quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Jornalismo funciona por aparelho móvel?

Não tenho certeza. No entanto, é fato que smartphones e tablets são desejos de algumas pessoas que querem sair dos computadores para novos aparelhos. A dúvida fica se é possível escrever apenas com tela sensível ao toque.

Bom, esse texto foi digitado de um iPod. No app do Blogger. É curto, mas compreensível.

E sem teclado!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alain de Botton não é autoajuda



O filósofo e escritor Alain de Botton deu uma palestra hoje, na editora Abril, sobre seu último livro, Religião para Ateus, e sobre seus pensamentos acerca de questões cotidianas. Apesar de ser apegado a pensadores céticos como Nietzsche e Platão, Botton se mostra mais interessado em assuntos comuns da literatura contemporânea, como amor, vida e morte. No entanto, o intelectual mostra que sua abordagem nos livros é totalmente diferente dos clássicos estudos metafísicos.

"O mundo precisa de escritores que vão às ruas. Não jornalistas, mas escritores mesmo. Escritores que descrevem, não os que vão em busca de escândalos, como os jornais", defendeu o pensador. Questionado sobre os livros que faz sob encomenda, ele diz não liga para os pedidos, desde que sejam sobre assuntos que normalmente não são abordados.

Ao falar sobre livros e escritores, Botton falou sobre sua última obra e foi questionado sobre a arte como entretenimento. Para ele, infelizmente essa visão colabora para que as criações artísticas fiquem restritas para um consumo aparente de "mulheres descupadas, ricas e ociosas". Alain de Botton gostaria que o meio artístico e a cultura tivessem um papel de sagrado, antes ocupado pela religião. Para ele, a arte poderia ter esse poder de reconfortar diante das mazelas da vida.

Nesse ponto da palestra, fizeram a pergunta: "Você é um autor de autoajuda?". Botton não fugiu da questão. "Eu quero criar uma nova autoajuda. Não quero criar soluções fáceis. Não vou te ajudar, porque muitas coisas não têm solução. Quero repartir coisas".

Apesar de querer criar algo novo nesse gênero de leitura fácil, o autor, com formação em filosofia no Reino Unido, não parece nem um pouco com os best-sellers do gênero. "Há escritores de locais proibidos e exóticos, como a Amazônia e o Congo. Eles vão para lá e fazem descrições interessantes. Há escritores sobre o amor, que é um assunto abordado diversas vezes. Mas não há escritores sobre corporações. Não há escritores que falam sobre bancos. Esses são assuntos que você vê na rua da sua casa, não é algo inacessível".

Alain de Botton parece querer ser um autor desses assuntos acessíveis, mas pouco abordados. Prazeres e desprazeres do Trabalho, livro publicado pelo escritor em 2009, faz uma crítica sobre a forma como procedemos com o mercado nos dias de hoje. "Usamos o trabalho para combater a morte, achando que somos imortais", diz ele. E, como toda boa reflexão, ele quer mostrar que o dia a dia nos escritórios não precisam ser encarados dessa maneira. Como se fosse a única coisa essencial na vida.

O escritor nasceu no dia 20 de dezembro de 1969 em Zurique, na Suíça. Alain se formou em história em Cambridge, fez mestrado em filosofia no King's College e fez doutorado em filosofia francesa na Universidade de Londres. Ele é idealizador do projeto School of Life, empresa cultural que pretende reorganizar o conhecimento.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gota D' Água: Uma campanha com atores globais que faz uma banalização positiva


É a Gota D' Água +10 from Movimento Gota d' Agua on Vimeo.

A questão sobre a hidrelétrica de Belo Monte era, antes deste vídeo, um assunto restrito aos que possuem consciência ambiental e pesquisam sobre o assunto. 

Depois desse vídeo, um plebicito online contra a construção da usina está sendo realizado e pessoas que não pensavam a questão estão vendo o que ocorre na Amazônia. 

Embora não explique vários detalhes, o material, de certa forma, é uma banalização positiva sobre o assunto. Reduz e passa a ideia dos índios em risco na região.

Boechat sobre a PM na Universidade de São Paulo: "A USP é bilionária"

Ricardo Boechat é um jornalista repeitado no rádio e na TV. Em um programa na rádio BandNews, o profissional fez uma critica pouco convencional sobre os eventos da Polícia Militar no campus da Universidade de São Paulo.

Vale ouvir o que ele tem a dizer, especialmente um trecho abaixo:

"A USP, minha gente, se ela fosse uma cidade, uma capital, ela seria o sétimo maior orçamento do Brasil. Vocês sabiam disso? Então, assim, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo - claro -, Porto Alegre, Fortaleza - eu lembro que estava na lista - e um município aqui de São Paulo, acho que São José dos Campos, que tem muita indústria, tem um orçamento maior do que a USP. 

De 3.600 bilhões de reais. Para administrar uma universidade, minha gente. Não é um país, não é sequer uma cidade, não tem favela, não tem esgoto a céu aberto, não tem problema habitacional, não tem nada que uma cidade tem e que precise de dinheiro para cuidar. 

A USP tem que cuidar de si e de seus estudantes, que são seu maior patrimônio. A USP pode, adequadamente, se equipar com uma polícia universitária, com equipamentos de vigilância, com iluminação de suas alamedas, com controle de acessos, detectores de metais, o diabo! 

