domingo, 24 de junho de 2012

Três décadas de Blade Runner



Ridley Scott lançou, no dia 25 de junho de 1982, um filme que divulgou a estética cyberpunk e futurista em Hollywood. Blade Runner mudou o cinema sem ser um estouro de bilheteria e com uma edição de filme questionável. Scott liberou, dez anos depois, uma versão do diretor sem um final feliz e com várias passagens que permitem uma segunda interpretação. Virou um sucesso cult.

O roteiro é simples. Estamos em uma Los Angeles decadente, em 2019, e Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de replicantes, seres sintéticos criados pela Corporação Tyrell para trabalhos forçados. Um desses seres artificiais se rebela e cria um grupo dissidente na Terra, atrás de seu criador original. O nome desse líder é Roy Batty (Rutger Hauer).

A história se desenvolve em questões insolúveis: Se replicantes são cópias perfeitas do ser humano, eles devem viver menos que nós? Eles são de fato diferentes do homem? Posso ser um replicante sem saber que eu sou? O que é um replicante?

Com 30 anos de idade, Blade Runner ainda soa como um filme atual. Ele foi baseado no romance Do Androids Dream of Electric Sheep?, do escritor de sci-fi Philip K. Dick. Vale a pena ser assistido novamente, para lembrar uma boa fase da filmografia de Ridley Scott.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aprendendo a gostar de Os Vingadores


No começo de maio, eu escrevi uma resenha que afirmava que Vingadores era um filme que "agrada fanáticos por detalhes de quadrinhos". O texto foi recebido negativamente por fãs dos heróis da Marvel nas telonas e pelas pessoas que acreditaram que o filme teve êxito em sua proposta. No mesmo mês, ele se tornou a maior bilheteria do Brasil, ultrapassando Avatar, que arrecadou fortemente com a tecnologia 3D que aumentou os preços de seus ingressos.

Com essas informações, resolvi fazer uma segunda resenha sobre esse mesmo filme. Eu ainda continuo com as impressões ruins iniciais. O longa-metragem parece um punhado de efeitos especiais, sem muita história (que foi distribuída nos filmes de cada um dos heróis) e feito para agradar quem acredita nos Vingadores como um grupo de super-heróis cativante. No entanto, mesmo com esses defeitos, e com a atuação do ator Robert Downey Jr. que prioriza piadas no papel do Homem de Ferro, eu encontrei qualidades no filme que são notáveis comparando com outros sucessos.

Vingadores não segue a fórmula das versões cinematográficas de Batman, por exemplo. Ao contrário dos heróis da DC Comics, eles não fogem de suas características essenciais e não tentam ser humanizados nas telonas. A riqueza dos personagens da Marvel é parecerem totalmente distantes da humanidade. Com exceção do Homem-Aranha e de alguns poucos casos, eles são seres totalmente voltados para seus objetivos de vida. Eles utilizam máscaras para não revelar suas fraquezas. Alguns, como o Capitão América, não possuem poderes espalhafatosos, mas são envolvidos pelo seu próprio ideal.

O Hulk, que eu critiquei tanto na primeira resenha, age como um monstro totalmente fora de controle. Bruce Banner sutilmente consegue controlar essa aberração, mas ele age o filme todo como se fosse uma criação que pode fazer quase tudo com sua super força. Thor, irmão do vilão do filme, se sente responsável por uma invasão que pode aniquilar a Terra, a principal história do longa.

Por essas peculiaridades e diferenças, os filmes da Marvel tem um valor no cinema além de entreter os aficionados por HQs. E resenhar duas vezes um longa-metragem pode ser uma experiência interessante. 

Prometheus: Uma boa proposta com roteiro questionável [OPINIÃO COM SPOILERS]



Prometheus foi uma grande surpresa de Ridley Scott em 2012: Assim como outros diretores de grandes franquias do cinema, ele decidiu criar uma nova obra tentando colocar uma origem para a Saga Alien, lançada em 1979. Com esse projeto, que estava na gaveta desde 2003, Scott traz novo destaque para a ficção científica cinematográfica. O resultado dessa experiência era arriscado, considerando a quantidade de fãs dos filmes Alien.

Leia mais sobre este texto.

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