quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bola da Vez #12 - Blogs com Focas


O tema dessas recomendações é simples: qualquer blog ou site que tem "foca" em seu nome, embora nem sempre com o significado de jornalista iniciante na redação, vale para esta lista. Espero que gostem das sugestões:

- Manual dos Focas (@manualdosfocas): Blog já recomendado aqui no Bola, mas que vale ser lembrado por suas propostas de emprego e artigos voltados para a carreira jornalística. É um bom lugar para quem está entrando na carreira se informar, com um extenso banco de dados.

- Focaleando (sem twitter): Blog com brincadeiras e bom humor do ex-casperiano e repórter de tecnologia Bruno Ferrari, com amigos. Possui alguns vídeos de gafes e textos tirando sarro. Está desatualizado há tempos. Mas vale uma visita mais curiosa nos arquivos.

- Mãe da Foca (@hugoogle): Blog com várias dicas bacanas de arte urbana e design, além de variedades. Vale uma olhada.

- Foca em Foco (@focaemfoco): Jornalismo e dicas de programas noturnos. Feito por Aline Oracic, uma jornalista em formação. Vale sim.

Poucos blogs, mas espaços interessantes, assim como o Bola da Foca.

Ei, jornalista! Entenda o Adsense

Anúncios que rendem 0,07 dólares por clique, feitos gratuitamente pelo Google para seu site. Parece algo sensacional, não é mesmo? No entanto, entender o funcionamento do Google Adsense, que não é segredo para qualquer blogueiro e criador de conteúdo sério, não é algo simples, tampouco prático. Requer um estudo prolongado sobre o público do seu site, além de intensa atividade de produção de textos, áudios e vídeos. A propaganda que a Google pode vincular com seu site pode render algumas doletas, mas não é fácil.

Jornalistas precisam ter consciência de como funciona esse recurso, tanto para ganho financeiro indireto quanto para não usar essa ferramenta, tendo um conhecimento prévio, ou comprovado pela experiência. Ao acessar o menu design do Blogger, por exemplo, já existe a opção de inserir o Adsense em partes determinadas do blog, que serão devidamente delimitadas como propaganda. No Wordpress, o processo não é tão automático, mas é simples de ser colocado no HTML do template. Uma vez acertado o local da página, resta fazer o cadastro no sistema, que, além de dados pesssoais, irá vincular sua conta a um determinado endereço físico. A cada 10 dólares acumulados por clique, a Google enviará um cheque por correspondência, financiando seu site como vinculador de conteúdo e produtos à venda, ou seja, propaganda também.

Mas cuidado. Cliques vinculados à sua conta ou à sua pessoa física culminarão para o cancelamento da conta. Não seja espero de tentar aumentar, artificialmente, o número de cliques. E, dica especial para iniciantes: não tenham o Adsense como fonte principal de rende. Para quem começa, não há conteúdo suficiente para veicular diferentes propagandas e cliques.

Melhore o seu conteúdo para vincular propaganda. E como criar conteúdo não é uma receita de bolo, vale ideias suas e ideais de blogs de sucesso. Saiba medir isso. E boa sorte.

Curiosidade: Usamos Adsense aqui no Bola da Foca. Serve para pagar a hospedagem do blog no domínio .com. E toda o rendimento adicional será revertido diretamente ao site.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Os militantes de Twitter e a guerra de Dunga

E a guerra foi enfim declarada oficialmente. Depois de 3 anos e meio de birrinhas, carinhas fechadas e emburradas, finalmente Dunga e a Rede Globo entraram de vez em choque, graças a mais um cordial episódio protagonizado pelo técnico da Seleção Brasileira. Afinal, existe exemplo maior de educação do que xingar covardemente um jornalista, que apenas falava ao celular, durante a coletiva OFICIAL da FIFA após a vitória de 3 a 1 sobre a Costa do Marfim?

Foi a gota d’água que a Globo estava esperando. No mesmo dia, Tadeu Schmidt leu uma editorial criticando a postura do técnico, que “não condizia com uma carreira tão vitoriosa no esporte e um cargo tão importante”. Pois bem, em um mundo que as pessoas pensam que o Twitter é importante, logo choveram manifestações de apoio ao técnico da seleção. Um “Cala Boca Tadeu Schmidt” virou trending topic e agora foi lançada a campanha #UmDiasemGlobo. As manifestações de apoio ao nosso técnico não param por aí. Basta ler qualquer comentário nas noticias relacionadas ao tema nas páginas eletrônicas do Estadão ou da Folha.

Sempre que alguém fala algo contra a Rede Globo, surgem as viúvas das Diretas Já para soltar seus tão criativos gritos, como “O povo não é bobo, fora Rede Globo”. O que os gênios não percebem, é que as coisas mudaram. A Globo ainda é importante, mas nem sombra da influência marrom que era nos anos 80, e sua vontade de controlar tudo que ocorre neste país, inclusive o esporte, se vai aos poucos. Mas o que os gênios têm mais dificuldade em entender mesmo é o fato de que Dunga não peitou a Globo. Dunga odeia mesmo é a imprensa. Dunga odeia a essência do bom jornalismo.

