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sábado, 12 de janeiro de 2013

POLANDBALL: O fenômeno das "bolinhas de países em sátiras geopolíticas"


A ideia é simples: Desenhe uma bolinha e coloque um símbolo de um país. POLANDBALL é uma página no Facebook que faz isso desde 11 de novembro de 2009. A diferença da fanpage é que ela faz piadas e sátiras históricas e contemporâneas com poloneses, gregos, alemães, nazistas, soviéticos, russos, franceses, ingleses e, até mesmo, brasileiros (que são retratados como bolinhas risonhas com o "HUEHUEHUEH").

POLANDBALL, atualmente, tem mais de 16 mil likes em sua página na rede social. São os fãs que colaboram na página, recebendo autoria de seus desenhos e piadas na internet.



As pautas dos quadrinhos de comédia vão desde crise europeia, até guerras promovidas pelos EUA e a crise entre Palestina e Israel em Gaza.


O Brasil tem tantos fãs na página do Facebook que eles decidiram criar seu próprio espaço, chamado BRAZILBALL (que tem quase 6 mil likes). Outros países estão surgindo na mesma rede social, como o GREECEBALL.


Nem a Finlândia escapou de brincadeiras, com suas inimizades com a Rússia, a Alemanha nazista e a Suécia. Os charges com as bolinhas nacionais sempre ensinam um pouco de história e sociologia, com um humor simples e básico.

NOTA ADICIONAL: Segundo o site Know Your Meme, os quadrinhos do Polandball começaram a ser publicados em meados de agosto de 2009 e se tornaram populares no Krautchan, a versão alemã do site de compartilhamento de imagens e memes 4chan.

domingo, 27 de março de 2011

O anonimato e os memes: A história do site 4chan


Christopher "moot" Poole tinha 15 anos quando descobriu um site japonês chamado Futaba Channel (2channel). O endereço era um imageboard, ou seja, uma rede de imagens anônimas. Poole passou a traduzir as mensagens daquele site para o inglês. Seu trabalho construiu o império do humor e das mensagens típicas de internet chamada 4chan, cujos tópicos e imagens distribuídos são feitos por gente totalmente anônima.



O que Poole criou foi um veículo para os chamados memes - informações que ficam marcadas na vida das pessoas através de expressões ou atitudes peculiares, ideias, sem ser uma memória decorada ou adquirida através de métodos tradicionais. O 4chan transformou-se em um site de comédia, de pornografia e de todo o tipo de dado que não podia circular em veículos oficiais. O próprio Chris Poole manteve sua identidade anônima até 2008, sob o codinome "moot". Foi revelado ao mundo pelo The Wall Street Journal.

Não há registros no 4chan. Não há memória e os usuários lembram apenas o que gostaram. Entre as coisas famosas que o site espalhou, algumas estão abaixo:

- O fenômeno LOLCatz, que gerou outro império de humor nas mãos de Ben Huh.

- O ressurgimento da carreira de Rick Ashley, ícone dos anos 80, por conta da música Never Gonna Give You Up.

- Expressões como "Fuck Yeah", "Fail", "Forever Alone" e outras começaram nas discussões do site e em suas montagens com imagens.

Confira abaixo uma palestra de Poole explicando a história do site e a real importância desse tráfego de informações:

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Segunda Guerra à la Tarantino

Depois de filmes como Seven e O Estranho Caso de Benjamin Button, não esperava encontrar mais nenhuma atuação diferente de Brad Pitt nos cinemas. Pelo menos não tão cedo. Nas mãos de Quentin Tarantino, Pitt se transforma no caipira do Tennessee Aldo Raine. Os demais atores, desde o caricatural vilão do ator Christopher Waltz, até o drama vivido pela atriz Mélaine Laurent, completam essa nova obra-prima dos cinemas, que consegue reunir elementos tão originais e irônicos quanto Pulp Fiction e uma adrenalina de um Kill Bill. Tarantino está excelente em Bastardos Inglórios, como sempre foi.

