sábado, 26 de outubro de 2013

Quando o jornalismo financiado por crowdfunding funciona: Caso Agência Pública

A Agência Pública, de reportagem e jornalismo investigativo, fez uma campanha de arrecadação coletiva de fundos para pagar repórteres em pautas decidida coletivamente. Abriu um processo de crowdfunding - literalmente, "fundo da multidão" - através da plataforma Catarse, que durou entre 7 de agosto e 20 de setembro. O projeto Reportagem Pública terminou arrecadando R$ 58.935 de 808 doadores, de forma totalmente colaborativa. Em 8 de outubro, 48 pautas foram recebidas por todos os colaboradores, que agora estão elegendo quais delas se tornarão materiais jornalísticos.


A Pública prevê remunerar os repórteres com, pelo menos, R$ 6 mil em cada pauta que for votada no projeto. Ou seja, em cerca de um mês, a iniciativa conseguiu quase R$ 60 mil para financiar trabalhos jornalísticos. Para quem achava que o jornalismo não funciona por falta de interesse, o caso da Agência Pública mostra o contrário.

Pública também está responsável, no Brasil, pela divulgação de denúncias de relatórios do WikiLeaks, de Julian Assange, além dos dados vazados pelo ex-programador da NSA Edward Snowden. A agência está engajada em manter o espírito jornalístico vivo na reportagem, além de mostrar que o financiamento coletivo pode efetivamente funcionar.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Gameboys, banda de rock gamer, (também) vai se apresentar na BGS 2013

A banda Gameboys, com rock mais leve e menos heavy metal, também vai se apresentar na Brasil Game Show (BGS) 2013. Os shows abertos ao público vão acontecer nos dias 27 e 28/10, dentro do stand da Seven. Háverá também show no dia 25, às 16h, exclusivo para os profissionais do setor.



O grupo tocará temas de games como Mario, Zelda, Sonic, Street Fighter, Final Fantasy, Chrono Trigger, Castlevania, Mega Man e Pokémon. Os temas já são conhecidos por quem frequenta os shows da banda, mas o grupo promete um espetáculo diferente nos dois dias da BGS. 

Serviço: Show da banda Gameboys na BGS

25/10/2013, sexta, às 16h
27/10/2013, domingo, às 18h
28/10/2013, segunda, às 19h
Local: Stand da Seven, rua J nos pavilhões Azul e Branco da Expo Center Norte
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo / SP

Via assessoria de imprensa.

MegaDriver, banda de metal gamer, vai se apresentar na BGS 2013

A banda de metal de videogame MegaDriver está confirmada na Brasil Game Show, a maior feira de videogames da América Latina. O evento tem reconhecimento internacional.


A Brasil Game Show nasceu como Rio Game Show, em 2009, com 8.000 pessoas. Depois, a feira atingiu 30 mil pessoas em 2010, tornando-se o mais importante do segmento no continente. Em 2011, a audiência duplicou para cerca de 60 mil pessoas, passando a ser o maior evento de videogames da América Latina. No ano de 2012, 100 mil pessoas foram ao evento que ocorreu pela primeira vez em São Paulo, chegando ao nível de feiras como a E3, nos EUA, e a TGS, na Ásia.


Atualmente, o MegaDriver é formado por Antonio "Nino MegaDriver" Tornisiello (guitarra solo do Sonic), Bruno "Brunão" Galle (guitarra base e alguns solos), Arthur Kassardjian (contrabaixo de Golden Axe), Jefferson "Jeff" Alexandre Firmino (bateria), Allan "Big Thunder" (vocal) e Rubens "Rubão" Benjamin Stulzer Junior (produção de palco).


Programação do MegaDriver na BGS

Sábado - 26 de Outubro - 17:00h

Show no palco da Seven Computação Gráfica, inaugurando o primeiro de acesso público à feira.

Domingo - 27 de Outubro - 18:00h

A Razer, fabricante de acessórios para gamers de elite, trará os músicos Nino, Bruno e Arthur, guitarristas e baixista da MegaDriver, para conduzir um workshop em formato pocket show com "Videogame Metal".