Sempre defendi que o técnico da Seleção tem bons motivos para ter ressentimentos contra jornalistas. Foi taxado como símbolo de uma geração que fracassou em 1990, a “era Dunga”. Quando deu a volta por cima em 94, ninguém veio lhe pedir desculpas. Até aí tudo bem, é seu direito. No entanto, acho que o poder e a responsabilidade subiram a cabeça de Dunga. É claro em suas entrevistas que Dunga não vê que os jornalistas devem trazer fatos. Para o técnico, eles devem torcer, exaltar e, o mais grave, esconder tudo que há de errado.

Quando a imprensa publicou a tola discussão entre Júlio Baptista e Daniel Alves, Dunga retaliou. Fechou o treino seguinte. Todos sabiam o que se passava em sua cabeça. Copa do Mundo é época de mostrar apenas o que é bom, e esconder o que há de errado. Mas o que Dunga esquece é que foi justamente esta postura que não revelou a zona que foi a Copa de 2006. Mesmo com o grupo evidentemente controlado e trabalhando seriamente, o técnico quer mais, quer o jornalismo seja deixado de lado, e que o Brasil, como nos bons anos 70, "ame-o ou deixe-o".

Está na hora então dos corajosos e geniais militantes de Twitter pensarem um pouco mais no que representa a guerra entre Globo e Dunga, e perceberem que ela é entre Imprensa e Dunga. Se são tão a favor da liberdade de expressão, deveriam atacar é o cara que fecha treinos e faz movimentos nos bastidores para que informações não sejam publicadas, e que xinga jornalistas quando o microfone está desligado em vez de o fazer de frente ou simplesmente ignorar suas perguntas. Afinal, patrocínio paga né?

O fantástico mundo do Twitter

O microblog, que já bateu a marca de 100 milhões de usuários, traz em seu mundo virtual um leque de iniciativas que ajudaram a vida de muita gente no mundo real

Por @arianef


Como uma ferramenta que disponibiliza mensagens de texto com apenas 140 caracteres pode ajudar a vida de uma pessoa? O Twitter chegou de mansinho na internet e aos poucos ganhou o computador de muita gente. Com quatro anos de existência, o serviço de microblog mais badalado da atualidade no Brasil traz em sua bagagem iniciativas virtuais que mudaram o mundo real. E exemplos não faltam para ilustrar essa realidade. Em 2002, a designer Laila Sena descobriu que estava com câncer. Para tratar a doença, precisou de 26 bolsas de sangue e muita determinação, já que enfermeiras chegaram a dar à carioca apenas 3% de chances de viver. Oito anos depois, já curada, ela descobriu no Twitter uma forma de recompensar a iniciativa daqueles que salvaram sua vida. Numa conversa pela ferramenta, com o também designer Lula Ribeiro, nasceu a Veia Social - uma rede de relacionamento que tem como objetivo divulgar pedidos de doação de sangue e também informar sobre o assunto.

E não foi só na criação que o aplicativo de internet ajudou. Laila afirma que o Twitter continua sendo importante para o projeto, pois o ajuda a tornar referência na web. “Se alguém tem um seguidor que precisa de sangue, ele já nos indica. Se o Twitter não existisse, provavelmente nossa rede ainda estivesse engatinhando”. Com um pouco mais de três meses de vida, a Veia Social já fez três mobilizações de doação de sangue pelo país – no Recife, em São Paulo e no Rio de Janeiro -, todos com a ajuda na divulgação feita pelos twitteiros - nome dado aos usuários da ferramenta. Atualmente, a iniciativa divulga cerca de 50 pedidos de doação.

A Veia Social já fez três mobilizações de doação de sangue pelo Brasil

Quem também se deu bem com o Twitter foi o jornalista Alê Rocha, de 33 anos. Portador de hipertensão pulmonar primária, uma doença rara, sem cura e fatal, ele conseguiu pela ferramenta o caríssimo e importado remédio Iloprost, fundamental no seu tratamento. Cada ampola custa quase R$ 70, e o paciente usa mais de cem delas por mês.

A saga do jornalista começou no final de 2005, quando descobriu a síndrome que é caracterizada pelo aumento progressivo na resistência vascular pulmonar, levando à sobrecarga do ventrículo direito. Os médicos chegaram a dar a Rocha três anos de vida, se não conseguisse o transplante de pulmão. Ele entrou na fila e aguarda até hoje a operação. O Iloprost tem a finalidade de aumentar a vida útil do paciente até a cirurgia. Para conseguir o remédio na Justiça – a Constituição garante a todos o direito à saúde, logo, pacientes que precisam de remédios de alto custo sempre buscam o governo -, o paulista entrou com uma ação contra o estado de São Paulo, no dia 22 de janeiro deste ano, mas não conseguiu uma resposta satisfatória.

Preocupado com o rumo de sua vida, o jornalista resolveu usar o Twitter para comentar o fato. E não é que surtiu efeito? Alguns twitteiros levaram a história para a imprensa e outros, mais ousados, decidiram cobrar do então governador, José Serra, o direito de Alê. A resposta do político veio logo em seguida pelo próprio microblog: “Vi o caso do @AleRocha. Ele terá o remédio. O governo de SP encaminhou o pedido, mas é o-bri-ga-do por lei federal a esperar o ‘ok’ de Brasília’’, postou na rede.

