sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bola da Vez #15: Um ótimo blog de resenhas


Este texto não é nenhuma novidade e lembra de uma coisa já antiga: Uma matéria de capa da revista Veja do dia 18 de maio deste ano. Voltada para a literatura dos dias de hoje, entre jovens e gente até mais madura, a publicação divulgou um ótimo blog de resenhas em suas páginas.

r.izze.nhas.com, criado por  Taize "Izze" Odelli, recebe lançamentos de editoras nacionais como Companhia das Letras, Intrinseca e Record. A jovem faz textos curtos sobre os livros, mas de maneira bem focada e disciplinada. No texto da revista, ela foi apontada como um exemplo de novos leitores que estão se aventurando em clássicos como Fíodor Dostoiévski, um dos autores que está sendo reeditado nessas publicações.

A autora Izze aproveita os trajetos até seu estágio para fazer resenhas - um bom exercício de leitura.

E como o Bola costuma resenhar alguns livros em seus textos, vale a recomendação e o link.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um Brasil vítima da burocracia governamental e do aquecimento global

Samantha Quitéria Albuquerque, conhecida como Shasha, é aluna de pós-graduação em sociologia e funcionária pública de um centro de apoio a imigrantes. Mulata, descrita pelo autor como uma mulher com "olhos de lince", ela é a protagonista do romance Ordem e Progresso, escrito por P.P.F. Simões. A personagem, apesar de namorar um homem rico que não se preocupa em lhe dar prazer, é narrada como uma heroína feminista em um universo machista e repleto de contradições que é tanto o Brasil de hoje quanto o país descrito no livro.

Simões parece oscilar, em sua narrativa, entre um local idêntico ao que vivemos na realidade e outro mundo, afetado pelo aquecimento global, que parece mais próximo de uma distopia futurista. A repartição pública onde Samantha trabalha passa a ser abarrotada de imigrantes. Eles fugiram de seus países após serem afetados por tornados, terremotos e todo o tipo de desastre natural. O cenário de Ordem e Progresso é o Brasil, que não foi afetado por nenhum desses incidentes.

A escrita do autor do livro, que estreia neste romance publicado pela editora Novo Século, é leve e acessível. O único defeito da narrativa de Simões é o excesso de adjetivações que ele coloca para os personagens, para as sensações e para todo o contexto da história. A protagonista feminina e seus colegas de trabalho - Ana Carolina, Bruno e Henrique - ganhariam mais com mais descrições sobre a situação de abandono que vivem no serviço público, o que é um problema real na sociedade brasileira. O autor, partindo para a ficção, também narra que os militares brasileiros montam uma espécie de campo de concentração para exterminar imigrantes. O conceito é interessante, mas parece muito fora da realidade do que o país faria em uma situação de excesso de população entrando em seu território, especialmente com sua infraestrutura precária para gerar uma repressão eficiente.

Mesmo com essas ressalvas, o livro trabalha bem, de maneira simples, todo o seu lado real e ficcional. Ponto alto para o narrador que exerce auto-crítica inclusive sobre suas próprias percepções sobre Samantha Albuquerque. Utilizando um recurso que já foi explorado em obras de Machado de Assis, Simões tenta conversar com o leitor ao longo dos capítulos, fazendo, inclusive, comentários sobre o seu próprio estilo de escrita.

O livro vale a pena para quem quer conferir um novo autor ou temas como sustentabilidade, funcionalismo público e uma simples ficção que consegue agregar esses assuntos. Os temas são atuais e poucos explorados. A dica para o escritor desse livro fica apenas para ele amadurecer certos aspectos de sua literatura, evitando alguns adjetivos que sobram e valorizando mais as descrições que ele coloca no papel, apostando num estilo com maior verossimilhança.

PS: O autor entrou em contato com o blog e nos enviou um exemplar pelo correio para que alguém do Bola fizesse uma resenha. Gostamos muito da iniciativa e o texto foi escrito com imparcialidade.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um curta de zumbi em primeira pessoa


Se você já jogou videogame, provavelmente já conseguiu atirar em zumbis em games como Resident Evil, utilizando a visão de primeira pessoa. Em uma experiência similar, o jornalista e crítico de cinema Gabriel Carneiro fez um curta-metragem de 14 minutos chamado Morte e Morte de Johnny Zombie. Na pele do próprio zumbi Johnny, o espectador é induzido a passar pela experiência de transformação em um monstro morto-vivo.

O filme é estrelado por Joel Caetano, que convence em sua atuação que mistura o comportamento humano saudável e o ímpeto canibal do morto-vivo. Gabriel traduz em suas lentes a visão do próprio Johnny de Caetano, tirando a perspectiva tradicional de filmes de terror, que focam quase sempre nas vítimas dos monstros. O argumento do roteiro foi desenvolvido por Marília Passos, que já colaborou no Bola da Foca

A trilha sonora é assinada por Felipe Vilasanchez, que aposta em uma canção milimalista com uma falsa sensação de calma. Pude conferir o curta no festival 6º Cinefantasy, no Centro Cultural Vergueiro. Se você quiser saber mais detalhes, veja a fanpage no Facebook e o trailer, logo abaixo.




domingo, 18 de dezembro de 2011

Luto por Luma Ramiro Mesquita

Escrevo aqui, em nome do Bola da Foca e de alguns dos meus colegas da Cásper Líbero, um texto em luto pelo falecimento de Luma Ramiro Mesquita no último dia 13 de dezembro. Ela, que foi jornalista da TV Cultura e da TV Band, além de ter sido colaboradora deste site, traduziu muitos sentimentos e trouxe muitas novidades em seus textos criativos neste blog.

Desejamos conforto à família neste momento difícil e agradecemos Luma por ter apoiado este projeto desde o começo. À ela, somos gratos também pelo entusiasmo, pela felicidade e pelos bons momentos que ela compartilhou com algumas pessoas na faculdade.

Sentiremos sua falta, Luma. Seus textos ficarão imortalizados aqui, para que parte de você fique em nossa lembrança.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Discussão: Há motivação política na troca de Fátima Bernardes no Jornal Nacional?


Citando as palavras do jornalista Alberto Dines: Jornalista não é notícia. No entanto, mesmo com essa máxima, se estiver acontecendo mudanças no estilo de jornalismo da Rede Globo, através do Jornal Nacional, talvez a transição de Patrícia Poeta no lugar de Fátima Bernardes seja um fato que merece atenção.

Um texto do jornalista Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, merece destaque sobre a mudança. Segundo sua principal tese, o JN estaria se adaptando ao governo Dilma Rousseff com uma transformação do seu quadro de jornalistas.

Concordando ou não, clique aqui e descubra.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Morte do imperador Dom Pedro II completa 120 anos

Hoje é aniversário de 120 anos da morte do imperador Dom Pedro II, o governante que ficou mais tempo no governo brasileiro em toda a história do país: 48 anos. Historiadores afirmam que o Brasil teria se desintegrado em vários estados sem seu gorverno, que surgiu depois de um período sem governante único no país.

Nos dez anos em que o Brasil ficou sob o governo de regentes, antes da retomada do império após Dom Pedro I, ocorreram inúmeras revoltas, como a Balaiada e a Guerra dos Farrapos, que queria a independência do Rio Grande do Sul. Dom Pedro II foi coroado em 1841, com 15 anos de idade.

