Julian Assange antes do maior assédio da mídia

Antes da imprensa internacional noticiar dados minunciosos sobre o processo judicial que Julian Assange, o líder do site WikiLeaks, sobre crimes sexuais, já se falava sobre a importância de sua empreitada na internet. Há seis meses atrás, foi ao ar um vídeo de sua entrevista no TED sobre a importância do site e do vazamento de informações. O material é uma boa introdução sobre o que realmente significa mostrar informações polêmicas sobre governos e empresas para a sociedade.

Independente do nível de aceitação às iniciativas de Assange, é impossível não reconhecer a importância de divulgação de informação que não estava ao acesso do público, ao mesmo tempo que o site se reserva a proteger suas fontes. Não creio que posso considerar todo o vazamento um autêntico jornalismo, mas seu tratamento com os dados é um cuidado muito maior do que a maioria das organizações de mídia.

Confira a entrevista, na íntegra, abaixo:

Google fala sobre comunicação e publicidade

TV Avesso, parceira deste blog, conversou neste mês com Julio Zaguini, diretor de relacionamento com agências do Google, sobre publicidade online e como está a transição no Brasil. A entrevista mostra o papel da comunicação e da propaganda num cenário onde o usuário pode interagir e gerar seu próprio conteúdo. E o papel do Google com seus clientes é divulgar que o consumidor é o mesmo do mundo offline, mas com um comportamento diferente.

Segue abaixo:

O que é profissionalizar seu blog?

Na semana entre os dias 17 e 22 de janeiro, ocorreu em São Paulo a Campus Party 2011, um dos maiores eventos de tecnologia brasileiros. Entre as palestras e oficinas que ocorreram no local, no Espaço de Exposições Imigrantes, rolou uma palestra de Thiago Mobilon, CEO do blog Tecnoblog.

Mobilon falou sobre a necessidade de produzir um conteúdo com qualidade e relatou como funciona a produção da equipe de seu site, testando produtos e interagindo com leitores. "Quando for analisar métricas, pare de comparar com o vizinho. Atinja suas próprias metas", afirmou o jovem empreendedor, colocando que os blogs são mídias próprias de comunicação.

Na palestra, ficou claro que blogs profissionais podem não ser, necessariamente, rentáveis financeiramente. O traço comum é o esforço do escritor em trazer um conteúdo diferenciado, mesmo que isso não atinja uma maioria. E blog em comunidade tende a trazer ainda mais resultados.

A fala de Mobilon está na íntegra logo abaixo. Não deixe de conferir.



Video streaming by Ustream



Video streaming by Ustream

O que é tipografia?

Trabalho do leitor e colaborador do Bola da Foca, Danilo Braga, o vídeo abaixo é uma explicação simples sobre tipografia voltada, principalmente, para profissionais de design e arte. O curta-metragem foi feito com os programas Adobe After Effects, Adobe Photoshop, Adobe Illustrator e Apple Final Cut. Confira:

Um videocast dedicado aos videogames

Post original do Wii Are Nerds.

No melhor estilo de Felipe Neto ou PC Siqueira, o jovem Arthur Protasio, do blog Vagrant Bard, criou dois vídeos que explicam conceitos de narratividade nos games. Com base em livros como o norte-americano Extra Lives e Rules to Play, o rapaz simplesmente pegou uma câmera e começou a falar de seus jogos favoritos do ponto de vista das narrações Emergentes (os obstáculos nos games) e das Embutidas (a história fechada dentro dos jogos).

O método do rapaz em explicar conceitos de estudos e pesquisas facilita para o entendimento de jogos simples como Super Mario Bros. até a história complexa de Heavy Rain. Esperamos que ele continue com esse trabalho, que é melhor do que simplesmente falar sobre gráficos ou informações mais técnicas dos videogames. O programa LudoBardo, pelo visto, veio para tratar games como uma forma de arte, mesmo que seja específica.

Segue abaixo os dois episódios para degustação dos espectadores.




Agradecimentos ao Paulo Zambarda pela informação.

A lógica do conteúdo de blogs

Clique na imagem acima para entender.
A mesma regrinha vale para o Twitter e qualquer formato de conteúdo.
A regra só não se aplica em conteúdos 100% originais.

Via Bobolhando.

Harry Potter e a maturidade

Estive relendo Harry Potter e as Relíquias da Morte, livro que li em inglês em 2007. Revi tudo porque fui aos cinemas ver a versão cinematográfica da primeira parte da obra de Harry e, por incrível que pareça, muitos eventos não estavam mais claros na minha cabeça. A linha principal da história é muito simples, mas detalhes me fizeram tanto entender melhor o livro quanto o filme, que era meu objetivo final.

