quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Americanos perdem ícone do jornalismo televisivo
Chasing Cars, do Snow Patrol - música mais ouvida no Reino Unido
Pra quem não conhece a música, é possível conferir um vídeo da versão de estúdio abaixo:
Informação do G1.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
O novo "bom selvagem"?
Os cenários da floresta de Pandora não são similares com nossas vegetações terrestres. A equipe de Cameron criou uma fotografia que, mesmo mostrando diversas folhagens, consegue transmitir um mundo totalmente estranho ao nosso. Os pântanos se iluminam sozinhos na escuridão e lembram desenhos do designer, arquiteto e especialista em capas de CDs de música Roger Dean. Avatar tem arte conceitual muito similar aos álbuns de bandas de rock progressivo como Yes e Gentle Giant.
Veja abaixo o trailer do filme e um vídeo explicando sobre a tecnologia estereoscópica usada por Cameron no filme:
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Morre James "The Rev" Owen Sullivan
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Especial de Natal: Oprah Winfrey e a família Obama
Obama e seu primeiro ano: 2009
No mês de outubro deste ano, ele foi premiado com o Nobel da Paz, um título inesperado para ele, defensor do reforço de atividades militares no Afeganistão. O motivo desse reconhecimento foram suas visitas e atuações diplomáticas no Oriente Médio e em países que estavam contra os Estados Unidos. Mesmo assim, ele destacou um reforço de 30.000 homens para as terras afegãs no começo de dezembro. Além dessa ação claramente política, nenhum acordo foi fechado na Conferência Climática de Copenhague, a COP15, mesmo com Barack Obama apoiando a formalização do controle de emissões.
Esses pontos paradoxais, somados aos conflitos de sua gestão interna, especialmente no setor público, mostram que ele não é mais o representante pacífico da presidência americana, mas um gestor em uma crise. Não podíamos esperar menos dele, mas um ar de decepção paira no ar, mesmo para não-americanos. Esperamos demais dele? Esperamos demais da política? Esse sempre foi um debate que deveríamos fazer com mais frequência, mas que não fazemos. Depositamos na eleição norte-americana uma esperança sem nos dar conta que questões climáticas e políticas também dependem da cidadania de cada um de nós.
Honestamente, não esperava menos da administração de Barack Obama. Continuo contra suas ações militares no Afeganistão, mas concordo que há mais lógica lá do que o Iraque, por ser base terrorista do grupo Al-Qaeda. As questões são quando nós vamos ver sempre as mesmas coisas de um governo com tamanha influência e se vamos longe agindo apenas como observadores deste cenário, hoje. A esperança não (pode) deveria morrer.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Os milímetros entre o jornalista e o escritor
Contudo, a placidez e a serenidade de Sinval faz tudo parecer mais simples. “Sou um sujeito mais comum do que você pode imaginar. Sem nada de muito interessante do ponto de vista midiático.” diz. “Sou muito certinho” Sinval, se define. Colorado roxo, Sinval nasceu em Porto Alegre, em 1943, em uma família de classe média. Aos 17 anos, já tecia textos de ficção e teve o acesso à literatura não só muito rápido, mas também muito incentivado principalmente por seus pais. “Tive uma infância modesta, mas sempre tive estímulo e facilidade para estudar”, conta.
Seu pai, um executivo na área de vendas de uma multinacional, “era um leitor eclético e, nesse sentido de cultura literária, ele era autodidata”, relembra. A mãe de Sinval, dona de casa, também gostava muito de ler e nunca trabalhou. Porém, “criou quatro filhos”, brinca o escritor de riso solto, o único homem entre as três irmãs, sendo uma já falecida.
No ano de 1964, ele se formou em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e relembra o golpe militar de uma maneira bem inusitada. “Houve um atraso e a data da nossa formatura era 31 de março de 1964. No dia do golpe nós estávamos participando da solenidade da formatura”, declara. Com a repressão política, Sinval paralisou a publicação de sua produção literária, temendo o risco de ter os escritos apreendidos. “Fui escrevendo e colocando na gaveta”, revela. Publicou o primeiro romance, Liberdade Condicional, somente em 1980, quando o regime estava se abrandando. Foi também na UFRGS que o ficcionista conheceu, em um cursinho pré-vestibular, a futura professora Cremilda Medina, com quem está casado há 45 anos e tem um casal de filhos, sendo a mais velha com 43 e o mais novo com 40 anos. “A partir daí a gente praticamente conviveu todos os dias”, declara. “Além da convivência doméstica a gente tem uma convivência profissional e intelectual muito intensa”, diz.
