terça-feira, 31 de março de 2009
Além do diploma
Brincando de Jade e brincando de Maya
Mas, parece que muita gente não que ser a protagonista Maya, personagem de Juliana Paes em Caminho das Índias. Segundo Isadora, a divulgação da cultura indiana não tem atraído muitas mulheres para as escolas de dança em busca de uma aproximação com a personagem. Segundo a professora de dança, a novela não tem apresentado muitas cenas de dança, o que não causa tanto interesse, mas as academias têm procurado muito professoras de dança indiana.
A dança do ventre, na época de O Clone, recebeu muito mais procura que a dança indiana recebe hoje, mas será que todas as Jades continuaram estudando a "dança secreta das cobras", como era chamada nos seus primórdios? Mahira Al Shakt (foto à direita) é professora de dança do ventre desde antes do alvoroço causado pela novela. Na escola em que ensina muitas dançarinas, hoje professoras, entraram para a dança graças aos véus da personagem de Giovana Antonelli. "Houve um aumento tanto de alunas como de profissionais na mídia.", diz. "Mas, só os mais sérios se mantiveram no mercado.", completa a professora.
"São danças muito diferentes", diz categoricamente Isadora. Os trejeitos, a filosofia e muitos outros pontos colocam a dança do ventre e indiana em lados claramente distintos. Mas, aos olhos de um mero expectador, as vestimentas ricas e coloridas e o ritmo eletrizante tornam as duas um tanto próximas. Para a professora de dança indiana, a dança que ensina requer mais interesse na cultura do país para se quer aprender, já que não é conhecida pelo público com a mesma amplitude da dança do ventre. "Já dancei dança do ventre durante muitos anos e todo mundo sabe pelo menos o básico, já a dança indiana é muito menos popular. Da Índia, todo mundo só conhece o Yoga.", explica Isadora. Já Mahira explica que alguns movimentos são muito parecidos e que as duas danças ligadas a filosofia e ao autoconhecimento. A professora da dança árabe informa que até mesmo ouve um pequeno crescimento nas inscritas para as suas aulas com o início da nova novela. "Muita gente buscou a dança do ventre pensando que era dança indiana.", diverte-se a dançarina.
Um tema muito comentado quando se fala em danças orientais é o preconceito. A dança do ventre é sempre associada à promiscuidade e a dança indiana, por ser pouco conhecida, é vitima da ignorância. Isadora afirma que o preconceito vem muito mais dos expectadores masculinos. Para Mahira, a dança do ventre é erroneamente associada ao erótico e ao sensual. "A dança do ventre ativa a alma feminina e vem de antes dos hárens.", ensina a dançarina praticante. "Ela é uma celebração do ser feminino e o preconceito dá uma carga errada à praticante.", explica. "É uma bobagem esse preconceito, a alma feminina não deve ser tratada de forma erótica", afirma a profissional de dança indiana e a dançarina de dança do ventre também concorda.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Videogame sem fronteiras
É um pequeno dispositivo, semelhante a um roteador de internet sem fio chega ao fim de 2009 com a premissa de unificar as três formas de serviço atuais e implantá-las de uma forma que qualquer jogo, de qualquer plataforma, venha a ser jogado em sua TV, PC ou MAC. Para tanto, foi desenvolvido um serviço online que atende qualquer lugar no mundo, e que faz rodar jogos de última geração em seus computadores. Normalmente, são jogos que eles não suportariam nem nas suas configurações mais basicas.
Fonte: GameTrailers
Site Oficial
Last.fm quer se tornar paga, mas...
Será que tornando seus serviços pagos, a Last.fm vai continuar sendo
uma revolução?
Muitas pessoas se manifestaram contra, logo na postagem do blog. Até mesmo quem se encontra nas áreas poupadas pela nova política de serviço não se absteve de críticas. Os mais frequentes questionamentos foram o por quê da exclusão dos três países e da cobrança, propriamente.
Por causa desse grande número de feedbacks, hoje, foi postada uma revisão do anúncio. Richard Jones, criador do projeto de Audioscrobbler e atualizador do blog, explica que a Last.fm Radio sempre teve a publicidade como maneira de se manter gratuita. Ele, inclusive, faz menção à multinacionalidade dos anúncios: aspecto que faz com que a Last.fm se torne “internacional ao extremo”.
