domingo, 31 de agosto de 2014

Jason Becker, guitarrista portador de esclerose, fez o melhor vídeo do balde de gelo

Por Pedro Zambarda

Jason Becker tem 45 anos, é americano da Califórnia e portador da doença ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) desde 1989. Sabendo que as doações são para pessoas com esta doença, o guitarrista fez uma participação no "desafio do balde de gelo", o "Bucket Challenge", proposto por organizações que ajudam nas pesquisas contra a ELA.


Atualmente, Jason perdeu todos os movimentos musculares do corpo devido à doença, exceto alguns no rosto e os olhos. O músico se comunica com o mundo exterior usando apenas o movimento dos globos oculares em um sistema que dá uma letra para cada movimento.

Graças a esta iniciativa, Jason Becker ainda está produzindo música.

Jason desafiou Eddie Van Halen, David Lee Roth e John Mayer a levar o desafio adiante. Confira o vídeo do desafio e 48 segundos de uma de suas obras-primas, a música Serrana.



Via Whiplash.net

Marina Silva divulga projeto de "casamento civil homossexual" e depois modifica iniciativa para sua candidatura presidencial

Por Akemi Nitahara, da Agência Brasil

A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) fez hoje (30) uma caminhada pela comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Cercada por correligionários e candidatos a cargos no Legislativo, ela parou algumas vezes para conversar com moradores e comerciantes.


Marina disse que o programa de seu partido inclui o respeito às comunidades, com acesso a serviços públicos de qualidade na saúde e educação, além de um “esforço continuado para que a segurança pública possa de fato resolver o problema da violência”. Ela disse que é preciso também destinar recursos para urbanizar e regularizar os locais de moradia existentes, sem remoções das comunidades.

“O nosso compromisso é tratar as comunidades com respeito ao seu território, à sua identidade cultural. E temos uma meta de aumentar em mais 4 milhões as moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, inclusive com os programas para atender às comunidades nas suas próprias regiões de moradia, fazendo a urbanização e criando os espaços de convivência; [implantando] a educação de tempo integral, valorizando os espaços de afetividade e de cultura nas comunidades”.

Quanto à retirada do programa de governo do trecho que propunha apoio ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo, Marina disse que houve um “engano”, e foi divulgado um texto que não havia sido aprovado pela coordenação da campanha. De acordo com ela, o mesmo ocorreu em relação à energia nuclear.

Projeto de casamento civil homossexual foi modificado para "união estável". Alteração ocorreu 24 horas depois de protestos do pastor Silas Malafaia, o que aumentou suspeitas de pressão externa.

“Não é que foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa, que foi em relação à energia nuclear, que na parte de ciência e tecnologia foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre mim e o Eduardo [Campos], e na parte do movimento LGBT. O texto para publicação foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram suas demandas; foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas. Agora voltou com o texto que foi mediado”.

De acordo com ela, independentemente da posição quanto à política LGBT, o compromisso da candidatura é com a defesa do Estado Laico, respeito à liberdade individual e à liberdade religiosa.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Truco - Eles falam, nós checamos - por Agência Pública

Por Agência Pública
Creative Commons

O que é este projeto?

O horário eleitoral gratuito na TV é uma das peças mais importantes da disputa pela presidência. Mas até que ponto o que os candidatos dizem na propaganda é verdadeiro? O contexto correto muda a informação? Ou o que diz o candidato é simplesmente falso?


No Truco! vamos checar os dados mais relevantes apresentados pelos presidenciáveis durante os programas exibidos nas noites de terça, quinta e sábado. Também podemos “pedir o truco”, um desafio público às campanhas para que expliquem promessas ou dados importantes aparentemente insustentáveis . Também podemos discordar frontalmente dos candidatos quando acharmos suas propostas perigosas para a democracia e direitos humanos. Aí vamos carimbar um “Que medo” e fazer uma materinha explicando por quê.

Ao verificar esses dados, nosso objetivo é melhorar a qualidade do debate e estimular os eleitores a questionar o discurso dos presidenciáveis. Para isso, vamos convidar o público a participar, sugerindo informações que devem ser checadas e contribuindo com dados relevantes sobre cada tema.

Também estaremos nas ruas fazendo uma série de reportagens investigativas que serão publicadas semanalmente na seção “Cartas na Mesa”.

Série semanal de reportagens

No início da campanha, as reportagens vão ter como foco a população negativamente afetada por ações, projetos e propostas dos candidatos. Serão três matérias.

Na segunda parte da série, o foco das reportagens serão as propostas dos candidatos para três áreas consideradas prioritárias, julgadas por especialistas e movimentos sociais.

A nossa checagem

Não é Bem Assim: Informação exagerada, distorcida ou discutível.

Tá Certo, Mas Peraí: Informação correta mas que merece ser contextualizada. Existem mais dados que o eleitor precisa saber do que os que foram apresentados durante o programa eleitoral.

Blefe: A informação é falsa. São usados dados de outras fontes ­– de preferência independentes – e auxílio de especialistas para confrontar a versão apresentada.

Zap!: Informação correta e também relevante dita pelo candidato. Para isso, são apresentados números que confirmam e expandem o que foi falado.

Truco!: Informações insustentáveis e promessas grandiosas, sem explicação de como serão implementadas. O Truco! é um desafio público enviado às equipes de campanha para que o candidato responsável pela frase dê mais explicações ao eleitor. As respostas obtidas serão divulgadas assim que a campanha responder.

Que medo!: Algumas propostas podem causar uma série de transtornos ou afetar negativamente alguns grupos da população. O selo servirá de alerta nesses casos e virá acompanhado de um texto que mostrará problemas que aquela ideia traz.

Rodada de promessas

Em breve, publicaremos um quadro com a compilação de todas as promessas apresentadas pelos presidenciáveis durante o horário eleitoral em áreas como educação, saúde, segurança e economia.

Quem faz o Truco?

O Truco é um projeto realizado pela equipe da Agência Pública de Jornalismo: Alexandre De Maio (ilustrações), Andrea Dip, Bruno Fonseca, Ciro Barros, Giulia Afiune, Jessica Mota, Luciano Onça, Marina Amaral, Marina Dias, Marcelo Grava, Maurício Moraes e Natalia Viana

Marina diz que partido dará explicações sobre avião que matou Eduardo Campos

Por Flávia Albuquerque, da Agência Brasil
Creative Commons

A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) visitou hoje (25) a Bienal do Livro, em São Paulo. Ela e o candidato a vice-presidente na chapa, Beto Albuquerque, disseram que o partido está investigando denúncia de que o jato usado por Eduardo Campos no acidente ocorrido no último dia 13, em Santos (SP), que matou o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas, foi comprado com o uso de recursos não contabilizados.



De acordo com informações publicadas ontem (24) pelo jornal A Folha de S.Paulo, a Polícia Federal investiga se o jato Cessna Citation PR-AFA foi comprado com dinheiro de caixa 2 do partido. Além disso, há denúncias de que o partido não declarou nenhuma informação sobre o jatinho à Justiça Eleitoral.

Marina destacou que tem a preocupação de que todos os esclarecimentos sejam dados. “Tanto quanto as razões do acidente, quanto do ponto de vista legal. Esse é um esforço que o partido está fazendo com o senso de responsabilidade que temos que ter com uma questão como essa. Nós queremos que sejam dadas explicações de acordo com a materialidade dos fatos, e para isso é preciso que tenhamos o tempo necessário para que essas explicações tenham a devida base legal”.

“Espero que, entre hoje e amanhã, através do escritório de advocacia que contratamos, possamos dar ao Brasil todos os esclarecimentos. Estamos juntando as informações para que isso não deixe qualquer dúvida para ninguém. Não devemos passar dessa semana sem dar as explicações e esclarecimentos devidos”, disse Albuquerque, após visita à 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na capital paulista, ao lado da sua candidata à Presidência, Marina Silva.

Marina ressaltou que a visita à Bienal ocorreu em função do espaço destinado à educação em seu programa de governo. Para ela é preciso deixar claro que a educação passa por dois processos: a entrada na escola na idade certa e da maneira certa, com ensino em período integral; e o [processo] exercido pela comunidade escolar, que envolve familiares e outros agentes educacionais.