Mesmo colaborando na área de comunicação em Porto alegre, trabalhou primeiramente como funcionário público no Banco do Brasil e mudou-se para São Paulo em 1971, quando a esposa conseguiu uma bolsa de estudos para o primeiro curso de pós-graduação da ECA e, paralelamente, Sinval também conseguiu a transferência para o sudeste. O escritor relata que, nesse momento, ou continuava burocrata para o resto da vida ou deixava a função. “Podia até virar Ministro da Fazenda. O Maílson Ferreira da Nóbrega entrou no Banco no meu concurso. Eu corria esse risco” ri Sinval.
Apesar de somar 17 anos trabalhando na editora Abril como jornalista, chegando a ser editor-chefe da revista Boa Forma, prefere a posição de escritor ficcionista pois “o dia-a-dia da redação é algo terrível para alguém que quer escrever”, indaga. Teimoso, chegava mais cedo à redação para poder se dedicar aos seus escritos; uma de suas obras, Memorial Santa Cruz, de 1983, foi em maior parte escrito na redação.
Prêmio Passo Fundo de literatura em 1999 (com o livro Tratado da altura das estrelas), Sinval Medina tece seus textos dentro do “gênero fundacional”, como define o escritor. O grande mote de suas obras é a fundação da cultura brasileira ou, basicamente, a tentativa de responder à pergunta: o que é ser brasileiro? Sinval procura fatos e personagens históricos e vai adicionando ficção à narrativa. Apaixonado por História, o escritor desenvolve uma pesquisa extremamente profunda tanto para encontrar seus personagens quanto para ambientar a história. “Ele vai a fundo para pesquisar coisas sobre esses livros, ele vai a arquivos, vai a bibliotecas, conversa com pessoas, vai atrás, levanta dados históricos, vai nos lugares onde os personagens sobre os quais ele vai escrever viveram” comenta Pedro Ortiz, diretor geral da TV USP e professor de Telejornalismo da Cásper Líbero, amigo do escritor. “Ele tem esse outro lado que é o de pesquisador”, conclui. O próximo livro do escritor, com previsão de lançamento para o fim de 2009, segue também essa linha editorial e será sobre Cristóvão Pereira de Abreu, pioneiro do tropeirismo no século XVIII, que abriu caminho por terra entre o Uruguai e São Paulo.
Extremamente metódico, herdou muitas coisas do jornalismo que aplica à vida de escritor. Sinval escreve todos os dias e, quando envolvido em um projeto, lê de 4 a 5 horas sobre o assunto que está digerindo. Ao final dessas sessões, costuma elaborar uma pauta para o próximo dia. “No pé no que eu acabei de escrever, eu faço uma pequena pauta do que eu vou fazer no dia seguinte”, detalha. Pela parte da manhã o escritor lê, todos os dias, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo e, à tarde, relê, refaz ou continua escrevendo seus textos e tenta manter um ritmo entre 60 e 70 linhas diárias. “Digito textos diariamente. 3 horas, 4 horas por dia e nunca deixo de escrever”, revela.
Elogios não faltam para esse apreciador de vinhos, que adora cozinhar. “Brigamos muito na cozinha porque ambos gostamos de cozinhar e cada um quer fazer o principal e não o trabalho subserviente”, brinca Cremilda. Receptivo e muito bem humorado, o escritor mostra-se, de acordo com os amigos, sempre disposto a conversar sobre os mais diversos assuntos. “Ele é uma pessoa extremamente acessível está sempre disponível, simpático, então isso aproxima muito das pessoas”, elogia o professor Pedro Ortiz. Quando perguntada sobre o que mais gostava no marido, Cremilda, dona dos “40 anos de motivos”, dedicatória em um dos livros de Sinval, a resposta é curta e terna: “Tudo”.
