terça-feira, 26 de março de 2013

Anistia Internacional considera “inaceitável” escolha de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos


A Anistia Internacional publicou nesta segunda-feira (25) uma nota em que manifesta preocupação com a permanência do Deputado Federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara dos Deputados. O pastor evangélico é acusado de postar em redes sociais mensagens homofóbicas e racistas e, por isso, é alvo de protestos online e em diversos estados desde que foi indicado para o cargo.


A nota diz que as “posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e mulheres, expressas em várias ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o tornam uma escolha inaceitável” para presidir a comissão.

No texto, a Anistia Internacional considera a CDH uma instância fundamental para a efetivação das garantias de cidadania estabelecidas na Constituição e destaca ainda que é “essencial que seus integrantes sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e tenham trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira.”

O documento da organização faz ainda um apelo para que os “os [as] parlamentares brasileiros[as] reconheçam o grave equívoco cometido com a indicação do deputado Feliciano e tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição.”

Na última quarta-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN) fez um apelo para que Feliciano desistisse da presidência depois que uma audiência pública da comissão foi cancelada em virtude dos protestos contra a permanência do deputado no posto. A expectativa é que a amanhã (26) seja definida a situação de Marco Feliciano na presidência da CDH.

Desde que foi eleito para presidir a CDH, Marco Feliciano tem sido alvo de protestos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel também manifestaram descontentamento com a eleição de Marco Feliciano. No sábado (23), houve manifestações em Paris e em São Paulo contra a permanência do parlamentar na presidência da comissão. O mesmo ocorreu na última quinta-feira (21), durante as comemorações dos dez anos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Texto original de Luciano Nascimento, da Agência Brasil.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, completa 40 anos em 2013: O que você deveria saber sobre esse disco?

Oitavo álbum em estúdio, o Pink Floyd lançou o disco The Dark Side of The Moon no dia 1º de março de 1973, 40 anos atrás. O material é considerado um marco no rock progressivo e na música internacional, ditando tendências da década de 70 e nas composições conceituais, que trabalham com um enredo por trás das faixas instrumentais e das canções.


Há detalhes sobre o sucesso e a peculiaridade de Dark Side no mundo do rock. Você pode conferir a seguir:

- O disco foi gravado em duas sessões, em junho de 72 e em janeiro de 73, no Abbey Road Studios, em Londres, no mesmo lugar que os Beatles gravaram seu último disco. O local fica perto da estação St. John Wood de metrô, em um bairro onde os Rolling Stones também compuseram parte de Satisfaction, no coração do Reino Unido.

- Exceto pelas músicas Speak to Me e Any Colour You Like, o baixista Roger Waters participou da maioria das composições de Dark Side. O álbum foi o primeiro material que Waters conseguiu elaborar conceitos de conflito, ambição, passagem do tempo e distúrbios mentais na criação das letras.

- O engenheiro de som era um homem chamado Alan Parsons. O sucesso de Dark Side foi tanto que motivou Parsons a formar seu próprio grupo, chamado Alan Parsons Project. A qualidade da sonoridade do Pink Floyd foi melhorada graças aos sintetizadores incluídos no som. David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright também participaram da produção do disco.

- Assim que foi lançado, Dark Side chegou no topo do ranking da Billboard Top LPs & Tapes, nos Estados Unidos. O disco ficou no ranking por 741 semanas, até o ano de 1988, quando Waters estava fora da banda e gastando muito dinheiro em processos contra David Gilmour e outros integrantes do Floyd.

- As vendas estimadas do álbum são de 50 milhões de cópias autenticadas. O disco está no topo dos mais vendidos da história, junto com Thriller, de Michael Jackson, no primeiro lugar.

- Há um livro traduzido para o português chamado de The Dark Side of The Moon: Os Batisdores da Obra-Prima do Pink Floyd. O livro foi escrito por um jornalista e crítico da BBC, John Harris, que acompanhou de perto o fenômeno do quarteto de músicos do rock progressivo.


Sabe mais detalhes do Pink Floyd? Deixe seus comentários no Bola da Foca.