Alguns usuários resolveram fazer uma campanha imagética através de seus avatares. O grupo FREE IS FREE disponibilizou a figura
O grupo, que tem como top artists as bandas
Radiohead e Coldplay, conseguiu 2500 membros em 5 dias
Assim como há um tempo, usuários do antigo Fotolog.net, hoje Fotolog.com, fizeram esse mesmo tipo de protesto contra a mudança do “net” para o “com” e tiveram suas contas ameaçadas de sair do ar, será que a Last.fm vai tomar alguma atitude contra os usuários que estão contra?
Por enquanto...
Para tentar amenizar a situação, a Last.fm pretende adiar a data em que a rádio se tornará paga e, nesse meio termo, também haverá outras novidades. Haverá a possibilidade de um usuário pagar a assinatura para um amigo, o scrobbling poderá ser feito a partir de outras rádios em API (sistema de rádio online feita em Java) e, também, haverá uma pesquisa acerca de meios alternativos de pagamento.
Levando-se em consideração que em alguns países o Paypal é problemático ou que alguns usuários não possuem cartão de crédito, a Last.fm está pensando em desenvolver um sistema de pagamento através de “pay-by-SMS” (via SMS) e outros. Entretanto, RJ não garante que poderá dispor desde o primeiro dia dessa mudança uma maneira para que todos possam pagar a assinatura, com facilidade.
Fonte: Last.fm Blog - post 1 , post 2
Fotos: Phandroid e Comunidade Last.fm no Orkut
sexta-feira, 27 de março de 2009
Placebo divulga setlist do novo álbum
1. Kitty Litter
2. Ashtray Heart
3. Battle For The Sun
4. For What It's Worth
5. Devil In The Details
6. Bright Lights
7. Speak In Tongues
8. The Never-Ending Why
9. Julien
10. Happy You're Gone
11. Breathe Underwater
12. Come Undone
13. Kings Of Medicine
Fonte: Placebo.co.uk
quinta-feira, 26 de março de 2009
Got Milk?!
Assista Milk - A Voz da Igualdade e se arrepie durante 1h40. Ganhador de 2 Oscar, de Melhor Ator (Sean Penn) e de Melhor Roteiro Original, o filme traz atuações incríveis de Penn, James Franco, Diego Luna, Emile Hirsch e Josh Brolin, além da ótima direção.
Harvey Milk foi o primeiro político gay norte-americano. Ele lutou e se posicionou como ninguém, frente a uma época terrível para os homossexuais. Foi assassinado em 1979 por um "colega" de trabalho e, diante do julgamento de sua morte totalmente injusto (Dan White se livrou com a desculpa de uma má dieta alimentar, ninguém merece), 30 mil pessoas reuniram-se nas ruas dos Estados Unidos para acender velas e despedir-se de seu líder.
Esse vídeo é uma parte de um discurso de Milk, vale a pena. Harvey deixou o seu recado: you gotta give them hope.
Got milk?
Este é o Rock de nosso tempo
Por Pedro Zambarda
Leitor, você poderia dizer que há um equívoco no título deste texto. A banda Kraftwerk surgiu como vanguardista da música eletrônica no começo da década de 1970, Radiohead é um fenômeno do rock alternativo à partir dos anos 1990 e Los Hermanos estourou no Brasil principalmente no começo do novo milênio. Mas sou obrigado a te alertar: há, sim, uma razão clara para que essas três bandas e vertentes estivessem reunidas no último domingo, dia 22.
Por mais que alguns presentes protestassem nos shows de abertura, ou até durante o espetáculo principal, Radiohead só foi o sucesso por incorporar as inovações tecnológicas que os sintetizadores do Kraftwerk inauguraram. E, mesmo que não seja sua influencia principal, Los Hermanos foi afetado diretamente pelo mesmo rock indie que o Radiohead formou, com diversas outras bandas, no final dos anos 1980.
