crítica exclusiva do Bola da Foca
Jon Bon Jovi conseguiu. Em 2007, Lost Highway se tornou o albúm mais vendido do Bon Jovi desde New Jersey, em 1988. Aproveitando o sucesso do single Who Says You Can’t Go Home – uma balada country do album Have a Nice Day – Jon percebeu um album inteiro no estilo poderia levar a banda de New Jersey de volta ao topo. E o fez. Muitos fãs chiaram, no entanto a turnê rentável de 2008 provou que ele estava certo. O Bon Jovi – que nunca viveu no ostracismo, é verdade – era provavelmente a maior banda americana do mundo.
Pois bem, com o feito alcançado não era de se estranhar que o quarteto mantivesse este caminho e continuasse a trilhar o country, no entanto a coisa não aconteceu bem assim. The Circle, 11º album de estúdio da banda, é a melhor coisa que eles fizeram no século XXI. Deixando claro que o country foi apenas um capítulo, Jon Bon Jovi e Richie Sambora voltaram a pisar fundo no rock otimista, que caminha no linear entre o rock americano clássico e o pop-rock radiofônico. Enfim, a mesma área em que sempre atuou com sucesso.
The Circle traz dois elementos fortes em sua composição: consciência do próprio amadurecimento e política. Se é estranho afirmar o primeiro fator para um quarteto formado por quarentões, o segundo é altamente positivo. Sempre que Jon – um ferrenho ativista democrata – pisou na politica em suas canções, a partir do álbum Keep The Faith em 92, ele acertou. E com The Circle não é diferente. Logo na primeira faixa, We weren’t born to follow, já somos apresentados ao clima politico-otimista que permeará todo o album. Afinal, estamos na Era Obama.
Sem frescuras, a faixa de abertura traz uma letra que não cai no patriotismo bobo – no clipe, são exibidas cenas de todo o mundo – levada por uma melodia competende. Jon traz o vocal competente de sempre, mas agora ciente do que pode fazer. Lembrando muito Bruce Springsteen, não estranhe se esbarrar com We weren’t born to follow em alguma campanha nos EUA nos próximos anos. Mas, se o cartão de visitas anima, a segunda música faz um sorriso brotar.
When we were beatiful é uma balada diferente de tudo que a banda já fez. Se a letra não traz nada demais, a melodia é construida de uma forma perfeita. A guitarra se torna o fio do condutor de uma forma que lembra a pegada que The Edge tem, e Jon tem sua interpretação mais emocionada .
E a primeira metade do álbum segue essa batida, sem errar em nenhuma vez, com músicas impecáveis. Mas Work for the Working Man, The Bullet e Superman Tonight, uma atrás da outra, são a trinca que vale o álbum. A primeira é a música que define explicitamente o amor que Jon tem pelo partido democrata, e sua esperança em Barack Obama. “Por melhor que ele seja, depende de nós” é o mote da faixa. Não é atoa que muitos em NY ou NJ chamam Jon Bon Jovi de Son of the Boss (O filho do chefe, apelido de Bruce Springsteen).
The Bullet é a mais pesada do album, e lembra muitos faixas do Keep the Faith como Fear ou If i was your mother. Richie Sambora prova que ainda é um grande guitarrista quando inspirado e Tico Torres traz uma bateria insparada como há muito tempo não se via: constante, pesada e imprevisivel. Tudo acompanhado de uma performance empolgada do vocalista.
Já Superman Tonight é simplesmente a primeira inovação que banda traz desde It’s my life. Uma mistura estranha de hardrock, U2 e as músicas noventistas da banda criou algo totalmente novo, em nada parecido com o que jamais foi criado pelo quarteto, mas nunca fugindo da linha do comerciável. Enfim, o útil ao agrádavel. O resto do album segue a mesma linha e o único ponto realmente fraco é a balada Live Before You Die, repetitiva e maior do que deveria ser. Fast Cars, Happy Now, Thorn in my Side e Brokenpromisseland também são daquelas que sera dificil pular.
Depois da decepção comercial (e de crítica, no segundo caso) que foi Bounce e Have a Nice Day, e o sucesso comercial mas fracasso crítico de Lost Highway, parece que o Bon Jovi achou seu caminho no fim da década. Após 25 anos de banda, o quarteto de New Jersey levantou-se, tirou das botas a poeira vinda da Nashville e voltou a fazer aquilo que sabe melhor: rock básico, de qualidade, sem dar a minima para o que um bando críticos vá escrever. Enfim, voltaram a compôr por prazer.