“Queremos uma educação que seja capaz de alfabetizar com competência, de formar com capacidade, para que as pessoas possam acessar ocupações que melhorem suas vidas, e [capaz de] formar cidadãos de acordo com as necessidades do nosso país. Queremos também valorizar a leitura como forma complementar de formação da criança, do adolescente e do jovem”, disse.

Cai o número de brasileiros que joga futebol no lazer

Por Hérika Dias, da Agência USP de Notícias
Creative Commons

A paixão dos brasileiros pelo futebol pode ser grande, mas o número de pessoas que faz do esporte uma atividade física de lazer caiu. De 2006 a 2012, o percentual foi de 9,1% para 7,2%, uma redução de 20% em sete anos. O futebol foi ultrapassado pela musculação/ginástica (aumento de 7,9% para 11,2%) e se tornou a terceira atividade física mais praticada nas horas de folga dos brasileiros. Em primeiro está a caminhada (em torno de 18% entre 2006 e 2012).


As informações constam de um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, baseado nos dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas), um inquérito produzido anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas por telefone com cerca de 54 mil pessoas, a partir dos 18 anos, nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.

Os doutorandos Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia e o pós-doutorando Rafael Moreira Claro analisaram as dados do Vigitel entre 2006 e 2012 para descrever a frequência e os principais tipos de atividade física praticados pelos adultos brasileiros no período de lazer.

De acordo com os pesquisadores, o estudo é descritivo e, portanto, não foram investigadas as possíveis causas da variação dos praticantes de futebol. “Não podemos ser taxativos de que está havendo uma substituição. O fato de o futebol estar caindo e da musculação/ginástica estarem subindo em termos populacionais, não quer dizer que as pessoas estão trocando uma coisa pela outra, pode ser que as pessoas que deixam de jogar futebol não sejam as mesmas que passaram a frequentar mais a academia”, ressalta Thiago Hérick de Sá.

Entretanto, eles formularam algumas hipóteses para explicar a queda na prática de futebol. “No Brasil, jogar futebol sempre foi muito dependente de campos públicos e muitos deles estão em terrenos baldios. Mas esses espaços têm diminuído muito por causa do mercado imobiliário, para a construção de novos prédios, novos empreendimentos, o que se dá tanto em regiões mais centrais como na periferia das cidades”, afirma o pesquisador.

Ele sugere que a diminuição dos praticantes de futebol também esteja ligada à dificuldade em se encontrar tempo e pessoas. “É preciso tempo para se fazer uma prática dessa ou mesmo para se organizar uma partida, porque jogar futebol envolve no mínimo 10 pessoas. A organização dessa atividade toma tempo e hoje vivemos em um contexto social que torna isso um pouco mais difícil.”

Academias

O crescimento dos praticantes de ginástica/musculação – passou de 7,9% em 2006 para 11,2% em 2012 – pode estar relacionado ao aumento da oferta de espaços para a prática, segundo Thiago. “O número de academias tem crescido, mesmo as academias de bairro. Há também iniciativas públicas, governamentais para oferecer esse tipo de espaço. Programas de ginástica dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), também aumentam a oferta desse tipo de atividade.”

Ele também acredita que o crescimento do poder de compra do brasileiro contribuiu para mudança. “A população brasileira teve um aumento no ganho real da sua remuneração nos últimos 10 anos, isso facilita as pessoas pagarem uma academia, por exemplo”.

Atividade física

O estudo mostra que metade dos brasileiros não faz atividades físicas no seu tempo de lazer. A outra metade que pratica alguma atividade física é composta na maioria por homens – 60%, contra 40% de mulheres. Os principais tipos de práticas em 2012 foram caminhada (18,1%), musculação/ginástica (11,2%), futebol (7,2%), corrida (3,1%), bicicleta (2%), hidroginástica (0,9%), natação (0,9%), outros (3,65).

Os pesquisadores chamam a atenção para a falta de diversidade nas atividades físicas de lazer praticadas no Brasil, 78% está baseada na caminhada, ginástica/musculação e futebol. “Isso é o reflexo da falta de uma política nacional de promoção da atividade física e do esporte. É normal que a cultura de alguns países dê mais atenção para determinados tipos de práticas, mas mesmo assim essa proporção no Brasil pareceu exagerada, precisaríamos diversificar, oferecer espaços para outras práticas, como handebol, luta, dança, yoga, etc”, alerta o pesquisador.

O trabalho dos pesquisadores do Nupens foi publicado em julho no International Journal of Public Health.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Jovem cria “Geladeiroteca” para incentivar leitura com livros gratuitos

Por Ferraz Jr, do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura USP do Campus de Ribeirão Preto
Via Agência USP de Notícias, Creative Commons

A população de Sertãozinho, cidade a 20 quilômetros de Ribeirão Preto (interior de São Paulo), ganhou um estímulo inusitado para incentivar a leitura. O jovem Haroldo Luís Beraldo decidiu copiar uma ideia: a de customizar uma geladeira e fazer dela uma biblioteca. O resultado deu tão certo que ele montou a segunda “geladeiroteca” e estuda abrir mais três, em menos de um ano. Estudante do curso de Ciências da Informação, Documentação e Biblioteconomia, o CID, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Beraldo se inspirou em ideias semelhantes que encontrou em Araraquara, São Paulo, e Blumenau, em Santa Catarina.

Segundo ele, a ideia de fazer a geladeiroteca surgiu da necessidade de apresentar algum projeto na “11ª Feira do Livro de Sertãozinho”, em outubro de 2013. Ele participa da Feira desde 2007 como membro da comissão organizadora e, desde 2012, com a Biblioteca Gen. Álvaro Tavares Carmo, mais conhecida como Biblioteca da Canaoeste, também em Sertãozinho, onde o projeto está ancorado. “Pesquisei a respeito de projetos que envolviam doação e repasse de livros e o que fiz foi apenas copiar uma ideia e adaptar à realidade da biblioteca e da Feira do Livro”, revela. Assim nasceu o projeto “Geladeiroteca: consuma aqui e alimente seu espírito”.

Ele inscreveu e teve o projeto aprovado em edital do Ministério da Cultura que possibilitava a uma série de municípios terem seus Pontos de Leitura. Com isso, foi contemplado com R$ 20 mil para custear a implantação do projeto. O professor de Beraldo na FFCLRP, José Eduardo Santarém Segundo, coordenador do Curso de Ciências da Informação e da Documentação e Biblioteconomia, elogia a iniciativa. “É uma satisfação ver que nossos egressos estão propondo projetos desta natureza, com uma linha empreendedora e criativa de estímulo a leitura.”

Geladeira e consumo de livros

A escolha da geladeira como local para montar uma biblioteca não foi ao acaso e ele se diverte com isso. “Como é um eletrodoméstico usado nas residências para armazenar itens que geralmente são consumidos diariamente, resolvi trabalhar, ou melhor, brincar com a noção de consumo, mas não de alimentos e sim de livros. Por isso escolhi a geladeira. Consumimos tanta coisa no nosso dia a dia e que tal seria ter uma geladeira onde se consome livros?”

O funcionamento do projeto é simples. Trata-se de uma carcaça de geladeira que é customizada para chamar a atenção de quem vê e é alimentada com livros recebidos por doação. As pessoas podem retirar, trocar e doar livros sem que haja a necessidade de um cadastro formal com qualquer biblioteca. “É uma forma simples de oferecer livros para a população de maneira desburocratizada, o oposto do que normalmente acontece em bibliotecas”, explica. Beraldo não sabe ao certo quantos livros já passaram pelo projeto. Ele calcula que na Feira do Livro de Sertãozinho do ano passado foram repassados aproximadamente 400 livros à população. Na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto desse ano, mais de 3 mil.

