Depois de filmes como Seven e O Estranho Caso de Benjamin Button, não esperava encontrar mais nenhuma atuação diferente de Brad Pitt nos cinemas. Pelo menos não tão cedo. Nas mãos de Quentin Tarantino, Pitt se transforma no caipira do Tennessee Aldo Raine. Os demais atores, desde o caricatural vilão do ator Christopher Waltz, até o drama vivido pela atriz Mélaine Laurent, completam essa nova obra-prima dos cinemas, que consegue reunir elementos tão originais e irônicos quanto Pulp Fiction e uma adrenalina de um Kill Bill. Tarantino está excelente em Bastardos Inglórios, como sempre foi.
Por Pedro Zambarda
O enredo visa, desde o começo, estar situado em acontecimentos históricos. Dividido em capítulos, na primeira parte, em 1941, o filme começa com uma tensão sanguinária ao apresentar Hanz Landa, oficial da SS conhecido entre seus inimigos como "O Caçador de Judeus". No cumprimento do serviço, Landa elimina toda a família judia Dreyfus, escondida no sótão de uma casa de fazendeiros franceses chamados LaPadite. A única sobrevivente do massacre é uma jovem chamada Shoshanna, poupada por falta de munição do coronel nazista.
Interrompendo bruscamente a narrativa, da maneira que Tarantino é mestre, ele parte para a história do grupo chamado "Bastardos Inglórios". Já na descrição, você já pode notar o tom nonsense do filme: são judeus sobreviventes do Holocausto e das perseguições que, recrutados por Aldo "Apache" Raine, passam a atacar nazistas, disfarçados ou em ações de guerrilha, causando terror durante a guerra. Raine estabelece como objetivo do grupo escalpelar 100 nazis por integrante, trazendo parte de seus cabelos como verdadeiros troféus, imitando a caçada de índios contra americanos na Conquista do Oeste.
Agora, pare para pensar: um bando de judeus tentando se disfarçar de alemães em plena perseguição da SS e da Guestapo. Só podia ser idéia de Quentin Tarantino, certo?
E o absurdo não pára por aí: os alvos poupados por Raine e seu grupo são marcados, na testa, com o desenho da suástica nazista, para que sejam para sempre identificados. As ações desse grupo de milícia incitam a ira do próprio Adolf Hitler em pessoa, interpretado pelo ator Martin Wuttke. É cômica e, ao mesmo tempo, sanguinária a empreitada do filme ao ilustrar a guerra.
Com o desenrolar dos anos, as duas pontas da história se encontram. Em 1944, Shoshanna, a judia sobrevivente das perseguições de Hanz Landa, assumiu o nome de Emmanuelle Mimieux e é dona de um cinema em Paris. Encontra-se com ela um veterano nazista chamado Friedrick Zoller, interpretado pelo ator Daniel Brühl, que consegue transformá-lo no personagem inorportuno que deve ser. Zoller teve suas proezas de guerras gravadas pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels (Sylvester Groth). O filme, a pedido do soldado, vai ter sua estréia no cinema de Shoshanna. Nessa oportunidade, ela pretende incendiar o espetáculo e matar todos os líderes nazistas responsáveis pela morte de seus pais, incluindo Hitler, Goebbels e o temível Hans.
Por outros lado, os Bastardos de Aldo recebem a missão chamada Operação KINO, com a ajuda da atriz Bridget von Hammersmark, interpretada por Diane Kruger. A cena em que os americanos tentam se disfarçar de nazistas para conseguir os ingressos para o espetáculo está para ser registrada como um dos tiroteios mais tensos dos filmes de Tarantino.
A exibição do filme amarra bem a história, marca pela cena ridícula de Aldo Apache tentando falar italiano e, por fim, é a fez de Hanz do ator Christopher Waltz roubar a cena, sendo um dos vilões mais bizarros que Tarantino imaginou. Sem revelar mais segredos do enredo, o filme vale por sua ambientação no período da Segunda Guerra, mesmo que o intuito seja mostrar violência gratuíta e uma milícia que nunca existiu historicamente.
