banda histórica que é o Helloween.

Os criadores alemães do power metal foram ao palco cerca de 23h. O novo guitarrista Sascha Gerstner se mostrou ao público com uma roupa que lembrava um traje militar e uma guitarra Dean com um tibre bem distorcido, que chegava a se sobrepor aos demais instrumentos. Are You Metal, embora fosse uma composição nova, foi absorvida rapidamente pelo público por sua letra pegajosa e por seu peso. O público foi ao êxtase ao ver a performance do vocalista Andi Deris, que estava animado mesmo quase calvo e com 46 anos.

Eagle Fly Free e I Want Out foram músicas que todos esperavam, mas executadas com maestria, principalmente pela cozinha do baixo de Markus Grosskopf e Michael Weikath - tocando sua guitarra Les Paul com o jeito afetado e carismático de sempre. Dani Loeble mostrou seus pés de chumbo em forma nos pedais duplos e uma performance de dar inveja aos bateras da atualidade.

Mesmo com tantos destaques, o Helloween conquistou o público com um medley que conectou músicas diferentes, incluindo Halloween e King for a 1000 of Years, para contar a história de Keeper of The Seven Keys. Future World foi usada para apresentar os integrantes, sempre mexendo com o público e fazendo todos cantarem. Por fim, Dr. Stein trouxe fãs para o palco, vestidos de cientistas. Sascha Gerstner chegou a entregar sua guitarra para uma fã e ajoelhar para a moça. A mulher foi carregada pelo músico no final da apresentação, em seu ombro. O clima, no final de tudo, era de cansaço, de empolgação e de muita festa.

Era a festa do metal. Com duas bandas históricas dos anos 80.

Pedro Zambarda foi convidado ao show pela assessoria da Ericsson. A análise do espetáculo não sofreu qualquer influência da empresa.

Melhores veículos segundo executivos brasileiros - Folha, CBN, G1, Exame e Jornal Nacional

Em matéria divulgada semana passada no Comunique-se, pesquisa feita pela Instituto Máquina de Pesquisa, da Máquina PR, colocou cinco veículos entre os mais confiáveis para o público corporativo. Folha, CBN, G1, Exame e Jornal Nacional foram eleitos por 262 porta-vozes de 94 empresas. O mesmo levantamento colocou os colunistas e os blogs de Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Ricardo Noblat como destaques.

Empresários ainda valorizam mais os jornais e ainda colocam os sites e as mídias sociais como os formatos de mídia menos confiáveis. No entanto, os portais online se aproximam da televisão em credibilidade, veja o gráfico abaixo.



E ai, você concorda com esse levantamento?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

STF reconhece união homossexual estável


Com decisão tomada nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal reconhece a união estável de casais homossexuais, com todos os seus benefícios jurídicos.

As ações pediam que a união estável homossexual fosse reconhecida juridicamente e que os casais homossexuais pudessem ser considerados como entidade familiar. Com a votação do STF, os casais homossexuais passam a ter direitos de herança, de planos de saúde e de divisão de bens em caso de separação, entre outras cláusulas. Não está claro se foi autorizado o casamento civil, mas os benefícios da vida conjugal podem ser utilizados.

Ministros admitiram que o reconhecimento da união estável é necessário para evitar episódios de preconceito sexual e violência. Ninguém votou contra os pedidos encaminhados para o órgão.

Com informações da Agência Brasil.

THOR - Marvel acerta a mão em sua mais audaciosa cartada no cinema

Os primeiros 20 minutos de Thor são a melhor coisa que a Marvel já fez desde que iniciou sua incursão própria nos cinemas com Homem de Ferro. Esta frase abre este texto por um motivo tão simples quanto crucial para o filme. Todo o principio de Thor, que se passa apenas nos reinos, ou mundos, de Asgard e Jotuheim, é a cartada da Marvel que foge da zona de conforto criada com os dois filmes do Homem de Ferro e O Incrivel Hulk. Saem os super-heróis criados pela ciência do homem, e entram os deuses com poderes ganhos pela magia.