A Chácara do Jóquei, zona oeste de São Paulo, foi uma escolha de lugar acertada por ser em um campo aberto. Apenas isso. O acesso ao local era complicado e a saída foi um desastre com a lama formada pela chuva, logo após o show. Mesmo assim, o público já começou a fazer a fila de entrada um dia antes, 21 de março. Somente às 18h20, após muitas horas de espera das pessoas na frente do palco, o pessoal do Los Hermanos começou sua apresentação de abertura, após 2 anos de hiato em suas atividades.
A performance da banda de Rodrigo Barba, Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante e Bruno Medina foi bem acima da média. Amarante, por exemplo, contagiou o público correndo pelo palco e fazendo o acompanhamento necessário na abertura do show, Todo Carnaval tem seu fim, além de cantar músicas extremamente emotivas como Sentimental e Último Romance. Suas palhetadas eram dadas com tamanha força que, próximo ao final do show, o guitarrista chegou a quebrar uma das cordas. Já Marcelo Camelo, ao contrário do parceiro de banda, permanecia mais calmo na apresentação, embora sua impostação vocal fosse muito mais consistente do que a dos demais. Camelo, Amarante e o baixista Gabriel Bubu ocasionalmente trocavam seus instrumentos, dando uma dinâmica interessante durante a apresentação. Cher Antoine foi uma das músicas tocadas que os fãs não esperavam. Fechando a apresentação com A Flor, era possível ver o sorriso estampado no rosto de cada um dos Los Hermanos. “Até qualquer dia” disse Rodrigo Amarante, em tom de despedida, mas sem nenhum motivo para tristeza, embora a banda não esteja reunida em definitivo.
Às 20h15, Man Machine abriu a série de experimentalismos do Kraftwerk, abusando de sintetizadores sonoros produzidos por seus notebooks e teclados. A banda, liderada por Ralf Hüter, tinha pouca interação com a platéia, apesar de produzir efeitos visuais fascinantes em seus telões, dando todo um charme futurista ao espetáculo. Músicas como Numbers, Computer World e Radioactivity deram um show de efeitos especiais, ao contrário da morna e repetitiva Tour de France, alvo de reclamações principalmente das pessoas que não eram fãs de Kraftwerk. O grande clímax da apresentação foi a música The Robots, momento em que Hüter, Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Stefan Pfaffe se retiraram do palco para serem trocados por réplicas do Kraftwerk robotizadas. Muitas pessoas ficaram perplexas diante dos robôs, mas foi nesse momento que a mensagem sobre ausência do humano ficou explícita na música dos alemães. Fechando o espetáculo, Music Non Stop trouxe roupas com listras verdes fosforescentes e luzes néon azuis sobre a pele dos músicos, além de animações em 3D no fundo. Por mais que muitos dos presentes não gostassem de música eletrônica, a apresentação que durou pouco mais de 1h conseguiu trazer um repertório diverso e agradável tanto para fãs quanto não-fãs.
Foto de Limao.com.br
Faust Arp teve um diálogo animado entre Thom e Johnny, ambos se apresentando. Thom solta um “hi, this is Johnny!”. O guitarrista responde, num voz abafada típica "this is Thom". Depois da pequena introdução, ambos começaram o dueto de violões com um entrosamento único. Exit Music (for a film) foi um soco no estômago de todos, com a letra mais triste que Radiohead fez, apesar das controvérsias. A comoção foi tanta que pouquíssimas pessoas cantaram, não porque não sabiam a letra, mas porque estavam totalmente espantadas e hipnotizadas.
O palco era repleto de barras metálicas e um projetor ao fundo mostrava 5 câmeras para cada integrante da banda, dando um show de cenografia. Radiohead teve o número absurdo de 3 seqüências de músicas além do primeiro repertório. Karma Police e Paranoid Android levaram tantas pessoas a cantar que a música continuou além de seu tempo, com Thom Yorke e o público dividindo os vocais, montando verdadeiros hinos. Jigsaw Falling Into Place e Weird Fishes mostraram uma banda afinada entre si, totalmente sincronizada. Por fim, Creep, a música que fez a banda estourar na MTV nos primórdios, fechou a noite. Cada “porrada” que Johnny dava em sua guitarra Fender Telecaster tornava a iluminação do cenário totalmente colorida, indicando a relação da apresentação com a turnê In Rainbows.