O medicamento chegou na casa de Rocha em abril, logo depois da movimentação dos torcedores anônimos que ele tem na ferramenta. Alê já é conhecido na web de longa data e muitas das pessoas que acompanham o seu microblog já conhecem a sua história dramática em luta pela sobrevivência. “Além de ser uma fonte de força para que eu vença a minha doença, o Twitter é uma forma de encontrar e compartilhar informações sobre minhas áreas de interesse, como televisão, política e esporte. Também é uma forma de se relacionar com as pessoas. Como nem sempre posso estar presente em eventos e encontros em razão de minha saúde, ele é uma alternativa”, testemunha.

Mas não são apenas projetos e a luta pelos direitos que fazem sucesso no microblog. O amor também está no ar pelo Twitter e o publicitário Fausto Genaro, de 30 anos, quem o diga. O paulistano conheceu sua atual namorada, a auxiliar administrativa Thais Mendes, de 23, pela ferramenta há oito meses. “Eu seguia uma pessoa que sempre dava RT (o mesmo que copiar e colar um conteúdo, dando os devidos créditos para o autor) nos tweets (nome dado as mensagens postadas no aplicativo) dela. Gostei do conteúdo e comecei a seguir também. Conversávamos todos os dias pelo Twitter, depois passamos pelo MSN e, aí, veio o namoro”, declara.

Fausto e Thaís se conheceram no Twitter

Hoje, nem mesmo a distância de cerca de 700 km – ele mora em São Paulo (SP) e ela em Muriaé (MG) – desanima o casal que costuma se ver a cada 15 dias. “O Twitter foi fundamental por uma fase bacana da minha vida, até porque pelas nossas características nunca nos conheceríamos sem o uso dele”, destaca Fausto, que não teve apenas a sorte de encontrar uma namorada pelo aplicativo, mas também ganhou um convite para um evento de comunicação que queria participar, mas estava com as inscrições encerradas. “Comecei a descarregar minhas frustrações no Twitter por não ir ao evento. Do nada começa a me seguir uma moça que logo me pediu o MSN. Era uma das organizadoras que me convidou a ir de graça e com acesso a lugares que jamais conseguiria conhecer comprando apenas o ingresso tradicional. Tudo graças ao Twitter”.

E você pensa que acabou? A ferramenta também serve como palco de emprego. A estudante de Jornalismo Bárbara Cruz, de 19 anos, conseguiu um free-lance por meio da divulgação de vagas do perfil Link Zero, uma iniciativa de Alexandre Sena para ajudar os internautas a encontrar trabalho. O serviço durou apenas três dias, mas, segundo a brasiliense, ele serviu para aumentar sua rede de contatos. “Mandei meu currículo sem muitas expectativas, pois ainda sou universitária. Acabei conseguindo a vaga e cobri um evento legal e que me abriu muitas portas. Foi uma ótima experiência”.

O Link Zero nasceu antes mesmo do Twitter, em 2003. Sena, que pesquisa as vagas em sites da internet e também as recebe de empregadores por e-mail, não sabe ao certo quantas pessoas já ajudou, mas garante que são centenas. O jornalista, de 35 anos, decidiu criar o perfil do seu projeto no microblog porque acredita que ele seja uma revolução na forma de divulgar conteúdo na web. E a iniciativa deu certo mesmo, Bárbara agradece.

O lado mau do Twitter

Céu para uns, inferno para outros. Nem todo mundo teve sorte com o microblog mais badalado dos últimos anos. O diretor comercial da empresa de hospedagem de sites Locaweb, Alex Glikas, causou a revolta de muitos são-paulinos ao enviar uma frase favorável ao Corinthians via Twitter durante o clássico válido pelo Campeonato Paulista, no dia 23 de março deste ano. O fato resultou na sua demissão por conduta antiética. Glikas é corintiano fanático e escreveu: “Sou fã do Rogério, se continuar assim está ótimo! Chupa bambizada! Isso aqui é Locaweb”, após uma falha do goleiro, envolvendo o nome de sua empresa na ofensa. Nesse jogo, a manga da camiseta do time do Morumbi foi patrocinada pela entidade.

Outro que também não se deu bem com o Twitter foi o meia-atacante do Liverpool, Ryan Babel. O jogador holandês postou mensagens contra o técnico Rafael Benítez por não ser relacionado para a partida contra o Stoke City. A cúpula do time ordenou a remoção dos tweets e ele recebeu ainda uma multa de 25% de seu salário mensal - valor equivalente a 60 mil libras – algo em torno de R$ 157 mil.

E não foi a primeira, nem segunda vez que um jogador de futebol foi prejudicado por declarações afiadas no serviço de microblog. Em julho do ano passado, também na Inglaterra, o atacante Darren Bent contestou os entraves de sua transferência do Tottenham para outro clube e foi obrigado pela diretoria a apagar seu perfil. Já nos Estados Unidos, a punição veio pela própria federação local, que puniu o atacante Brian Ching, do Houston Dynamo, com uma multa de 500 dólares – cerca de R$ 885 - por ter criticado um árbitro via Twitter. Na NBA, principal liga americana de basquete, as mensagens polêmicas on-line foram tantas nas temporadas passadas que dirigentes, times e federação se uniram para criar uma “cartilha de bom uso das redes sociais”.