Existiam poucas maneiras de trabalhar toda a mitologia por trás de Thor sem que ela soasse fantasiosa demais, ou até mesmo ridícula. Afinal, os filmes de heróis de hoje se baseiam fortemente na temática “pé no chão” criada pela série X-Men e trabalhada com perfeição por Chistopher Nolan nos dois Batmans. Então, como falar de um herói que vive em um reino imortal que se conecta à Terra através de uma ponte de arco-iris, que tem como arma um martelo super-poderoso que o faz voar? Impossível? Não, especialmente quando a Marvel resolve colocar o riquíssimo universo do Deus do Trovão nas experientes mãos de Kenneth Branagh.

Enquanto a DC/Warner coloca seus dois grandes heróis nas – confiáveis – mãos de Christopher Nolan, a Marvel tem outra tática. Dá seus projetos nas mãos de diretores cujos estilos casam bem com o produto. Branagh, famoso por suas adaptações de Shakespeare, caiu como uma luva no mundo mítico de Thor. Balancear o mundo terreno com Asgard em um mesmo filme chega a ser uma tarefa monstruosa, e seria quase impossível se sair bem em ambas. E como já disse anteriormente, Brannagh se dá melhor na fantasia do que na realidade.

Cada cena na terra de Asgard é como uma pintura em dourado. O take inicial, mostrando o reino, é espetacular e talvez o único momento do filme que justifique o 3D. E caminhando contra a corrente, apenas as cenas externas foram feitas em computação gráfica. Todas as cenas internas são gravadas em sets incrivelmente bem-feitos, o que traz uma sensação de realidade incrível ao filme. Quanto à paisagem terra, o filme se restringe ao estado americano do Novo México, local onde Thor cai.

Outro grande mérito da Marvel é não deixar de arriscar quando monta o elenco de seus filmes, e mais uma vez acerta em cheio. Chris Hemsworth encarna Thor com perfeição, transparecendo toda sua arrogância e impetuosidade no começo do longa-metragem. O herói também mostra igualmente uma honra no final de sua “jornada”. Natalie Portman, em um piloto automático altamente carismático, cumpre bem seu papel, enquanto Stellan Skarsgard dá os primeiros contornos a um personagem que pode se tornar muito importante nos próximos filmes. Mas a grande força de Thor está mesmo no trono de Asgard e naquele que quer tomá-lo.

Odin, O Pai de Todos, é um ser que deve transparecer poder, força, sabedoria e intimidação apenas com sua própria presença. E poucos atores têm esta capacidade como Anthony Hopkins. Cada minuto seu na tela é como uma grande nuvem que encobre os outros atores que apenas tentam sair de suas sombras. E quem se sai bem nesta tarefa é o desconhecido Tom Hiddleston, como Loki. Interpretando o mais complexo personagem e o vilão mais interessante surgido pelas mãos da Marvel no cinema até aqui, Hiddleton se mostra um mestre na sua interpretação minimalista.

Esqueça as risadas irônicas que estamos acostumados a ver em vilões. A maldade de Loki está intrínseca em sua própria essência. Sua ambição e suas artimanhas estão além de seu controle, e dentro de si, elas batalham com o seu amor pela sua família e pelo seu lar. Loki não enlouqueceu como Obi Stane, de Homem de Ferro, e nem sente orgulho de sua maldade. Ele apenas o é, e não pode fazer nada para que isto mude. Na verdade se existe um “porém” em Thor é a relação entre o Deus do Trovão e Loki. Nos poucos momentos na tela ela soa tão complexa e intrigante, que é impossível não desejar apreciá-la por mais tempo. Podia ser melhor desenvolvida.

E se não bastasse tudo isso, Thor também serve como a penúltima costura para o evento que será Os Vingadores. Se antes as referências a outros filmes da Marvel eram escondidas, apenas para fãs, agora elas são evidentes. Frases como “Isso é coisa do Stark”, ou “o cientista especialista em raios gama” soam absurdamente naturais, enquanto o nome SHIELD é dito a todo momento. E para que tudo funcionasse, deveria haver um modo de mesclar o misticismo com a ciência, e a saída que a Marvel foi encontrou se encaixa perfeitamente. “A mágia de ontem é a ciência de hoje”, é uma frase que resolve muitos dos dilemas dos fãs a este respeito. Com direito a uma participação especial não-creditada de um dos protagonistas de Os Vingadores, Thor é como uma costura lisa e sem falhas de um universo que até 4 anos atrás parecia fadados às HQs e animações.