Sábado - 26 de Outubro - 19:00h

A banda faz um mega show comemorando o encerramento da feira, no palco da Seven Computação Gráfica.

Via Whiplash.net

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Black Sabbath clássico no Brasil não foi apenas pesado. Foi cativante

Via Whiplash.net


Ao chegar na estação Carandiru de metrô, já podia ver a horda de metaleiros que lotaram a Zona Norte de São Paulo para ver os criadores do rock pesado. A entrada das pessoas no Campo de Marte era calma e pacífica, exceto por algumas pessoas urinando nos muros perto da entrada. O clima entre os metaleiros que tomavam cerveja na frente do local do show e dentro era de alegria.

Dave Mustaine surgiu com sua voz distorcida aproximadamente às 19h45, quando boa parte das 70 mil pessoas que foram ao show já estavam na arena. Muita gente ainda ia chegar ao show, mas a pista premium e a pista normal já estavam lotadas nas áreas perto das caixas de som. Infelizmente quem ficou mais atrás não conseguiu ouvir bem nenhum dos shows naquela noite.

O Megadeth começou com Hangar 18, que já embalou um show com velocidade, mesclando clássicos e novidades. Graças ao bom ajuste de som, era possível ouvir claramente os timbres distintos das guitarras de Mustaine e do músico solista da banda, Chris Broderick. O baixista David Ellefson foi celebrado como um membro clássico da banda e conseguiu causar impacto com seu instrumento potente nos graves. Shawn Drover foi a cozinha pesada na bateria para sustentar a banda em suas melodias densas.

Músicas como She-Wolf, Tornado of Souls, Symphony of Destruction e Holy Wars... The Punishment Due fizeram o povo pular, formar mosh e propagar um empurra-empurra interminável. Megadeth é daqueles shows com som inesquecível, mas com um público movimentado e tenso. É uma apresentação para os fortes. Deu dó das meninas mais baixas que estavam no meio.

O telão de fundo do Megadeth mudava completamente as animações a cada música, funcionando quase como um cenário de videoclipe. Em Holy Wars, por exemplo, apareceram televisões, carros em chamas em protestos, além de cenas das guerras recentes dos Estados Unidos. Esse videoclipe acelerado acabou com a entrada do logotipo prateado da banda. Era uma apresentação sincronizada, entre as letras cantadas pelo grupo e todo o cenário.

A banda de Dave Mustaine tocou 10 músicas, promovendo uma abertura extensa, mas não cansativa. O Megadeth liberou uma adrenalina forte antes da chegada dos mestres, que provocariam o clímax naquela noite fresca em São Paulo.

Setlist do Megadeth

Hangar 18
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
She-Wolf
Sweating Bullets
Kingmaker
Tornado of Souls
Symphony of Destruction
Peace Sells
Holy Wars... The Punishment Due

Antes das 22h, a voz de Ozzy Osbourne soou por detrás de uma cortina negra. Com uma risada, o frontman da banda que criou o heavy metal em 1970 começou seu espetáculo. War Pigs abriu com seu tom tipicamente jazzístico, acompanhado por uma letra anti-guerra, cantada com força por todos os presentes.

Apesar de Ozzy ser o rosto mais conhecido do Black Sabbath, a estrela da noite foi Tony Iommi. Mais discreto nas primeiras faixas, Tony foi se soltando e sorrindo a medida que tocava de maneira diferente clássicos. Ele parecia se divertir com o velho amigo Ozzy Osbourne, mesmo passando por tratamento contra câncer, contra um linfoma.

Ao tocar Into the Void e Under the Sun, o Sabbath fez uma viagem ao passado, executando faixas que o público não lembrava mais. As músicas do disco 13, o mais bem-sucedido comercialmente, foram tocadas poucas vezes. Age of Reason, End of Beggining e God is Dead? foram as únicas faixas inéditas da banda no Brasil.