No período em Pedro II era imperador também ocorreram a Guerra do Paraguai, que se arrastou de 1864 a 1870, e a abolição da escravatura no país, em 1888. Dom Pedro foi retirado do poder por um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que instaurou a República em 15 de novembro de 1889.

Debilitado pelo diabetes, Dom Pedro II morreu dois anos depois, em 5 de dezembro de 1891, no exílio, em Paris, na França, vítima de pneumonia. Seus restos mortais só voltariam ao Brasil em 1920, depois do fim oficial do banimento da família imperial. Desde então, os restos de Dom Pedro II estão sepultados no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral de Petrópolis, na região serrana fluminense.

Via Agência Brasil

iPhone brasileiro será produzido ainda neste mês


O iPhone produzido no Brasil pela Foxconn já tem data de início de produção: 16 de dezembro, segundo o ministro da Tecnologia, Aloizio Mercadante. Já o iPad, tão citado pelo ministro, ainda não tem data para ser fabricado.

Em abril, a Foxconn anunciou um investimento de cerca de 12 bilhões de dólares em nosso país nos próximos anos. Com esse anúncio, começou uma grande hype sobre o lançamento dos produtos da Apple no Brasil, sem dados concretos.

Via Estadão

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ferreira Gullar e Laurentino Gomes são os grandes vencedores do Jabuti de 2011



Com um novo livro de poesia depois de dez anos, chamado Em Alguma Parte Alguma, Ferreira Gullar (foto 1) voltou a ganhar o prêmio Jabuti neste ano, na categoria ficção. Poeta desde a década 1950, quando publicou A luta corporal, Gullar tem uma carreira sólida como poeta e crítico de arte.

A segunda estrela do Jabuti, que ocorreu na última quarta-feira, foi Laurentino Gomes (foto 2). Ex-jornalista da revista Veja, ele ganhou fama ao reconstruir a história da família real portuguesa no Brasil, de maneira descontraída e acessível, com 1808. Com sua narrativa sobre a independência, 1822 levou a estatueta de não-ficcção deste ano.

Para quem tiver mais curiosidade sobre um dos livros, há comentários de Laurentino Gomes em uma palestra no Bola da Foca sobre 1808. Mais detalhes, aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Ajude a Wikipedia


Antes você tinha a desculpa que as doações só eram possíveis em dólares, pelo sistema online Paypal. Mas, agora, a Wikipedia de Jimmy Wales está aceitando doações em reais. Veja a mensagem abaixo e reflita se não é importante ajudar uma rede gigantesca de conhecimento colaborativo e gratuito.

"De um programador da Wikipédia, Brandon Harris

Sinto como se estivesse escrevendo a primeira linha do meu obituário. Não creio que haverá qualquer outra coisa que eu faça na minha vida tão importante quanto o que eu faço agora pela Wikipédia. Nós não estamos apenas construindo uma enciclopédia, estamos trabalhando para tornar as pessoas livres. Quando temos acesso a conhecimento livre e gratuito, somos pessoas melhores. Nós entendemos que o mundo é maior do que nós, e somos contaminados pela tolerância e compreensão.

A Wikipédia é o quinto website mais visitado do mundo. Eu trabalho na pequena instituição sem fins lucrativos que mantém a Wikipédia na Internet. Nós não veiculamos anúncios porque isso sacrificaria a nossa independência. O site não é e nunca deve ser uma ferramenta de propaganda.

Nosso trabalho é possível graças a doações de nossos leitores. Você vai nos ajudar a proteger a Wikipédia doando R$10, R$20, R$50 ou qualquer outro valor que possa contribuir?

Eu trabalho na Wikimedia Foundation porque tudo, do fundo do meu coração, me diz que isso é a coisa certa a ser feita. Eu trabalhei em grandes empresas de tecnologia, trabalhando para criar qualquer porcaria que fosse projetada para roubar dinheiro de algum garoto que não sabia disso. Eu chegava em casa do trabalho esgotado.

Você talvez não saiba, mas a Wikimedia Foundation opera com uma equipe muito pequena. A maioria dos outros dez primeiros websites tem dezenas de milhares de pessoas trabalhando e enormes orçamentos; mas produzem muito menos do que retiramos da raspa do fundo da panela.

Quando você doa para a Wikipédia, você está apoiando o conhecimento livre e gratuito em todo o mundo. Você não está apenas deixando um legado para seus filhos e para os filhos deles, você está promovendo gente ao redor do mundo que têm acesso a esse tesouro. Você está assegurando que um dia todos também terão acesso.

Obrigado,
Brandon Harris Programador, Wikimedia Foundation"

Mais informações, aqui.

Bola da Foca tem versão mobile

Como a maioria dos blogs do Blogger, este site tem uma versão móvel - para iPhone, Android e iPad. Veja o screenshot abaixo. A versão é acessível pelos browsers dos aparelhos.

Comparando aplicativos no iPhone/iPod Touch: Twitter e Facebook


Testei nesses dias, com mais frequência, os aplicativos oficiais do Twitter e do Facebook no iPhone/iPod Touch. A avaliação dos programas para smartphones vale também para suas versões para Android, embora tenham algumas diferenças pontuais nos menus de cada aparelho. Então, segue abaixo, uma crítica curta e rápida aos programas:

Facebook

Prós:

- Possibilidade de usar o chat e todas as funções do Facebook na web em seu smartphone;
- Notificações rápidas quando alguém envia mensagem ou comenta seus posts;
- Acesso rápido às páginas e vídeos na web, pelo safari. Leva segundos, se a página não for muito carregada.

Contras (importante):

- Lentidão no carregamento inicial. O Twitter rapidamente carrega as mensagens, o Facebook chega a cansar;
- Dificuldade para clicar nas atualizações no topo da página;
- Muitos menus interligados, que podem causa confusão ao usuário.

Twitter

Prós:

- Carrega rapidamente todas as páginas e atualizações;
- Atualiza rapidamente, aumentando o consumo de informações e o chat na ponta dos dedos;
- Avisa quando chegam DMs e mentions na timeline.

Contras:

- Não tem chat;
- Poucas funções;
- Limitação em 140 caracteres, apesar de mostrar imagens e vídeos.

E ai, quais são seus comentários sobre outros aplicativos?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Jornalismo funciona por aparelho móvel?

Não tenho certeza. No entanto, é fato que smartphones e tablets são desejos de algumas pessoas que querem sair dos computadores para novos aparelhos. A dúvida fica se é possível escrever apenas com tela sensível ao toque.

Bom, esse texto foi digitado de um iPod. No app do Blogger. É curto, mas compreensível.

E sem teclado!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alain de Botton não é autoajuda



O filósofo e escritor Alain de Botton deu uma palestra hoje, na editora Abril, sobre seu último livro, Religião para Ateus, e sobre seus pensamentos acerca de questões cotidianas. Apesar de ser apegado a pensadores céticos como Nietzsche e Platão, Botton se mostra mais interessado em assuntos comuns da literatura contemporânea, como amor, vida e morte. No entanto, o intelectual mostra que sua abordagem nos livros é totalmente diferente dos clássicos estudos metafísicos.