Problemas com o domínio www.boladafoca.com

Leitores,

Tivemos problemas com a renovação do domínio www.boladafoca.com. Por esse motivo, o blog ficou inacessível para quem não conseguiu acessar o cache da busca do Google. Pedimos desculpas pelo inconveniente e enfatizamos que o Bola da Foca continua no ar.

domingo, 10 de março de 2013

The Next Day, de David Bowie, é uma homenagem honesta aos mais de 50 anos do camaleão

O 24º álbum de estúdio de David Bowie é composto por músicas fluídas, honestas e diretas em seus 53 minutos de duração. The Next Day - ainda está disponível para streaming gratuito no iTunes até a data que o disco sair no Brasil - é uma composição que vicia facilmente os fãs do rock'n'roll clássico e moderno do camaleão inglês.


A faixa-título, The Next Day, abre com uma guitarra repleta de efeitos eletrônicos e uma letra de resistência. David Bowie canta contra a velhice, contra os obstáculos e as dificuldades de sua vida e de sua carreira, mostrando o retorno ao meio musical após o disco Reality (2003). "Here I am / Not quite dying / My body left to rot in a hollow tree", diz a Letra de Bowie, mostrando sua retomada aos trabalhos após quase 10 anos parado.

Dirty Boys é uma composição com saxofone e um clima parecido com a música de Kurt Weill, um alemão que é admirado por David Bowie. A letra chama os rapazes para o trabalho difícil, sujo. É uma canção irônica. "We all want men we all want you / Me and the Boys we all go through / You've got to learn to hold your tongue / They said the moon was his burning son", diz a letra.

The Stars (Are Out Tonight) é um dos ápices do disco, logo no começo, e foi um dos singles mais bem recebidos pela crítica. A guitarra, mais crua e com menos efeitos, ganha destaque mesmo com outros instrumentos de fundo. A letra de Bowie é sobre a dualidade entre o que é ideal e o que é real. É sobre o que o próprio David Bowie enfrentou em sua carreira, comparando sua imagem atual, de homem de 66 anos, com o rockstar que ele foi nos anos 70 e 80. "Their jealousy's spilling down / The stars must stick together / We will never be rid of these stars / But I hope they live forever", diz a letra, num tom esperançoso.

Love is Lost é mais um momento alto do álbum, que praticamente emenda com o clima gerado por The Stars. A canção é essencialmente sobre loucura, solidão e sentimento, conceitos entrelaçados de maneira saborosa pelo músico inglês. "Say hello to the lunatic men / Tell them your secrets / They’re like the grave
Oh, what have you done? / Oh, what have you done? / Love is lost, lost is love", diz a letra de David Bowie. A composição é acompanhada por efeitos eletrônicos constantes controlados pelo próprio Bowie e por uma guitarra abafada que explode em determinados momentos.

Where Are We Now? é o primeiro single que saiu de The Next Day e é uma música mais melancólica, mais pra baixo, questionando o momento que vivemos atualmente. A letra também é recheada de referências à Berlim, cidade que David Bowie viveu e gravou a famosa alemã de sua carreira: Low (1997), Heroes (1977) e Lodger (1979). "Sitting in the Dschungel / On Nurnberger strasse / A man lost in time near KaDeWe / Just walking the dead", afirma a letra, sobre tempo morto e memórias. Apesar do clima para baixo, Bowie termina a música falando sobre a importância de ainda possuirmos o "eu" e o "você". Essas identidades ainda são fundamentais para o que somos hoje.

Valentine's Day é uma balada romântica de Bowie, como ele não fazia há muito tempo. É o tipo de música que tem de tudo para emplacar nas rádios, com a temática dos namorados. A guitarra parece ser conduzida pela voz de David Bowie, que funciona bem como um guia na composição. "Valentine knows it all / He’s got something to say / It’s Valentine’s Day", diz a letra que, como poucas, não quer significar além do que suas palavras afirmam.

If You Can See Me tem uma predominância muito maior de efeitos eletrônicos do que dos demais instrumentais, que apenas harmonizam a música. A inspiração para esse som artificial de David Bowie é o produtor Brian Eno, que trabalhou com ele em Berlim e com o U2. A letra é sobre contato, sobre visualização e, portanto, comunicação.

I'd Rather Be High é uma música sobre possibilidades, sobre querer ser grande. "I'd rather be high / I'd rather be flying / I'd rather be dead / Or out of my head / Than training these guns of those men in the sand / I'd rather be high", afirma a letra. A bateria mais quadrada da música, embora acompanhada por uma guitarra melódica, ajuda o disco de Bowie a dar uma desacelerada em seu ritmo.

