terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Discussão: Distribuir notícias é tão ou mais importante do que produzi-las

Por Carlos Castilho, reproduzido do Observatório da Imprensa

Desde que a internet deu às pessoas a possibilidade de publicar notícias na rede, os jornalistas e marqueteiros ficaram hipnotizados pelos conteúdos gerados por usuários, mais conhecidos pela sigla em inglês UGC – user generated content. Mas agora começam a se tornar cada vez mais fortes os indícios de que o polêmico jargão cibernético está sendo superado pelos conteúdos distribuídos por usuários, ou UDC – user distributed content), ainda mais enigmáticos e muito mais importantes, especialmente para a sobrevivência da imprensa.

Os conteúdos gerados por usuários (UGC) formam a base do material publicado por internautas no Facebook, blogs, páginas web pessoais, Twitter, chats, fóruns e nos comentários postados em sites de jornais, revistas, páginas de avaliação e recomendação, só para citar as mais conhecidas. Os UGC são um dilema para os jornalistas e uma obsessão para o marketing.
Um dilema porque até agora não há um consenso entre os jornalistas sobre como lidar com o material enviado por leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Há fortes resistências provocadas por incertezas quanto à confiabilidade, exatidão e padrões de qualidade informativa. O marketing está mais avançado na normatização no uso das informações e dados fornecidos por usuários da Web.
Uma pesquisa feita pelo professor finlandês Mikko Villi junto a jornalistas em seu país, mostrou que a frequência dos UGC se estabilizou a partir de 2010 e pouco evoluiu em matéria de coprodução de notícias entre usuários e profissionais. A produção colaborativa ficou longe dos prognósticos otimistas feitos por alguns autores como o norte-americano Henry Jenkins, e cresceu apenas na quantidade de fotografias e vídeos enviados pelo público.
A mesma pesquisa trouxe uma surpresa para Villi. Metade dos entrevistados se mostrou mais preocupada com o uso dado pelos leitores às notícias publicadas do que com a produção colaborativa. O modus operandi dos conteúdos distribuídos por usuários (UDC) foi considerado chave como radar para identificar tendências e preocupações, bem como um indicador da fidelização dos leitores.
O pesquisador finlandês sugere que a imprensa e os jornalistas passem a dedicar uma atenção às audiências no mínimo igual à dada à produção de notícias. A recomendação abre para os profissionais uma nova área de trabalho, pois até agora, a preocupação quase exclusiva dos jornalistas era publicar. O que acontecia depois era problema dos marqueteiros e distribuidores.
Embora os dados da realidade ainda sejam escassos devido à falta de pesquisas, a sugestão de Villi faz sentido por conta de uma observação quase óbvia. A principal habilidade do jornalista é selecionar e editar notícias. A maior vantagem do usuário é saber como, quando e para quem distribuir as notícias publicadas na imprensa. Logo, as duas partes só terão a ganhar se integrarem as suas capacidades.
Mas para que isso aconteça é necessário que os jornalistas deixem de considerar o público como uma massa passiva e uniforme para encará-lo como um conjunto proativo e segmentado em centenas de microcomunidades de interesses e necessidades. Por razões igualmente óbvias, é impossível ao público chegar a um consenso sobre como impor uma política de colaboração à imprensa e aos jornalistas.
O que os estrategistas da imprensa chamam de público, na verdade é um conjunto de microrredes aglutinadas em torno de microinteresses. No atual cenário de competição feroz por audiência, sobrevive quem conseguir captar o interesse e fidelizar estas microrredes, com informações e notícias que atendam a suas necessidades e desejos. Para que isso aconteça é indispensável conhecer estes micropúblicos. Daí a necessidade de passar a se preocupar em como os usuários distribuem informações e notícias.
O finlandês Villi e vários outros pesquisadores acadêmicos afirmam que o consumo de informações está deixando, cada vez mais, de ser um ato individual para se transformar numa experiência coletiva compartilhada. A prova dessa tendência está no compartilhamento e recomendação de notícias entre grupos de pessoas em redes como Facebook e Google +. A exemplo de milhares de outros usuários da internet, o meu cardápio diário de notícias é formado majoritariamente por recomendações de amigos e de sites nos quais confio.
A esmagadora maioria das notícias recomendadas foi publicada pela imprensa convencional, o que mostra a sua relevância na produção de notícias. Mas todo o esforço para produzir e distribuir uma notícia resultaria inútil se ela não for referenciada por alguém ou alguma organização da confiança do usuário. É aí que entra o processo que ganhou o nome de curadoria social de notícias, uma novidade incorporada pela internet ao processo de produção de notícias.

