
Na falta do mito americano, os chineses puderam apreciar beleza da russa, principalmente em sua competência na competição.
Yelena Isinbayeva conquistou a medalha de ouro no salto com vara, batendo os recordes olímpico e mundial, dos quais ela era dona. Na falta do mito americano, os chineses puderam apreciar beleza da russa, mas principalmente sua competência na competição.
A russa entrou nos jogos com a quase certeza da vitória. Então, sua verdadeira batalha era contra si própria. Seu primeiro salto, apenas para aquecimento, foi tranqüilo: 4,70m. Isinbayeva descansou até o sarrafo atingir 4,85m, ultrapassando a altura de forma tranqüila e garantindo o ouro. Restava na competição apenas a americana, Jennifer Stuczynski. A concorrente bem que tentou, mas não conseguiu ultrapassar 4,90m, o que garantiu o bi-campeonato olímpico para a fenomenal atleta russa. A batalha pessoal se inciava naquele momento.
Detentora do recorde olímpico de 4,91m, Isinbayeva saltou para 4,95m e, após duas tentativas, ela conseguiu superar a marca; o recorde olímpico havia sido quebrado novamente. Restava o mundial, que em seguida foi quebrado por um centímetro. A atleta em sua terceira tentativa saltou o sarrafo à 5,05m, sem derrubá-lo, levando os chineses ao delírio. Pela 24ª vez a russa melhora o recorde global. A melhor saltadora da história não decepcionou em Pequim.
O mico foi a (des) organização do Comitê responsável pelo N

inho de Pássaro. Pior para a brasileira
Fabiana Murer, candidata a medalha no mesmo salto com vara. Fabiana se preparava para saltar 4,65m, marca já alcançada pela atleta, quando sua vara desapareceu. A responsabilidade pelo sumiço coube ao Comitê Organizador, que com essa falha prejudicou – e muito - a participação da nossa representante. Murer paralisou a competição por alguns minutos, ameaçando abanoná-la. O que não acabou ocorrendo, pois a saltadora acabou utilizando uma vara improvisada. Mas não foi o aparato inadequado o maior vilão, e sim o psicológico, perdido com o contratempo.
Fabiana esperava saltar 4,80m, mas com esse empecilho que tirou-lhe a concentração: não passou de 4,65m, derrubando o sarrafo por três vezes, dando adeus ao sonho de medalha, finalizando em 10° lugar. Ah, se isso acontece no Brasil!
Jogamos a vida no handebol masculino, e acabamos morrendo. O Brasil perdeu para a Espanha, por 36 a 35, terminando os jogos olímpicos com uma única vitória, frente a China. A missão da classificação era complicadíssima, precisaríamos vencer os espanhóis por uma diferença de 15 gols, e o adversário também não ajudava para o nosso time realizar tal façanha. A derrota expôs os defeitos do nosso handebol, que infelizmente está a quilômetros de distância das potências européias.
No vôlei masculino tivemos um dia perfeito. Nas areias, Márcio e Fábio Luiz derrotaram Gosch e Horst, da Áustria, por 2 sets a 0, parciais de 22/20 e 21/17, avançando às semifinais do torneio. Os brasileiros terão como adversários Ricardo e Emanuel, a outra dupla nacional. Os atuais campeões olímpicos tiveram sua melhor atuação na competição, superando com relativa tranqüilidade, os americanos Gibb e Rosenthal. Resultado final de 2 a 0 (21/18 e 21/16). O confronto brasileiro nessa etapa garante no mínimo a medalha de prata. Teremos um grande jogo, entre essas grandes duplas.
A vitória sobre a Alemanha, na quadra, guiou a
seleção masculina à primeira colocação da chave, devido a vitória da Polônia sobre a Rússia. O Brasil superou os gigantes alemães com algumas dificuldades, os
3 sets a 0 (25/22, 25/21 e 25/23) não refletiram a atuação irregular dos homens brasileiros. Ineficiente na recepção, os brasileiros não tiveram um bom desempenho ofensivo. Sorte nossa que o adversário resolveu nos presentear com erros de saque, totalizando quase um set de bolas equivocadas. A liderança da chave facilitou a vida do time de Bernardinho, porque a próxima adversária será a China, quarta colocada e teoricamente, a seleção mais fraca da outra chave.

Tivemos uma grata surpresa nessa segunda-feira, na classe 49er conquistamos nossa primeira medalha feminina na história da vela nacional. As responsáveis pelo feito, Fernanda Oliveira e Isabel Swan, venceram a última etapa – conhecida como medal race – e conquistaram um lugar no pódio. Uma grata surpresa em uma modalidade na qual não apostávamos nada. As meninas estão de parabéns, pois esse bronze vale ouro. Com a medalha, a vela empata com o judô na liderança dos esportes nacionais premiados, sendo a décima quinta, 14 entre os homens e a primeira entre as mulheres.
