

Sopa de Letrinhas são crônicas publicadas às quintas-feiras.
A compositora e cantora de R&B e soul Joss Stone se apresenta no Brasil no mês que vem. Dona de uma voz marcante e envolvente traz para nós suas 'baladinhas' deliciosas e seu repertório premiado: é ganhadora de vários BRIT Awards, de um Grammy Award, além das muitas indicações, e tem constante presença nos Top mais da Inglaterra, EUA, Brasil e muitos outros.
A recente atriz (Eragorn - 2006) Joscelyn Eve Stoker nasceu em Dover, Inglaterra, em 11 de abril de 1987 e disse à MTV News o porquê de seguir artistas como Dusty Springfield e Aretha Franklin: "viciei-me em música soul principalmente por causa dos vocais que exigia. Tem que se ter boa voz para cantar música soul e eu sempre gostei disso, desde pequena."
A discografia é composta por 3 CDs: The Soul Sessions (2003) com a maioria das faixas sendo covers, as mais conhecidas são Super Duper Love e Fell In love With A Boy; Mind, Body & Soul (2004) 100% original, com Right To Be Wrong e Don't Cha Wanna Ride e o mais recente, Introducing Joss Stone (2007) que segue a linha de originalidade do anterior com Tell Me 'bout It e Tell Me What We're Gonna Do Now.
Obras próprias de lado Joss ainda participou de milhares de apresentações e gravações com lendas como Carlos Santana, U2, Coldplay, John Legend, Sting, Mick Jagger, Patti LaBelle e outros, além de ter-se juntado ao Band Aid 20 e ao Live 8 de 2005. Marcou presença também em trilhas sonoras, como Alfie - O Sedutor e Quarteto Fantástico e na campanha da Gap.
Será apenas um show em São Paulo, na casa de shows Via Funchal, no dia 16/06, às 22h. A censura é livre e os preços variam de R$150 a R$400.
Mais informações: http://www.viafunchal.com.br/shows.asp?ID=328
MaRi.*
Na foto, membros da mesa 1: mediador professor mestre Walter Freoa (com microfone na mão), debatedor professor doutor Mauro de Souza Ventura (professor de jornalismo na UNESP, à direita) e expositor professor doutor Liráucio Girardi Júnior (à esquerda).
Para mais informações: http://www.facasper.com.br/cip/
A irritação é tanta que só posso pedir que vocês leiam e bufem comigo: Ponte Octavio Frias de Oliveira entra para galeria de pontes mundiais
5. Mais lidas da Folha Online (de novo)
Uma das matérias mais lidas no site hoje era sobre o seguinte fato: a novela Ciranda de Pedra, da Rede Globo, ficou quatro pontos abaixo de Malhação no ibope. Fascinante, não?
Às 7:20h da manhã do dia 13 de dezembro, uma quinta-feira, pontualmente o microônibus parou no ponto em que eu e mais umas 14 pessoas deveríamos pegá-lo todos os dias. Na fábrica, uma rápida prova escrita de testes foi aplicada a mim e a mais duas outras meninas que começavam seu primeiro dia de trabalho na ASTI, fábrica também conhecida como “o inferno na Terra”. Mais tarde eu descobriria o porquê.
Sob a orientação do nosso tantosha (pessoa da empreiteira que auxilia os funcionários), recebemos as instruções da fábrica, tais como as maneiras de guardar as roupas a fim de manter o ambiente organizado, lavar as mãos quando o chefe estivesse vendo e não ajudar caso alguém precisasse, pois, como novatas, a culpa recairia sobre nós. Começava ali minha percepção acerca de um Japão oposto àquele de respeito e preservação dos valores.
Desde o primeiro dia, era exigido de nós a mesma eficiência de quem estava ali há anos, bem como uma postura que seguisse as regras estritamente. Ao entrar na fábrica e bater o cartão, era preciso colocar um sapato próprio para andar em seu interior, mas que não era utilizado durante o expediente. Para trabalhar, entrávamos numa sala de troca, onde ficavam pendurados e guardados nossos macacões, tocas e botas. Também púnhamos luvas, máscaras e dedeiras, em alguns casos. No começo, colocar tudo isso demorava bastante, considerando os míseros doze minutos de kyukei (intervalo); com o passar do tempo, porém, já era possível fazer tudo em cerca de dois minutos. A dificuldade encontrada para se trocar ali era o espaço reduzido em relação à quantidade de pessoas; era comum, portanto, bater o cotovelo, a cabeça ou o braço
Depois de conferir se as vestimentas estavam ajeitadas, uma porta automática se abria e entrávamos por um pequeno corredor escuro e estreito, em cujas paredes havia vários “buracos”, de onde saíam jatos de ar. A sensação era de estar numa usina nuclear, embora nunca tenha entrado numa. No fim do corredor, outra porta automática se abria e logo à frente estava um mapa colorido com os nomes de todos os funcionários e a função que deveriam desempenhar naquele dia. Os funcionários eram divididos por sessões e cada uma delas possuía uma líder (brasileira ou peruana, no caso da minha) e um chefe japonês.