Não precisa da PM, que aliás deveria  estar atendendo as necessidades da comunidade inteira de São Paulo, que são enormes. Não dentro de um campus, de uma universidade que tem recursos para prover sua segurança. 

A USP é bilionária. Por que não tem uma polícia universitária adequada? Por que não tem um campus devidamente vigiado? Ah, porque ele é grande. Grande é teu orçamento!"


sábado, 19 de novembro de 2011

PM terá 12,5 mil soldados nas UPPs do Rio até a Copa do Mundo, 2014


A Polícia Militar contará com 12,5 mil homens para atuação em unidades de Polícia Pacificadora, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Representantes do Exército apresentaram um balanço da ocupação, que ocorre desde novembro de 2010 nas comunidades que integram a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão. 

Desde a ocupação das UPPs nas comunidades, foi registrada queda nos índices de criminalidade. Os homicídios apresentaram redução de 86%, e os roubos de veículos diminuíram 76%.

Sobre os casos de conflitos entre moradores e soldados da Força de Pacificação, o general disse que são “casos isolados” e que estão ligados a interesses paralelos aos do estado.

Atualmente, o Exército tem 1,8 mil soldados de prontidão, a Polícia Militar 120 e a Polícia Civil 25.

Isso será suficiente para a Copa do Mundo de 2014?

Via Agência Brasil.

Standard & Poors eleva dívida soberana do Brasil. Somos economicamente confiáveis?


Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poors elevou a nota de dívida soberana de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. Para a agência, um dos argumentos para subir a nota em um nível no grau de investimento é o fato de o país ter mostrado capacidade para lidar com a deterioração da economia internacional.

“O governo de Dilma Rousseff vem demonstrando seu comprometimento em atingir as metas fiscais”, informou o comunicado da instituição acrescentando que a perspectiva do Brasil é “estável”. No entanto, a previsão da inflação do país neste ano é superior à meta do Banco Central, de 4,5%.

E ai, estamos realmente com toda essa "bola" na economia?

Via Agência Brasil e BBC.

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um dos fatos mais controversos sobre a PM na USP

Sim, este é um texto sobre o caso da Polícia Militar no campus da Cidade Universitária, na USP. Mais um texto. Mas não é um texto opinativo que cai nos argumentos da maioria.

Depois de pensar muito sobre o tema, decidi manifestar minha opinião somente quando tivesse algo relevante a dizer.

Tanto para os estudantes universitários, quanto para a polícia, ou mesmo para a sociedade.

Vamos recapitular os fatos:

- No dia 18 de maio de 2011, um estudante Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) é assassinado em uma tentativa de assalto. Estudantes de sua unidade prestam homenagens e fazem protestos. A Reitoria da USP fecha um convênio com a Polícia Militar, para aumentar a segurança do campus.

- No dia 27 de outubro de 2011, três estudantes são abordados por PMs após serem flagrados fumando maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Vários colegas se manifestam contra a prisão dos portadores de drogas. Após confronto com a Polícia Militar, os estudantes da FFLCH ocupam o prédio administrativo da mesma unidade.

- A administração da FFLCH é desocupada sem danos, segundo diversas reportagens. No dia 1 de novembro, pelo menos duas assembléias são realizadas entre os alunos com a pauta: Ocupação da Reitoria. A primeira vai contra a ocupação. Uma segunda é organizada e, com quórum menor, a ocupação ocorre na madrugada do dia 2.

- No dia 8 de novembro, a Polícia Militar entra no campus com 400 homens da Tropa de Choque e retira os estudantes da Reitoria. 73 são presos.

Com esses quatro fatos, duas posições ficaram claras: Entre estudantes, sociedade e até na imprensa.

- Alguns são favoráveis à PM no campus e contra aqueles que invadiram a Reitoria.

- Outros são contra a presença da polícia e à favor da saída do reitor, João Grandino Rodas.

Para esses dois lados da questão - e para muitos outros que não estão representados por estarem muito divididos -, recomendo dar uma olhada no vídeo abaixo:






Por que a PM jogou bombas de gás lacrimogêneo no Crusp? Que é uma habitação universitária tanto de estudantes quanto de funcionários da Cidade Universitária e de outros lugares?

Que peça está faltando no quebra-cabeça que coloca toda a questão da USP em conflito com a polícia?

Talvez seja esse homem:





João Grandino Rodas não foi eleito reitor em 2010. Ele não era o favorito nas eleições, pois estava em segundo lugar. Foi colocado no cargo pelo governador José Serra, de maneira antidemocrática diante dos votos de professores e do alto escalão dos administradores da universidade.

Independente de ser favorável ou não ao PSDB: Isso aconteceu e consta nos documentos. O governador estava no direito dele? Estava. Mas ele era candidato a presidente, contra Dilma Rousseff, na época. Tinha interesses políticos, provavelmente. E, misteriosamente, o reitor não comenta os recentes acontecimentos.

A discussão não é sobre drogas. Ou sobre a Polícia Militar. Ou sobre a briga PT versus PSDB. É sobre um reitor que não foi eleito democraticamente. Você pode até discordar dessa opinião neste final de texto. No entanto, até mesmo a parte sobre Rodas é baseada em fatos. Ele é uma minoria que está no poder e, pelo visto, está jogando uns contra outros, enquanto administra mal as verbas da universidade.

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