Até caso de polícia o aplicativo já protagonizou. Uma ameaça brincalhona de explodir um aeroporto rendeu ao inglês Paul Chambers, de 28 anos, uma prisão por ato terrorista e sete horas de interrogatório. A história começou no dia 6 de janeiro deste ano, quando uma forte nevasca interrompeu seus planos de viajar para a Irlanda. A mensagem chamou a atenção da polícia britânica, que prendeu Chambers no dia 13, uma semana exata após a ameaça. O twitteiro ainda foi proibido de usar o aeroporto de Doncaster por toda sua vida. Para o inglês, o caso foi algo inimaginável, pois, segundo suas declarações à imprensa britânica, ele é “um dos caras mais educados que se pode imaginar”.

Paul Chambers foi preso por causa de uma brincadeira na ferramenta

Afinal, o Twitter é bom ou ruim?

Para o bem ou para o mal, o Twitter, que nasceu em 2006, conta hoje com 120 milhões de usuários. E o Brasil já é o 2º país com maior aderência de twitteiros, com mais de 10 milhões de contas. Ano passado, a agência Bullet realizou a primeira pesquisa com o público que usa a ferramenta no país e chegou a dados interessantes. Há uma predominância de homens jovens-adultos, entre 21 a 30 anos, solteiros do estado de São Paulo e Rio de Janeiro, entre os adeptos brasileiros. As pessoas que estão plugadas nessa rede são predominantemente estudantes do ensino superior ou graduadas e estão geralmente conectadas a internet mais de 50 horas na semana.

Para o Analista de Novas Tecnologias Paulo Moraes, o sucesso do Twitter está no fato da ferramenta ser um forte canal de comunicação que permite aos seus utilizadores usarem da criatividade, explorando a melhor forma para atingir seu público-alvo. “É importante lembrar que não existe um regra de como usar o Twitter. O segredo é o usuário descobrir como fazer uma comunicação que o transforme num grande formador de opinião no que se refere ao seu propósito dentro deste meio”, ressalta o profissional.

Moraes acredita que o principal ponto positivo do microblog é a interação que ele permite e a visibilidade na rede; mas adverte a preocupação com os exageros. “O ponto negativo do Twitter está no risco das pessoas confundirem sua identidade real e assumirem uma identidade virtual, passando parte de sua vida dependente desta aplicação. As pessoas não podem assumir tal tecnologia como um fundamento, ela é apenas um meio entre o usuário e outras pessoas para uma comunicação eficaz”, explica.

O psicólogo Dr. André Morais também defende que o uso excessivo do microblog, assim como qualquer outra ferramenta da internet, pode causar alienação, o que traz sérios problemas para a pessoa. “Por causa de um mergulho profundo no mundo virtual, a um distanciamento do chamado mundo real, a pessoa vai perdendo o contato com coisas imediatas e necessárias à sobrevivência, como sair, passear, encontrar pessoas frente a frente... Isso, com o tempo, pode ocasionar um estresse e até mesmo uma depressão”.

Em seu livro The Shallows (Os Superficiais), o pensador de tecnologia Nicholas Carr reflete sobre as mudanças que estão ocorrendo em nosso cérebro por causa da internet e defende que o uso do Twitter nos deixa superficiais. “Comprimimos nossa comunicação em 140 caracteres e não ficamos muito tempo em contato com a informação. O que importa é a quantidade de notícias que recebemos”, explicou Carr a Revista INFO, em dezembro do ano passado, quando esteve no Brasil para participar da ExpoManagement - evento internacional direcionado a profissionais da administração.

O escritor também destacou que, em consequência do fluxo infinito de conteúdo na Pweb, o entendimento tende a ser mais superficial do que se tivéssemos menos informação e nos concentrássemos mais nela e por mais tempo. “O Twitter é útil e divertido para muitas pessoas, mas não acho que ele as torna melhores ou mais inteligentes. Ele encoraja o narcisismo. Faz muita gente pensar em como mandar uma mensagem para sua audiência pessoal”.

Nicholas Carr acredita que o Twitter nos deixa superficiais

Moraes não concorda com o pensador americano e defende que, como tudo na vida, o uso do Twitter será considerado bom ou ruim dependendo de como o usuário o utiliza. “A ferramenta é uma revolução na comunicação, pois dá voz as pessoas e possibilita um feedback momentâneo. Só que é preciso senso crítico por parte de quem usa, tudo vai depender de como o usuário usufruirá da ferramenta”.

Como se pode notar, não há um consenso sobre a utilidade e importância da ferramenta na vida das pessoas. Fato é que, para o bem ou para o mal, a baleia e o passarinho – símbolos do Twitter – têm poder na vida real de seus usuários.