Harry Potter foi criado em 1997 no Reino Unido, quando eu tinha apenas oito anos. No entanto, seu filme chegou para mim em 2001, quando eu tinha 12 anos. Harry tinha 11, naquela época, e cresceu comigo. Por mais que muitas das pessoas me olhassem no metrô, enquanto lia - pensando "que criança esse cara barbado..." -, eu estava revendo um personagem adolescente que trouxe experiências semelhantes às minhas num universo ficcional.

E o último livro é sobre o fim dessas familiaridades e da juventude em si. Colocando em situações extremas, a escritora Rowling retira seu principal protagonista e seus personagens de uma zona de conforto para mostrar que a maturidade é uma das lições mais difíceis da vida.

Harry, no livro e muito bem representado no filme, não tem mais a escola Hogwarts para se proteger. Seu diretor e professor mais íntimo, Alvo Dumbledore, está morto. Nas mãos, ele tem uma missão: Destruir sete fragmentos da alma de seu inimigo, Tom Riddle (Voldemort), dispersos em locais secretos e protegidos por criaturas malignas. Ninguém conhecido pode saber da missão, justamente para manter segredo dos adversários. É como na vida adulta, com empecilhos que temos que encarar independente dos demais, o caminho para a maturidade.

As revelações envolvendo o professor Severo Snape, tido como um traidor covarde durante toda a trama, sobre as lendárias Relíquias da Morte (que fazem parte do universo fantasioso de Rowling), sobre os pais de Harry e sobre os medos de Voldemort mostram que a série fez uma opção muito válida ao trazer a mensagem do homem maduro no fim. Todas as informações do último livro ainda são compatíveis com as histórias adolescentes dos anteriores, mas trazem um teor diverso que faz parte da vida naturalmente.

Mal espero para ver o segundo filme baseado neste livro. O único erro da autora com toda essa história, talvez, seja estocar muitas informações importantes da metade para frente do livro. Isso me passou a impressão que muito foi elaborado apenas no fim, e poderia ser melhor distribuído no restante da obra. No entanto, nada disso afeta o resultado conclusivo de uma série de literatura que dominou a cabeça de crianças, jovens e adultos nos primeiros anos de 2000.

As capas mostradas neste post são das edições americana (foto 1) e a adulta inglesa (foto 2) de Harry Potter and the Deathly Hallows (Harry Potter e as Relíquias da Morte).

Editorial #13 - Premiados no TOP BLOG 2010

Da esquerda para a direita:
Pedro Zambarda, Priscila Jordão e Ariane Fonseca

Post atrasado, mas vale mencionar: Os integrantes do Bola da Foca estiveram na premiação do TOP BLOG 2010 no dia 18 de dezembro de 2010. Comemoramos nosso TOP100 entre os blogs de Comunicação do concurso. Nossa blogueira e jornalista colaboradora, Ariane Fonseca, faturou o TOP2, medalha de prata, pelo Diário de um Repórter no júri acadêmico, também na categoria Comunicação.

Outro blog companheiro do Bola a conquistar prêmios foi o Universo Touch, voltado para tecnologia touch, principalmente smartphones. O site faturou TOP2 na votação popular, como blog corporativo, e TOP3 no júri acadêmico.

Organizado novamente na Unip Vergueiro, às 18h, o evento reuniu blogs famosos como o Wii Clube, Blog da Dilma, Blog da Juventude PSDB-RS, oJornalista.com, UbuntuDicas, OfficeWeb, PortalVersus e Canal dos Games.

Como blogueiros há quase três anos, nos sentimos orgulhosos de participar dessa festa da blogosfera nacional e pretendemos prosseguir com o bom trabalho, recebendo o reconhecimento merecido de vocês, leitores. E não deixamos, também, de mencionar os excelentes blogs e sites que nos acompanharam por essa jornada.

Os problemas para usar o Galaxy Tab

Com vendas iniciadas no Brasil em novembro de 2010, o Galaxy Tab trouxe o sistema operacional Android e a marca Samsung para bater de frente com o tablet da Apple, o iPad. Todo esse cuidado com o gadget mostra que ele é bom, um dos melhores do mercado? Sim. Mas há alguns poréns.

Para quem quer ter um computador de mão prático, com tecnologia touch capacitiva (navegação com os dedos), o Galaxy Tab atende bem às expectativas. Ele também é menor e mais leve que o seu concorrente. E é exatamente nesse quesito que começam os problemas.