Sendo a primeira vez do Black Sabbath com a formação original em nosso país, faltando apenas o baterista Bill Ward, Ozzy teve um comportamento muito diferente no show. Recluso, pedia apenas que o público gritasse e pulasse com "I can't hear you", emendado às vezes com "ok". O frontman não baixou as calças em nenhum momento, como faz em sua carreira solo. Também não encharcou tanto o próprio cabelo. Apesar de discreto, Ozzy Osborune parecia estar comovido com Geezer e Tony acompanhando sua performance ao vivo.

Geezer Butler emergiu em N.I.B., com a improvisação de contrabaixo distorcido que mostra seu talento oculto pelas demais estrelas da banda. No entanto, o momento inacreditável foi após a música Rat Salad, no solo de bateria de Tommy Clufetos. Se estendendo além de cinco minutos, o músico contratado pela banda fez uma percussão rica em nuances, oscilando entre o rápido e o lento, mas sempre com força. Foi um momento marcante do show, porque foi a hora em que um novo talento se mostrou à altura dos mitos do heavy metal presentes.

A música Black Sabbath foi o clímax do show. Com voz mórbida, Ozzy Osbourne deu o andamento original da composição. Coube a Tony Iommi fazer os chifres do demônio, sorrir para o público e começar um solo em alta velocidade, preciso e simples. Era possível ver todos os elementos do rock pesado naquele momento, tanto no refrão com a frase em intervalo trítono quanto as escalas pentatonicas executadas pela guitarra elétrica.

Ao executar Dirty Women, o público que estava vendo o show do Sabbath foi surpreendido. Ozzy disse, no começo da música, que "adora as dirty women". Ouvindo o madman, uma fã na pista convencional levantou a blusa e mostrou os peitos, duas vezes. A jovem fez aquilo na brincadeira rindo, e os homens gritaram a música com ela.

Sabbath Bloody Sabbath foi esboçada para o show se encerrar com Paranoid, a assinatura final do Black Sabbath e, principalmente, de Ozzy Osbourne. Muitos, naquela noite, choravam de emoção. Eu, ao longo de 16 músicas, me senti vendo uma banda única naquele palco, um clássico no seu auge e fonte de influência do meu estilo favorito de rock'n'roll. O Black Sabbath não foi pesado naquela noite, ele foi cativante, soando natural mesmo em composições que já tinham sido tocadas dezenas de vezes.

Setlist do Black Sabbath

War Pigs
Into the Void
Under the Sun
Snowblind
Age of Reason
Black Sabbath
Behind the Wall of Sleep
N.I.B.
End of the Beginning
Fairies Wear Boots
Rat Salad / Drum Solo
Iron Man
God Is Dead?
Dirty Women
Children of the Grave

Bis:
Paranoid (Com introdução de Sabbath Bloody Sabbath)

100 anos de Vinicius de Moraes

Por Paulo Virgili
Da Agência Brasil, por Creative Commons.


Uma das personalidades da cultura brasileira de maior projeção popular, Vinicius de Moraes, cujo centenário o país foi celebrado no dia 19 de outubro, era muito mais do que o poeta de primeira linha e o letrista de músicas que há cinco décadas são executadas e regravadas em todo o mundo. O Poetinha, como ele mesmo – que cultivava os diminutivos como forma de carinho – gostava de ser chamado, foi um intelectual de múltiplas facetas.

Formado em direito e diplomata de carreira até ser aposentado compulsoriamente em 1969, pela ditadura militar, Vinicius foi também cronista e escreveu para jornais e revistas reportagens cheias de lirismo sobre as cidades onde viveu. Exerceu a crítica de cinema, com análises aprofundadas sobre filmes e cineastas dos anos 40 e 50, e foi um importante autor teatral.

Foi exatamente essa última faceta – a de dramaturgo - que motivou a aproximação do poeta, para quem a vida era “a arte do encontro”, com Antonio Carlos Jobim, em 1956. O encontro, fundamental na trajetória de ambos e um marco na cultura brasileira, aconteceu porque Vinicius estava à procura de um compositor para as músicas de sua peça Orfeu da Conceição, que pretendia encenar no Theatro Municipal do Rio.