"O mundo precisa de escritores que vão às ruas. Não jornalistas, mas escritores mesmo. Escritores que descrevem, não os que vão em busca de escândalos, como os jornais", defendeu o pensador. Questionado sobre os livros que faz sob encomenda, ele diz não liga para os pedidos, desde que sejam sobre assuntos que normalmente não são abordados.

Ao falar sobre livros e escritores, Botton falou sobre sua última obra e foi questionado sobre a arte como entretenimento. Para ele, infelizmente essa visão colabora para que as criações artísticas fiquem restritas para um consumo aparente de "mulheres descupadas, ricas e ociosas". Alain de Botton gostaria que o meio artístico e a cultura tivessem um papel de sagrado, antes ocupado pela religião. Para ele, a arte poderia ter esse poder de reconfortar diante das mazelas da vida.

Nesse ponto da palestra, fizeram a pergunta: "Você é um autor de autoajuda?". Botton não fugiu da questão. "Eu quero criar uma nova autoajuda. Não quero criar soluções fáceis. Não vou te ajudar, porque muitas coisas não têm solução. Quero repartir coisas".

Apesar de querer criar algo novo nesse gênero de leitura fácil, o autor, com formação em filosofia no Reino Unido, não parece nem um pouco com os best-sellers do gênero. "Há escritores de locais proibidos e exóticos, como a Amazônia e o Congo. Eles vão para lá e fazem descrições interessantes. Há escritores sobre o amor, que é um assunto abordado diversas vezes. Mas não há escritores sobre corporações. Não há escritores que falam sobre bancos. Esses são assuntos que você vê na rua da sua casa, não é algo inacessível".

Alain de Botton parece querer ser um autor desses assuntos acessíveis, mas pouco abordados. Prazeres e desprazeres do Trabalho, livro publicado pelo escritor em 2009, faz uma crítica sobre a forma como procedemos com o mercado nos dias de hoje. "Usamos o trabalho para combater a morte, achando que somos imortais", diz ele. E, como toda boa reflexão, ele quer mostrar que o dia a dia nos escritórios não precisam ser encarados dessa maneira. Como se fosse a única coisa essencial na vida.

O escritor nasceu no dia 20 de dezembro de 1969 em Zurique, na Suíça. Alain se formou em história em Cambridge, fez mestrado em filosofia no King's College e fez doutorado em filosofia francesa na Universidade de Londres. Ele é idealizador do projeto School of Life, empresa cultural que pretende reorganizar o conhecimento.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gota D' Água: Uma campanha com atores globais que faz uma banalização positiva


É a Gota D' Água +10 from Movimento Gota d' Agua on Vimeo.

A questão sobre a hidrelétrica de Belo Monte era, antes deste vídeo, um assunto restrito aos que possuem consciência ambiental e pesquisam sobre o assunto. 

Depois desse vídeo, um plebicito online contra a construção da usina está sendo realizado e pessoas que não pensavam a questão estão vendo o que ocorre na Amazônia. 

Embora não explique vários detalhes, o material, de certa forma, é uma banalização positiva sobre o assunto. Reduz e passa a ideia dos índios em risco na região.

Boechat sobre a PM na Universidade de São Paulo: "A USP é bilionária"

Ricardo Boechat é um jornalista repeitado no rádio e na TV. Em um programa na rádio BandNews, o profissional fez uma critica pouco convencional sobre os eventos da Polícia Militar no campus da Universidade de São Paulo.

Vale ouvir o que ele tem a dizer, especialmente um trecho abaixo:

"A USP, minha gente, se ela fosse uma cidade, uma capital, ela seria o sétimo maior orçamento do Brasil. Vocês sabiam disso? Então, assim, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo - claro -, Porto Alegre, Fortaleza - eu lembro que estava na lista - e um município aqui de São Paulo, acho que São José dos Campos, que tem muita indústria, tem um orçamento maior do que a USP. 

De 3.600 bilhões de reais. Para administrar uma universidade, minha gente. Não é um país, não é sequer uma cidade, não tem favela, não tem esgoto a céu aberto, não tem problema habitacional, não tem nada que uma cidade tem e que precise de dinheiro para cuidar. 

A USP tem que cuidar de si e de seus estudantes, que são seu maior patrimônio. A USP pode, adequadamente, se equipar com uma polícia universitária, com equipamentos de vigilância, com iluminação de suas alamedas, com controle de acessos, detectores de metais, o diabo! 

Não precisa da PM, que aliás deveria  estar atendendo as necessidades da comunidade inteira de São Paulo, que são enormes. Não dentro de um campus, de uma universidade que tem recursos para prover sua segurança. 

A USP é bilionária. Por que não tem uma polícia universitária adequada? Por que não tem um campus devidamente vigiado? Ah, porque ele é grande. Grande é teu orçamento!"


sábado, 19 de novembro de 2011

PM terá 12,5 mil soldados nas UPPs do Rio até a Copa do Mundo, 2014


A Polícia Militar contará com 12,5 mil homens para atuação em unidades de Polícia Pacificadora, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Representantes do Exército apresentaram um balanço da ocupação, que ocorre desde novembro de 2010 nas comunidades que integram a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão. 

Desde a ocupação das UPPs nas comunidades, foi registrada queda nos índices de criminalidade. Os homicídios apresentaram redução de 86%, e os roubos de veículos diminuíram 76%.

Sobre os casos de conflitos entre moradores e soldados da Força de Pacificação, o general disse que são “casos isolados” e que estão ligados a interesses paralelos aos do estado.

Atualmente, o Exército tem 1,8 mil soldados de prontidão, a Polícia Militar 120 e a Polícia Civil 25.

Isso será suficiente para a Copa do Mundo de 2014?

Via Agência Brasil.

Standard & Poors eleva dívida soberana do Brasil. Somos economicamente confiáveis?


Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poors elevou a nota de dívida soberana de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. Para a agência, um dos argumentos para subir a nota em um nível no grau de investimento é o fato de o país ter mostrado capacidade para lidar com a deterioração da economia internacional.

“O governo de Dilma Rousseff vem demonstrando seu comprometimento em atingir as metas fiscais”, informou o comunicado da instituição acrescentando que a perspectiva do Brasil é “estável”. No entanto, a previsão da inflação do país neste ano é superior à meta do Banco Central, de 4,5%.

E ai, estamos realmente com toda essa "bola" na economia?

Via Agência Brasil e BBC.

.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um dos fatos mais controversos sobre a PM na USP

Sim, este é um texto sobre o caso da Polícia Militar no campus da Cidade Universitária, na USP. Mais um texto. Mas não é um texto opinativo que cai nos argumentos da maioria.

Depois de pensar muito sobre o tema, decidi manifestar minha opinião somente quando tivesse algo relevante a dizer.

Tanto para os estudantes universitários, quanto para a polícia, ou mesmo para a sociedade.

Vamos recapitular os fatos:

- No dia 18 de maio de 2011, um estudante Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) é assassinado em uma tentativa de assalto. Estudantes de sua unidade prestam homenagens e fazem protestos. A Reitoria da USP fecha um convênio com a Polícia Militar, para aumentar a segurança do campus.

- No dia 27 de outubro de 2011, três estudantes são abordados por PMs após serem flagrados fumando maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Vários colegas se manifestam contra a prisão dos portadores de drogas. Após confronto com a Polícia Militar, os estudantes da FFLCH ocupam o prédio administrativo da mesma unidade.