A receptividade superou as expectativas iniciais de Beraldo. “As próprias pessoas que retiram livros se encarregam de devolver ou de doar outro no lugar. Isso acaba criando uma noção de pertencimento e também de colaboração que eu, particularmente, não esperava que fosse acontecer de uma forma tão natural e rápida”. Em Sertãozinho funcionam duas geladeirotecas instaladas em locais de grande fluxo de pessoas. Uma está no Centro Esportivo Mogiana, em parceria com a ABA, a Associação Amigos do Bairro Alvorada. A outra está no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

A tortura da jornalista Miriam Leitão durante a Ditadura Militar

Por Pedro Zambarda

A jornalista econômica da TV Globo, de O Globo e da Globonews, Miriam Leitão, rompeu o silêncio e falou pela primeira vez sobre as torturas que sofreu na Ditadura Militar. O depoimento foi dado ao jornalista Luiz Cláudio Cunha do Observatório da Imprensa.


Segue o texto com o relato de Miriam.

‘Eu sozinha e nua. Eu e a cobra. Eu e o medo‘

Eu morava numa favela de Vitória, o Morro da Fonte Grande. Num domingo, 3 de dezembro de 1972, eu e meu companheiro na época, Marcelo Netto, estudante de Medicina, acordamos cedo para ir à praia do Canto, próxima ao centro da capital. Acordei para ir à praia e acabei presa na Prainha. É o bairro que abriga o Forte de Piratininga, essa construção bonita do século 17. Ali está instalado o quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, do outro lado da baía.

Eu tinha dado quatro plantões seguidos na redação da rádio Espírito Santo e já tinha quase um ano de profissão. Eu vestia uma camisa branca larga, de homem, sobre o biquini vermelho. Caminhando pela Rua Sete em direção à praia, alguém gritou de repente:

– Ei, Marcelo?

Nos viramos e vimos dois homens correndo em nossa direção com armas. Eu reconheci um rosto que vira em frente à Polícia Federal. Meu ônibus sempre passava em frente à sede da PF e eu tentava guardar os rostos.

– É a Polícia Federal – avisei ao Marcelo

Em instantes estávamos cercados. Apareceram mais homens, mais um carro. Voltei a perguntar:

– O que está acontecendo?

Eles nos algemaram e empurraram o Marcelo para o camburão. Era uma camionete Veraneio, sem identificação. Eu tive uma reação curiosa: antes que me empurrassem sentei no chão da calçada e comecei a gritar, a berrar como louca, queria chamar a atenção das pessoas na rua. Mas ainda era cedo, manhã de domingo, havia pouca gente circulando. Achava que quanto mais gente visse aquela cena, mais chances eu teria de sair viva. Como eu berrava, me puxaram pelos cabelos, me agarraram para me colocar no carro. Eu, ainda com aquela coisa de Justiça na cabeça, reclamei:

– Moço, cadê a ordem de prisão?

O homem botou a metralhadora no meu peito e respondeu com outra pergunta:

– Esta serve?

As algemas eram diferentes, eram de plástico, e estavam muito apertadas, doíam no pulso. Viajamos sem capuz, eu e Marcelo, em direção a Vila Velha, onde fica o quartel do Exército. Eu ainda achava que não era nada comigo, que o alvo era o Marcelo. Ele estava no quarto ano de Medicina e tinha acabado de liderar a única greve de estudantes do país daquele ano, que trancou por dois dias as aulas na universidade de Vitória e paralisou os trabalhos no Hospital de Clínicas. Achei que estava presa só porque estava indo à praia com o Marcelo.

A Veraneio entrou no pátio do quartel, o batalhão de infantaria. Nos levaram por um corredor e nos separaram. Marcelo foi viver seu inferno, que durou 13 meses, e eu o meu. Sobre mim jogaram cães pastores babando de raiva. Eles ficavam ainda mais enfurecidos quando os soldados gritavam: “Terrorista, terrorista!”. Pareciam treinados para ficar mais bravos quando eram incitados pela palavra maldita. De repente, os soldados que me cercavam começaram a cantar aquela música do Ataulfo Alves: “Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade”. Só então percebi que minha prisão não era um engano. “Amélia” era o codinome que o meu chefe de ala no PCdoB tinha escolhido pra mim: “Você, a partir de agora, vai se chamar Amélia”. Quis reagir na hora, afinal não tenho nada de Amélia, mas não quis discordar logo na primeira reunião com o dirigente.

O comandante do batalhão era o coronel Sequeira [tenente-coronel Geraldo Cândido Sequeira, que exerceu o comando do 38º BI entre 10 de março de 1971 a 13 de março de 1973], que fingia que mandava, mas não via nada do que acontecia por lá. O homem que de fato mandava naquele lugar, naquele tempo, era o capitão Guilherme, o único nome que se conhecia dele. Ele era o chefe do S-2, o setor de inteligência do batalhão. Todos os interrogatórios e torturas estavam sob a coordenação dele. Ele pessoalmente nada fazia, mas a ele tudo era comunicado. Nesse primeiro dia me deu um bofetão só porque eu o encarei.

– Nunca mais me olhe assim! – avisou.

Fui levada para uma grande sala vazia, sem móveis, com as janelas cobertas por um plástico preto. Com a luz acesa na sala, vi um pequeno palco elevado, onde me colocaram de pé e me mandaram não recostar na parede. Chegaram três homens à paisana, um com muito cabelo, preto e liso, um outro ruivo e um descendente de japonês. Mandaram eu tirar a roupa. Uma peça a cada cinco minutos. Tirei o chinelo. O de cabelo preto me bateu:

– A roupa! Tire toda a roupa.

Fui tirando, constrangida, cada peça. Quando estava nua, eles mandaram entrar uns 10 soldados na sala. Eu tentava esconder minha nudez com as mãos. O homem de cabelo preto falou:

– Posso dizer a todos eles para irem pra cima de você, menina. E aqui não tem volta. Quando começamos, vamos até o fim.

Os soldados ficaram me olhando e os três homens à paisana gritavam, ameaçando me atacar, um clima de estupro iminente. O tempo nessas horas é relativo, não sei quanto tempo durou essa primeira ameaça. Viriam outras.

Eles saíram e o homem de cabelo preto, que alguém chamou de Dr. Pablo, voltou trazendo uma cobra grande, assustadora, que ele botou no chão da sala, e antes que eu a visse direito apagaram a luz, saíram e me deixaram ali, sozinha com a cobra. Eu não conseguia ver nada, estava tudo escuro, mas sabia que a cobra estava lá. A única coisa que lembrei naquele momento de pavor é que cobra é atraída pelo movimento. Então, fiquei estática, silenciosa, mal respirando, tremendo. Era dezembro, um verão quente em Vitória, mas eu tremia toda. Não era de frio. Era um tremor que vem de dentro. Ainda agora, quando falo nisso, o tremor volta. Tinha medo da cobra que não via, mas que era minha única companhia naquela sala sinistra. A escuridão, o longo tempo de espera, ficar de pé sem recostar em nada, tudo aumentava o sofrimento. Meu corpo doía.

Não sei quanto tempo durou esta agonia. Foram horas. Eu não tinha noção de dia ou noite na sala escurecida pelo plástico preto. E eu ali, sozinha, nua. Só eu e a cobra. Eu e o medo. O medo era ainda maior porque não via nada, mas sabia que a cobra estava ali, por perto. Não sabia se estava se movendo, se estava parada. Eu não ouvia nada, não via nada. Não era possível nem chorar, poderia atrair a cobra. Passei o resto da vida lembrando dessa sala de um quartel do Exército brasileiro. Lembro que quando aqueles três homens voltaram, davam gargalhadas, riam da situação. Eu pensava que era só sadismo. Não sabia que na tortura brasileira havia uma cobra, uma jiboia usada para aterrorizar e que além de tudo tinha o apelido de Míriam. Nem sei se era a mesma. Se era, talvez fosse esse o motivo de tanto riso. Míriam e Míriam, juntas na mesma sala. Essa era a graça, imagino.

Dr. Pablo voltou, depois, com os outros dois, e me encheu de perguntas. As de sempre: o que eu fazia, quem conhecia. Me davam tapas, chutes, puxavam pelo cabelo, bateram com minha cabeça na parede. Eu sangrava na nuca, o sangue molhou meu cabelo. Ninguém tratou de minha ferida , não me deram nenhum alimento naquele dia, exceto um copo de suco de laranja que, com a forte bofetada do capitão Guilherme, eu deixei cair no chão. Não recebi um único telefonema, não vi nenhum advogado, ninguém sabia o que tinha acontecido comigo, eu não sabia se as pessoas tinham ideia do meu desaparecimento. Só três dias após minha prisão é que meu pai recebeu, em Caratinga, um telefonema anônimo de uma mulher dizendo que eu tinha sido presa. Ele procurou muito e só conseguiu me localizar no fim daquele dezembro. Havia outros presos no quartel, mas só ao final de três semanas fui colocada na cela com a outras presas: Angela, Badora, Beth, Magdalena, estudantes, como eu.