Boss of Me é uma música que se constrói com guitarra base sólida, baixo ritmado e um saxofone barítono, trazendo uma atmosfera de jazz. O refrão é repetitivo, mas fala bem sobre amor, domínio e liberdade. É uma letra de romance. "Who'd have ever thought of it / Who'd have ever dreamed / That a small town girl like you / Would be the boss of me", diz Bowie, na composição.

Dancing Out In Space é a música para dançar e curtir, para viajar em seu ritmo, sem um significado profundo. How Does The Grass Grow? tem uma abertura com mais efeitos eletrônicos e, ao logo da composição, a voz de Bowie se mistura com Gail Ann Dorsey, que faz as vozes de fundo. É uma música cativante pelo peso e a densidade.

(You Will) Set The World On Fire abre com uma guitarra que parece Van Halen ou outras bandas de hard rock. É uma música com incrível capacidade de cativar o ouvinte, valorizando a voz única de David Bowie com um rock'n'roll autêntico. E a letra canta apenas sobre atirar fogo ao mundo, botar as coisas para quebrar. É como se o tema dessa música aliviasse o peso do começo de The Next Day. Gail Ann Dorsey e Janice Pendarvis fazem um belíssimo trabalho vocal junto com o camaleão do rock. O solo de guitarra elétrica é simples, mas cativante.

You Feel So Lonely You Could Die tem três guitarras, inclusive uma sendo tocada por Tony Viscondi, o produtor do disco. Mesmo com tantos instrumentais, a música é mais parada e mais melancólica. É David Bowie cantando sobre sua própria idade, sobre a solidão e a proximidade da morte. Essa faixa praticamente anuncia o fim próximo do álbum. "You could die, die, die", diz a letra de Bowie.

Heat é uma música sobre falta de identidade, sobre passado. A última faixa de The Next Day não tem nada de feliz e esperançoso, e é bastante focada na capacidade de interpretação de David Bowie. Sua crítica aos tempos atuais é uma crítica, sobretudo, a si mesmo. Ele tenta se encaixar neste novo mundo, mas Bowie não consegue se desprender dos valores que o tornaram um dos homens mais avançados no rock e no mundo pop. "And I tell myself, I don't know who I am" é uma lição forte que David Bowie deixa nessa última letra.

Um texto para pensar a profissão: A crise é do jornalismo

Li um texto muito bom sobre a função do jornalista e como ela está em cheque nos atuais veículos de comunicação. O material é original do Observatório da Imprensa. Aproveite a leitura para refletir sobre os jornalistas e o jornalismo.




A crise é do jornalismo

Por Luciano Martins Costa

O declínio da imprensa tradicional não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Mesmo que seus resultados não sejam desastrosos em uns poucos países onde algumas mudanças econômicas colocam na cena social novos protagonistas, ampliando o mercado, a imprensa é decadente por toda parte, e mais evidentemente onde ela contribuiu para construir sociedades mais democráticas.

Embora os analistas e observadores sejam levados a abordar essa questão a partir de pontos específicos, como a dificuldade dos meios tradicionais em se adaptar às novas tecnologias de informação e comunicação, há indícios para se afirmar que a crise da imprensa vai muito além do modelo de negócio.

Trata-se de uma crise do jornalismo, e basta uma pergunta básica: se o jornalismo é parte essencial da vida democrática, provendo a sociedade de informações que ajudam a formar a consciência da cidadania, pode-se dizer que a imprensa está cumprindo bem esse papel em algum lugar do mundo?

Antes que se diga que é impossível responder, de imediato, essa questão, podemos reduzi-la ao contexto mais próximo: a imprensa ajuda os brasileiros a construir um Brasil melhor?

Uma resposta, longa ou sucinta, exige algum paradigma: por exemplo, um país melhor teria uma população mais educada e menores índices de violência, para ficar em dois aspectos básicos das sociedades mais desenvolvidas. Um jornalismo de qualidade poderia contribuir para isso oferecendo conteúdos que convidassem – o ideal seria o verbo compelir – à reflexão. Para tanto, a imprensa precisaria se colocar como uma instituição aberta ao contraditório, o que justificaria seu papel de mediadora entre visões de mundo diversas ou divergentes.