Surinamenses atacam imigrantes no Natal
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
O influente Papai Noel de Thomas Nast
Responsável pelas primeiras charges políticas, que surgiram na modernização da imprensa dos Estados Unidos, Nast criou a imagem atual do Papai Noel em 1863: um velhinho gordo, com roupa de cores vermelha, branca e preta. Antes de seus desenhos, a figura natalina era desenhada magra, e se assemelhava a diversas personalidades de diferentes folclores, desde o deus nórdico Odin até santos cristãos.
Thomas Nast criou figuras marcantes na sociedade conservadora americana. Alguns exemplos são o elefante do Partido Republicano, o burro do Partido Democrata e até o Tio Sam, ícone cultural nos EUA.
O Harper´s Weekly: A Journal of Civilization era uma revista novaiorquina que durou entre os anos de 1857 e 1916, trazendo notícias nacionais, internacionais, ficção, humor e ensaios. Thomas Nast ficou famoso nesse periódico por cobrir a Guerra de Secessão fazendo charges e, além de criar os símbolos dos partidos, apoiar candidatos em cada eleição, mudando de lado de acordo com a conveniência do momento.
Papai Noel é um trabalho na imprensa que prova como a cultura norte-americana influi em festividades no mundo todo, mesmo que a origem do ícone seja de inúmeras mitologias. E, definitivamente, o velhinho não é apenas produto da propaganda de refrigerantes.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Bola da Vez #8 - Mais Videocasts
A venda do menino Sean
Lentes de contato que medem diabetes
Novamente, dados da INFO
Twitter + Mixer Labs = localização de tweets
Informações da INFO.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Mais um filme sobre amor... e sobre filmes
Resumindo: o filme é um melodrama sobre um relacionamento forçado e outro que surgiu do trabalho, tendo como pano de fundo um longa-metragem de Mateo Blanco. É uma mensagem sobre o próprio cinema, que causa risadas, envolve e não decepciona, com todos os traços pessoais de Almodóvar.
Mais falecimento em 2009: Brittany Murphy
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Jon Lord ao vivo, em terras brasileiras
domingo, 20 de dezembro de 2009
Dream Theater - turnê no Brasil em 2010
sábado, 19 de dezembro de 2009
Bola da Vez #7 - Videocasts
- Smellycast: Videocast do Smelly Cat, blog com o toque da feminina Baunilha, com entrevistas e curiosidades da mídia. Vale a visualização.
Próximo Bola da Vez virá com mais recomendações de vídeos.
Fails, hambúrgueres e empreendedorismo online
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Lula e Sarkozy propõem fechamento para COP15
Adiantará de algo? Vamos esperar.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Um argentino desabafando no MSN
Loi, estou profundamente triste e indignado.
Fernanda (Loi) diz:
o que aconteceu?
Lean Gaston diz:
Bill Gates é agora dono de um reservatório de ouro e prata em uma província de nosso país e, provavelmente, essa empresa de minério vai se apropriar das geleiras para extrair ouro dali e levar para os EUA... e o Chile e a Inglaterra vão começar a tirar petróleo de nossos mares e de nosso território na Antártida
Fernanda (Loi) diz:
sério? que ruim! ontem passou uma reportagem na televisão... se tratava da cidade Carmen de Patagones
Fernanda (Loi) diz:
antes era uma área de pasto e hoje é um deserto, né?
Lean Gaston diz:
sim. uma grande parte de nosso país se desertificou... estamos realmente mal
Lean Gaston diz:
com o petróleo de nossa plataforma marítima e o ouro das minas da cordilheira, teríamos suficiente sustento econômico para ser um pais desenvolvido como o Brasil e, agora, o único que nos resta é o campo, mas a natureza também não nos acompanha.
que tristeza profunda vive o meu país... os governos corruptos estão nos destruindo
Fernanda (Loi) diz:
isso é realmente mal
o Brasil já passou por más situações antes do governo do Lula... mas eram problemas econômicos, desigualdade social... todos os países passam por isso, ainda que estava bastante feia a situação - e, claro, ainda sofremos muitos problemas.