Perfis criativos no Twitter

@ajudeumreporter
Ajuda jornalistas a encontrar fontes e informações para suas matérias

@AlguemAjuda
Eco de pedidos de ajuda, das mais variadas formas

@amostrasgratis
Apresenta links com sites de amostras grátis, brindes ou promoções na rede

@boaspromocoes
Garimpa promoções e descontos na internet

@canaldobem
Mobiliza a força das mídias sociais em prol do bem

@eleitor2010
Reúne denúncias e dados sobre irregularidades envolvendo as próximas eleições

@doepalavras
Incentiva twitteiros a enviar palavras de apoio aos pacientes com câncer do Instituto Mário Pena

@homofobiaNao
Defende os direitos dos homossexuais e divulga informações sobre passeatas e movimentos

@linkzero e @trampos
Divulgam vagas de emprego

@passagensaereas
Traz novidades de descontos, promoções e afins das companhias aéreas e de turismo

@superguia
Traz com antecedência a lista de filmes que estarão no ar nos canais abertos e pagos

@veiasocial
Divulga pessoas que precisam de doação de sangue

@vizinhosdeutero
Reúne histórias de gêmeos - contadas por eles próprios ou por seus familiares


OBS: Matéria feita para a disciplina de Edição de Revista da @fateabr.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O livro de capa azul, em branco



Dizem que a educação escolar começa, pra valer, entre seis e sete anos, com a alfabetização e a entrada no ensino básico, essencial para qualquer moleque. Logo que a professora começou a aumentar as aulas de caligrafia, ditados verbais e a mostrar sinônimos e antônimos, eu disse para mamãe que queria ser escritor, como aqueles homens famosos dos livros da escola. Nos oito anos de ensino fundamental, a vontade foi incentivada por um companheiro inseparável dos meus momentos mais solitários, quando era menor.

Era um livrinho azul, de aproximadamente 300 páginas, totalmente em branco por dentro e com capa dura. Tinha oito anos, assistia televisão, jogava videogame, ouvia coisas que os adultos diziam e elaborava histórias à partir disso. O livro me acompanhava pelas viagens e me fazia ter gosto por leituras. Era um companheiro que nunca reclamava das minhas frases repetitivas, dos meus verbos pobres ou do meu léxico monótono. As frases simples viravam cenários de batalha medieval, tiroteios entre policiais e até cenas de amor. E aquele livrinho foi testemunha das minhas vergonhas infantis, como, por exemplo, a minha incapacidade de ver e de descrever cenas de beijo, de lábios se encontrando.

Quando não encontrava as palavras certas, arriscava desenhar os personagens e até os cenários baseados no texto. Procurava não deixar a mão parada, nem mesmo relaxar a cabeça. Aquele menino que escrevia no livrinho, quando cresceu, acordou em diversas madrugadas para fazer poesia sobre as mulheres e pessoas que admirava. Tornou poema sua visão de mundo e, ao mesmo tempo, desenvolveu a análise nas dissertações e prosas. Não se prendeu em nenhum formato de texto, em nenhum tema específico, apesar de preferir registrar quase sempre o que o cativava no mundo.

Na escola, mostrava seus pequenos livros para alguns professores, que apenas elogiavam, sem entender, talvez, os anseios do menino. Nas brincadeiras com amigos, começava a elaborar as histórias dos personagens, fazendo teatrinhos. Quando veio a onda do RPG e jogos de interpretação mais elaborados, acabava sendo o mestre do jogo, o roteirista ou alguém que, no mínimo, tentava dar uma orientação para a brincadeira toda.

Rabiscar aquelas páginas, desde menor, significava sair daquele mundo. Não era uma simples fuga, mas um afastamento que sempre permitiu ao garoto dar outro sentido ao que era aprendido. Era um movimento diante das coisas. O menino tinha necessidade de ser um pouco criador, de ser algo além do que um simples estudante de escola primária, um filho ou alguém preocupado com diversão.

Escrever, quando era pequeno, não parou no livro azul. Veio um vermelho e outro verde, depois. Por fim, eu comecei a viciar mesmo em passar minhas ideias para o computador, à medida que me aproximava da adolescência, unindo tecnologia e cultura. Esse hábito de despejar o que me intrigava, ou o que eu achava que poderia ser interessante para as pessoas, virou algo essencial para o meu trabalho como jornalista. Virou motivo para aprender a língua portuguesa na educação primária, e para adquirir inspiração em redações remuneradas. E o segredo disso sempre foi observar as pessoas e os fatos, tentando colocar a minha pessoa nesse cotidiano alheio.

De certa forma, o jornalista Pedro de hoje continua sendo o mesmo moleque querendo colocar suas criações no papel, relembrando sempre a voz da professora em sala de aula. E o livro azul, com folhas em branco, faz convites silenciosos para ser manchado de tinta, grafite e ideias.

domingo, 20 de junho de 2010

Eu voto em Marina Silva

Recentemente, a candidata à presidência do PV passou por uma saia justa na manhã da morte de José Saramago, na última sexta-feira. Tudo ficou registrado no blog de campanha. Marina Silva mostrou respeito à morte do escritor português no twitter mas, em seguida, ela ou sua equipe eleitoral deram retuites à mensagens religiosas falando mal do intelectual falecido. As mensagens repassadas deram a impressão negativa que Marina apoiava tais ideias. A candidata só queria responder as questões.