- A administração da FFLCH é desocupada sem danos, segundo diversas reportagens. No dia 1 de novembro, pelo menos duas assembléias são realizadas entre os alunos com a pauta: Ocupação da Reitoria. A primeira vai contra a ocupação. Uma segunda é organizada e, com quórum menor, a ocupação ocorre na madrugada do dia 2.

- No dia 8 de novembro, a Polícia Militar entra no campus com 400 homens da Tropa de Choque e retira os estudantes da Reitoria. 73 são presos.

Com esses quatro fatos, duas posições ficaram claras: Entre estudantes, sociedade e até na imprensa.

- Alguns são favoráveis à PM no campus e contra aqueles que invadiram a Reitoria.

- Outros são contra a presença da polícia e à favor da saída do reitor, João Grandino Rodas.

Para esses dois lados da questão - e para muitos outros que não estão representados por estarem muito divididos -, recomendo dar uma olhada no vídeo abaixo:






Por que a PM jogou bombas de gás lacrimogêneo no Crusp? Que é uma habitação universitária tanto de estudantes quanto de funcionários da Cidade Universitária e de outros lugares?

Que peça está faltando no quebra-cabeça que coloca toda a questão da USP em conflito com a polícia?

Talvez seja esse homem:





João Grandino Rodas não foi eleito reitor em 2010. Ele não era o favorito nas eleições, pois estava em segundo lugar. Foi colocado no cargo pelo governador José Serra, de maneira antidemocrática diante dos votos de professores e do alto escalão dos administradores da universidade.

Independente de ser favorável ou não ao PSDB: Isso aconteceu e consta nos documentos. O governador estava no direito dele? Estava. Mas ele era candidato a presidente, contra Dilma Rousseff, na época. Tinha interesses políticos, provavelmente. E, misteriosamente, o reitor não comenta os recentes acontecimentos.

A discussão não é sobre drogas. Ou sobre a Polícia Militar. Ou sobre a briga PT versus PSDB. É sobre um reitor que não foi eleito democraticamente. Você pode até discordar dessa opinião neste final de texto. No entanto, até mesmo a parte sobre Rodas é baseada em fatos. Ele é uma minoria que está no poder e, pelo visto, está jogando uns contra outros, enquanto administra mal as verbas da universidade.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O mito do rock e a surpresa do blues - Eric Clapton e Gary Clark Jr. em São Paulo



O show já rolou há algum tempo. No dia 12 de outubro, dia das crianças, o estádio do Morumbi encheu para ouvir um mito da música e um ícone da guitarra elétrica. O show do astro Eric Clapton foi pontual, caprichado, entusiasmado e comportado. Mas as surpresas da noite não ficaram somente no guitar hero do rock e do blues.

As cadeiras deixaram clara que a atmosfera da apresentação para toda a família. Todos os presentes estavam tranquilamente esperando o começo do show, mesmo com uma garoa fraca e meio fria que caía no dia. As pessoas, então, foram surpreendidas pelos acordes distorcidos e sujos de Gary Clark Jr., um guitarrista negro que é revelação nos Estados Unidos.

Tocando os sucessos de seu EP de 2011, The Bright Lights, o músico abusou do seu vocal potente e aveludado, enquanto os solos de guitarra elétrica faziam as pessoas dançarem e entrarem no transe de sua música. Arrisco dizer: Muitos ali, naquela noite, acharam mais surpreendente o músico negro que ninguém conhecia e que contagiou todos imediatamente com suas notas pesadas.

Assim como a explosão de seu instrumental distorcido, Gary Clark cantou lentamente as letras de suas composições, acreditando que o público entenderia seu conteúdo. A sintonia, no final de seu show, era tanta que o final foi brusco. Ele fez um espetáculo de blues sentimental, sentindo cada nota de sua guitarra e provocando o público.

Do mesmo jeito rápido e simples, Eric Clapton entrou no palco. Wonderful Tonight fez os ouvintes nostálgicos dos anos 80 vibrarem com cada nota do solo. Layla foi executada com o músico sentado, em um blues elétrico contagiante. Old Love trouxe o swing e fez Clapton andar no palco. As cantoras de suporte vocal exibiam força e vivacidade em sua performance, além das danças calmas e performáticas. Com tudo isso, Clapton fez um show perfeito? Tecnicamente sim, mas com menos sentimento se comparado a Gary Clark.

Clapton não exibiu sorrisos. Não fez muita coisa além do protocolar: Jogar clássico atrás de clássico para os fãs. Com toda a sua timidez e perfil discreto, surpreendeu menos. No entanto, ao tocarem em comunhão a clássica Crossroads, música de Robert Johnson, Eric Clapton e Gary Clark Jr. igualaram seus dons nas seis cordas, em um dueto repleto de companheirismo. Dizem que Clapton é um "deus da guitarra". Naquela noite, deus e seu pupilo mortal do blues estavam mostrando diferentes faces de belas músicas clássicas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O real sentido do automobilismo



Poucos clichês são mais usados que o “lembro-me como se fosse ontem”, mas neste caso ele é válido. Era a manhã de 1º de maio de 1994. E você, como eu, sabe o que aconteceu. Sabe o que estava fazendo. Talvez até saiba qual foi a sua reação. Eu sei qual foi a minha, qual foi a do meu pai que estava ao meu lado. Afinal, era a morte de Ayrton Senna.

Ao contrário de muitos, a morte de Senna foi meu segundo contato com a morte em um esporte que eu estava aprendendo a amar. O primeiro veio no dia anterior, com o acidente fatal de Roland Ratzenberger no treino classificatório para fatídica prova de domingo. Ainda não entendia aquilo, e me choquei com as cenas da desesperada tentativa de socorro a Ratzenberger. Com Senna, veio o choque de realidade.

Em 1999, com 11 anos, já entendia muito bem a morte, e já amando este esporte vi o pior acidente que minha memória consegue buscar: Greg Moore perdendo a vida em um violento choque contra o muro interno de um oval, na Fórmula Indy. E então, no último domingo, a morte no automobilismo voltou a me chocar com o acidente de Dan Wheldon.

Por que competir em um esporte onde o risco de morte é tão inerente? Ou melhor, por que amar este esporte, que a primeira vista parece tão frio, distante e até, por que não, monótono? Desde domingo me pergunto a mesma coisa enquanto acompanho as consequências da morte de um grande piloto, embora pouco conhecido por aqui. E um polêmico texto publicado por André Forastieri me trouxe a resposta. Forastieri, que nunca escreveu sobre automobilismo, mas que praticamente introduziu o “jornalismo nerd” no Brasil, reflete o ponto de vista de grande parte das pessoas e conclui, já no título, que o “sentido do automobilismo é a morte”.

Seria fácil apenas afirmar que ele é um jornalista de blog a procura de pageviews, aproveitando-se de um assunto do momento e escrevendo algo polêmico. O difícil é entender as razões de seu texto e encontrar argumentos para contrariá-lo. Afinal, poucos esportes parecem ter qualquer sentido e praticar um onde seu destino final pode ser o choque com um muro de concreto a 300 km/h parece mais sem sentido ainda. Mas quer saber? Argumentos racionais não iriam funcionar. E o sentido para isto, ao menos pra mim, pode ser encontrado justamente naqueles que perderam suas vidas neste esporte.