Thor não é um filme perfeito. Ainda está abaixo de obras-primas como O Cavaleiro das Trevas, mas é um êxito extremamente importante para o cinema. Prova-se que é possível sim misturar fantasia com o mundo real de uma forma não apenas bem feita, mas como também flertar fortemente com a arte durante o processo. Prova também que não existe personagem, por mais fantasioso ou “ridículo” que não possa ser tratado de maneira séria e sóbria. Thor, caso se saia bem nas bilheterias, é uma porta para um tipo totalmente novo de filmes baseados em super-heróis.

O jazz-rock tenebroso do King Crimson



Red é um CD que deve ser ouvido como uma experiência. Ele não tem músicas longas, como fizeram a maioria das bandas de rock progressivo dos anos 70, mas ele requer de quem ouve um conhecimento de jazz, além de um amor por improvisação. O trio que compunha o King Crimson em 1974 - o guitarrista Robert Fripp, o baixista John Wetton e o baterista Bill Bruford - são as estrelas do material. Mas há convidados especiais que marcam sua presença.

A abertura do álbum, um composição com o mesmo nome do CD, é a repetição extensa de um refrão feito com guitarra, mellotron, baixo, bateria e várias sobreposições sonoras que passam a ideia de peso. A faixa vai na contramão de criações mais acústicas do King Crimson. Fallen Angel, a segunda música, fala de uma depressão urbana, íntima e mostra a voz aveludada do contrabaixista John Wetton. Ela irrompe, com melancolia, do clima opressor da composição anterior.

E trazendo de volta todo o clima tenebroso, o guitarrista Robert Fripp rouba a cena em One More Red Nightmare, em um jogo instrumental inspirado pela bateria rápida de Bruford. O vocal de Wetton novamente fala de um mal vindo da realidade, do anjo caído da música anterior. Fripp aproveita o final da música para mostrar sua guitarra com vários efeitos sobrepostos - conhecidos como overdubs.

Providence é um jogo de improvisação, com o convidado David Cross tocando violino enquanto a guitarra cresce até dominar a música, acompanhado por uma bateria crescente, constante. Os instrumentistas não se importam com harmonia em seu encontro, disparando notas entre si.

De maneira rápida, mas complexa, o CD encerra com Starless. A música é a mesma do CD Starless and Bible Black, lançado no mesmo ano, mas com uma improvisação diferente. Fripp como sua guitarra, em diferentes volumes de saturação, junto com o contrabaixo pesado de John Wetton. Ambos, com o teclado mellotron, criam várias camadas melódicas ao longo da música. Os solos são lentos, assim como o vocal, mas o encerramento não perde sua densidade, recebendo mais recheio do saxofonista Ian McDonald.

O som de Red lembra Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, por ter grande inspiração do jazz moderno e um tom sombrio nas composições. Kurt Cobain, do Nirvana, aponta esse CD como uma inspiração para composições que abusam de sobreposições. Para o trio Fripp, Wetton e Bruford, do King Crimson, o álbum significou uma ruptura com músicas acústicas de criações anteriores.

E o CD é, certamente, o brilho da calma, da leveza e da obscuridade do guitarrista Robert Fripp, que atrai as atenções em cada uma das cinco faixas.

Ouça Starless e tire suas conclusões:


terça-feira, 3 de maio de 2011

Um Dream Theater despreocupado com a crítica e mais melódico



O único disco do tecladista Derek Sherinian na banda de metal progressivo Dream Theater seria um trabalho, no mínimo, controverso dentro da história da banda. Não há grandes canções pesadas no CD Falling Into Infinity, lançado em 1997, mas sim uma banda que buscava um novo direcionamento, inovação e, acima de tudo, feeling nas músicas.