Por Pedro Zambarda

O enredo visa, desde o começo, estar situado em acontecimentos históricos. Dividido em capítulos, na primeira parte, em 1941, o filme começa com uma tensão sanguinária ao apresentar Hanz Landa, oficial da SS conhecido entre seus inimigos como "O Caçador de Judeus". No cumprimento do serviço, Landa elimina toda a família judia Dreyfus, escondida no sótão de uma casa de fazendeiros franceses chamados LaPadite. A única sobrevivente do massacre é uma jovem chamada Shoshanna, poupada por falta de munição do coronel nazista.

Interrompendo bruscamente a narrativa, da maneira que Tarantino é mestre, ele parte para a história do grupo chamado "Bastardos Inglórios". Já na descrição, você já pode notar o tom nonsense do filme: são judeus sobreviventes do Holocausto e das perseguições que, recrutados por Aldo "Apache" Raine, passam a atacar nazistas, disfarçados ou em ações de guerrilha, causando terror durante a guerra. Raine estabelece como objetivo do grupo escalpelar 100 nazis por integrante, trazendo parte de seus cabelos como verdadeiros troféus, imitando a caçada de índios contra americanos na Conquista do Oeste.

Agora, pare para pensar: um bando de judeus tentando se disfarçar de alemães em plena perseguição da SS e da Guestapo. Só podia ser idéia de Quentin Tarantino, certo?

E o absurdo não pára por aí: os alvos poupados por Raine e seu grupo são marcados, na testa, com o desenho da suástica nazista, para que sejam para sempre identificados. As ações desse grupo de milícia incitam a ira do próprio Adolf Hitler em pessoa, interpretado pelo ator Martin Wuttke. É cômica e, ao mesmo tempo, sanguinária a empreitada do filme ao ilustrar a guerra.

Com o desenrolar dos anos, as duas pontas da história se encontram. Em 1944, Shoshanna, a judia sobrevivente das perseguições de Hanz Landa, assumiu o nome de Emmanuelle Mimieux e é dona de um cinema em Paris. Encontra-se com ela um veterano nazista chamado Friedrick Zoller, interpretado pelo ator Daniel Brühl, que consegue transformá-lo no personagem inorportuno que deve ser. Zoller teve suas proezas de guerras gravadas pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels (Sylvester Groth). O filme, a pedido do soldado, vai ter sua estréia no cinema de Shoshanna. Nessa oportunidade, ela pretende incendiar o espetáculo e matar todos os líderes nazistas responsáveis pela morte de seus pais, incluindo Hitler, Goebbels e o temível Hans.

Por outros lado, os Bastardos de Aldo recebem a missão chamada Operação KINO, com a ajuda da atriz Bridget von Hammersmark, interpretada por Diane Kruger. A cena em que os americanos tentam se disfarçar de nazistas para conseguir os ingressos para o espetáculo está para ser registrada como um dos tiroteios mais tensos dos filmes de Tarantino.

Hans "Caçador de Judeus": um personagem irônico com um enorme cachimbo

A exibição do filme amarra bem a história, marca pela cena ridícula de Aldo Apache tentando falar italiano e, por fim, é a fez de Hanz do ator Christopher Waltz roubar a cena, sendo um dos vilões mais bizarros que Tarantino imaginou. Sem revelar mais segredos do enredo, o filme vale por sua ambientação no período da Segunda Guerra, mesmo que o intuito seja mostrar violência gratuíta e uma milícia que nunca existiu historicamente.

Por fim, não devo deixar de mencionar a excelente a atuação de Eli Roth como o "Urso Judeu" Donny Donowitz, que assassina nazistas com um taco de beisebol, além da pequena participação de Mike Myers como o general britânico Ed Fenech, líder da ação KINO.

Um bom filme pra quem quer ver porrada entre figuras histórias, sem levar a sério o excesso de sangue e cabeças escalpeladas pela guerra dos Bastardos Inglórios.

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