mas, como somos um pais enorme, temos uma diversidade muito grande de natureza. Desde as árvores da Amazônia e os rios, até o Pantanal... as plataformas de petróleo... assim que mesmo que haja problemas em alguns desses setores, ainda haverá outros para sustentar a ausência...
e a Argentina não tem essa riqueza
Lean Gaston diz:
não, claro que não... mas desde que terminou a ditadura e "começou" a democracia, os governos continuam nos roubando
a questão é: o pouco que a gente tem, eles destroem
temos petróleo e outro na cordilheira e no mar, mas levam tudo para fora
o nosso câncer é que todos os "democratas" eram amigos dos ditadores
ou seja... seguimos na mesma... só que no lugar de nos afogarem com a violência, nos afogam com a economia
Fernanda (Loi) diz:
o que eu não entendo é que a Cristina, às vezes, toma atitudes chavistas... e no entanto, se alia a países capitalistas, como agora com a Inglaterra na questão do petróleo
e com os EUA, é claro
Lean Gaston diz:
a verdade é que eu não entendo nada do que faz a Cristina
a única coisa que sei é que é dirigida pelo marido e esse só nos rouba e vende o que é nosso
a Patagônia já quase não é nossa
as Malvinas não são nossas
o pedaço da Antártida tampouco é nosso
para piorar a situação, a presença americana na América do Sul se faz cada vez mas forte e em qualquer momento nós vamos nos converter no novo Vietnã, no novo Oriente Médio
mas claaaro... Argentina é o único país da região que não destina nenhum orçamento ao exército... temos o que é da época das Malvinas
e os superiores militares são todos gordos vagos que não fazem nada de nada
se os americanos começam uma guerra, têm a Colômbia e o Chile como aliados.. nos invadem e tomam nosso território
Fernanda (Loi) diz:
o Chile também?
Lean Gaston diz:
sim, sim... o Chile é muito próximo dos EUA e da Inglaterra
Fernanda (Loi) diz:
nesse ponto vocês têm um grande aliado, que é a Venezuela
Lean Gaston diz:
uma merda!
Fernanda (Loi) diz:
(concordo... mas é isso...)
Lean Gaston diz:
claro... a questão é que nós estamos ferrados
ou seja: se querem guerrear contra a Venezuela, têm a Colômbia bem ao lado e, abaixo, Chile e Argentina - ocupada pelos americanos... Venezuela só teria Cuba de aliada.... e não sei se a Rússia e a China se manifestariam
Mas isso seria nossa única "salvação".
Fernanda (Loi) diz:
não, claro que não.. a China e a Rússia não ajudariam a Venezuela!!
Lean Gaston diz:
que linda "salvação", hein?!
um lixo dos lixos
também li uma vez que querem internacionalizar a Amazônia... já estão todos mentalizados que terão que discutir sobre quem é o dono da Amazônia e os afluentes de água doce da fronteira tripla (que diga-se de passagem, há uma ocupação militar americana ali)
Fernanda (Loi) diz:
o Brasil é um país que tem uma posição, sabe?... agora está bem, é o "rei" da América Latina... ainda mais com a questão das Olimpíadas e da Copa... mas eu acredito que não seria uma ajuda para vocês... não seria meeeesmo.
Lean Gaston diz:
eles tomaram de vocês o que é lindo
Fernanda (Loi) diz:
sim, sim... nos estados unidos, faz um tempo, ensinavam as crianças que a Amazônia era uma propriedade internacional... dessa forma, quando crescessem, lutariam por esse "pedaço de terra que não é do Brasil"
Lean Gaston diz:
claro.. você tinha me dito isso... que grande merda!
o mesmo em relação às reservas de água doce da nossa Patagônia... y o Rio de la Plata... tudo é "patrimônio da humanidade" ¬¬
Fernanda (Loi) diz:
e olha, vou te falar uma coisa... com certeza vocês estariam sozinhos nessa... porque essa luta pelo território argentino viria muito antes da luta oficial pela Amazônia... assim que não haveria nenhuma aliança entre os países afetados, já que um problema seria alheio ao outro... "o problema é da Argentina, não é nosso".