Senna, que apesar de poucos lembrarem era apenas um homem e não um mito, uma vez disse que tinha muito medo de morrer. Mas que no momento que estava em um carro, o medo passava, e tudo que ele queria era vencer. E esta frase já foi dita ao menos uma vez por todos os grandes pilotos: a vontade de vencer simplesmente subjulga o medo da morte. Mas novamente, é fácil falar isto, mas tentar entender, para nós mortais que trabalhamos 8 horas por dia em algo sem qualquer tipo de risco, parece quase impossível.

Michael Schumacher já afirmou que em certos momentos se sentia flutuando na pista. Ou seja, que ele e o carro eram como uma única coisa. Senna já disse que em Mônaco entrava em transe, transportado para seu próprio mundo enquanto pilotava nas estreitas ruas do Principado. Se tais declarações eram marketing na tentativa se forjar como mito é irrelevante, mas retratam perfeitamente o sentido deste esporte: não se tornar uma extensão da máquina, como muitos dizem. Mas sim tornar a máquina a extensão de si mesmo.

Sempre foi assim, e por isso o homem se apaixonou tão fortemente pelo carro desde sua invenção. Por isso que para alguns, pilotar e vencer é tão básico quanto respirar. Estúpido? Talvez...provavelmente. Assim como boa parte de tudo que nós achamos fascinante. Por isso que Sennas, Moores e Wheldons faziam o que faziam. Não por um desejo suicida de adrenalina, como afirmou Forastieri, mas por tentar alcançar algo a mais. Algo que nós, normais, não entendemos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um jornalismo dos Sem-Luz

A colaboradora Lidia Zuin fez um texto opinativo sobre ensino superior, jornalismo e carreira. Para os estudantes de comunicação e curiosos sobre a área, o texto vale por seu teor crítico. Para quem está iludido ou desiludido com sua trajetória em um curso de graduação, a leitura é válida, especialmente num momento de crise pessoal.

O texto está reproduzido na íntegra, logo abaixo.


Um jornalismo dos Sem-Luz
Por Lidia Zuin

Muitos prestam vestibular para a graduação em Jornalismo na fé de que são bons escritores, exímios articulistas e germes da revolução. Outros simplesmente cursam, uns desistem e migram para áreas completamente distintas. Logo no primeiro ano, alguns professores já confidenciavam: “Sei quem será e quem não será jornalista”. E os pupilos passam semestres tentando adivinhar o que é a tal profissão para a qual estão se preparando.

Nos primeiros trabalhos, entrevistam a mãe analfabeta acerca da nova gramática, presenteando-a com o aposto de lingüista. Mais tarde, passam a obedecer às regras do lead e do limite de caracteres, começando a se preocupar com o primeiro estágio. Alguns se tornam Isaías Caminha de assessorias de imprensa, mais tarde passam a revisar textos de uma revista mensal qualquer e aí, de repente, conseguem publicar uma nota sobre celebridades assinando como “A Redação”.

Com o tempo, o equilíbrio faculdade-estágio vai se perdendo e o trabalho passa a se sobressair, tornando as presenças nas aulas cada vez mais raras e o interesse quase extinto. Isso acontece também porque alguns professores, que geralmente também atuam como jornalistas, estimulam precocemente a entrada do aluno no mercado de trabalho, mesmo que isso signifique um pontapé no traseiro daquele que ainda não está necessariamente pronto. Trata-se de um aluno: um alumni, um “sem luz”. Ou seja, o resultado é que o ânimo é podado por cargos que não exploram suas qualidades e as ilusões são perdidas conforme se faz uma autópsia da prática jornalística. Calejados, muitos chegam bufando à faculdade e se perguntam: “Já fiz isso milhares de vezes no trabalho, o que estou fazendo aqui?”

E o ensino segue defasado, enfadonho e desastroso porque, paradoxal e tragicomicamente, muitos educadores não estão preocupados em lecionar, mas em formar operários de redação. Relatos como “Back to School”, publicado no blog da revista Piauí, não são nenhum escândalo ou novidade àqueles alunos que chegam sempre rastejantes e atrasados. Talvez estejam cansados da mesmice das aulas, talvez tenham feito plantão na madrugada anterior. Como disse uma universitária nessa situação: “Tenho que pagar o aluguel”. Trabalhar é preciso, preparar-se não.

Esse desencanto também não é surpresa para os professores que freqüentemente encontram a sala parcial ou completamente vazia. E isso é grave. Porque seus alunos certamente estão interessados em garantir suas presenças, para então possuir um diploma e poder exercer livremente seus cargos de estagiário efetivado. Não é necessário aprender. Isso, aliás, nem é mais interessante. Mesmo oferecendo palestras complementares, as instituições de ensino não estimulam a aquisição de conhecimento, mas a garantia de presenças e de nota. O ensino se torna uma pedra no meio do caminho do foca que quer seguir em paz seu rumo ao topo da carreira. Com a desvalorização do diploma em Jornalismo, o pedregulho se torna uma cordilheira rochosa.

Enquanto o ensino em jornalismo se mantiver como uma tortura, a mídia continuará a ser medíocre, porque os profissionais que a compõem não serão capazes de melhorá-la sem possuir uma base intelectual que fuja da tecnicidade da prática jornalística. Disciplinas como sociologia, antropologia, teoria da comunicação, história, filosofia e tantas outras pertencentes à área das humanidades colaboram não somente com a formação de um melhor profissional como de um homem. Aquele que dominar tais conhecimentos estará preparado para lidar com seus semelhantes, não os subjugando à condição de objetos ou de seres alienígenas com suas visões condicionadas pelo cabresto do dualismo. Não basta ao jornalista encontrar as melhores fontes se ele não estiver pronto para beber delas.

Morre Muammar Gaddafi, nas mãos do Comitê de Transição Líbio


Morreu hoje, depois de ficar quase 42 anos no poder, o "irmão líder" Muammar Gaddafi. Ditador na Líbia, seu governo entrou em crise com a onda de revoltas no mundo árabe, desde fevereiro deste ano.

Gaddafi foi morto com um tiro na cabeça, enquanto fugia em um comboio da cidade de Sirte, sua terra natal. Ele estava desaparecido desde quando os rebeldes do Comitê de Transição Líbio (CNT) assumiu a capital do país, Trípoli.

O nome do ex-ditador possuía cerca de 112 grafias diferentes. Para conferir esse problema nas traduções de notícias, clique aqui.

sábado, 15 de outubro de 2011

A dúvida como base do pensamento, segundo Kierkegaard


O dinamarquês Søren Kierkegaard foi um dos maiores pensadores de teologia e um católico religioso fervoroso. Mesmo com textos voltados, quase todos, para a espiritualidade, é um erro encaixá-lo como um pensador conservador ou retrógrado. Ele foi responsável, no começo do século XIX, por introduzir a filosofia existencialista, que valoriza o conhecimento subjetivo, complexo, no lugar de uma compreensão superficial e rasa.

Em É preciso duvidar de tudo, um texto inacabado curto (cerca de 100 páginas), que foi escrito entre 1841 e 1842, Kierkegaard cria uma ficção e não escreve um tratado filosófico nem pedante e nem rigorosamente elaborado. Sua intenção é fazer filosofia, mas ele conta, de maneira leve, seus princípios através de um protagonista chamado Johannes Climacus.