Definida pelo autor como “tragédia carioca em três atos”, a peça é uma transposição da história do mito grego de Orfeu para uma favela do Rio de Janeiro. Escrito em 1954, o texto também estava sendo adaptado para o cinema, com o título de Orfeu Negro, pelo cineasta francês Marcel Camus. O filme, que ficou pronto em 1959, ganhou – como produção francesa – a Palma de Ouro do Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro.

A parceria com Tom, iniciada com as canções para a peça – as mais conhecidas são Se Todos Fossem Iguais a Você e Lamento no Morro, deu início a um movimento de renovação da música popular brasileira. Dois anos depois, em 1958, com João Gilberto e a sua inovadora batida no violão, e o lançamento do LP Canção do Amor Demais, com Elizeth Cardoso interpretando composições da dupla, esse movimento, que começava a ganhar forma, logo iria ser chamado de Bossa Nova.

“Vinicius de Moraes foi um divisor de águas na história da música popular brasileira. Um poeta de livro que de repente se torna letrista e traz para as letras da música brasileira uma grande densidade poética”, define o crítico musical Tárik de Souza. Mais do que parceiros, Vinicius de Moraes colecionou amigos, companheiros de boemia e da vida cotidiana. A troca ia muito além das rimas e notas musicais.

Para Tárik, que apresenta na Rádio MEC FM o programa Bossamoderna, Vinicius exerceu um papel de catalisador na música popular, estimulando o surgimento de novos compositores. “Ele foi o primeiro parceiro do Edu Lobo, o primeiro parceiro do João Bosco, incentivou o Francis Hime e vários outros artistas a se dedicarem realmente à música, a partir de parcerias com ele. Vinicius tinha essa generosidade de lançar artistas e de abrir novas frentes, como ele fez com Toquinho, que foi o seu último grande parceiro”.

É grande a lista. Além dos já citados, inclui Carlos Lyra, Baden Powell (que formavam, juntamente com Tom, o que o poeta chamava de sua “santíssima trindade”), Chico Buarque e muitos outros. Lyra, um dos integrantes da “trindade” de Vinicius, conta como foi seu primeiro contato com o poeta. “Liguei para a casa dele: ‘Vinicius de Moraes? Aqui é o Carlos Lyra”.. e ele, com aquela mania de diminutivos, respondeu: ‘Ah, Carlinhos, ouvi muito falar de você. O que você quer de mim?’ E eu: ‘quero umas letrinhas...’. E ele:’então venha já pra minha casa’. E aí começou a amizade e a parceria”.

Vinicius fez letras também para o clássico choro Odeon, de Ernesto Nazareth (1863-1934), e para duas composições de Pixinguinha (Lamentos e Mundo Melhor). Na área da música erudita, Cláudio Santoro e Edino Krieger tiveram versos de Vinicius para composições suas. A obra do Poetinha inclui ainda canções em que ele foi autor de letra e música, dispensando as parcerias, como Pela Luz dos Olhos Teus, Serenata do Adeus e Rancho das Flores. E poemas seus, publicados anteriormente em livros, ganharam música, como os sonetos da Separação, musicados por Tom Jobim, e da Fidelidade, pelo pernambucano Capiba. O poema Rosa de Hiroxima ganhou nos anos 70 música de Gerson Conrad, líder da banda Secos e Molhados, de estrondoso sucesso na época em que lançou o cantor Ney Matogrosso.

O lado menos conhecido de Vinicius de Moraes: Crítico de cinema

Por Paulo Virgili
Da Agência Brasil, por Creative Commons.


O Poetinha que o Brasil admira e cultua pelo lirismo de seus versos era também um cinéfilo de carteirinha. Ao longo de toda a década de 40 e na primeira metade dos anos 50, Vinicius de Moraes exerceu, paralelamente à carreira de diplomata, intensa atividade como crítico de cinema para os jornais A Manhã e Última Hora e para as revistas Diretrizes e Sombra.