Fiquei 48 horas sem comer. Eu entrei no quartel com 50 kg de peso, saí três meses depois pesando 39 kg. Eu cheguei lá com um mês de gravidez, e tinha enormes chances de perder meu bebê. Foi o que médico me disse, quando saí de lá, com quatro meses de gestação. Eu estava deprimida, mal alimentada, tensa, assustada, anêmica, com carência aguda de vitamina D por falta de sol. Nada que uma mulher deve ser para proteger seu bebê na barriga. Se meu filho sobrevivesse, teria sequelas, me disse o médico.

– A má notícia eu já sei, doutor, vou procurar logo um médico que me diga o que fazer para aumentar as chances do meu filho.

Mas isso foi ao sair. Lá dentro achei que não havia chance alguma para nós. Eu era levada de uma sala para outra, numa área administrativa do quartel, onde passava por outras sessões de perguntas, sempre as mesmas, tudo aos gritos, para manter o clima de terror, de intimidação. Na noite seguinte, atravessei a madrugada com uma sessão de interrogatório pesado, o Dr. Pablo e os outros dois berrando, me ameaçando de estupro, dizendo que iam me matar. Um dia achei que iria morrer. Entraram no meio da noite na cela do forte para onde eu fui levada após esses dois dias. Falaram que seria o último passeio e me levaram para um lugar escuro, no pátio do quartel, para simular um fuzilamento. Vi minha sombra refletida na parede branca do forte, a sombra de um corpo mirrado, uma menina de apenas 19 anos. Vi minha sombra projetada cercada de cães e fuzis, e pensei: “Eu sou muito nova para morrer. Quero viver”.

Um dia, um outro militar, que não era nenhum daqueles três, botou um revólver na minha cabeça e falou: “Eu posso te matar”. E forçou aquele cano frio na minha testa. Me deu um sentimento enorme de solidão, de abandono. Eu me senti absolutamente só no mundo. Pela falta de notícias, imaginava que o Marcelo estava morto. Entendi que iria morrer também e que ninguém saberia da minha morte, pensei. Mas não quis demonstrar medo. Lembro que o homem do revólver tinha olhos azuis. Olhei nos seus olhos e respondi: “Sim, você pode pode me matar”. E repeti, falando ainda mais alto, com ar de desafio: “Sim, você pode!”

Um dos interrogatórios foi feito na sala do capitão Guilherme, o S-2 que mandava em todos ali. Era noite, ele não estava, e me interrogaram na sala dele. Lembro dela porque havia na parede um quadro com a imagem do Duque de Caxias. Estava ainda com o biquíni e a camisa, era a única roupa que eu tinha, que me protegia. Nessa noite, na sala, de novo fui desnudada e os homens passaram o tempo todo me alisando, me apalpando, me bolinando, brincando comigo. Um deles me obrigou a deitar com ele no sofá. Não chegaram a consumar nada, mas estavam no limite do estupro, divertindo-se com tudo aquilo.

Eu estava com um mês de gravidez, e disse isso a eles. Não adiantou. Ignoraram a revelação e minha condição de grávida não aliviou minha condição lá dentro. Minha cabeça doía, com a pancada na parede, e o sangue coagulado na nuca incomodava. Eu não podia me lavar, não tinha nem roupa para trocar. Quando pensava em descansar e dormir um pouco, à noite, o lugar onde estava de repente era invadido, aos gritos, com um bando de pastores alemães latindo na minha cara. Não mordiam, mas pareciam que iam me estraçalhar, se escapassem da coleira. E, para enfurecer ainda mais os cães, os soldados gritavam a palavra que enlouquecia a cachorrada: “Terrorista, terrorista!…”

As primeiras três semanas que passei lá foram terríveis. Só melhorou quando o Dr. Pablo e seus dois companheiros foram embora. Entendi então que eles não pertenciam ao quartel de Vila Velha. Tinham vindo do Rio, é o que chegaram a conversar entre eles, em papos casuais: “E aí, quando voltarmos ao Rio, o que a gente vai fazer lá…” Isso fazia sentido, porque o quartel de Vila Velha integra o Comando do I Exército, hoje Comando do Leste, que tem o QG no Rio de Janeiro.

Quando o trio voltou para o Rio, a situação ficou menos ruim. Eles já não tinham mais nada para perguntar. Me tiraram da cela da fortaleza e me levaram para a cela coletiva. Foi melhor. Na cela do forte não havia janelas, a porta era inteiriça e minhas companhias eram apenas as baratas. Fiz uma foto minha, agora em 2011, ao lado da porta.

Até que chegou o dia de assinar a confissão, para dar início ao IPM, o inquérito policial-militar que acontecia lá mesmo, dentro do quartel. Me levaram para a sala do capitão Guilherme, o S-2, e levei um susto. Lá estava o Marcelo, que eu pensava estar morto. Os militares saíram da sala e nos deixaram sozinhos. Quando eu fui falar alguma coisa, o Marcelo me fez um sinal para ficar calada. Ele levantou, foi até a parede e levantou o quadro do Duque de Caxias. Estava cheio de fios e microfones lá atrás. Era tudo grampo.

Depois disso, o Marcelo foi levado para o Regimento Sampaio, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, e lá ficou nove meses numa solitária. Sem banho de sol, sem nada para ler, sem ninguém para conversar. Foi colocado lá para enlouquecer. Nove longos e solitários meses… Nós, todos os presos, e os que já estavam soltos nos encontramos mais ou menos em junho na 2ª Auditoria da Aeronáutica, para o que eles chamam de sumário de culpa, o único momento em que o réu fala. Eu com uma barriga de sete meses de gravidez. O processo, que envolvia 28 pessoas, a maioria garotos da nossa idade, nos acusava de tentativa de organizar o PCdoB no estado, de aliciamento de estudantes, de panfletagem e pichações. Ao fim, eu e a maioria fomos absolvidos. O Marcelo foi condenado a um ano de cadeia. Nunca pedi indenização, nem Marcelo. Gostaria de ouvir um pedido de desculpas, porque isso me daria confiança de que meus netos não viverão o que eu vivi. É preciso reconhecer o erro para não repeti-lo. As Forças Armadas nunca reconheceram o que fizeram.

Nunca mais vi o capitão Guilherme, o S-2 que comandou tudo aquilo. Uma vez ele apareceu no Superior Tribunal Militar como assessor de um ministro. Marcelo foi expulso do curso de Medicina, após a prisão, e virou jornalista. Fomos para Brasília em 1977. Por ironia do destino, Marcelo só conseguiu vaga de repórter para cobrir os tribunais. E lá no STM, um dia, ele reviu o capitão Guilherme. Depois disso, não soubemos mais dele. Nem sei se o S-2 ainda está vivo.

O que eu sei é que mantive a promessa que me fiz, naquela noite em que vi minha sombra projetada na parede, antes do fuzilamento simulado. Eu sabia que era muito nova para morrer. Sei que outros presos viveram coisas piores e nem acho minha história importante. Mas foi o meu inferno. Tive sorte comparado a tantos outros.

Sobrevivi e meu filho Vladimir nasceu em agosto forte e saudável, sem qualquer sequela. Ele me deu duas netas, Manuela (3 anos) e Isabel (1). Do meu filho caçula, Matheus, ganhei outros dois netos, Mariana (8) e Daniel (4). Eles são o meu maior patrimônio.

Minha vingança foi sobreviver e vencer. Por meus filhos e netos, ainda aguardo um pedido de desculpas das Forças Armadas. Não cultivo nenhum ódio. Não sinto nada disso. Mas, esse gesto me daria segurança no futuro democrático do país.

