segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Metallica de volta ao Brasil


O Metallica fez sua última apresentação em São Paulo na noite de ontem, 31 de janeiro. Tanto no sábado quanto no domingo, a banda lendária de heavy metal que completa seus 29 anos, lotou o estádio do Morumbi, com camisetas pretas e empolgadas. No sábado, o Metallica recebeu no salão nobre do estádio, a condecoração pelo CD de ouro, "Death Magnetic", e a certificação de platina pelo DVD "Orgulho, paixão e glória: três noites na cidade do México".

Depois de onze anos de espera, o conjunto voltou ao país para divulgar seu mais recente trabalho, "Death Magnetic", lançado em setembro de 2008. Em 1999, a banda esteve por aqui para divulgar o Reload. O Metallica nasceu em 1981, quando o tenista dinamarquês de 17 anos, Lars Ulrich, mudou-se para a Califórnia e encontrou o aspirante a cantor, James Hetfield. Lars arriscava-se na bateria e juntos, iniciaram a banda que em algum tempo, mudaria o cenário da música pesada. Em 1990, o álbum Metallica (o álbum preto) veio finalmente a consagrar a banda. Mesmo depois de inovações como o Load e o Reload, que geraram críticas de fãs pouco à vontade com a mudança do estilo do som ou do figurino, o Metallica continua lotando estádios com apresentações inesquecíveis, músicas empolgantes e ingressos salgados.

A Magnetic Tour apresentou um set list um pouco diferente do usual, com canções já quase esquecidas do quarteto, que vão desde Four horseman a Fight Fire With Fire. No show de domingo, além da abertura do Sepultura, os fãs começaram o agito com uma música das antigas, Creeping Death. No primeiro bloco, o Metallica apostou nos clássicos, Ride the Lighting, Sanitarium, Master of Puppets.

Os fãs viram seus ídolos por três telões instalados no palco, permeados de um jogo de luz que acompanhou a batida pesada e forte, dando um clima de emoção à noite. O resto das surpresas ficaram por conta dos focos de fogo em Fuel, da atmosfera de guerra das luzes e fumaça em "One" e dos fogos de artifício em Enter Sandman. No segundo bloco, James Hetfield cantou os sucessos do novo CD, That was just your life, The end of the line, My apocalipse. Mas o público só se animou a cantar uma novidade com Cyanide.

No meio da apresentação, James perguntou a plateia: "vocês gostam de peso?", para logo em seguida mandarem uma Sad But True cheia de energia. Outra canção do álbum preto que não podia ficar de fora foi The Unforgiven. A banda ainda fez uma homenagem aos seus inspiradores, tocando Helpless, do Diamond Head, cover que já havia sido regravada pelo Metallica nos Garage Days. "É a banda que fez o Metallica ser o que ele é hoje", James explicou.

Para finalizar, "Hit the lights", a primeira música gravada pela banda, em 1982, quando Kirk Hammett ainda não havia substituído Dave Mustaine na guitarra. Encerrando o show, o Metallica tocou outra canção do primeiro álbum, Kill 'em all, Seek and destroy. Com muita simpatia, sorrisos e agradecimentos, o Metallica terminou o espetáculo deixando os fãs satisfeitos e querendo mais. O baterista Lars prometeu não deixar os fãs esperando por tanto tempo: "Brasil, nós vamos voltar em breve". Mas foi o baixista Robert Trujillo que definiu, em português, o espetáculo e a energia do público com precisão: "Do caralho".

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