“Creio no cinema, meio de expressão total em seu poder transmissor e capacidade de emoção, possuidor de uma forma própria que lhe é imanente (conceito religioso e metafísico que defende a existência de um ser supremo e divino (ou força) dentro do mundo físico) e que, contendo todas as outras, nada lhes deve”, escreveu Vinicius, em artigo publicado em agosto de 1941 no jornal A Manhã. Parte do acervo literário de Vinicius, sob a guarda da Fundação Casa de Rui Barbosa, os escritos revelam que o poeta produziu análises aprofundadas sobre os grandes mestres do cinema da época, como Orson Welles, Charles Chaplin, Alfred Hitchcock, René Clair, Fritz Lang, Sergei Eisenstein, Vittorio de Sica e o brasileiro Alberto Cavalcanti.

Os rumos do cinema brasileiro e o resgate da obra de nossos primeiros cineastas também estavam nas preocupações do poeta. “Vinicius de Moraes foi importante não só como crítico de cinema, mas também como cineclubista. Foi por meio do Vinicius e das pessoas que integravam a turma dele, de cinéfilos, que o público tomou conhecimento da existência de Limite, o filme de Mário Peixoto que estava perdido há anos”, disse Fabiano Canosa, um dos curadores do Festival do Rio.

Entre 1946 e 1950, período em que foi vice-cônsul do Brasil em Los Angeles, Vinicius estudou cinema com Welles e teve uma convivência muito grande com o meio cinematográfico de Hollywood. “Ele frequentava muito a casa de Carmen Miranda e promoveu a aproximação de muitos nomes da cultura brasileira com Hollywood nos anos posteriores à 2ª Guerra Mundial, como por exemplo o escritor Érico Veríssimo”, declarou Canosa, ex-programador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do Public Theatre de Nova York. 

Atualmente apresentador do programa Kinoscope, da Rádio MEC FM, Fabiano Canosa lembra ainda que Vinicius teve uma antológica contribuição, juntamente com Pixinguinha, na criação da trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Viany. Com relação ao filme Orfeu Negro, do diretor francês Marcel Camus, adaptado de sua peça Orfeu da Conceição, Vinicius não teve uma participação direta na produção.

“É interessante o fato de que a peça, que estreou em 1956, três anos depois, em 1959, já era um filme que ganhou o Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano. Normalmente, se leva de cinco a seis anos para que uma peça ganhe sua versão para o cinema”, destacou Canosa.

sábado, 12 de outubro de 2013

Metrô provoca transtorno na estação Carandiru após show de Black Sabbath, em São Paulo

A estação Carandiru de metrô estava com sua entrada principal fechada no sentido Jabaquara, ontem (11), às 23h30, após o show das bandas Megadeth e Black Sabbath, em São Paulo. Segundo funcionários da companhia, a medida foi tomada para "garantir a segurança dos usuários" em uma entrada mais estreita, provocando uma fila gigantesca na entrada e mais de uma hora de espera para o embarque.


Segundo o Estadão, o show atraiu um público de 70 mil pessoas. A empresa responsável pelo evento recomendou as estações Carandiru e Santana para chegar na Arena Anhembi. Por que o metrô achou prudente restringir a entrada após o espetáculo? Isso realmente diminui o tráfego de pessoas na via e na plataforma? E os tumultos na entrada?



A medida de bloquear a entrada principal não adiantou nem por 20 minutos. As pessoas começaram a esmurrar a grade, exigindo que estivesse aberta como era de se esperar. Para conter as pessoas e explicar a situação, o metrô disponibilizou apenas três funcionários no térreo. Inúmeros pontos de confusão começaram a se estabelecer com as pessoas socadas na entrada estreita. Uma menina vomitou. Várias pessoas gritaram para as pessoas "pularem a catraca", além de críticas ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O prefeito Fernando Haddad também foi criticado. Palavras de ordem do Movimento Passe Livre também foram gritadas.



Num momento de humor, as pessoas começaram a cantar a música da novela Rei do Gado, fazendo uma metáfora engraçada com o tratamento do metrô naquele momento.