Via Mário Magalhães, do UOL, e Observatório da Imprensa

domingo, 17 de agosto de 2014

Elio Gaspari, que não aparece muito em público, fala no 9º Congresso da Abraji

Por Pedro Zambarda

Colunista da Folha de S.Paulo e de O Globo, Elio Gaspari falou no 9º Congresso da Abraji sobre sua carreira como repórter do PCB, sobre sua atuação com o Ibrahim Sued no Rio de Janeiro e sobre "o dever de ter uma curiosidade quase irresponsável" dos jornalistas.



"Nossa única obrigação é saber quando nosso interlocutor está nos fazendo de bobo. Ai cada um decide o que fazer melhor. A gente pode continuar fingindo que é bobo, pode dizer que não é bobo, mas essa é a nossa vida que lida com pessoas que, por alguma razão, acham que podem nos fazer de bobo", explicou Elio, ao falar tanto para o foca de redação quanto para o profissional experiente.

Confira o vídeo abaixo.

sábado, 16 de agosto de 2014

Jorge Furtado discute a importância da imprensa em novo documentário

Por Pedro Zambarda

O cineasta brasileiro Jorge Furtado lançou o documentário Mercado de Notícias, baseado em uma peça de teatro The Staple of News, de 1625, do dramaturgo inglês Ben Jonson. A obra aborda o nascimento do jornalismo impresso. O gaúcho Jorge Furtado montou a peça em português e traçou relações com a imprensa brasileira.



Furtado entrevistou 13 jornalistas: Bob Fernandes, Cristiana Lôbo, Fernando Rodrigues, Geneton Moraes Neto, Janio de Freitas, José Roberto de Toledo, Leandro Fortes, Luis Nassif, Mauricio Dias, Mino Carta, Paulo Moreira Leite, Raimundo Pereira e Renata Lo Prete. O filme intercala depoimentos, trechos da peça que ele montou e momentos do jornalismo brasileiro. Furtado depois publicou um texto no jornal Zero Hora, chamado "O produto do jornalismo não é a informação, é a credibilidade".

O Mercado de Notícias está em cartaz na semana de 14 a 20 de agosto. Confira os locais e horários:

Belo Horizonte
Cine Belas Artes - Sala 03 - 21h40

Curitiba
Espaço Itaú de Cinema - Crystal - Sala 01 - 21h40

Florianópolis
Cinespaço Beiramar - Sala 05 - 20h

Fortaleza
Cinema Dragão do Mar
Sábado (16/08): 14h30 e 16h20
Domingo (17/08): 14h30 e 16h20
Terça (19/08): 14h30 e 20h10
Quarta (20/08): 14h30 e 20h10

João Pessoa
Cinespaço Mag Shopping - Sala 01 - 19h30

Porto Alegre
Cinebancários - 15h / 17h / 19h (não haverá sessões segunda)
Terça terá sessão extra as 19h30
Espaço Itaú de Cinema - Bourbon Country - Sala 08
14h / 16h / 20h - (não haverá a sessão das 20h no sábado)

Recife
Fundação Joaquim Nabuco
Sábado (16/08) - 18h20
Domingo (17/08) - 18h50 / 20h50
Terça (19/08) - 18h20
Quarta (20/08) - 15h40 / 20h50

Rio de Janeiro
Espaço Itaú de Cinema - Botafogo - Sala 05 - 14h / 16h / 20h

Salvador
Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha - Sala 04 - 13h10 / 19h10

Santos
Espaço de Cinema - Sala 02 - 19h10

São Paulo
Cine Livraria Cultura - Sala 02 - 14h / 19h50 / 22h
Espaço Itaú de Cinema - Augusta - Sala 04 - 13h50 / 21h50
(não haverá a sessão das 21h50 na segunda)
Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca - Sala 05 - 16h
Espaço Itaú de Cinema - Pompeia - Sala 10 - 20h

Confira os depoimentos de alguns jornalistas presentes no documentário:

Luis Nassif - atualmente no site GGN



Paulo Moreira Leite - atualmente no site Brasil247



Fernando Rodrigues - atualmente na Folha de S.Paulo



José Roberto de Toledo - atualmente no Estado de S.Paulo



Jânio de Freitas - atualmente na Folha de S.Paulo



Renata Lo Prete - atualmente na Globonews


Geneton Moraes Neto - atualmente no G1 e na TV Globo

Jô Soares recebe alta hospitalar após 22 dias de internação

Por Pedro Zambarda

Jô Soares foi internado há 22 com infecção pulmonar e recebeu alta nesta sexta-feira (15), de acordo com diretor Willem van Weerelt. O apresentador estava no hospital Sírio-Libanês desde o dia 25 de julho.


Jô já quer voltar trabalhar e promete fazer piadas com sua internação, mas ainda não tem previsão de seu retorno à TV. Esta informação é da produtora de seu programa, Anne Porlan.

Há suspeita de que o apresentador tenha câncer no pulmão, de acordo com o colunista Leo Dias do jornal carioca O Dia. O oncologista Dráuzio Varella teria sido chamado para cuidar do humorista.

Via Folha


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Marina Silva diz que Campos estava empenhado até o final na defesa dos ideais

Por Helena Martins, da Agência Brasil
Creative Commons

A candidata à Vice-Presidência na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, veio a público, há pouco, lamentar a morte do político pernambucano, que foi vítima de um acidente de avião, no fim da manhã de hoje (13). Ela disse que Campos estava empenhado na defesa dos ideais que defendeu “até os últimos segundos de sua vida”.


Emocionada, Marina se solidarizou com a família de Campos e dos assessores e disse que “durante esses dez meses de convivência, aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e em seus ideais de vida”.

A ex-ministra do Meio Ambiente e organizadora da Rede Sustentabilidade estava em São Paulo hoje, mas cumpria agenda pessoal na capital paulista, enquanto Campos seguia para Santos.

Durante a declaração para a imprensa, Marina não falou sobre uma possível substituição da candidatura. Ela destacou a parceria com o político, afirmando que “começamos a fiar juntos, principalmente a esperança de um mundo melhor, de um mundo mais justo”.

Essa foi a primeira declaração de Marina Silva sobre o acidente ocorrido hoje. Mais cedo, a fotografia que ilustrava o seu perfil no Facebook foi trocada por uma imagem preta, em sinal de luto. Ela deveria acompanhar Eduardo Campos no voo, mas antecipou a ida a São Paulo para fazer uma gravação.

Eduardo Campos era um político promissor, diz a petista Dilma Rousseff

Por Paulo Victor Chagas, da Agência Brasil
Creative Commons

A presidente Dilma Rousseff voltou a se manifestar nesta tarde sobre a morte do ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Segundo ela, Campos era um político promissor que poderia galgar os mais altos postos do país. “Em nome do governo brasileiro e do povo brasileiro, gostaria de dar os mais profundos pêsames à família de Eduardo Campos; à sua mãe, Ana Arraes; à dona Renata, como ele carinhosamente chamava sua esposa; a seus filhos e a toda família”, disse há pouco, no Palácio do Planalto.



Dilma disse que ainda não conseguiu falar com a família do ex-governador, apesar de tentar contato com Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União, mas telefonou ao governador do estado, João Soares Lyra Neto, colocando à disposição de Pernambuco todas as condições materiais que puderem ser fornecidas pelo governo federal. Consternada, a presidente garantiu que irá ao velório do político “sem sombra de dúvidas”.

“O Brasil perde uma jovem liderança com um futuro extremamente promissor pela frente. Um homem que poderia galgar os mais altos postos do país”, afirmou. A presidente disse esperar que o exemplo de Campos sirva para mantê-lo vivo nas memórias e corações dos brasileiros. “Devemos acatar com reconhecimento que nós, seres humanos, somos afetados pela fragilidade da vida, mas também pela força e exemplo das pessoas”.

Dilma também estendeu condolências às famílias dos assessores que acompanhavam o político na tragédia e dos tripulantes. “Para além das nossas divergências, sempre mantivemos uma relação de respeito mútuo”, disse.

Conforme nota oficial divulgada anteriormente, Dilma frisou o luto de três dias e a suspensão de sua agenda por três dias. “O Brasil vai agora prantear esse grande brasileiro que morreu no dia de hoje”, disse.