Teclados futuristas de Sherinian abrem o material com New Millenium que, acompanhado pela bateria constante de Mike Portnoy e com as entradas inspiradas da guitarra de John Petrucci, fala sobre a espera angustiante pelo novo milênio, a virada depois dos anos 2001. Era a música da época. Mesmo assim, o álbum teve uma recepção morna da crítica e do público, porque o Dream Theater não estava muito "pesado". Mas a banda estava melódica, progressiva, variada.

You Not Me é uma balada pop com refrão pegajoso feita para ser tocada em rádios, se não estivesse no CD errado do DT, do ponto de vista de quem avaliou em 97. Mesmo assim, a música consegue ser contagiante em seu coro e no seu vocal. Já Peruvian Skies é lenta, fala sobre assassinato e agressão de uma mulher, demora até crescer e ganha uma dimensão mais pesada. É uma música que, provavelmente, irá agradar fãs dos discos Awake e Images and Words, obras-primas do Dream Theater.

Quem rouba as atenções em Hollow Years é o guitarrista John Petrucci, com um som acústico que vai evoluindo, novamente, em outra canção. A música fala sobre superação, sobre amor e sobre temas simples que saem do sofrimento. É uma das composições mais bonitas do grupo, usando uma mensagem simples. Tem tanto apelo pop quanto You Not Me, mas pode conquistar um público ainda maior por sua profundidade.

Burning My Soul entra para a cota de canções repletas de refrões pesados que todo o CD do Dream Theater possui, embora ela não perca o teor melódico diante da leveza do restante do material. Hell´s Kitchen é uma música instrumental que é curta que conquista o ouvinte apenas pelo seu feeling. Essa é a essência de Falling Into Infinity.

Lines In The Sand já é uma composição mais complexa, com quebras de tempo e oscilações mais drásticas, mas mantendo a sensação agradável de todo o álbum. Fala sobre a criação de nossas crenças, usando a analogia do desenho das linhas na areia. Junto com Burning e Hell's Kitchen, as canções formam uma unidade melódica interessante.

Take Away My Pain e Just Let me Breath são duas músicas diferentes que abordam a libertação do homem de suas angústias existenciais. Uma apela para a balada acalma, enquanto a segunda conduz um ritmo mais pesado, apontando o vazio como uma solução. Anna Lee encerra o ciclo dessas canções falando do sofrimento de uma mulher que é incompreensível para o narrador do CD, com cicatrizes incuráveis.

O material se encerra melancólico, melódico e com um pingo de esperança em Trial of Tears. Dividida em três partes, a música narra uma chuva que se confunde com a depressão do próprio narrador, mostrando os paradoxos de nossos sofrimentos. Mostrando que pode chover até mesmo no paraíso. Falling Into Infinity vale ser ouvido porque é um álbum pouco valorizado, por ser "leve demais", e porque é profundo e atraente nos temas que aborda, de maneira imples.

Derek Sherinian participou do EP histórico Change of Seasons e do disco ao vivo Once in a LIVEtime. Mesmo assim, nada se compara ao trabalho dele em Falling Into Infinity.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A "máquina de bateria" nova do Dream Theater


O programa da emissora Discovery chamado "Super-Câmera" ("Time Warp") mostra o desempenho de Mike Mangini, o novo baterista do Dream Theater, com seus instrumentos. O vídeo está abaixo para você dar uma conferida e mostra como Mangini é um monstro de velocidade, chegando até 1247 batidas por segundo, utilizando apenas a força de seus pulsos.

A banda de metal progressivo está em boas mãos?



Fonte: Whiplash.net

Osama bin Laden é assassinado. E Barack Obama garante sua reeleição em 2012?



No dia 11 de setembro de 2001, o complexo World Trade Center foi destruído em Nova York por um atentado terrorista aéreo arquitetado pelo saudita Osama bin Laden. No dia 1º de maio de 2011, quase 10 anos depois do ataque aos Estados Unidos, ele foi assassinado por um comando especial americano ligado com a CIA. Foi morto o terrorista, dois homens, um de seus filhos e uma mulher que apontam como uma de suas esposas, usada como escudo humano na defesa.

A investida foi feita em cerca de 40 minutos em um hotel paquistanês. Com o fim da operação, o presidente norte-americano Barack Obama avisou os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush. Depois ele entrou no ar para as televisões, sendo o primeiro a transmitir a morte do terrorista bin Laden. Deu furo na CNN e em todos os jornais. Manteve para si as glórias pela informação.