Em resposta, os funcionários do metrô agarraram que pulou a catraca, para repreendê-los. Ora, se eles criam uma barreira na entrada, como esperam que pessoas vindas de uma multidão em um show se sintam? Acha que elas estão satisfeitas com o serviço?

A entrada do metrô estava fechada cerca de 50 minutos antes do horário regular. De acordo com as placas de aviso do metrô, a estação Carandiru fecha à 0h22.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O que é começar uma coluna de opinião criticando os atuais colunistas brasileiros?

Mario Sergio Conti, ex-Veja, ex-Piauí, ex-Roda Viva e tradutor de obras de Marcel Proust, responde esta pergunta.


Em seu texto de estreia no jornal O Globo, ao lado de seu mentor Elio Gaspari, Conti parece criticar, com muita ironia, a tendência de coluna de opinião e de imprensa propagada por nomes como Reinaldo Azevedo, Mônica Bergamo, Diogo Mainardi, Ivan Lessa e outros nomes. O nome do texto é Princípios do Colunismo.

Recomendo a leitura e friso os trechos:

"Nada de notícias. Isso é coisa de repórter, ser inferior que lida com a realidade e come com a mão, enquanto o colunista saboreia as grandes questões nacionais com talheres de prata."

"Ivan Lessa era amigo de Paulo Francis. Dizia ele que o princípio ordenador do que o novo Brás Cubas escrevia era o que o seu patrão pensava. Francis calava-se. Ergo, ler editoriais."

"Seja realista, o Brasil é imutável e deve ser apresentado como tal."

Cursos de jornalismo têm desempenho mais satisfatório no Enade

Por Mariana Tokarnia
Da Agência Brasil, por Creative Commons.


Os cursos de jornalismo tiveram a maior porcentagem de desempenho satisfatório no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2012, 83% em todo o país obtiveram conceito acima ou igual a 3. Os cursos são seguidos de perto pelos de psicologia, 82,26% tiveram conceito satisfatório, e relações internacionais, 76,92%. O Enade segue uma escala de 1 a 5, onde 1 e 2 são conceitos insatisfatórios, 3 é satisfatório, 4 é bom e 5, ótimo.

Os resultados foram divulgados ontem (7) pelo Ministério da Educação (MEC). Por outro lado, os cursos com as maiores porcentagens de conceitos insatisfatórios (1 e 2) foram ciências econômicas (39,46%), tecnologia em processos gerenciais (35,96%) e administração (35,84%). Os cursos de direito, alvos de crítica quanto a qualidade, também estão entre os com as maiores porcentagens insatisfatórias: 33,02% obtiveram conceito 1 ou 2. Isso significa que dos 951 cursos avaliados, 635 foram considerados satisfatórios e, desses, 43 foram considerados ótimos (conceito 5).  

O exame avaliou estudantes concluintes de instituições públicas e privadas que cursavam administração, ciências contábeis, ciências econômicas, design, comunicação social, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo e turismo. Os cursos superiores de tecnologia das áreas de gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais também foram avaliados.

Em relação à localização, a maior porcentagem dos cursos satisfatórios está na Região Sul (77,62%). A região concentra também a maior porcentagem dos cursos com conceito 5 (6,27%). Ao todo, 1.372 cursos foram avaliados na região. É no Centro-Oeste que está a maior parte dos cursos insatisfatórios 40,59% dos 611 avaliados.

O Sudeste concentra, em número, a maior quantidade de cursos avaliados, 2.923. Desses, 68,73% são considerados satisfatórios. No Norte está a menor quantidade de cursos, 355, pouco mais da metade (58,87%) com conceito satisfatório. No Nordeste foram avaliados 1.045 cursos, 64,21% foram considerados satisfatórios.

O Conceito Enade é um dos indicadores de qualidade da educação superior brasileira, que também leva em consideração corpo docente e infraestrutura da instituição. Em 2012, foram avaliados 7.228 cursos. Para o conceito, no entanto, foram consideradas 6.306 unidades de cálculo, pois uma mesma instituição pode ter mais de um curso na mesma área.

Veja a lista completa divulgada pelo MEC.

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