Inúmeras pessoas criticaram Marina Silva pela atitude, usando o argumento de que ela teria difamado o escritor por ser evangélica. A equipe da candidata fez o post esclarecendo o mal-entendido e, mesmo assim, os internautas acharam ruim o uso do twitter nessa situação.

Dada essa situação, vou fazer meu comentário sobre. Deixo claro que não recebi nenhuma forma de benefício do partidários de Marina Silva e nem de ninguém relacionado à política. Esse texto não foi escrito para convencer ninguém a nada durante as eleições presidenciais de 2010.

Eu voto em Marina Silva. Eu não quero uma chefe de governo expert em twitter. Não tenho vontade de apoiar novamente o PSDB ou o PT, os partidos de sempre, e esse mal-entendido deixou claro que Marina não insere dogmas religiosos em convicções pessoais. Frequentemente vejo as críticas feitas ao seu passado como injustas ou mal colocadas, sem nenhum exemplo prático.

Tenho direito de voto desde 2005, quando tinha 16 anos. Nas eleições passadas, minha única vontade era a de anular os votos, para não votar "no menos pior" e colaborar para o nosso sistema deficitário de governo. A candidatura dela, por prestar esclarecimentos até sobre coisas simples, me instiga, sim, a tomar partido de sua causa.

Este post não reflete a opinião do blog inteiro ou de outros autores.

sábado, 19 de junho de 2010

Bola da Vez #11 - Copa do Mundo 2010


Achou que o Bola não ia falar sobre a Copa do Mundo na África do Sul? Ledo engano. Vamos recomendar alguns dos melhores sites pra você se manter atualizado, mesmo que a perfomance do Brasil contra a Coréia do Norte tenha sido fraca ou que a Argentina esteja ganhando os jogos.

- Copa na Africa 2010 (@copa_de_2010): Site sustentado pela estudante de jornalismo caloura da Cásper Líbero, Júlia Caldeira, com outros colaboradores tem como único foco a Copa do Mundo. Registros dos antigos campeonatos e futuros transformarão o blog, sempre informando quem for procurar esse assunto na internet. Muito recomendado!


- Especial Site de Cultura Cásper Líbero (@sitecultura): Especial feita pela integrante do Bola da Foca e editora Ana Júlia Castilho junto com repórteres da Faculdade Cásper Líbero, o especial Copa do Mundo traz curiosidades sobre a Copa de 94, filmes e todo material cultural relacionado com futebol. O site da Coordenadoria de Cultura Geral é um grande parceiro do Bola na criação de conteúdo e sempre recomendamos ele, especialmente nesta semana.

- Copa de 2010 na África do Sul (sem twitter): Blog simples sobre a Copa, com alguns detalhes da abertura. Design clean e posts diretos.

- Gazeta Esportiva.net (@gesportivanet): Site de jornalismo esportivo sustentado pela TV Gazeta e a Fundação Cásper Líbero. Com notícias 24h sobre esportes, é óbvio que a Copa do Mundo na África tem sido seu foco.

Você conhece algum site bem bacana sobre esportes na Copa? Lembre-me no seu comentário.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O antigo e moderno escritor faleceu


Mensagem do site JoséSaramago.org.

"Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.

O escritor morreu estando acompanhado pela sua família,
despedindo-se de uma forma serena e tranquila.

Fundação José Saramago. 18 de Junho de 2010."

Ele escrevia somente com vírgulas e pontos finais. Ele era ateu e, mesmo assim, era atrevido o suficiente para escrever sobre religião. Ele defendia o uso do idioma português como a maioria dos escritores brasileiros, portugueses e todos que conhecem esse código de linguagem único. Defendendo esse código, ele faturou o prêmio Nobel de Literatura de 1998. Algumas de suas obras são Ensaio Sobre a Cegueira, Intermitências da Morte, Evangelho Segundo Jesus Cristo, Todos os Nomes e Caim.

O português José Saramago nasceu em 1922, viu a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, conheceu os jornais portugueses ao longo da carreira e traduziu experiências humanas em situações extremas em suas ficções. O escritor era tão situado em seu tempo que criou, inclusive, um blog, chamado O Caderno. Não parou no tempo e traduziu suas ideias para um site, não ficando preso no papel.

Era um intelectual antigo, de 87 anos, no mundo moderno. No último post dele em seu blog, reclamou da falta de filosofia do mundo, na falta de pensamentos profundos das pessoas. Sua afirmação era verdade pelas reações à sua morte no twitter hoje, oscilando entre brincadeiras impróprias e reações realmente emocionadas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Internet limitada da Faculdade Cásper Líbero


Instituição histórica, a Faculdade Cásper Líbero forma jornalistas e profissionais nas mais diversas áreas de comunicação desde 1947. Mesmo com toda essa trajetória, acompanhada pela evolução do mercado profissional, a faculdade não está promovendo uma boa educação tecnologica em seus espaços. Há investimento em aparelhos e estrutura, que a diferencia de outras escolas, mas, ainda assim, existem problemas.