Três bandas diferentes que, interligadas entre si, trazem o rock de nosso tempo, em diferentes contextos. Outro espetáculo Just a Fest pode levar muitos anos para se repetir. Thom Yorke que o diga, totalmente extasiado com seu público e de joelhos ao final de Creep, após sua primeira apresentação no Brasil.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Gran Torino
A cena acima é o encerramento do primeiro filme da série Dirty Harry (Perseguidor Implacável no Brasil), de 1971, estrelada por Clint Eastwood. Tal cena sintetiza de forma crua o espírito por traz daqueles filmes, ou melhor, daquela época. E é só mais uma das dezenas de facetas que Clint Eastwood construiu ao longo de mais de 50 anos de carreira. E talvez seja necessário conhecer boa parte delas para captar todo o significado que Gran Torino traz para seu diretor e ator.
Walt Kowalsky é um veterano da Guerra de Coréia que acaba de se tornar viúvo. Racista, intolerante e sem nenhum tipo de relação afetuosa com seus filhos e netos, Kowalsky mantém uma rotina não muito diferente de qualquer outro aposentado no subúrbio de Detroit. Cuida de seu jardim, arruma sua casa e lava e lustra religiosamente um Ford Gran Torino 1972, herança dos tempos que trabalhou na mais americana das montadoras. No entanto seu bairro deixou de ser um lugar para americanos conservadores como Walt, e se tornou refugio para a comunidade asiática de Detroit, mais especificamente os Hhmongs, como seus vizinhos.
O fio condutor do roteiro começa quando o jovem Thao é forçado por uma gangue a roubar o Gran Torino de Walt. O roubo é frustrado e Thao passa a ser perseguido pela gangue, até o momento em que a briga acaba no gramado de Walt, que os recebe com uma espingarda apontada para seus narizes. A partir daí o velho antes odiado, se torna um herói para o bairro, e Thao é obrigado pela família a prestar qualquer tipo de serviço que Walt pedir. E a partir daí começa o processo de amaciamento nas crenças racistas do protagonista. Enfim, um roteiro com uma linha básica e não muito criativa. Mas está nos detalhes, nas nuances e nas entrelinhas que Gran Torino se torna um filma sólido, impecável e emocionante.
Tudo que Eastwood aprendeu com mestres como John Ford e Sérgio Leone, e que posteriormente foi aperfeiçoado em uma carreira marcante na direção, está em Gran Torino. Algo que se torna muito surpreendente depois de uma obra falha como A Troca. O que vemos aqui é a volta à temática do western que lhe tornou famoso e lhe rendeu a consagração com Os Imperdoáveis, com a estética da violência urbana vinda dos anos de Dirty Harry, exaltando a presença daquele homem intimidante, capaz de gerar medo apenas com sua face. Estética esta que também fora usada com maestria em Sobre Meninos e Lobos. E antes que alguém se pergunte: sim, Gran Torino é Clint Eastwood revisitando a própria carreira.
No entanto, tudo muda no ato final. A auto referência acaba e o que entra em cena é a redenção de um ícone de um modo falho de se fazer justiça. A última meia hora de projeção talvez sejam os 30 minutos mais sinceros que Eastwood já dirigiu. Algo que vai além de toda a ideologia em seu clássico Menina de Ouro, algo que vai além da cena final de Os Imperdoáveis. É como se Clint dissesse a si mesmo que o modo de se fazer justiça que nos acostumamos a pregar após a década de 70, que o modo que ele próprio ajudou a construir, entrou em falência.
sábado, 21 de março de 2009
Prefeita italiana retira de exposição escultura apelativa
Em comunicado à imprensa, Rosa disse que Deva, sem disposição para criações artísticas, acabou desrespeitando o sentimento religioso dos cidadãos. A justificativa foi de que a ordem teria sido um pedido de postura diante do sagrado, independentemente de religiões. A prefeita explica seu posicionamento não como uma censura à arte - ela acredita que, neste caso, “o que falta é arte em si, enquanto reina o soberano péssimo gosto”.
O jornal Corriere della Sera informou que a atitude de Rosa provocou constrangimento a Nicola Oddati, secretário de cultura da cidade, quem já havia apontado arte como algo não moralmente avaliável. O escultor declarou que a intenção de Sacred Love foi a de fazer um paralelo entre o rosto de Cristo envolvido num sudário com sua, ainda maior, proximidade da dor e do sofrimento humanos.