Johannes é um estudante recluso e misântropo que passa a refletir sobre como é o pensamento em seus dias. Ele leu os clássicos, mas ele repara que pensadores modernos trazem teorias mais múltiplas. E, em todos esses autores novos e no seu próprio pensamento, ele encontra um ponto em comum: A dúvida.

Kierkegaard trabalha a dúvida que faz relação, a dúvida construtiva, que busca construir aproximações entre elementos diferentes na vida das pessoas. Não é a dúvida por simplesmente discordar, mas sim um elemento que faz parte ser homem, de falar e de se comunicar.

"A imediatidade é a realidade, a linguagem é a idealidade, a consciência é a contradição (...). A possibilidade da dúvida situa-se na consciência", diz o autor, através de seu personagem. O pensamento duvidoso se torna fonte para as afirmações.

Climacus pensa muito sobre a modernidade, mas estabelece padrões que temos para ter curiosidade em aprender novos conhecimentos. Para o personagem literário e filosófico, existe um paradoxo mental ao pensar por nós mesmos. O livro aponta que não é possível imaginar de maneira coerente sem nenhum questionamento. Duvidando ou não das teses de Kierkegaard, esse livro é uma pérola universal entre todas as suas obras, religiosas ou não.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs em quatro revoluções na Apple

Para relembrar o ex-CEO da Apple, Steve Jobs, que faleceu no dia 5 de outubro, selecionamos quatro vídeos de suas revoluções na empresa. Nas apresentações, é possível ver a desenvoltura do executivo ao apresentar gadgets inovadores no universo tecnológico.

As boas homenagens à vida de Steve Jobs

Veja as boas homenagens que os sites brasileiros fizeram ao que foi a vida e a morte de Steve Jobs, ex-presidente da Apple e um dos marketeiros mais inovadores da informática:



Pessoal do Nerdcast fez um programa sem risadas, sem "lambda, lambda, lambda" na abertura e com muita informação pessoal sobre a influência do tabalho de Jobs em suas vidas. Vale cada segundo ouvido no podcast (audiocast).


O Rapaduracast não gravou um programa de audio, mas recomendou seu cast sobre a história da Pixar. E fez uma pequena homenagem que pode ser lida aqui.


O UOL, assim como a maioria dos portais de notícias da web, reproduziu um discurso de Jobs na Universidade de Stanford, em 2005. Vale por cada minuto.

Steve Paul Jobs faleceu aos 56 anos



Steven Paul Jobs morreu junto com sua família no dia 5 de outubro de 2011, aos 56 anos. A informação foi divulgada pelo próprio site da Apple, que publicou uma foto com sua data de nascimento e morte (segunda foto). Essa foi a notícia da semana, que ecoará por décadas, tanto por sua história quanto pelo seu legado  na criação de empresas inovadoras, como Apple, NeXT e Pixar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nirvana é punk rock?


Não, não fui eu que conclui esse tipo de rotulação. Li isso no blog do jornalista André Forastieri. No mês de aniversário de duas décadas do Nevermind, do Nirvana, acho importante essa afirmação.
O Nirvana foi fundado em 1985. Era uma banda ética e conceitualmente punk na América de Reagan - potencial comercial zero
Eu, como todo mundo, sempre pensei na banda como uma sopa de influências que é o grunge no rock. No entanto, essa afirmação faz todo o sentido se você levar em conta o suicídio do vocalista Kurt Cobain, deprimido com a fama e as drogas, e o impacto que o grupo soltou em sucessos pops como Madonna e Michael Jackson.

O Nirvana foi o último sopro de um som rebelde, simples e direto no mainstream.
Ao mesmo tempo, tinha muitas influências. De Black Sabbath até Pixies.

Fica esse post para você, leitor, pensar sobre. 

Os 20 anos do último sopro de rock legítimo do século XX: Nervermind, do Nirvana


As guitarras abafadas de Kurt Cobain irromperam em 1991 como um som de uma juventude que não foi o rock revolucionário dos anos 60, ou o punk de 70, ou mesmo a diversidade musical dos anos 80, com o disco e a música eletrônica. O Nirvana de Nevermind, que completou duas décadas neste mês, no dia 24, era um rock cru, um sopro de punk e uma música pessoal feita por uma banda que se destacou do cenário pop da MTV na época.

O CD abre com Smells Like Teen Spirit, que era uma música sobre a geração X, que chegava no começo da idade adulta na época. "With the lights out it's less dangerous/Here we are now entertain us" diz a letra, que mostra como os jovens da época possuíam um pensamento vazio e buscando sempre o prazer pelo prazer. O baixo de Krist Novoselic reforça o refrão até nos momentos que a guitarra entra em silêncio. Já a bateria de Dave Grohl marca as principais explosões da faixa.


In Bloom mostra mais uma tiração de sarro com o começo da juventude, que reflete inclusive no clipe: Uma sátira com as apresentações dos Beatles na televisão dos anos 60. Diferente das primeiras canções do CD, Come As You Are é um hino pela memória e pelas pessoas como elas são, com todas as suas contradições. É uma música para amigos e inimigos.

Sobre ideias plantadas, medos e falta de sentido, Breed surge como uma faixa para grudar na cabeça do ouvinte, com uma guitarra constante, praticamente punk. Os urros de Kurt se confundem com a bateria e a melodia, se tornando um grito quase único. O álbum segue para Lithium, que fala sobre doenças mentais, solidão e drogas. O tom escapista da letra combina com o instrumental que varia do acústico até a guitarra elétrica distorcida.

Polly trata menos de ideias e foi escrita sobre o assassinato de Poly Klaas nos Estados Unidos. Kurt Cobain escreveu essa música para tratar sobre estupro, abdução e assassinato. Fez a canção baseada na notícia de jornal sobre o incidente. A música é toda recheada por um violão aparentemente inofensivo, dando um ar irônico.

Territorial Pissings parece o Nirvana do primeiro CD, Bleach. Com métrica totalmente punk, em cinco acordes, a música trata sobre paranóia e é a menor do álbum, com 2 min e 2 segs. Após essa canção, a banda continua no som pesado em Drain You, uma letra sobre amor obsessivo, adicto.

Novoselic emenda o refrão no baixo que abre Lounge Act. Kurt Cobain canta uma música que fala sobre o desejo de saber a verdade, mesmo na completa loucura. Nessa parte final do CD, o contrabaixo e bateria passam a ganhar mais destaque nas composições, como a percussão fluída em Stay Away, com entradas pontuais da guitarra elétrica distorcida.

A sensação de solidão e falta de sentido dominam On a Plain, apesar da suposta felicidade do narrador. O álbum, revolucionário para o rock dos anos 90, termina com a lenta e crescente Something in The Way, com a voz arrastada de Kurt.

Em algumas cópias de Nevermind, a música Endless, Nameless surge como última faixa, explodindo com gritos, distorção desordenadas e desafinação. A faixa destoava totalmente da calmaria da última canção, mostrando como o Nirvana abordou a loucura rock'n'roll. Um CD imprevisível na história da música, que desbancou até o fenômeno Michael Jackson na época.

sábado, 17 de setembro de 2011

Universidade de São Paulo recruta voluntários para estudo sobre gorduras no coração de adultos


A USP está recrutando voluntários para um estudo sobre os efeitos das gorduras no coração de adultos. Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública procuram homens ou mulheres, de 30 a 74 anos, fumantes e que tenham hipertensão, diabetes ou colesterol alto. O prazo de inscrição termina no dia 30 deste mês.