Tela em pé: longa. Tela deitada: estreita

As dimensões do Galaxy Tab são 18,88 cm de altura, 12,03 cm de largura e 1,14 cm de espessura. O iPad tem 24,28 cm de altura, 18,97 cm de largura e 1,34 cm de espessura. A Samsung acertou em fazer um aparelho menor, mas trouxe um problema com isso. Dá pra sacar qual é?

A proporção de altura e largura do Tab está em escala diferente do iPad. Arredondando os números, o iPad tem uma escala de 24:19, enquanto o Galaxy vem em 19:12 - praticamente a metade da tela do iPad. No final das contas, o efeito que fica é o de uma tela alongada, quando posicionado na vertical; e uma tela achatada, quando na horizontal.

Nos testes feitos com vídeos e com a TV digital, nenhum problema de proporção foi detectado. No entanto, na navegação cotidiana, as imagens mudam com o giro do tablet na mão do usuário. Não é nada significativo, mas foge dos padrões e pode ser considerada um problema.

O teclado touchscreen

O problema da posição das telas não se restringe à visualização. Ao acionar o teclado digital, o problema se amplia, mas de uma maneira reversa. É ruim digitar com a tela em pé, mesmo com o recurso Swap para acelerar a formação de palavras na tela touch.

Deitado, na horizontal, o teclado fica mais bem disposto na tela. Com botões alongados, você pode tocá-los com os dedos com mais facilidade. Não é a mesma sensibilidade do iPad, mas, por muito pouca diferença de segudos, ele responde numa velocidade razoável aos comandos de toque.

Concluindo

O Galaxy Tab acerta em uma proposta de tablet mais compacto. O Galaxy também lançou na mosca ao ter conexão com TV digital e uma tela com boa resolução. Também fez bem com câmera interna e externa. Mas, como toda mudança, vieram algumas diferenças que podem incomodar os consumidores.

Talvez a Samsung, em uma versão atualizada, redesenhe o tablet para que ele fique com uma proporção mais harmônica. Mesmo assim, há quem não reclame das diferenças.

O smartphone Nokia N8 está em “Tron: O Legado”

Está aproveitando o começo de 2011 para ir nos cinemas e assistir Tron: O Legado, que ainda está nos cinemas neste mês? Para quem é geek e tem um senso apurado aos detalhes cinematográficos, o filme guarda algumas surpresas além do neon, do visual gamer e das histórias do pai e do filho Flynn em um universo dominado por labirintos, veículos brilhantes e música eletrônica pesada.

Logo nas primeiras imagens dessa nova versão de Tron, continuação do clássico da Disney em 1983, um celular marca presença nas mãos do jovem herói Sam Flynn. Você nota o logotipo da marca Nokia no topo do aparelho e, quando observador nota que é um:

Isso mesmo, um Nokia N8, o mais novo smartphone da gigante finlandesa para competir com o iPhone 4 e o Galaxy S.

Propaganda velada?

Assim como em séries como House e The Big Bang Theory, a presença do celular mostra uma maneira discreta de divulgação da marca, sem nenhuma menção sobre as qualidades do aparelho. A mensagem é simples: está na mão do protagonista de Tron e deve ser um aparelho moderno. As reais qualidades do gadget não são evidenciadas.

Embora seja uma forma mais velada de divulgação, o uso do aparelho ocorre com maior naturalidade, sem forçar contato com consumidores. Será essa uma maneira nova de propagandear produtos?

Nada novo, mas menos agressivo

Nova forma de comunicação e publicidade não é. Bens de consumo, desde sempre, são propagandeados por seus produtores e procuram meios de aparecer para seus consumidores de maneira autêntica. A associação do filme Tron com o celular Nokia não é ocasional e visa uma propaganda menos agressiva, mais discreta.

É mais amigável ver um personagem protagonista de um longa-metragem utilizando um produto que está no mercado, ainda mais num filme futurista. No enredo, o N8 é utilizado para fazer download e upload de dados, além de conectar Sam Lynn com o "The Grid", a criação de seu pai Kevin com as versões digitais CLU e TRON.

A propaganda associada e tradição

A Nokia tem divulgado o N8 desde antes de seu lançamento internacional, em setembro de 2010. O celular chegou em outubro no Brasil. Aparecer em um filme com produção da Disney é uma excelente estratégia para se manter falado na mídia, especialmente se ele não é mostrado de maneira escrachada.

Conclusão

Somente marcas com maturidade, e capital para financiar essas aparições, conseguem esses feitos publicitários. Propagandas associadas e discretas vendem melhor o peixe, as qualidades, do gadget do que apenas apelos tradicionais. Basta lembrar de House com seu MacBook Pro: não é sinal de sofisticação da marca?