Fonte: Folha Online
sexta-feira, 20 de março de 2009
Vídeos da Foca
Chama-se Vídeos da Foca e foi feito por mim, pelo Pedro Zambarda e pela Ana Júlia no dia 13 de fevereiro deste ano, mas somente hoje foi postado o primeiro vídeo, feito pela Ana.
Quem quiser postar, é só falar com um dos editores do blog.
Aproveitem!
http://www.youtube.com/user/Videosdafoca
quinta-feira, 19 de março de 2009
"Você está demitido!"
terça-feira, 17 de março de 2009
Revisão Feminina
O livro Zonas úmidas, de 208 páginas, já está a venda. Preço médio: R$34,90.
Afastamento
Se uma justificativa se faz necessária, digo apenas que o rumo que o blog está tomando não condiz mais com o que eu esperava dele.
De qualquer maneira, estarei à disposição sempre que precisarem de algo.
Um grande abraço.
Um mergulho em laranja, branco e muito verde
De 17 a 27 de março, São Paulo será palco do Festival Cara Irlanda. Esse é o primeiro grande evento do Instituto Brasil-Irlanda (http://www.irishinstitute.com.br/), fundado há um ano, e que tem o objetivo de divulgar a cultura Irlandesa e promover a união entre os dois países, nos mais variados aspectos.
Cara é a palavra para amigo em gaélico, o idioma oficial da Irlanda junto com o inglês, e demonstra a ideia por trás desse festival. Apesar não ter recebido muitos imigrantes irlandeses, o Brasil nutre uma grande curiosidade e admiração pelo país “Os laços culturais são incrivelmente mais fortes do que qualquer relação de imigração. Embora sejam tão poucos no Brasil [os irlandeses], os brasileiros são ávidos de saber da Irlanda” afirma Maria Alice Ancona Lopez, Presidente do Instituto Brasil-Irlanda.
Nos seus dez dias o evento procura unir diferentes atividades e compor uma programação diversa que vai da música à literatura, passando pela gastronomia, dança e, é claro, cerveja. O dia 17 marca a data oficial da inauguração do conhecido St. Patrick’s Day, o feriado mais importante e dia nacional da Irlanda. “Em primeiro lugar, é um dia de patriotismo. Mais do que tudo esse evento é a celebração da identidade que a gente tem como povo irlandês” diz Stephen Little, professor irlandês de Gaélico do Departamento de Línguas Modernas da FFLCH/USP, que mora há sete anos no Brasil.
Stephen afirma que o dia de São Patrício, principalmente depois da independência, teve a função de resgatar o orgulho e autoconfiança do povo Irlandês após os séculos de ocupação britânica da ilha. Hoje em dia, as comemorações tem se afastado do seu caráter religioso, se secularizando cada vez mais e se firmando como uma verdadeira identidade irlandesa. O dia é celebrado em diversos países do mundo, principalmente naqueles com grandes populações imigrantes, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália.
Historicamente, Brasil e Irlanda não são países muito próximos. Stephen, porém, destaca alguns laços que unem os dois povos “A gente passou muito por isso, o povo não tinha nada. Essa história de brasileiros saindo daqui pra Europa. Isso é nossa história”. Os dois episódios de grandes fomes que assolaram a Irlanda marcaram o povo e a cultura, e trouxeram, segundo o professor, um jogo de cintura que se assemelha ao jeitinho brasileiro.
Uma lenda Irlandesa, que data do século X, discorre sobre um local que só pode ser visto a partir das Ilhas Aron, no noroeste do país. Essa Ilha supostamente teria tempo bom durante todo o ano além de aves e animais coloridos e seu nome era Hy-Brasil, “essa lenda se refere ao suposto conhecimento pelos irlandeses do Brasil, antes do país ter sido descoberto. O que se diz, então, é que o Atlântico é o que nos une, não o que nos separa” comenta a presidente do Instituto Brasil-Irlanda.