Alguém duvida que a morte do terrorista é um instrumento político? Obama anunciou mês passado sua companha por reeleição em 2012. Pouco tempo antes, o presidente enfrentava problemas com sua popularidade e aceitação dos eleitores por uma reforma econômica sem muito efeito depois da depressão de 2008. Será que, com o povo comemorando nas ruas o fim do terrorismo, ele vira presidente de novo?

E será que a rede terrorista de Osama bin Laden - a Al Qaeda - ficará quieta?

domingo, 1 de maio de 2011

Felipe Neto e o combate aos impostos


Ele fala bastante sobre preço de jogos de videogame, de artigos de tecnologia e de bens que você não consideraria essenciais. E não são mesmo. No entanto, o videoblogger Felipe Neto está certo no seu programa Não faz sentido em lançar um manifesto junto com o jornal digital Brasil 247. A ação visa reunir um milhão de assinaturas digitais para que um projeto seja encaminhado diretamente para a presidente Dilma, para redução de impostos sobre produtos importados. Nome da iniciativa? Preço Justo.



Independente de gostar ou não dos vídeos de Felipe Neto, é interessante discutir e debater essa iniciativa. Talvez não necessariamente para ter um iPad com um preço mais acessível, mas para reduzir impostos de outros artigos importantes para a vida dos brasileiros hoje, com o país em desenvolvimento.

EDIT: Muitas pessoas acusam o autor do vídeo de estar fazendo marketing do Brasil 247. Independente disso, Felipe Neto está usando sua influência - mais de um milhão de seguidores - em prol de uma causa interessante para o mercado consumidor. E ele também critica politicamente o atual governo, o que é interessante.

A formação humanística do jornalismo segundo Voltaire


Texto publicado em 1765 para as grandes massas, Conselhos a um jornalista foi finalizado pelo filósofo e pensador Voltaire em 1737, na Holanda. Ao contrário da maioria dos intelectuais franceses - e indo na tendência do Iluminismo -, François-Marie Arouet "Voltaire" era a favor de uma linguagem acessível e até coloquial para defender seus argumento, ensaios e tratados que fizeram sucesso no século XVIII.

A obra, que não é tão reconhecida como Micrômegas, Cândido e outros livros, é a reunião de um texto sobre conselhos para jornalistas de sua época e artigos publicados no Jornal de política e de literatura e na Gazeta literária da Europa. A miscelânea é agradável de ler e não parece um texto de filosofia, embora Voltaire mostre um estudo profundo sobre o pensamento ocidental.

"Acima de tudo, ao expor opiniões, apoiando-as ou combatendo-as, evita palavras injuriosas que irritam um auditor e muitas vezes toda uma nação, sem esclarecer ninguém", afirma o pensador em seu texto, indicando a filosofia como um estudo das opiniões e das verdades históricas. Voltaire também recomenda o estudo aprofundado de história, comédia, tragédia, poemas, literatura geral e estilo. A formação humanística que o intelectual propõe é atual e razoável.

Embora Voltaire queira um jornalista que não abuse de opiniões maliciosas, suas resenhas sobre livros são repletas de ironias. Mesmo com esse teor, ele procura fundamentar todas as críticas negativas o que faz, com um comprometimento responsável ao escrever seus textos. Certamente, essa é uma capacidade que muitos jornalistas não possuem hoje. E que muitos não tinham em sua época.

A história, para Voltaire, é uma paixão natural do jornalismo, porque todos querem se encaixar nessa verdade que transpassa os tempos. O estudo de teatro, poesia e literatura é, para ele, o desenvolvimento da estética, do divertimento, do conhecimento e do humor. Ele não encara a formação do jornalismo como algo sisudo e chato, apenas baseado em fatos. Na descrição do mundo, a imprensa deve receber influência da cultura até mesmo para se corresponder melhor com seu público.

Mesmo para quem não gosta muito de filosofia, o livro é altamente recomendado. Reúne um intelectual sincero e suas opiniões sobre o papel dos jornalistas.

Posts mais lidos