Mas o grande destaque do dia deu-se nos gramados de Xangai. A seleção feminina deu show, goleou o fantasma chamado Alemanha por 4 a 1 e garantiu sua vaga na final olímpica. As alemãs logo aos 9 minutos marcaram, após uma falha de Érika. O amadurecimento da equipe apareceu, o desespero não bateu, e após o empate - conquistado em um belo chute de Formiga, após uma jogada genial de Cristiane - o Brasil controlou as ações e brilhou.
Cristiane virou o jogo em um contra-ataque comandado pela craque Marta. A camisa 10 fez o terceiro em um lance de gênio, driblando a adversária e tocando de “biquinho” na bola, sem permitir qualquer reação da goleira Angeler. Mas a obra prima ficou para o final. Cristiane driblou quatro defensoras e concluiu com categoria, na saída da goleira germânica; sacramentando a belíssima vitória, e enchendo a moral para a final. Na decisão encararemos os Estados Unidos, algozes em Atenas 2004. Outra vingança será necessária.
Principais Resultados:
Basquete masculino
Grupo ACroácia 91 x 57 Irã
Austrália 106 x 75 Lituânia
Argentina 91 x 79 Rússia
Grupo BGrécia 91 x 77 China
Espanha 98 x 50 Angola
Estados Unidos 106 x 57 Alemanha
Handebol masculino
Grupo AEspanha 36 x 35 Brasil
Croácia 33 x 22 China
Polônia 30 x 30 França
Grupo BIslândia 32 x 32 Egito
Rússia 29 x 22 Coréia do Sul
Dinamarca 27 x 21 Alemanha
Vôlei masculino
Grupo ABulgária 3 x 1 Venezuela - 23/25, 25/19, 25/19 e 25/22
Itália 3 x 2 China - 25/17, 25/23, 21/25, 20/25 e 16/14
Estados Unidos 3 x 0 Japão - 25/18, 25/12 e 25/21
Grupo BBrasil 3 x 0 Alemanha - 25/22, 25/21 e 25/23
Polônia 3 x 2 Rússia - 17/25, 26/24, 24/26, 25/23 e 15/12
Sérvia 3 x 0 Egito - 25/16, 25/13 e 25/17
Triatlo feminino
1 - Andrea Hewitt (AUS) - 1h58m27s66
2 - Vanessa Fernandes (POR) - 1h59m34s63
3 - Emma Moffatt (AUS) - 1h59m55s84
Vôlei de praia – masculino
Quartas-de-finalRogers e Dalhausser (EUA) 2 x 0 Klemperer e Koreng (ALE) - 21/13 e 25/23
Geor e Gia (GEO) 2 x 0 Schuil e Nummerdor (HOL) - 21/19 e 21/19
Márcio e Fábio Luiz (BRA) 2 x 0 Gosch e Horst (AUT) - 22/20 e 21/17
Ricardo e Emanuel (BRA) 2 x 0 Gibb e Rosenthal (EUA) - 21/18 e 21/16
Vela
470 – feminino1 - Austrália - 43
2 - Holanda – 53
3 - Brasil – 60
Ginástica artística – masculina – Final
Argolas:1 - Chen Yibing (CHN) - 16.600
2 - Yang Wei (CHN) - 16.425
3 - Oleksandr Vorobiov (UCR) - 16.325
Salto:1 - Leszek Blanik (POL) - 16.537
2 - Thomas Bouhail (FRA) - 16.537
3 - Anton Golotsutskov (RUS) - 16.475
Ginástica artística – feminina – Final
Barras assimétricas:1 - He Kexin (CHN) - 16.725
2 - Nastia Liukin (EUA) - 16.725
3 - Yang Yilin (CHN) - 16.650
Futebol feminino
SemifinaisBrasil 4 x 1 Alemanha
Estados Unidos 4 x 2 Japão
Atletismo
Lançamento de disco – feminino1 - Stephanie Brown Trafton (EUA) - 64.74
2 - Yarelys Barrios (CUB) - 63.64
3 - Olena Antonova (UCR) - 62.59
Salto com vara – feminino1 - Yelena Isinbayeva (RUS) - 5.05 (WR)
2 - Jennifer Stuczynski (EUA) - 4.80
3 - Svetlana Feofanova (RUS) - 4.75
Salto em distância – masculino1 - Irving Saladino (PAN) - 8.34
2 - Khotso Mokoena (AFS) - 8.24
3 - Ibrahim Camejo (CUB) - 8.20
3.000 metros com obstáculos – masculino1 - Brimin Kiprop Kipruto (QUE) - 8m10s34
2 - Mahiedine Mekhissi Benbbad (FRA) - 8m10s49
3 - Richard Kipkemboi Mateelong (QUE) - 8m11s01
800m feminino
1 - Pamela Jelimo (QUE) - 1m54s87 (WR)
2 - Janeth Jepkosgei Busienei (QUE) - 1m56s07
3 - Hasna Benhassi (MAR) - 1m56s73
400m com barreiras – masculino1 - Angelo Taylor (EUA) - 47s25
2 - Kerron Clement (EUA) - 47s98
3 - Bershawn Jackson (EUA) - 48s06