A instituição e seus órgãos mantenedores, como a Fundação Cásper Líbero, estão promovendo problemas constantes na utilização dos recursos fora de sala ao aluno, desde janeiro de 2010. Funcionando sob os limites de filtros, que impedem o acesso de sites com conteúdo de videogames e entretenimento, a internet do estabelecimento não está permitindo acesso à muitos conteúdos necessários para os estudantes. Sites básicos de criação de conteúdo na web, como o Blogger e o Wordpress, estão constantemente bloqueados e/ou limitados. O Flash Player dos computadores, essencial para rodar vídeos de redes gigantescas como o Youtube, estão simplesmente desativados. Há meses, os estudantes reclamam das limitações, que são meramente repassadas às áreas técnicas da fundação, sem nenhum resultado.

Para um ensino dinâmico e avançado de comunicação, a internet limitada só veio criar problemas dentro da Cásper Líbero. Há a desculpa que sites podem distrair os estudantes durante as aulas. Essa argumentação é uma falácia, uma vez que são contratados todos os anos monitores que deveriam assegurar a plena utilização dos laboratórios.

O Bola da Foca, blog-jornal criado por estudantes da Cásper, faz este post com uma opinião claramente definida e uma crítica direta à falta de soluções tomada pela faculdade. Além disso, abrimos nossos comentários para que você, consciente da importância da comunicação, comente sobre o assunto e sugira providências. O ensino do jornalismo hoje sem acesso à rede torna-se um atraso frente às outras faculdades. Nem o autor deste post e nem os estudantes ligados à Cásper desejam esse tipo de problema para seus colegas e companheiros de profissão.

Você concorda com essa situação?

PS: O autor deste post está fazendo um Trabalho de Conclusão de Curso em formato livro-reportagem com o assunto videogames. Graças aos filtros e limitações da internet da faculdade, ele não pode ursufruir dos laboratórios para terminar sua graduação. Legal, né?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Doutor House é um comunicador


Em conversa com meu professor e amigo sociólogo, Liráucio Girardi, concluímos, pensando em séries norte-americanas, que o Dr. House é, de fato, um comunicador.

Gregory House é um diagnoticista, um especialista em formular, desenvolver e empregar fórmulas médicas que curam doenças, muitas vezes fugindo das convenções de outros especialistas. Liderando uma equipe de profissionais específicos, ele soma os conhecimentos de outras pessoas e, através do descarte das contradições, chega em conclusões mais objetivas, mesmo que não estejam claras para todas, necessitando de uma intuição.

Eric Foreman é um médico neurologista, especialista nos transtornos do sistema nervoso. Allison Cameron é uma imunologista, que estuda as doenças de matriz nas defesas do organismo. Robert Chase é cirurgião e especialista em casos intensos. Remy Hardley é clínica geral, enquanto Chris Taub é um cirurgião plástico pretendendo mudar de carreira. Por fim, é importante mencionar James Wilson, que não é da equipe de House, mas é oncologista, especialista em câncer, e amigo do diagnoticista.

Todos os conhecimentos desses personagens são fragmentados e não são eficientes em todos os casos. Assim como um comunicador, House consulta essas fontes e elabora uma solução final, provando que o mundo profissional não é apenas ter e aprofundar um saber particular, mas um aglutinar desses saberes.

Nosso papel, como profissionais, é agir como um diagnoticista e reunir conhecimentos, reconhecer caminhos e apontar soluções. Claro, todo jornalista deve respeitar os dados específicos, informações que não são feitas pela imprensa. No entanto, no exercício profissional, ele deve ser capaz de traduzir esses saberes de uma forma acessível, pública e enriquecida.

Blogueiro e profissional de internet: exército de um comunicador só

A formação em comunicação tem seus objetivos específicos. Jornalistas são criadores de conteúdo, enquanto publicitários tem a preocupação de vender dados, produtos e serviços. Os relações públicas, diferente dos outros dois, tem o cuidado de estabelecer os contatos de uma empresa, de um serviço ou de um produto. Com os recursos da internet, todas essas atividades se misturam.

A figura do blogueiro, ou do tuiteiro, ou de qualquer nome relacionado com mídias online e mídias sociais eletrônicas está imerso nessa confusão. E isso não ocorre porque os profissionais querem se profissionalizar e não conseguem, mas sim pela rede permitir a possibilidade de você gerar seu conteúdo, propagandeá-lo e estabelecer contatos por ele. O blogueiro, prafraseando a famosa música do Engenheiros do Hawaii, e também título de um livro de Moacyr Scliar, é um "exército de um homem só".

Por esse motivo, a profissão de comunicador digital muitas vezes é tida como charlatanice, simplesmente por não se enquadrar na visão tradicional de profissional, como um especialista de apenas um ramo da prática, sem abertura para outras atividades. O blogueiro é um trabalhador versátil, que está em harmonia com as novas tendências do público da internet, que age diferente do seu comportamento na vida real, pelas possibilidades de conhecer mais nos vastos sistemas de buscas e nos bancos de dados.