O estudo vai avaliar os efeitos dos ácidos graxos (ômega-3, ômega-6 e ômega-9) no coração. Os participantes serão submetidos a exames para avaliar o risco de terem doenças cardíacas na próxima década. Serão recrutados 400 voluntários.

Não podem participar grávidas, mulheres que estão amamentando, pessoas que já tiveram infarto, alcoólatras, portadores de doenças agudas ou crônicas graves e quem já está incluído em outra pesquisa.

Interessados devem ligar para os telefones (11) 3091-9538 ou (11) 3061-7865 (somente no período da tarde) ou entrar em contato pelo e-mail cardionutri@gmail.com.

Via Agência Brasil

As principais comemorações no mundo da música e do rock'n'roll no mês de setembro


Dia 12 de setembro (foto 1) - Aniversário do baterista Neil Peart, do Rush

Considerado por diversas revistas especializadas como um dos maiores instrumentistas do mundo, o mestre das baquetas do prog rock do Rush completou 59 anos. Recentemente, Neil Peart escreveu o livro Far and Away: A Prize Every Time, sobre suas viagens de moto na América do Norte e na América do Sul. Peart elogiou, nesse livro, os ritmos brasileiros.
O baterista foi eleito o melhor do rock pela revista Modern Drummer nos anos de 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 2006, 2008. A revista DRUM! elegeu Neil Peart o baterista do ano nos anos de 2008, 2009 e 2010, acumulando três vitórias seguidas.

Dia 16 de setembro (foto 2) - Aniversário do guitarrista de blues B.B. King

O "Blues Boy" completou 86 anos nesta sexta-feira. Apesar de tocar guitarra sentado, com o peso da idade, B.B. King ainda faz turnês internacionais. Ele se apresentou no Brasil no ano passado.


Dia 24 de setembro (foto 3) - Aniversário de 20 anos do CD Nevermind, do Nirvana

Um marco na cultura pop, esse álbum do Nirvana desbancou Michael Jackson do topo das paradas e voltou a dar evidência ao rock'n'roll nos anos 90. Consolidou a presença de bandas como Soundgarden, Pearl Jam e Mudhoney, todas do cenário grunge de Seattle, nos EUA. Reviveu referências do punk rock e do heavy metal

Enfim, esse material de Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl é um clássico que sempre merece ser ouvido. E, agora, ele é maior de idade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Até os deuses são mortais - Resenha do show do Blind Guardian em SP


Blind Guardian foi uma das bandas que me formou quando eu tinha 15 anos de idade. Seu heavy metal melódico, fortemente inspirado nos livros do inglês J. R. R. Tolkien, o escritor de Senhor dos Anéis, fez eu me interessar por música pesada. No dia 9 de setembro, o grupo fez uma apresentação em São Paulo, trazendo suas músicas tradicionais, novas canções e algumas novidades.

O grande problema das apresentações de minhas bandas favoritas, muitas vezes, é que eu vou assistir com uma expectativa igualmente grande. Não, o Blind Guardian não me decepcionou. Decepcionante mesmo foi a (falta de) qualidade da casa de shows Via Funchal. A banda entrou no palco, tocando com sua perfeição notável, e as caixas de som propagavam um chiado granulado, que embolava as guitarras de André Olbrich e Marcus Siepen.

Depois da decepção dos instrumentais, os equipamentos da casa de shows acabaram com a voz do vocalista cativante Hansi Kürsch. O som começou baixo e misturou os timbres graves de Hansi com o resto da banda. Para quem estava no centro Via Funchal, o som estava muito instável, melhorando só a partir da música Fly.

Mesmo com esses contratempos, foi cativante ver Hansi correndo de um lado até o outro do palco, puxando o público e fazendo seus gestos dramáticos nas faixas, interpretando as canções. A apresentação começou com Sacred Worlds, uma das músicas mais épicas do Blind Guardian e abertura do novo CD, At The Edge of Time. Do novo álbum, Tanelorn foi a outra música tocada, cantada em coro pelo público. O resto do show foi composto por clássicos.

O que mais chamou atenção foi a quantidade perceptível de músicas do CD Tales from the Twilight World, de 1990. Welcome to Dying, Traveler in Time e Lord of The Rings deixaram o setlist muito mais variado e cativante para os fãs da fase tradicional do grupo. And Then There Was Silence e Wheel of Time mostraram a grande capacidade da banda em executar grandes faixas.

Embora seus agudos não fossem tão notáveis (será que é a idade chegando?), Hansi Kürsch caprichou nos graves e no fôlego para cantar. Para coroar o restante do show, Time Stands Still (At the Iron Hill), Bright Eyes, Valhalla, The Bard's Song e Mirror Mirror mostraram canções que sempre são tocadas pela banda. Já Fly foi a única música que relembrou o CD A Twist in the Myth, de 2006, menos épico e com faixas mais acessíveis.

Para os fãs, só a presença do Blind Guardian em São Paulo foi histórica. Mesmo com esse sentimento, não teve como não reclamar do mau trabalho de som feito pelo Via Funchal. O som que deixou nossos "deuses do metal" mais mortais.

Setlist completo:

1. Sacred Worlds
2. Welcome to Dying
3. Nightfall
4. Fly
5. Time Stands Still (At the Iron Hill)
6. Bright Eyes
7. Traveler In Time
8. Tanelorn (Into the Void)
9. Lord of the Rings
10. Valhalla
11. Majesty
12. And Then There Was Silence

Bis

13. Wheel of Time
14. The Bard's Song - In the Forest
15. Mirror Mirror

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Retrospectiva: 5 obras primas dos games nessa geração


O tempo passou e esta geração atual de consoles já tem, acredite se quiser, cinco anos. Playstation 3, Wii e Xbox 360 já passam a conviver com as sombras de seus sucessores (no caso do Wii, já devidamente anunciado). Contudo, por mais nostálgicos que gamers sejam, e são bastante, não dá negar a qualidade extraordinária em muitos games apresentados nestes últimos anos.

Como em duas semanas começa oficialmente o semestre para os games, com o lançamento de blockbusters ininterruptamente até o fim do ano – o pontapé inicial vai ser dado pela Square Enix com seu “Deus Ex: Human Revolution” – vai abaixo uma humilde e pequena lista de 5 obras primas produzidas por esta geração*.

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

Até esta geração nenhuma obra nos games havia flertado tanto com o cinema como Metal Gear Solid, de Hideo Kojima, ajudando a estabelecer a cultura das cut-scenes, tratando cada batalha ou fase como sequências cinematográficas. Sendo assim, nada mais justo que um final, épico, que remetesse às grandes sagas do cinema. E foi isso a Konami entregou em 2007.

Poucas decisões na história dos games foram tão corajosas quanto a de encerrar de uma vez por todas a saga de Solid Snake. Para MGS4, Kojima envelheceu seu icônico protagonista e amarrou todas as pontas soltas resultantes de mais de 20 anos de histórias complexas e interligadas. MGS 4 foi mais que um game, foi um acontecimento para a indústria, tecnicamente perfeito para a época e livre das preocupações que normalmente acompanham grandes lançamentos, como sequências e vendas.