O aprendizado da convivência democrática não se faz exclusivamente pela leitura de jornais ou pela audiência passiva de noticiários da televisão: ele se consolida nos relacionamentos sociais, onde são testadas as convicções e a capacidade de cada um de lidar com a diversidade de opiniões e interesses.

Nas sociedades arcaicas, onde as necessidades básicas de sobreviver e criar a prole limitavam ambições individuais, as opiniões eram harmonizadas pela figura do sacerdote. Na sociedade moderna, o sacerdote foi substituído pelos agentes da indústria cultural, que se movem basicamente pelo interesse econômico.

Alimentando radicais

Essa é uma das origens da submissão de todas as relações à questão econômica: embora pareça que a imprensa discute política, religião, futebol ou a moralidade pública, o que define cada opinião é a visão particular sobre como deve ser organizada a economia. Toda pauta jornalística é submetida a esse crivo central, e quanto mais urgente é a decisão editorial, mais reta essa linha entre o fato e a matriz ideológica que condiciona a interpretação.

Como a sociedade contemporânea projeta uma realidade mais complexa, essa visão condicionada a um eixo central se torna imprecisa e tende a distorcer a visão de mundo. Vejamos, por exemplo, como a imprensa viu o caso em que o disparo – eventualmente acidental – de um artefato naval de sinalização provocou a morte de um adolescente na cidade de Oruro, na Bolívia, durante uma partida de futebol.

Claramente, não apenas as reações dos analistas esportivos, mas os comentários de leitores e protagonistas das redes sociais formaram um conjunto assombroso de irracionalidades e radicalismos.

"Um jornalismo de qualidade poderia contribuir para isso oferecendo conteúdos que convidassem – o ideal seria o verbo compelir – à reflexão"

A imprensa em peso considerou que o ato foi premeditado. E ponto final. O fato em si ficou nas sombras – as opiniões se impuseram, impedindo qualquer reflexão mais elaborada e resultando numa condenação generalizada a todo torcedor de futebol – essa gentinha diferenciada que ulula nos estádios, diria uma senhora paulistana de Higienópolis.

O mesmo se pode observar sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez: parte da imprensa e muitos leitores descambaram para o achincalhe, esquecendo as mais básicas regras da convivência social. Até mesmo a morte do cantor Alexandre Abrão, conhecido como “Chorão” – ao que tudo indica provocada pelo abuso de drogas –, acaba sendo usada nesse contexto, no blog de um jornalista, que escreveu: “Chávez vai tarde, Chorão vai cedo”.

A imprensa estimula a radicalização na sociedade brasileira, simplesmente porque não consegue lidar com as sutilezas da realidade contemporânea. O resultado é mais irracionalidade.

Quando o jornalismo resvala para o aviltamento, não há mais jornalismo.

(O Observatório da Imprensa permite a reprodução de textos segundo a legislação Creative Commons 2.5)

sábado, 9 de março de 2013

Um protesto com vários protestos contra Feliciano

No dia 7 de março de 2013, o pastor Marco Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmera dos Deputados. Feliciano protagonizou uma polêmica em um vídeo, pedindo a senha do cartão de crédito de um fiel de sua igreja evangélica, Assembleia de Deus Capital do Avivamento, de forma forçada. Marco Feliciano também disse que africanos e pessoas negras são uma descendência "amaldiçoada por Noé".

Ativistas sociais e diversos deputados eram contra a eleição de Feliciano para essa presidência, mas seu cargo foi barganhado junto ao governo Dilma.

Hoje, às 14h, 26 mil pessoas confirmaram no Facebook uma manifestação de repúdio ao novo cargo dado pelo governo Dilma ao deputado Feliciano na Avenida Paulista com a Consolação, em São Paulo. Segundo o jornal O Globo, entre 600 e 800 pessoas se mobilizaram em SP. Os manifestantes acreditam que o número foi muito maior, chegando em 2 mil pessoas, informação que foi dada pelo portal UOL. No Rio de Janeiro, 400 pessoas se reuniram contra o pastor. O que se viu em São Paulo, e eu pude lá presenciar, foram centenas de pessoas que fecharam parte da Paulista e parte da Consolação até a praça Roosevelt, no centro, perto da estação República de metrô. O mesmo grupo voltou para a Paulista pela Augusta, na parte final do evento.