Lean Gaston diz:
isso é certeza! com certeza absoluta seria assim.
acontece que estrategicamente falando, convêm aos americanos... assim rodeiam o resto da América Latina
Fernanda (Loi) diz:
e é isso que eu estou te dizendo
Fernanda (Loi) diz:
alguns dizem que estamos nos desenvolvendo e ganhando autonomia... e não é assim, viu, Lean..
e quando eu digo "nós", me refiro a todos... Brasil, México, Argentina, Chile...
Lean Gaston diz:
Argentina nunca esteve em desenvolvimento
é que somos o quintal traseiro dos EUA
é assim... LAMENTAVELMENTE.
The New York Times inova sua forma de noticiar
Essa nova disposição ordena os artigos como se houvesse diferentes seções apresentadas em uma só tela. Exceto a primeira notícia, todas as outras desempenham um mesmo papel. Dessa maneira, qualquer peça da página pode chamar a atenção do leitor sem que este a esteja procurando de forma intencional. Além disso, o jornal oferece diferentes enfoques na hora de apresentar as notícias, já que os leitores podem personalizar seu próprio desenho entre uma das sete versões disponíveis e distintas entre si.
Outro elemento importante é a ausência de vínculos visíveis. A página consegue que o usuário concentre sua atenção em um só artigo, o que significa que os leitores sentem que estão sendo informados, sem ter impressão de estar em um mar confuso de notícias.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Morre Luiz Carlos Alborghetti
O estilo polêmico e único de Alborghetti influenciou muitos apresentadores de programas policiais. Dalborga - como era carinhosamente chamado pelos amigos e fãs - foi um dos responsáveis por lançar o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, que trabalhava como um dos repórteres policiais do programa Cadeia. Ratinho usou durante anos o cassetete e muitos trejeitos de apresentar programas como seu mestre.
Alborghetti deixa em vida sua esposa e uma filha, além de muitos fãs que viam nele uma voz que representava toda indignação do povo contra a violência, impunidade e injustiça. O Brasil em pouco espaço de tempo perde mais um grande comunicador e uma das vozes mais influentes do país.
Já deu!
Ok, foi o maior volume de chuva dos últimos 4 anos nessa última terça-feira, no dia 8. Algo imprevisível, imponderável e que causaria transtorno de qualquer jeito. No entanto, chegar ao fim do dia com o balanço de seis (seis!!!) mortos em virtude da chuva na maior cidade do país chega a ser surreal. E o pior: no meio ao caos, com milhões de paulistanos presos em seus carros e milhares correndo o risco de perder suas casas, temos que ouvir o prefeito falando que os investimentos deram certo e tudo ocorreu de forma satisfatória.
Deu! Não é de hoje que São Paulo vive problemas crônicos com suas enchentes. As marginais foram totalmente reformadas em virtude disto e nada do problema ser resolvido. “Ele foi amenizado” dirão alguns. Oras, amenizar em um cidade de 11 milhões de pessoas com um dos piores tráfegos do mundo não resolve nada. E pior, a sensação de abandono é latente. Não se vê qualquer movimentação do governo ou da prefeitura para resolver os dois problemas que pararam a cidade ontem.
As fantásticas obras alardeadas por ambos, não andam. O rodoanel se arrasta por anos, isto quando não resolve soltar vigas em cima de carros. A expansão do metrô pode até resolver muita coisa, mas, convenhamos, ela é ainda pequena. E a expansão das marginais... ah, como eu adoro esta obra. Além de já se provarem insuficientes, são feitas na pior época do ano (afinal, quem liga pra fim de ano, não é mesmo?) e estão sendo apontadas como causas das enchentes de ontem. Sem a camada de grama na faixa central, quase nenhuma gota de toda aquela água que caiu foi absorvida pelo solo. Deu no que deu.