A abertura oficial do evento será hoje, às 17hrs, no Teatro Eva Herz do Conjunto Nacional, e contará com a presença do Embaixador da Irlanda Michael Hoey, além de um coquetel. A programação completa do Festival pode ser vista em http://www.irishinstitute.com.br/cara1.html
A juventude que nunca morrerá
segunda-feira, 16 de março de 2009
Comunidade Discografias no Orkut tem seu fim anunciado
O Orkut perdeu hoje uma de suas comunidades com maior movimento. A Discografias, com mais de 1 milhão de usuários, saiu do ar na manhã desta segunda-feira, sem qualquer tipo de aviso prévio. A medida foi tomada pelos moderadores da comunidade, que vinham sendo ameaçados constantemente pela APCM (Associação Anti Pirataria de Cinema e Música) e pelo Ministério Público. O próprio Google questionava a legitimidade da comunidade.
Segue abaixo o comunicado sobre o fim da comunidade:
domingo, 15 de março de 2009
Na Batida de uma Geração - The Beat Generation
Em linhas gerais, a “beat generation” foi um grupo formado por escritores, poetas, dramaturgos e boêmios que se juntaram no final dos anos 40 nos EUA. Tinham a intenção de fazer uma literatura mais próxima da realidade das ruas, uma poesia urbana e um estilo de escrever específico e à parte de qualquer outro estilo corrente. Conseqüentemente, os beats – nome dado aos membros da beat generation - se engajaram numa criatividade espontânea e por vezes propositalmente desleixada. Os escritores beats produziram muitos trabalhos controversos para a sociedade americana da época, que acabaram por simbolizar o estilo de seu inconformismo.
O termo “beat”, bastante usado nos anos 40 e após a Segunda Guerra Mundial, reunia inúmeras conotações negativas e foi introduzida ao grupo por Herbert Huncke, figura presente dos submundos de Nova York. O adjetivo beat tinha conotações de “cansado”, “por baixo” ou “de fora”, mas Kerouac adicionou significações mais paradoxais e mais positivas como “beatitude” e a associação musical, principalmente em relação ao jazz, entre outras, que reforçam “estar na batida”, por exemplo.
Reza a lenda que, no mês de novembro de 1948, em algum bar na Times Square em Nova York, estavam sentados conversando sobre o panorama atual da falta de perspectiva John Clellon Holmes e Jack Kerouac. No meio da conversa Jack Kerouac se lembra da “geração perdida” de Jean Paul Sartre e lamenta: “we’re a beat generation” (Nós somos uma geração “batida”, ou “vencida”, em uma tradução livre). John Clellon Holmes percebeu que presenciara uma revelação histórica e saltou da cadeira: ”É isso! Você está certo!” A partir deste momento, o termo beat ganharia seu significado na literatura.
Apesar das definições ditas acima, ainda tiveram outras versões que acabaram criando uma certa confusão nos anos posteriores. Se a referência original do termo beat era de conotações negativas, foi Allen Ginsberg quem mais se esforçou em abrir o termo para englobar aspirações mais positivas. Pare ele, ser beat é ter uma percepção abrangente e uma percepção particular e real da natureza das coisas. Já para John Clellon Holmes, os beats eram uma versão americana para o existencialismo europeu e, conseqüentemente, adotaria o preto como cor. Ser beat, segundo Holmes era "despir a mente e a alma, optar por reduzir-se ao que é mais básico, no lugar de aceitar a visão convencional de uma América complacente, próspera e homogênea".
É possível concluir hoje que existiam dois grupos ou segmentos distintos de beats. O primeiro surge em Nova York durante a década de 1940 e o outro, se encontra em São Francisco na década de 1950. O grupo inicial formava-se sem premeditação quando Jack Kerouac, Allen Ginsberg, John Clellon Holmes, William Burroughs e Gregory Corso se conheceram em diferentes ocasiões durante os anos 40.
Nos anos 50, alguns beats vão juntos para o oeste à procura de Neal Cassady - andarilho que serviu de inspiração para Dean Moriarty, um dos protagonistas do livro On the Road, de Jack Kerouac - e acabam se fixando em São Francisco. Lá acabam atraídos e atraindo poetas igualmente inconformados com a América daquele período.