Por fim, não devo deixar de mencionar a excelente a atuação de Eli Roth como o "Urso Judeu" Donny Donowitz, que assassina nazistas com um taco de beisebol, além da pequena participação de Mike Myers como o general britânico Ed Fenech, líder da ação KINO.
Um bom filme pra quem quer ver porrada entre figuras histórias, sem levar a sério o excesso de sangue e cabeças escalpeladas pela guerra dos Bastardos Inglórios.
Interrompendo bruscamente a narrativa, da maneira que Tarantino é mestre, ele parte para a história do grupo chamado "Bastardos Inglórios". Já na descrição, você já pode notar o tom nonsense do filme: são judeus sobreviventes do Holocausto e das perseguições que, recrutados por Aldo "Apache" Raine, passam a atacar nazistas, disfarçados ou em ações de guerrilha, causando terror durante a guerra. Raine estabelece como objetivo do grupo escalpelar 100 nazis por integrante, trazendo parte de seus cabelos como verdadeiros troféus, imitando a caçada de índios contra americanos na Conquista do Oeste.
Agora, pare para pensar: um bando de judeus tentando se disfarçar de alemães em plena perseguição da SS e da Guestapo. Só podia ser idéia de Quentin Tarantino, certo?
E o absurdo não pára por aí: os alvos poupados por Raine e seu grupo são marcados, na testa, com o desenho da suástica nazista, para que sejam para sempre identificados. As ações desse grupo de milícia incitam a ira do próprio Adolf Hitler em pessoa, interpretado pelo ator Martin Wuttke. É cômica e, ao mesmo tempo, sanguinária a empreitada do filme ao ilustrar a guerra.
Com o desenrolar dos anos, as duas pontas da história se encontram. Em 1944, Shoshanna, a judia sobrevivente das perseguições de Hanz Landa, assumiu o nome de Emmanuelle Mimieux e é dona de um cinema em Paris. Encontra-se com ela um veterano nazista chamado Friedrick Zoller, interpretado pelo ator Daniel Brühl, que consegue transformá-lo no personagem inorportuno que deve ser. Zoller teve suas proezas de guerras gravadas pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels (Sylvester Groth). O filme, a pedido do soldado, vai ter sua estréia no cinema de Shoshanna. Nessa oportunidade, ela pretende incendiar o espetáculo e matar todos os líderes nazistas responsáveis pela morte de seus pais, incluindo Hitler, Goebbels e o temível Hans.
Por outros lado, os Bastardos de Aldo recebem a missão chamada Operação KINO, com a ajuda da atriz Bridget von Hammersmark, interpretada por Diane Kruger. A cena em que os americanos tentam se disfarçar de nazistas para conseguir os ingressos para o espetáculo está para ser registrada como um dos tiroteios mais tensos dos filmes de Tarantino.
A exibição do filme amarra bem a história, marca pela cena ridícula de Aldo Apache tentando falar italiano e, por fim, é a fez de Hanz do ator Christopher Waltz roubar a cena, sendo um dos vilões mais bizarros que Tarantino imaginou. Sem revelar mais segredos do enredo, o filme vale por sua ambientação no período da Segunda Guerra, mesmo que o intuito seja mostrar violência gratuíta e uma milícia que nunca existiu historicamente.
Por fim, não devo deixar de mencionar a excelente a atuação de Eli Roth como o "Urso Judeu" Donny Donowitz, que assassina nazistas com um taco de beisebol, além da pequena participação de Mike Myers como o general britânico Ed Fenech, líder da ação KINO.
Um bom filme pra quem quer ver porrada entre figuras histórias, sem levar a sério o excesso de sangue e cabeças escalpeladas pela guerra dos Bastardos Inglórios.
4 comentários:
GO inglorious basterds! \m/
Tarantino reinventivo :D
Tarantino é um farofeiro. Pega tudo que ja existe, mistura, e faz o filme dele. Eu o odiaria..se não amasse tudo aquilo hahaa. Violencia!!
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