Estreou esse mês o terceiro filme da famosa série “A Múmia”, A Múmia – Tumba do Imperador. Todos os filmes que fazem parte da série seguem uma fórmula padrão: sempre há uma lenda seguida por uma maldição e, como diz o título, por um vilão decomposto que almeja dominar o mundo. Nos dois primeiros episódios, a aventura se passa no Egito e temos o sem graça Rick O'Connell (Brendan Fraser) e a estudiosa Evelyn Carnahan (Rachel Weisz) salvando a humanidade do sacerdote Imhotep. Após sete anos, uma nova aventura do casal volta às telas de cinema em todo mundo, mas, dessa vez, tendo como fundo a China. Apesar de já ser grande mudança, ela é a que menos afeta o filme.
Uma dessas alterações que atingem brutalmente o filme de grande sucesso é a mudança de protagonista. Rachel Weisz dá lugar a Maria Bello, conhecida pelas magistrais atuações em filmes como Marcas da violência e Obrigado por fumar. Apesar de ter um passado brilhante, Bello não tem nesse filme uma aparição digna de muito mérito. Ela modifica um pouco a personagem interpretada por Weisz. Com um sotaque britânico forçado e um lado emotivo mais forte, a nova Eve se tornou uma escritora de romances, se contrapondo ao futuro tão desejado pela bibliotecária que despertou o sacerdote no primeiro filme.
O lado emotivo de todos os personagens parece ter sido elevado à quinta potência. Sendo assim, o filme se torna em alguns momentos um dramalhão digno de novela mexicana, tratando sobre família e pais distantes. Não é só no lado dramático que há um terrível erro de cálculo do filme, mas em todos os pontos abordados esse defeito se torna constante. Os efeitos especiais lembram os usados nos saudosos episódios dos Power Rangers de tão falsos e inimagináveis. A história chata e cansativa parece um grande e interminável episódio da série Xena, a princesa guerreira.
Mesmo com uma longa lista de erros, o filme mostra alguns pontos positivos. Um é fotografia. Lindas imagens da China coberta de neve e uma trilha sonora razoável. As atuações secundárias merecem aplauso. Jet Li, conhecido por atuar como o mocinho em filmes de kung-fu, e Michelle Yeoh, aplaudida pela atuação em Memórias de uma gueixa, desempenham um papel grandioso. Uma grande discussão em pauta nos sites de cinema é que A Múmia – Tumba do Imperador passou a marca de arrecadação de Batman – Cavaleiro das Trevas. Mesmo levando um enorme número de expectadores às salas de cinema brasileiras, os dois filmes recebem críticas bem distintas da mídia.
Se vale a pena assistir o fim estranho de uma trilogia que teve um inicio magistral? É bom para desencargo de consciência, mas não vá esperando escaravelhos e sustos, pois o susto será como se pode, com tão pouco, se estragar uma ótima história. E os escaravelhos, que traziam um doce a mais ao filme, ficaram no Egito, junto com a graça de uma história que tinha tudo, mas se perdeu.
2 comentários:
Eu comento no seu post!
Como já dito antes..eu gostei! Menos da parte do Power Rangers e da Xena q eu discordo, adorei os yetis..hauahuahauhauhaha
Amiga vc eh do (L)ao viu...pode liga qq hr..em qq lugar..qq dia! msm se eu tive te odiando (naaaaao!huahauaua) eu vou atender! prometo! ^^
Luv.Ya!*
;**
Realemente, o filme ficou devendo. A trilogia múmia mereceria uma melhor finalização.
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