Minha intenção original era apenas fazer um post factual sobre o ocorrido. Me desculpem, não consegui. São Paulo vive uma crise há muito tempo, e a cada dia que passa sinto que está chegando mais no limite, embora o mesmo pareça ser bem elástico.
ps: Às 18:30hr a cidade registrava 8km de congestionamento. Recorde negativo no ano, uma utopia para todos. Ou seja, para que São Paulo tenha o melhor trânsito possível, é necessário que o caos se instale, 6 pessoas morram e todos fiquem receosos de ir à rua? Obrigado, mas eu passo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Reportagem multimídia sobre TCCs
Um sorriso de esperança
Hoje, a ex-moradora de rua vive na filial da Toca de Assis em Cruzeiro. A instituição, fundada em 1994, segue o exemplo de São Francisco de Assis – santo católico que viveu no século 13 e abriu mão de tudo para cuidar dos pobres. Há 11 anos no Vale do Paraíba, o instituto tem casas também em Guaratinguetá e Potim. No Brasil, são 76, além de duas no exterior – em Portugal e no Equador.
“Nosso objetivo é resgatar essas pessoas e ajudá-las a se reintegrar na sociedade. Para os que moram conosco, oferecemos três refeições diárias, ensinamos a catequese, fazemos festa de aniversário, levamos para passear. Se forem doentes, providenciamos medicamentos e fazemos curativos”, explica a responsável pela casa de Cruzeiro, Irmã Nazareth Maria.
Atualmente, dez mulheres vivem na casa, que sobrevive por meio de doações. Mas, além de cuidar das que moram no local, as irmãs toqueiras ainda oferecem alimentação para os demais moradores de rua da cidade, assim como corte de cabelo e assistência espiritual. “Na nossa casa, vivem conosco apenas mulheres porque temos nove religiosas nessa missão. Tem local que atende homens e outros apenas mulheres. Mas para ajudar também aqueles que não podem morar conosco, fazemos essa pastoral nas ruas para tentar minimizar o problema deles”, conta Irmã Nazareth.
Outro projeto social que busca ajudar moradores de rua é a Casa do Bom Samaritano, em Cachoeira Paulista. A obra é ligada a Canção Nova, comunidade católica que também sobrevive por meio de doações. No local, os mendigos não podem morar, mas recebem alimentação, higiene pessoal, atividades educativas, roupas, cestas básicas e oficinas artesanais.
Segundo a assistente social da casa, Roberta Vicente, o apoio a essas pessoas é fundamental para retomar a dignidade humana delas. “A maioria dos usuários que vem aqui encontra-se num processo de desintegração social e exclusão do mercado de trabalho, sentindo-se isoladas em seus relacionamentos: sem família e nem grupos que lhe ofereçam ajuda”.
Jorge da Silva é natural de Salvador (BA). Saiu de casa aos 17 anos por causa das drogas. Hoje com 25, tenta sair do seu mundo de tráfico, prostituição e bebidas nas ruas do Brasil. “Já viajei por esse país todo. Cheguei aqui na casa suplicando socorro. Não aguento mais essa vida. Sou jovem, quero reencontrar minha família e arrumar um emprego”. Jorge vai ser encaminhado para uma casa de recuperação de dependentes químicos. Uma das funções da Casa do Bom Samaritano é encontrar outra solução para o problema, quando ela não pode resolvê-lo.
Uma das poucas pesquisas existentes no país sobre moradores de rua, feita pelo Ministério de Desenvolvimento Social e a Unesco, mostra que a maioria deles são homens, com idade entre 25 e 44 anos. Quanto a escola, grande parte têm o ensino fundamental incompleto e entra nesse tipo de vida, assim como Jorge, por conta de alcoolismo ou outro tipo de droga.
A psicóloga Angelita de Souza acredita que é fundamental esse trabalho com moradores de rua para reintegrá-los na sociedade. “Os projetos sociais são essenciais para ajudar a extinguir os mendigos das ruas. Quando voltam a ter amor próprio, eles se sentem motivados a mudar e procuram voltar para a família, arrumar um emprego e viver bem”, conclui.
Onde encontrar? Para fazer doações ou encaminhar um morador de rua para essas casas o endereço é: Toca de Assis Rua Capitão Neco, 951, centro, Cruzeiro (SP) Telefone: (12) 3143 7479 Casa do Bom Samaritano Rua João Paulo II, s/n, Alto da Bela Vista, Cachoeira Paulista (SP) Telefone: (12) 3186 2204 |
Foto e reportagem: Ariane Fonseca
Editorial #12 - Bola da Foca precisa de um novo líder
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Ato contra a violência no teatro
Vi no Terra e no O Globo.
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