Entrei para a sessão de colagem, que era uma das partes finais do processo de montagem dos aparelhos celulares para a Panasonic. Eu tinha de colar o chamado subpainel, ou sabo, na parte externa do celular de flip. Em cada bandeja vinham cinco peças de celulares, nas cores vermelho, preto, dourado e branco, dependendo da encomenda do dia. Os aparelhos vermelhos e pretos eram traumatizantes para todos, pois acumulavam mais sujeira e dificultavam a limpeza.
Já no primeiro dia levei uma bronca da chefa por ter deixado passar uma peça branca com sujeira. As broncas se repetiram ao longo da semana, mas vieram todas da líder que, posteriormente, viria a simpatizar comigo porque era amiga de uma prima minha, que trabalhara na fábrica há alguns anos atrás. Se no Brasil eu acreditava que não me importaria em levar broncas dos chefes, chegando lá vi que não era fácil agüentá-las sem, no mínimo, cobrar mais de mim mesma.
O primeiro almoço, assim como todos os kyukeis, foi quase desastroso. A começar pelos sinais da fábrica, que eu levei tempo para conseguir acompanhar; eu só parava de trabalhar quando todos ao redor também paravam. Às 12h15, o sinal batia para o shoji (limpeza). Cada uma pegava um pano e limpava o chão do seu local de trabalho. Às 12h18 batia o sinal para o almoço. Quarenta minutos davam a impressão de um tempo suficiente para comer, mas considerando que tinha de subir três andares de escada do prédio até chegar ao shokudo (refeitório), as filas para escovar os dentes, usar o banheiro e ter que vestir o macacão novamente, sobravam, na verdade, cerca de 10 ou 15 minutos para mastigar o bentô (marmita) frio e algumas bolachas. O refeitório da fábrica vendia quatro tipos de pratos, que custavam pouco mais de 400 yen (4 dólares), caro para se comprar todos os dias.
Após o kyukei das 14h43 (terminava às 14h55), a chefe passava pedindo zangyô (hora extra) para cada funcionário. No primeiro dia fiz 2 horas, o suficiente para me sentir cansada depois de quase 11h de pé.
13/12/2007 - Anotações do dia:
22h - “Até que o cansaço não é tanto, mas a falta de perspectiva de mudança amanhã é extremamente desanimadora e o receio de o condicionamento estar horrível é enorme.”
------------------------------------------Irritada demais para fazer um comentário introdutório.
1. Comentários de Valdir Colatto sobre a demissão de Marina Silva
Havia ontem no UOL uma matéria com comentários do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. Só posso dizer que são comentários absurdamente vagos e indignos de um deputado federal. "A resposta para quem culpa a agricultura pelo desmatamento é que produzir comida provoca desmatamento," afirmou o deputado. *Claro! Esse é exatamente o tipo de argumento usado por quem se preocupam com o meio ambiente e, conseqüentemente, com as pessoas.
* Sim! Estou sendo irônica.
2. A absolvição de Vitalmiro Bastos de Moura
Tudo bem, há a possibilidade do "Bida" não ser culpado da morte da freira Dorothy Stang. Mas é absurdo como os crimes ligados a posse de terra no nosso país são tratados com leviandade pela justiça.
3. Mais lidas da Folha Online
Uma das matérias mais lidas hoje na Folha Online é sobre o aumento da audiência da novela "Ciranda de Pedra". Podem rir.
4. Gente com problemas de ego
Gente com baixa auto-estima que precisa ficar se auto-afirmando, fazendo aquela pose pobre-menina-rica. Não há coisa mais irritante em toda a extensão do universo que alguém que constantemente diz: "Olha que legal! Eu que fiz." ou "Lembra o que disse? Legal, né?" E citando um certo professor casperiano: Eu vomito em gente assim.
5. Marília Passos
"I wanna bite someone in the face." Nesse última semana, someone seria eu.