Eduardo Campos fará falta à política nacional, diz o tucano Aécio Neves

Por Bruno Bocchini, da Agência Brasil
Creative Commons

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, lamentou hoje (13) a morte do também candidato Eduardo Campos em acidente de avião na cidade de Santos (SP). Em pronunciamento em seu comitê de campanha, na capital paulista, Aécio disse que Campos fará falta à política nacional e que hoje é um dia de imensa tristeza para todos que acreditam na boa política.



“Eduardo era uma dos maiores representantes da boa política. Essa tristeza é muito maior para aqueles que conviveram com Eduardo. E eu convivi por mais de 20 anos. E tenho por ele uma admiração que não terminará com sua morte trágica. Convivemos muito durante vários momentos importantes da vida nacional, fomos governadores de estado e Eduardo fará uma falta imensa na política nacional”, disse, ao lado de correligionários.

Aécio ressaltou que, logo que soube do acidente, quando estava chegando em Natal, no Rio Grande do Norte, pensou na família de Campos e na sua familia. “Ainda sem informações definitivas, me veio à mente a lembrança da Renata [esposa de Campos], dos filhos. Meu pensamento, da Letícia [esposa de Aécio] e de toda minha família é voltada para eles. Ele tinha uma família extraordinária, alegre, feliz e coesa”, disse.

O candidato do PSDB informou que cancelou toda a sua agenda de candidato e que não há data para a definição de novos compromissos. “Infelizmente é uma perda que dói fundo no coração de todos nós. Eduardo sempre foi um homem valoroso, um homem público especial, um grande amigo”.

“Guardarei com muito carinho a última mensagem que recebi do Eduardo domingo agora, Dia dos Pais. Logo cedo, ele foi um dos primeiros a mandar a mensagem, ele e a Renata, cumprimentando-me pela chegada do Bernando, do meu filho, em casa, desejando que ele pudesse estar com saúde e força, continuar sua caminhada”, lembrou.

Em campanha pela presidência, ex-governador Eduardo Campos morre em acidente aéreo

Por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Creative Commons

O deputado federal Julio Delgado (PSB-MG) foi quem confirmou a morte do candidato à presidência Eduardo Campos, 49 anos, em um acidente aéreo, em Santos, às 12hrs. Delgado deixou o Conselho de Ética emocionado e disse que falou com o presidente do PSB de São Paulo, Marcio França, que confirmou que não houve sobreviventes na queda do avião.



A aeronave caiu por volta das 10h. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). O avião estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Quando se preparava para pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião.

Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, não estava no avião.

Pernambucano, o candidato era neto de Miguel Arraes, que governou o estado três vezes e, coincidentemente, faleceu há nove anos, também no dia 13 de agosto. Eduardo Campos era filho de Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes. Duas vezes governador de Pernambuco, ele também foi deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda e ministro no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Formado em economia na Universidade Federal de Pernambuco, Campos concorria pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira.

Ontem (12), Campos cumpriu agenda de campanha no Rio de Janeiro de onde decolou hoje pela manhã para São Paulo. Ele teria agenda em Santos, no litoral do estado. Estava prevista entrevista coletiva na Praia do Mercado, às 10h30, e depois participaria de um seminário. No final da tarde, daria nova entrevista em São Paulo.

Com grande popularidade em Pernambuco e bom trânsito entre todas as correntes políticas, Campos começou a carreira política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco.

domingo, 10 de agosto de 2014

Jovem Nerd e a cobertura patrocinada da Comic-Con 2014

Por Pedro Zambarda


As questões de publicidade com jornalismo ou produção de conteúdo sempre rendem algumas considerações. No mês de julho, entre os dias 24 e 27, o site de notícias, humor e conteúdo geek Jovem Nerd enviou o participante Sr. K para a Comic-Con 2014. A viagem foi patrocinada pela loja online Submarino, que publicou a maior parte do conteúdo no blog Sonar.


Sr. K não fez textos pontuais sobre as novidades de filmes e quadrinhos da Comic-Con, mas sim um overview (apanhado) do evento, com um diário de bordo repleto de fotos da feira, dos cosplayers e dos atores envolvidos. O site também separou um post com um "presente" do Submarino e espaços publicitários para que a marca fizesse a divulgação de seus planos de viagem.


O site não teve a pretensão de tornar o conteúdo jornalístico em primeiro lugar, mas acerta quando faz críticas às filas do evento para conferir as conferências de artistas, aborda a atitude insensível do ator Lou Ferrigno (o Hulk dos seriados dos anos 70) com os fãs - cobrando por fotos e sem conversar com eles -, além de dar detalhes da dinâmica de quem for frequentar a Comic-Con nos Estados Unidos, em San Diego.

O resultado do trabalho patrocinado deles foi um podcast e o vídeo abaixo, além dos posts no Sonar da Submarino.


Os dez mandamentos do crowdfunding, segundo a Agência Pública

Estratégias e ensinamentos de um projeto de financiamento coletivo para jornalismo

Por Natalia Viana, da Agência Pública
Creative Commons

No 9º Congresso da Abraji, eu tive a oportunidade de trocar algumas experiências sobre como organizar uma campanha de crowdfunding para jornalismo. Estava muito bem acompanhada: na mesa, Natalia Garcia, a primeira jornalista no Brasil a financiar um projeto por crowdfunding – o Cidades para Pessoas – e a Sabrina Duran, que toca o projeto Arquitetura da Gentrificação. As duas campanhas de crowdfunding aconteceram antes do Reportagem Pública e nos ensinaram muito. A Natalia, em especial, foi nossa “guru” desde o começo e nos deu dicas valiosas para o primeiro financiamento coletivo da Agência Pública.O papo foi tão bom que achamos bacana compartilhar aqui, com os nossos leitores.



Vamos começar pelo começo. O projeto Reportagem Pública durou 45 dias em agosto e setembro de 2013 e arrecadou R$ 58.935 de 808 apoiadores, distribuindo 12 bolsas de R$ 6 mil. A Pública recebeu 125 propostas de reportagem e selecionou 48 delas, votadas pelos doadores através de um hotsite especial, no qual também podiam comentar as propostas e se voluntariar para ajudar os repórteres.
A ideia do projeto era testar as possibilidades de colaboração em jornalismo investigativo, engajando público e repórteres na realização de pautas de interesse mútuo, eliminando os intermediários.

Durante os meses que antecederam a campanha, as diretoras da Pública trabalharam na estratégia. A campanha teve slogans como “Queremos mais repórteres nas ruas”, “Queremos mais investigações que importam”. Estabelecemos uma rede de apoio com aliados próximos, como as organizações Escola de Ativismo, Barão de Itararé, Rosental Calmon Alves, Intervozes e Midia Ninja. Obtivemos também o apoio da fundação Omidyar Network , que proveu “Matching Funds” para o projeto: a cada real arrecadado, a fundação deu mais 1 real dobrando o valor final e possibilitando a doação de mais bolsas para jornalistas.

Uma lição importante foi a necessidade de engajar todos os que querem participar do projeto. Por isso, os doadores puderam não só votar nas pautas, mas também trocar mensagens com os repórteres, através do hotsite  do projeto e do grupo de email criado para todos os que participaram: público, repórteres e Pública. O grupo segue ativo até hoje e tem sido fonte de informações para trabalhos acadêmicos sobre o Reportagem Pública.

Outro aprendizado importante foi olhar para a campanha como uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Não vale “queimar a largada”, como fez o Brasil diante do time da Alemanha na Copa… É preciso fazer uma estratégia para cada semana, buscando grupos diferentes que podem se interessar pelo projeto, com uma tática diferente para cada uma das semanas, ângulos diferentes do projeto, e usando diferentes materiais de campanha (imagens/videos). Afinal, ninguém quem ficar tempo todo te ouvindo só pedir dinheiro, né?

Esse vídeo aqui é um exemplo. Com ele, mostramos que a Pública precisava da ajuda dos seus leitores e simpatizantes, sem ficar reforçando o pedido por dinheiro. E com Frida Kahlo sobreposta ao Tio Sam, de brinde:


Logo depois do final do projeto, fizemos uma lista com os “Dez Mandamentos do Crowdfunding”, segundo tudo o que aprendemos por aqui. A lista está abaixo, item por item, mas quiçá o maior e mais interessante de todos os aprendizados diz respeito à natureza da campanha que fizemos.