Pois bem, com o feito alcançado não era de se estranhar que o quarteto mantivesse este caminho e continuasse a trilhar o country, no entanto a coisa não aconteceu bem assim. The Circle, 11º album de estúdio da banda, é a melhor coisa que eles fizeram no século XXI. Deixando claro que o country foi apenas um capítulo, Jon Bon Jovi e Richie Sambora voltaram a pisar fundo no rock otimista, que caminha no linear entre o rock americano clássico e o pop-rock radiofônico. Enfim, a mesma área em que sempre atuou com sucesso.
The Circle traz dois elementos fortes em sua composição: consciência do próprio amadurecimento e política. Se é estranho afirmar o primeiro fator para um quarteto formado por quarentões, o segundo é altamente positivo. Sempre que Jon – um ferrenho ativista democrata – pisou na politica em suas canções, a partir do álbum Keep The Faith em 92, ele acertou. E com The Circle não é diferente. Logo na primeira faixa, We weren’t born to follow, já somos apresentados ao clima politico-otimista que permeará todo o album. Afinal, estamos na Era Obama.
Sem frescuras, a faixa de abertura traz uma letra que não cai no patriotismo bobo – no clipe, são exibidas cenas de todo o mundo – levada por uma melodia competende. Jon traz o vocal competente de sempre, mas agora ciente do que pode fazer. Lembrando muito Bruce Springsteen, não estranhe se esbarrar com We weren’t born to follow em alguma campanha nos EUA nos próximos anos. Mas, se o cartão de visitas anima, a segunda música faz um sorriso brotar.
When we were beatiful é uma balada diferente de tudo que a banda já fez. Se a letra não traz nada demais, a melodia é construida de uma forma perfeita. A guitarra se torna o fio do condutor de uma forma que lembra a pegada que The Edge tem, e Jon tem sua interpretação mais emocionada .
E a primeira metade do álbum segue essa batida, sem errar em nenhuma vez, com músicas impecáveis. Mas Work for the Working Man, The Bullet e Superman Tonight, uma atrás da outra, são a trinca que vale o álbum. A primeira é a música que define explicitamente o amor que Jon tem pelo partido democrata, e sua esperança em Barack Obama. “Por melhor que ele seja, depende de nós” é o mote da faixa. Não é atoa que muitos em NY ou NJ chamam Jon Bon Jovi de Son of the Boss (O filho do chefe, apelido de Bruce Springsteen).
The Bullet é a mais pesada do album, e lembra muitos faixas do Keep the Faith como Fear ou If i was your mother. Richie Sambora prova que ainda é um grande guitarrista quando inspirado e Tico Torres traz uma bateria insparada como há muito tempo não se via: constante, pesada e imprevisivel. Tudo acompanhado de uma performance empolgada do vocalista.
Já Superman Tonight é simplesmente a primeira inovação que banda traz desde It’s my life. Uma mistura estranha de hardrock, U2 e as músicas noventistas da banda criou algo totalmente novo, em nada parecido com o que jamais foi criado pelo quarteto, mas nunca fugindo da linha do comerciável. Enfim, o útil ao agrádavel. O resto do album segue a mesma linha e o único ponto realmente fraco é a balada Live Before You Die, repetitiva e maior do que deveria ser. Fast Cars, Happy Now, Thorn in my Side e Brokenpromisseland também são daquelas que sera dificil pular.
Depois da decepção comercial (e de crítica, no segundo caso) que foi Bounce e Have a Nice Day, e o sucesso comercial mas fracasso crítico de Lost Highway, parece que o Bon Jovi achou seu caminho no fim da década. Após 25 anos de banda, o quarteto de New Jersey levantou-se, tirou das botas a poeira vinda da Nashville e voltou a fazer aquilo que sabe melhor: rock básico, de qualidade, sem dar a minima para o que um bando críticos vá escrever. Enfim, voltaram a compôr por prazer.
The Circle - Bon jovi
1. "We Weren't Born to Follow"
2. "When We Were Beautiful"
3. "Work for the Working Man"
4. "Superman Tonight"
5. "Bullet"
6. "Thorn In My Side"
7. "Live Before You Die"
8. "Broken Promiseland"
9. "Love's the Only Rule"
10. "Fast Cars"
11. "Happy Now"
12. "Learn to Love"