Neste segundo grupo estão poetas, escritores, artistas e intelectuais como Lawrence Ferlinghetti, Gary Snyder – que introduziu ao grupo o zen-budismo característico da beat generation -, Kenneth Rexroth, Philip Lamantia e vários outros. Foi na Califórnia que a beat generation tornou-se um movimento, pois transformou-se em algo mais abrangente, atingindo a pintura e escultura, como também uma literatura que possa falar não só da cidade, como do campo e do espírito (outro ingrediente trazido por Gary Snyder).
O marco da beat generation foi a apresentação na galeria Six - que antes era uma mecânica e havia se transformado num salão de arte -, no dia sete de outubro de 1955. Organizado pelos próprios beats, sem ter onde ou como apresentar seu trabalhos, eles resolveram fazer um recital gratuito em uma galeria velha que ficava em um dos guetos da cidade. Para o público presente, composto de negros, latinos e imigrantes de vida difícil, o recital com os poemas questionando tantas certezas do modo de vida americano soaram particularmente reais. O cunho crítico e contestador dos pensamentos em relação ao que acontecia naquele momento nos Estados Unidos do pós-guerra fez o público aplaudir de pé, manifestando sua concordância com estes pensamentos e idéias, porque estas mesmas desilusões eram vivenciadas na pele deles também. O último poeta a ler no recital foi Allen Ginsberg, que pela primeira vez recitou em público, chamado “Uivo”. O recital é descrito com detalhes no segundo capítulo do livro Vagabundos Solitários, de Jack Kerouac.
O evento na Six Gallery fez brotar em São Francisco uma série de eventos voltados para a arte. Segundo Gary Snyder, "tivemos a nítida sensação de termos alcançado uma liberdade de expressão, termos nos libertados da Universidade que tanto sufocava os poetas, indo além da tediosa e inútil discussão sobre Bolchevistas versus o Capitalismo que tanto esvaziava a imaginação de tantos intelectuais do mundo".
Mas nem tudo são flores. Nessa mesma época, os Estados Unidos estavam vivendo a paranóia comunista, a Guerra Fria, a “caça às bruxas” promovida pelo senador Joseph McCarthy e a censura não parava de proibir diversas obras de cunho “subversivo”, “comunista” e até “antiamericano”.
Um dos fatos responsáveis pela popularização dos beats foi o famoso processo jurídico de Lawrence Ferlinghetti, que publicou o livro Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg pela City Lights Books, sua livraria que também servia como editora e ponto de encontro dos beats. Acusado pelo governo de promover pornografia, o poema não só foi inocentado, como também foi aclamado "de valioso conteúdo social". Mais importante ainda foi a cobertura diária da imprensa no julgamento, que tornou os termos Beat e Beat Generation repentinamente conhecidos por todo o país, embora poucos sabiam do que se tratava. Outras obras foram parar nos tribunais, como o caso de Almoço Nu, de William Burroughs. O romance era impregnado de descrições de conduta sexual, cenas contendo homossexualismo explícito, além de uma contínua prática no uso indiscriminado de entorpecentes pelos seus personagens. O réu desta vez foi Barney Rossett, outro editor de livros beats. Também saiu inocentado dos tribunais.
Enquanto os processos recebiam uma baita cobertura da imprensa, Jack Kerouac finalmente conseguia publicar outro livro chave da beat generation, Pé na Estrada. Escrito em 1952, era um relato do que aconteceu no final dos anos 40, numa viagem com Neal Cassady (Dean Moriarty, no livro) só foi publicado no final de 1957. Aliás, vários outros escritores beats estavam lançando livros que já tinham escrito há quase dez anos atrás.
Em abril de 1958, surgia outro termo para descrever o grupo de escritores: “beatnik”. O termo foi criado pelo jornalista Herb Caen, do jornal San Francisco Chronicle. O sufixo “nik” foi retirado do Sputnik, satélite russo lançado naquela época, oferece ao beat a sugestão de ser subversivo, uma vez que russos e americanos simbolizavam a antítese entre comunismo e capitalismo. Não demoraria muito e Beat seria compreendido como um estilo de escrever e Beatnik um estilo de viver.