A campanha inspirou jornalistas em todo o Brasil a apostar em grandes investigações e no financiamento coletivo. Conseguimos financiar e produzir – com muito trabalho! – 12 séries de reportagens muito bacanas, que podem ser vistas aqui.

Muitos outros grupos se seguiram, e temos tentado ajudar no que podemos – claro, nem sempre temos tempo! Mas o essencial é o seguinte: o crowdfunding não é apenas uma maneira de levantar dinheiro; é uma maneira espalhar novas ideais e convidar pessoas para fazerem parte da sua construção.

Dez mandamentos do crowdfunding


1) O projeto tem que existir: seja honesto com você mesmo e acredite

2) Convide as pessoas a participar

3) Ouça o que os mais experientes e mais velhos têm a dizer

4) Seja organizado, desenvolva uma boa estratégia e a leve a sério

5) Seja transparente em relação a metas, intenções e uso do dinheiro

6) Encontre bons parceiros de caminhada, que sejam comprometidos com a causa

Doodle do Google deste domingo celebra o Dia dos Pais

Por EBC
Creative Commons

O Google homenageia os pais neste domingo (10), dia dedicado a eles. O Doodle do Dia dos Pais mostra um pai brincando com seus dois filhos a bordo de um carrinho, com as letras que formam o nome do site de buscas "pintados" em suas laterais.


A data é celebrada anualmente, todo segundo domingo de agosto. O Dia dos Pais normalmente é comemorado em 19 de Março, segundo a tradição da Igreja Católica. A data celebra a vida de São José, marido de Maria, a mãe de Jesus Cristo.

Nos Estados Unidos a data foi fixada no terceiro domingo de junho em 1966, assim como outras nações. Em Portugal, a homenagem ocorre em março e foi festejada pela primeira vez antes, em 1953.

Conselho de Comunicação do Congresso aprova exigência do diploma de jornalista

Por Agência Senado
Creative Commons

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) aprovou, nesta quarta-feira (6), parecer favorável apresentado pelo conselheiro Celso Augusto Schröder às Propostas de Emenda à Constituição 33/2009 e 386/2009, que determinam a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.



Item mais polêmico da pauta, o parecer recebeu seis votos favoráveis e quatro contrários. O assunto já havia sido debatido na Comissão Temática da Liberdade de Expressão do Conselho de Comunicação Social, que se manifestou contra a obrigatoriedade do diploma, baseando-se em argumentação apresentada pelos conselheiros Alexandre Jobim e Ronaldo Lemos.

O exercício profissional do jornalismo é regulamentado pelo Decreto-Lei 972/69, por sua vez regulamentado pelo Decreto 83.284/79. A regulamentação da profissão previa a formação de nível superior específica em Jornalismo como requisito para o exercício profissional, mas foi modificada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a exigência inconstitucional.

Segundo Schröder, que preside a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), enquanto foi norma no Brasil, a exigência da formação nunca impediu o direito à opinião e à livre manifestação do pensamento, nem a colaboração, especializada ou não, nos meios de comunicação social.

- Vale ressaltar, ainda, que os parlamentares estão exercendo a função para a qual foram eleitos: legislar, inclusive modificando a Constituição Federal, naquilo que for necessário para o ordenamento constitucional e infraconstitucional, com vistas ao aperfeiçoamento da democracia brasileira – afirma.

Favorável à exigência do diploma, o vice-presidente do conselho, Fernando César Mesquita, atua no jornalismo desde os 15 anos de idade, antes mesmo da regulamentação da profissão. Ele argumentou que a formação é um instrumento importante, inclusive para ampliar os horizontes do profissional.

- Até porque as novas mídias precisam de muita atenção e cuidado – ponderou.

As Propostas de Emenda à Constituição 33 e 386/2009 ainda aguardam aprovação na Câmara dos Deputados.

Reportagem revela imagens dos aposentos de Edir Macedo no Templo de Salomão

Por Pedro Zambarda

Uma segunda reportagem do Diário do Centro do Mundo (DCM), publicada na quinta-feira (7), revela imagens dos aposentos do bispo Edir Macedo no novo Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).


Diz o texto jornalístico:

"A casa tem três jacuzzi com hidromassagem para as suítes. Os visitantes podem utilizar a sauna e o elevador privativo para desfrutar dos aposentos do líder da igreja. Quem for hóspede em um dos 50 apartamentos do templo e quiser dar um alô para Edir Macedo terá à disposição uma sala de cinema, um salão de jogos, uma piscina, uma academia e uma quadra esportiva fechada, feita com grama sintética".

As informações são do memorial descritivo do templo.

As fontes do DCM revelaram a planta do 11º andar da primeira torre do Templo de Salomão. Lá consta: Áreas internas e externas que conectam a torre A com a torre B. Local inclui quadra de grama sintética; playground; academia; sala de jogos 1 e 2; sanitários masculino e feminino; duas saunas; duas salas de hidromassagem; e dois vestiários.


Um dos andares do apartamento do bispo foi revelado. É o oitavo andar da segunda torre. Ele também mora no sétimo. Lá consta: Hall íntimo; closet; suíte master; sauna privativa com piso em mármore thassos; varanda em mármore travertino; escritório e sala de tv em mármore crema marfil.


A assessoria de imprensa da IURD, consultada pela reportagem, negou a existência dos aposentos do bispo, mas não o tamanho dos cômodos, nem as jacuzzis, nem as saunas ou a academia. “O próprio bispo Macedo, sempre maldosamente acusado de morar em mansões, na verdade não tem residência fixa e ocupa um apartamento modesto durante suas visitas missionárias por todo o Brasil e mundo”, afirmaram.

Leia a reportagem do DCM para entender melhor.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Música reduz ansiedade de pacientes em hemodiálise

Por Marcela Baggini, do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura USP do Campus de Ribeirão Preto
Agência USP de Notícias, Creative Commons

Ouvir música durante as sessões de hemodiálise diminui a ansiedade dos pacientes, como mostra uma pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo da enfermeira Lucimara Moreli  avaliou o efeito da música como terapia complementar. O trabalho analisou a intervenção nos aspectos fisiológicos e emocionais dos pacientes em hemodiálise. Variáveis como frequência respiratória, cardíaca, temperatura e pressão arterial não sofreram alterações, porém a ansiedade reduziu significativamente.



Com as informações coletadas na Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, a enfermeira ressalta que pessoas com Insuficiência Renal Crônica (IRC) sofrem modificações em suas atividades, uma vez que têm que passar pelo processo de hemodiálise três vezes por semana.
Durante a pesquisa, com 55 pacientes com IRC, cada um escolheu seu ritmo musical preferido e ouviram durante 30 minutos na sessão de hemodiálise, que dura cerca de quatro horas. “A maioria deles, 43,5%, escolheu sertanejo, mas também recebemos pedidos de pagode, gospel, MPB, jazz e blues”, conta Lucimara.

Terapia complementar

O estudo também analisou o grau de aceitação da intervenção pelos pacientes. “Observamos que os participantes gostaram da terapia complementar e a avaliaram como importante para a melhoria do tratamento”, afirma a pesquisadora.

“Com essa pesquisa, buscamos auxiliar os profissionais da saúde no tratamento dos pacientes com IRC, mostrando que a enfermagem pode e deve realizar intervenções com terapias complementares”, diz a pesquisadora.

A dissertação Efeito da música sobre o estresse em pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico: estudo quase-experiemental, orientada pela professora Emília Campos de Carvalho, foi realizada entre julho e dezembro de 2012 e a defesa em abril deste ano.

Exposição no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, homenageia as cinco Copas do Brasil

Foto por Pedro Zambarda. As vitórias simbolizam o Brasil pentacampeão.


Revista Superinteressante, da editora Abril, faz campanha sobre história de mulheres e seus véus

Foto por Pedro Zambarda


Bonus Stage, site de videogames, é o novo parceiro do Bola da Foca

Por Pedro Zambarda

O site de videogames Bonus Stage é o novo parceiro de conteúdo deste Bola da Foca. Sustentado pelo designer Rodrigo Sanches, a equipe conta com Caio Marcondes, Beatriz Blanco, Icaro Cavalcante, Thiago "Boss" Cavalcante e Guilherme Andersen (do canal do YouTube Doi2Bits).