E por que isso aconteceu?

Porque o absurdo da eleição às portas fechadas de Marco Feliciano reuniu outros protestos. Um grupo que se autodenomina Anonymous Brasil fez protestos contra a corrupção. Outro grupo, que participou de um abaixo-assinado contra o novo presidente do Senado, Renan Calheiros, também estava presente. Até partidos políticos de esquerda, como o PSOL e o PSTU, estavam misturados entre pessoas que gritavam em plenos pulmões: "Sou apartidário!".

O protesto contra Marco Feliciano virou uma mobilização com vários protestos dentro. Foi um momento de empolgação coletiva, com várias palavras de ordem. Até a Polícia Militar não se intimidou com a quantidade de manifestantes e apenas assegurou que a passeata ocorresse com segurança. Não houve conflito entre pessoas e a PM.

Casais gays, militantes de esquerda, pais, mães e filhos estavam todos juntos, gritando contra a homofobia e o preconceito que o governo permitiu ganhar força na Câmera dos Deputados.


Algumas palavras de ordem que eram gritadas na rua:

"São Paulo, vem pra rua! Essa luta também é sua!"

"Eu gosto de homem! Eu gosto de mulher! Eu amo quem eu quiser!"

"Ô Feliciano, seu racista! Até o Papa renuncia!"

Um jovem brincava entre os manifestantes, usando a Bíblia como se fosse uma arma de fogo, como se ele fosse uma autoridade, criticando Marco Feliciano. O protesto ficou muito parecido com um que participei em 2007, com 40 amigos meus da Cásper Líbero. Não éramos muitas pessoas na Paulista, mas conseguimos fazer muitas pessoas buzinarem, indignadas com a falta de punição contra Renan Calheiros, que já era acusado de corrupção naquela época.


É ótimo que um protesto de seis anos atrás continue acontecendo. Sinal que ainda estamos inconformados.


Muitos motoristas de carros e motos ficaram transtornados com as ruas cheias de gente protestando. No entanto, alguns carros solidarizaram com a mobilização e buzinaram alto.


Grupos cristãos e alguns evangélicos manifestaram repúdio à Marco Feliciano, mostrando que o problema não é religioso, mas ético. Outros manifestantes também protestaram contra a eleição de Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja no Brasil e representante da bancada ruralista, para o cargo de presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle.


São Paulo e Rio de Janeiro não foram as únicas cidades com mobilizações. De acordo com o portal Terra, pessoas foram às ruas no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. O cartunista Laerte esteve presente no protesto de São Paulo.

Veja mais fotos da mobilização e pense: As pessoas estão aliando ferramentas eletrônicas (Facebook) com engajamento político de fato? Estão tornando efetivos seus direitos de protesto contra o que não consideram correto no governo?



Fotos: Pedro Zambarda

quinta-feira, 7 de março de 2013

Bola da Foca tem a maior audiência de sua história em fevereiro de 2013

Sei que falar de números é meio chato, mas é uma boa notícia para quem escreve e para quem escreveu aqui. Bola da Foca atingiu seu recorde entre 11.782 pageviews (Site Metter) e 19.152 views (Google Analytics/Blogger). Alguns textos que bombaram naquele mês foi uma resenha de Django, falando sobre a polêmica de Tarantino e o racismo e um texto chamado "Como fazer uma boa resenha".



Como chegar nesse crescimento gradual, cheio de altos e baixos? Continuando a escrever. Conteúdo de qualidade é um dos traços peculiares do Bola da Foca, além da interatividade, do conhecimento coletivo e das discussões.

sexta-feira, 1 de março de 2013

The Next Day, de David Bowie, pode ser ouvido de graça no iTunes

O camaleão do rock, David Bowie, ficou praticamente 10 anos sem material novo e vai lançar em 2013 o disco The Next Day. Para os fãs, ele liberou um streaming gratuito do álbum inteiro no iTunes até o dia 13 de março. Você pode ouvir neste link!



Antes desta página no iTunes com streaming, Bowie liberou duas músicas: We Are We Now e The Stars (Are Out Tonight). Resenhas em publicações como NME deram nota 8 de 10 para o novo álbum de David Bowie.

E ai, ansioso? Ouça agora.

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