A linguagem e as roupas dos beats chegaram às telas do cinema através de James Dean, no filme “Juventude Transviada” e Marlon Brando. O rock and roll, que estava explodindo na época, teve também influência estética dos beats, através de Elvis Presley e suas costeletas. Os livros viriam a influenciar as letras de artistas como Bob Dylan (que leu On the Road, título original de Pé na Estrada, e depois fugiu de casa), Pink Floyd e Beatles, nos anos 60.
Os beatniks já não se resumiam apenas aos boêmios escritores de São Francisco e Nova York que já estavam viajando pelo mundo e sim uma série de jovens universitários que se vestiam de preto, usavam boinas, óculos escuros e ouviam jazz. Assim, os beats – agora beatniks -, se transformavam num gênero de movimento cultural, separado (mas nem tanto) dos beats literatos e que geralmente ficavam orgulhosos de serem chamados de beatniks.
A rápida e gradual expansão da “beat generation” abriu caminho para a “contracultura dos anos 60”, que foi acompanhada pelo deslocamento natural no público de “beatnik” para “hippie”. O termo é uma abreviação do termo “hipster”, muito usado por Kerouac em seus livros como uma denominação alternativa aos beats. Alguns dos beats originais permaneceram como participantes ativos. Allen Ginsberg, por exemplo, se tornou um dos grandes nomes do movimento antiguerra e fez amizades com muitos astros do rock. Já Kerouac, outro grande nome da geração, rompeu com Ginsberg e criticou os movimentos de protesto nos anos 60 como “novas desculpas para o rancor”.
De muitas maneiras, os beats foram a primeira geração contracultural que veio a influenciar, de uma forma direta ou indireta, todas as tribos urbanas que surgiram nas décadas seguintes. A primeira delas foram os hippies, descendentes diretos dos beatniks, nos anos 60. Durante o conformismo da era pós-Segunda Guerra Mundial, eles foram uma das forças engajadas a questionar valores tradicionais que produziram uma quebra com a cultura predominante.
Não há dúvidas de que os beats produziram grandes idéias revolucionárias em relação a um novo estilo de vida (principalmente em relação ao sexo e as drogas). Os beats exerceram também um grande efeito intelectual ao encorajar o questionamento da autoridade (a força por trás do movimento antiguerra, principal bandeira dos hippies) e até mesmo a consciência ecológica. Muitos deles foram ativos em popularizar o interesse pelo zen budismo no ocidente.
De qualquer forma, não há como negar que os ecos da beat generation transpassaram a todas as formas de contracultura alternativa já existentes desde então (ex: hippies, punks, etc), sem contar a revolução criada por estes escritores. Se não existissem os beats, provavelmente, a história do mundo seria completamente diferente.
quinta-feira, 12 de março de 2009
A leitura social como reflexão de uma área
quarta-feira, 11 de março de 2009
Small talk
O que já foi e o que há - veja a evolução.
O primeiro Shuffle foi lançado em 11 de janeiro de 2005, tinha o tamanho de um lápis, somente disponível na cor branca, 2 opções de tamanho: 512MB ou 1GB e custava, respectivamente, algo como U$70 e U$105.
O novo, lançado hoje, é menor do que uma pilha AA, tem 4GB (capacidade para até 1000 músicas), fala, está disponível nas cores prata e preto, e custa U$79. Outra mudança é que o controle do volume está no cabo do fone de ouvido.
Dá-lhe Apple.
Fontes: http://www.apple.com/ipodshuffle/features.html
e http://en.wikipedia.org/wiki/IPod_Shuffle
terça-feira, 10 de março de 2009
Os 300 das Folhas, Professores e "Ditabrandas", ou duras
O manifesto contou com cerca de 300 pessoas presentes que expressaram mensagens de repúdio ao jornal e de cunho político de esquerda, embora entre os manifestantes não tenham sido encontrados os professores da USP (dados do Portal Imprensa). Para informar melhor, esta notícia traz alguns vídeos da manifestação, inclusive discursos do Padre Júlio Lancelotti:
segunda-feira, 9 de março de 2009
O mais novo injustiçado do Oscar: Frost/Nixon
domingo, 8 de março de 2009
Igualdade, mas nem tanto
O prazer de um simples conto
sábado, 7 de março de 2009
Poucos admitirão, mas Watchmen - O Filme é único
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