Esta é a terceira parceria que estabelecemos. A primeira foi com o blog Wii Are Nerds e a segunda com o site Avesso. Agora também estamos reproduzindo conteúdos da Agência PúblicaAgência Brasil, Agência USP de Notícias, Portal Brasil, Mídia NINJA e da Whiplash.net. Eventualmente reproduziremos outras informações relevantes, sobretudo as que estiverem em licença Creative Commons.

Fábio Hideki, acusado de ser Black Bloc sem provas, está solto

Por Pedro Zambarda

Manifestante pacífico, Fábio Hideki Harano foi preso no dia 23 de junho e ficou detido até ontem, 7 de agosto. Foi liberado após descobrirem, em perícia, que ele não portava bombas, mas sim o achocolatado nescau. Não usava máscara, mas um capacete de moto para se proteger de bombas da Polícia Militar.


Hideki foi liberado junto com o professor de inglês Rafael Marques Lusvargh. As provas foram verificadas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo. Os dois acusados voltaram para casa acompanhados pelos familiares, ambos de carro.


Fábio Hideki teve seus cabelos cortados após o período de detenção de mais de um mês.

Antes da soltura dos dois, o juiz Marcelo Matias Pereira afirmou que manteria ambos presos por depredarem patrimônio público e por serem "esquerda caviar". A autoridade fez a defesa da prisão pela posição ideológica dos acusados.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Reportagem desvenda detalhes sobre os aposentos do bispo Edir Macedo no Templo de Salomão

Por Pedro Zambarda

Uma reportagem publicada na última segunda-feira (4) no site Diário do Centro do Mundo (DCM) desvenda detalhes sobre a nova casa do bispo Edir Macedo no Templo de Salomão, inaugurado em 31 de julho, com presença de Dilma Rousseff e outras autoridades. O texto mostra o padrão de construção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e os materiais utilizados no novo santuário.


Sobre as acomodações do líder da Universal, este trecho é esclarecedor:

"A Universal construiu exclusivamente neste templo um espaço para o bispo Edir Macedo, no topo do Templo de Salomão, com dois andares da segunda torre – o sétimo e o oitavo. Os aposentos do líder incluem um heliponto para receber autoridades, uma área de convivência interligando os quartos com jacuzzi, sauna, elevador privativo e um clube para reunir os irmãos. O bispo também tem uma sala de cinema própria, um salão de jogos, uma piscina, uma academia e até uma quadra esportiva fechada, de grama sintética".


Quer conferir a reportagem na íntegra? Confira no site do DCM.

Jornalista Paulo Moreira Leite sai da IstoÉ em Brasília e vai para o site Brasil247

Por Pedro Zambarda

Paulo Moreira Leite deixa a sucursal de Brasília da revista IstoÉ e assumirá a diretoria na cidade do site Brasil247. O jornalista terá também um site próprio para suas reportagens, o www.paulomoreiraleite.com.


Na estreia do novo cargo, PML fez um texto sobre a relação delicada e conflituosa da presidente Dilma Rousseff e o empresariado brasileiro neste período de eleições em 2014. O jornalista comentou a mudança: "O bom jornalismo não escolhe época nem veículo; o que importa é aliar a velocidade da internet com o bom jornalismo".

Paulo Moreira Leite já foi redator-chefe e correspondente em Paris da revista Veja, além de editor nas revistas Época e IstoÉ. Atualmente ele também apresenta o programa Espaço Público, na TV Brasil, do governo federal.

Via Brasil247 e Imprensa

sábado, 2 de agosto de 2014

Dream Theater: Turnê brasileira tem sete cidades em 2014

Por Pedro Zambarda

O quinteto de metal progressivo Dream Theater irá realizar alguns shows no Brasil, com datas programadas. Os shows vão promover o disco "Dream Theater". As apresentações confirmadas são:



30/09 - Porto Alegre/RS - Pepsi on Stage
02/10 - Curitiba/PR - Master Hall
04/10 - São Paulo/SP - Espaço das Américas
05/10 - Rio de Janeiro/RJ - Vivo Rio
07/10 - Brasilia/DF - Net Live Brasilia
10/10 - Recife/PE - Chevrolet Hall
11/10 - Fortaleza/CE - Centro de Eventos do Ceara

USP e FAPESP contribuíram para implantar a internet no Brasil

Por Pedro Zambarda

O domínio .br da internet, presente em muitos browsers da web, completou 25 anos em 18 de abril de 2014. A rede brasileira internacional começou a ser estudada em 1975, dentro da Universidade de São Paulo (USP). Dentro do ambiente universitário, um engenheiro eletricista chamado Demi Getschko, atual presidente do NIC.br, pesquisou transmissão de informações em pacotes de dados, além da conexão telefônica.



Ao partir para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Getschko desenvolveu uma conexão entre o Instituto de Física da USP e o Fermilab em Batavia, perto de Chicago, nos Estados Unidos. O ano é 1985. O padrão utilizado era Bitnet. Aquele era o início da internet brasileira.

Outras universidades entraram na corrida para estabelecer conexões com instituições americanas fora do país. Com o padrão desordenado do Bitnet, eles trocaram o padrão para o TCP/IP. Na mesma época, adotaram o domínio .br com auxílio da Embratel. Era o ano de 1989.

Nesta época, surgiu a internet como conhecemos hoje, apesar do desenvolvimento de outras redes como a BBS.

Por sua colaboração na criação da Internet brasileira, o brasileiro Demi Getschko foi incluído no Hall da Fama da Internet global, em abril de 2014.


Quer conhecer melhor toda a história? Confira a entrevista de Getschko no TechTudo, site da Globo.com.

Pesquisa mostra que quem lê Harry Potter respeita mais gays e imigrantes

Por Pedro Zambarda

Segundo a pesquisa publicada no Journal of Applied Social Psychology feita com estudantes na Itália e no Reino Unido, a série de livros Harry Potter, da escritora J. K. Rowling, é capaz de reduzir o preconceito dos seus leitores a respeito de homossexuais, imigrantes e diversas minorias.


Foram realizados dois experimentos, um com crianças do ensino fundamental e outro com jovens do ensino médio junto com universitários. A leitura dos livros  best-sellers melhora o relacionamento entre jovens de meios sociais e econômicos diferentes.

A publicação The Independent afirma que a identificação com o personagem Harry - e o distanciamento do vilão Voldemort - faz com que o preconceito contra gays, negros e imigrantes seja reduzido.

E você, é Sonserina ou Grifinória?

Via EXAME.com

Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, quer levar passe livre aos estudantes de escola pública

Por Pedro Zambarda

De acordo com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidenciável do PSB, é viável oferecer a gratuidade no transporte público aos alunos da rede pública. Nas contas dele, a medida custaria cerca de R$ 12 bilhões por ano aos cofres públicos. O candidato diz que, se eleito, convocará estados e municípios para auxiliar a bancar o benefício.



"A nossa proposta é para os estudantes da escola pública e os beneficiários de programas como Prouni e Pronatec. São estudantes que não podem pagar", disse Campos à jornalista Renata Lo Prete da Globonews, no programa que entrevista os principais candidatos ao Palácio do Planalto.

Medida seria uma boa resposta à chamadas Jornadas de Junho, protestos que começaram em 2013 contra os aumentos das tarifas de transporte público.

Na entrevista, Campos foi indagado sobre o motivo de não ter implantado a medida ao longo dos oito anos em que governou Pernambuco e respondeu que não é possível "comparar" as condições financeiras de um estado do Nordeste com as do governo federal. "São coisas diferentes", ponderou.

Eduardo Campos disputa o governo federal com vários candidatos em outubro de 2014, incluindo a presidente Dilma Rousseff do PT e o oposicionista Aécio Neves, do PSDB. Ele era aliado da gestão petista até decidir entrar nas eleições.

Via G1

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Bola da Foca em julho de 2014 = Mais de 280 mil pageviews


Obrigado a você que nos visita e acompanha nossos textos com resenhas, notícias, opiniões e discussão sobre comunicação desde 2008. Neste mês de julho chegamos em 281841 pageviews. Mês de Copa do Mundo no Brasil.

Posts mais lidos