Kojima e a Konami criaram em Solid Snake uma versão trágica e sem esperança de James Bond, e deram a ele o final digno que o espião dos cinemas nunca teve. Mesmo se todos os outros grandes méritos gráficos não existissem, apenas isso seria o suficiente para fazer de Metal Gear Solid 4 uma obra-prima.

Super Mario Galaxy 2

Super Mario. Pronto. É tudo que um jogo precisa para ser ao menos lembrado em qualquer lista de melhores games do ano. Mas Super Mario Galaxy 2 foi além. Não apenas por ser a primeira sequência direta na série desde os idos do Super Mário Bros. para o Super NES. Nem por ser o game da série mais vendido de todos os tempos. Mas principalmente por pegar o conceito do original, e elevá-lo ao absurdo.

SMG 2 se apropria de tudo que havia no primeiro: puzzles que envolviam elementos clássicos da série misturados com uma física distorcida e uma mescla de momentos plataforma 2D e 3D. A diferença entre eles está apenas na criatividade absurda que o gênio Shigeru Miyamoto, que transforma SMG 2 não apenas no melhor game de plataforma desta geração, mas em um dos melhores da história. Talvez seja um exagero dizer que este é o melhor Super Mario já lançado. Talvez não. Mas que ele está quase lá, isso está.

Uncharted 2

Desde “Indiana Jones e a Última Cruzada” o cinema procura um sucessor para o Prof. Henry Jones Jr. Inúmeros filmes e personagens tentaram capturar o espírito que a série de George Lucas e Steven Spielberg transmitiu, mas ninguém obteve sucesso. E surpreendentemente, o único que realmente teve êxito nesta árdua tarefa, foi um game. Uncharted, lançado em 2007 trazia um versão moderna de Indiana Jones. Nathan Drake, o protagonista, era tão carismático quanto o personagem de Harrison Ford, no entanto tinha um caráter um pouco mais dúbio (em vez de professor, era um caçador de tesouros), um pouco mais violento – mas não muito – e com a fórmula do mentor/parceiro e o interesse romântico.

Uncharted 2 não é apenas melhor, é espetacular. Um dos jogos mais bonitos dessa geração, com cenas espetaculares, a sequencia potencializa toda a referência cinematográfica do primeiro e se torna uma espécie de fusão entre ambas as mídias. Uncharted 2 também é aquilo que Tomb Raider deveria ter sido, com sequencias de puzzles e escaladas espetaculares. Ao mesclar todas as grandes referências de aventura possíveis, seja no cinema ou nos games, a Naughty Dog pode não ter criado nada novo, mas colocou um nome na história do gênero: Uncharted.

Mass Effect 2

Como escrevi em um texto que você pode ler aqui mesmo, Mass Effect traz um universo inteiro criado a partir do zero, com suas próprias raças, planetas, história e tecnologia. Até mesmo seu único elo com o real, o planeta Terra e os humanos, ganharam um papel não tão frequente, deixando de lado a eterna posição de subjulgados ou inferiores.

Mass Effect 2 tem a coragem de se portar como uma história de ligação em um trilogia: sem começo e sem fim. A história do Comandante Shepard (que pode ser homem ou mulher) começou no primeiro game e se encerrará no terceiro, e cabe ao segundo game apenas o desenvolvimento da história. E ele se saiu muito bem.

Expandindo a dinâmica de que todas as escolhas são suas, e não do roteiro do game, Mass Effect 2 não merece classificação menor que obra-prima, levando incontáveis prêmios de Melhor do Ano. Mass Effect 2 não é apenas grandioso ou espetacular. É único nos games. Simples assim.

Red Dead Redemption

Redenção em vermelho sangue. Nada define melhor o que é Red Dead Redemption do que a tradução livre de seu título. Um western como poucos do gênero. Grandes personagens, grandes paisagens, grandes momentos e um grande final. A única diferença que é que Red Dead Redemption é um game. E esta realmente é a única diferença.

Poucas histórias nesta indústria de mais de 20 anos são mais marcantes e, por que não, que a busca de John Marston pela redenção de seus crimes e o reencontro com sua família. Alguém irá dizer que Red Dead é cheio de clichês e não inova em nada, mas o que seriam dos westerns sem seus paradigmas?

De John Ford a Sergio Leone, de John Wayne a Clint Eastwood, todos os grandes do western são homenageados pela obra-prima da Rockstar Games, e encontram em John Marston não apenas uma reprodução pálida de seus grandes momentos, mas um exemplar e um personagem digno de ser lembrado como uma das faces do velho-oeste. Red Dead Redemption não é o melhor game desta geração graças aos seus feitos técnicos, mas por se tornar o que poucos conseguem: um clássico multimídia do gênero.

Menção honrosa

Heavy Rain: a coragem de fazer algo completamente diferente, adulto e ao mesmo tempo, que ainda seja um grande jogo.

domingo, 28 de agosto de 2011

Steve Jobs sai da presidência da Apple; conheça os talentos de sua empresa


Depois de fundar a Apple em 1976, ser demitido em 1984 e retomar a empresa em 1997, Steve Jobs abandonou o cargo de CEO da companhia no dia 24 de agosto, nesta semana. Os jornais e as publicações internacionais relembraram sua carreira em uma gigante de inovação no mundo todo. Mas poucos lembraram de outros gênios, que botaram a mão na massa na criação dos gadgets da maçã.

Confira, abaixo, os gênios ocultos por trás do ex-CEO da Apple:

Steve Wozniak - Engenheiro da computação e programador, Woz foi gênio da eletrônica que criou os primeiros microcomputadores da empresa, quando a Apple ainda funcionava na garagem. Foi o responsável pelo Apple I e pela revolução que foi o Apple II, o primeiro computador com jogos eletrônicos. Até hoje, é uma espécie de guru para os novos engenheiros da companhia.


Jef Raskin - Formado em filosofia e matemática, Raskin foi o homem que deu o pontapé inicial para o projeto Macintosh, em 1979. Ele tem uma teoria sobre "egonomia da mente", que se reflete nos equipamentos da Apple, modernos e adaptados ao uso humano. A ideia do primeiro Mac era aproximar a computação das máquinas mainframes do usuário comum.


Jonathan Ive - Ive é da leva de novos designers da Apple: Desenhou o PowerBook, o primeiro MacBook e grande notebook MacBook Pro. Mas o ápice do profissional foi um celular feito a pedido do próprio Steve Jobs: O iPhone. Em 99, Ive foi eleito um dos maiores inovadores de até 35 anos pela revista MIT Technology Review TR100.


Tony Fadell e Michael Dhuey - Dhuey ajudou a desenvolver o Macintosh II no final dos anos 80, mas só foi se destacar na empresa em 2001, quando desenvolveu um MP3 Player único. Ele e o jovem Tony Fadell foram os responsáveis pelo hardware do primeiro iPod. Desde então, a Apple mudou a indústria musical e popularizou o comércio digital de conteúdo. Ao lado do iPhone, os modelos de iPod fazem parte da principal linha de produção mobile da empresa.

Tony Fadell

Michael Dhuey

Posts mais lidos