Quem faz conteúdo na internet é multitasking, não ficando parado em uma única atitude. Precisa criar o blog, dar conteúdo, monetizar o blog de alguma maneira (ou dar seu valor como conteúdo em si), divulgar, fazer seu relacionamento com a concorrência de audiência e com parceiros de conteúdo e mesclar todas essas práticas consistentemente. O blogueiro não é uma classe superior, um clube fechado ou um campo sem regras. É verdade que cada blog possui seu próprio motivo de existir, mas a meritocracia também se mostra quando um novo site, com conteúdo interessante, é difundido entre os mais diversos públicos da internet.

sábado, 12 de junho de 2010

A estréia da banda mais nerd pride que existe


Na cena do Rock Alternativo desde 1992, o Weezer só alcançou o sucesso dois anos depois, com seu álbum azul, num conceito similar ao álbum branco dos Beatles. Com influências diretas de Sonic Youth – distorção intercalada por breves instrumentais acústicos e limpos –, os garotos de Los Angeles falam sobre cotidiano, vida adolescente e todo o ambiente que inspirou a banda em 94.

My Name is Jonas começa com uma guitarra e uma bateria forte com tempos bem quadrados, similares a um Ramones ou qualquer outra banda de punk rock que você já ouviu. A entrada acústica é cortesia do primeiro guitarrista da banda, Jason Cropper, que saiu do durante as gravações. Com uma letra sobre a vida urbana, a música conquista simplesmente por sua levada, sem dar muita importância ao tal do Jonas mencionado nas letras, perfeita para abrir shows. Já No One Else traz a pitada pop que fez a banda conquistar os holofotes, falando sobre um desabafo desaforado de um homem deixado por uma garota, acompanhado por uma guitarra mais swingada.

A dor de cotovelo do narrador continua na música The World Has Turned and Left Me Here. Agora, ao invés de ele confessar o abandono da menina, ele lamenta a solidão e reclama das mudanças que acontecem no mundo. The world has turned and left me here / Just where I was before you appeared / And in your place an empty space / has filled the void behind my face. Essa sequência de músicas gruda na cabeça de qualquer ouvinte por tratar de assuntos simples, sem muita pretensão.

O vocalista e guitarrista solo Rivers Cuomo continua demonstrando talento para composições na música Buddy Holly. Fazendo referência ao roqueiro dos anos 50, a banda usa o nome dele para falar de um amor platônico de Cuomo no colegial por uma menina asiática. Woo-hoo, and I know you're mine / Woo-hoo, and that's for all time. Toda essa face romântica dos músicos muda em Undone – The Sweater Song, que tem progressões instrumentais muito pesadas e sombrias, similares à dos ingleses do Radiohead, enquanto a letra fala sobre destruir um suéter, acompanhada por diálogos. Nonsense puro.

Surf Wax America é contagiante, com uma letra rimada e uma guitarra rápida e ritmada. Comparar dirigir um carro com surfar é uma metáfora da vida, que a banda guia em uma música contínua. Say It Ain’t So volta com a calmaria e uma letra mais romântica, apesar de interrupções bruscas de um instrumental mais pesado.

In The Garage, começando com uma gaita caipira, fala sobre livros de RPG e das influências Heavy Metal do vocalista Cuomo, além da história do começo do Weezer. I've got the dungeon Master's Guide / I've got a 12-sided die. A banda chega a citar uma banda famosa enquanto segue tocando com seu som característico: I've got posters on the wall / My favorite rock group KISS / I've got Ace Frehley / I've got Peter Criss / Waiting there for me / yes I do, I do.

Holiday e Only in Dreams fecham com mais temas românticos, passando de um feriado aproveitado a dois até a sensação de conquista presa na imaginação. No final das gravações, a banda contou com a participação de Brian Bell, que entrou como guitarrista fixo. Matt Sharp, que atualmente não está no Weezer, marca com seu baixo simples, mas presente. Patrick Wilson faz a bateria necessária ao som da banda. Se você é nerd, curte uma música sem muitas pretensões, mas bem feita, não deixe de ouvir o álbum azul clássico dos roqueiros de L.A.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bola da Vez #10 - Mais blogs para fãs de smartphones


Mais sites para você que gosta de smartphones, e acompanhou o lançamento do iPhone no último dia 7 deste mês. Para não ficar dúvidas, os smarts são telefones celulares que acessam a internet com inúmeros recursos multimídia. Segue abaixo:

- MacMagazine (@macmagazine): Um dos maiores sites dedicados à Apple, com atualização diária maciça. Indicado para qualquer fã de smartphones da maçãzinha.

- Apple Addicted (@blogaddicted): Blog relativamente novo, da metade de 2009, dedicado a falar dos viciados em celulares da maçã. Um dos poucos que não apela para a fama do Macintosh no nome para falar de sua plataforma

- iTouch br (@blogitouchbr): Página voltada tanto para os celulares com touchscreen da Apple, quanto para as gambiarras de destravamento e outros tipos de alteração que você pode fazer no iPhone/iPod Touch.

- Garota sem fio(@garotasemfio): Bia Kunze é uma blogueira de referência na internet. Completamnete voltada para a tecnologia mobile, ela fala sobre iPhone, Blackberry e celulares Android, com todas as suas funcionalidades. Conhecida pelo apelido Garota Sem Fio, título do blog, é dona de um espaço bem bacana para ver notícias sobre a inovação a telefonia móvel está causando no mundo. Seu Podsemfio, podcast, é bem reconhecido na blogosfera.

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