O novo jornalismo dos blogs: Ele realmente existe?

Por Raphael Leal, reproduzido do Observatório da Imprensa

Parece estória da carochinha! E tem virado moda. Um princípio básico do jornalismo, o simples ato de checar uma informação, tem sumido da prática jornalística. Diante dessa correria, da pressa em “dar primeiro”, ou simplesmente “dar”, muita gente tem bebido nessa fonte da imprecisão e dado “barrigadas”, seguidamente. A mais comum é a da morte de pessoas convalescentes, mas que ainda não morreram.




Isso tem ocorrido principalmente com “blogs de notícias”, essa interessante mídia social que, além de oferecer informação, muitas vezes recheada de releases de assessorias diversas, desde as oficiais, como governos e instituições públicas, às de shows de todos os tipos. É comum também se ver “notícias” um tanto fora do comum, como as de sumiço de cachorrinhos e outros “fatos”. A maioria desses “noticiosos” tem o slogan da “credibilidade”, “imparcialidade” e outras virtudes do bom jornalismo.
Creio que em tempos de Facebook, Twitter e outras plataformas de comunicação, não é mais preciso a correria pelo “furo”. A imprensa deveria se comportar de outro modo. Ela deveria primar pela exatidão, como deve ser, sempre. Ter uma informação checada, com uma notícia mais apurada e não competir com os 140 caracteres do Twitter, com pouco conteúdo, e em alguns casos duvidoso. É comum observar nas redes sociais na internet informações propagadas como a verdade, como os textos de Caio Fernando Abreu, Luis Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor. Numa simples checagem no doctor Google se descobre que muitos daqueles escritos não lhes pertencem. No entanto, há de se considerar que as pessoas que compartilham isso muitas delas não são jornalistas, portanto não têm o compromisso assumido em lidar com a verdade, princípio básico para a credibilidade.
Pouca informação, muitos julgamentos
Outro ponto sobre a checagem de informações é que há poucos jornalistas que ainda desconfiam das coisas. Acreditam em sindicatos, ou sindicalistas, secretários de governo, chefes de governos. As fontes oficiais nunca foram tão críveis. O sindicalista diz que o seu salário atrasou, o blogueiro vai lá e noticia. Não tem a mínima curiosidade em pedir o extrato bancário, contracheque. Outra “notícia”, muito comum em sites e periódicos de fofocas de celebridades, é “fulano está saindo com beltrana”. A notícia é dada sem imagem, nenhuma foto, baseada apenas em uma “amiga” da tal celebridade.
Os comentários dos blogs, muitas vezes, chamam mais atenção do que a própria “notícia”. Pela virulência do enunciado e a covardia do anonimato. Este ponto merece um texto exclusivo, mas não vou perder tempo para tal. Publicando esse artigo em algum blog, certamente serei alvo de algum famigerado ataque.
Outro mal-estar que acontece com o jornalismo é o fim do texto que o caracterizou como ciência, área do conhecimento: falta narrativa, impessoalidade, até mesmo a entrevista, atividade comum ao jornalismo. Todos querem, mesmo, é dar opinião. Informar, que é o mister do ofício, os profissionais estão esquecendo. E a população padece de informação, mas se assoberba de julgamentos.
***
[Raphael Leal é jornalista e coordenador de comunicação da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Juazeiro, BA]

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Django foi chamado de racista... e ganhou um Oscar!

O diretor Quentin Tarantino recebeu ontem da Academia de Cinema de Hollywood uma estatueta do Oscar, o maior prêmio da instituição para filmes. Tarantino venceu por Melhor Roteiro Original em Django, enquanto o ator Christoph Waltz venceu como Melhor Ator Coadjuvante, por seu papel como Dr. King Schultz no mesmo longa-metragem.


O diretor chegou a ser chamado pelo cineasta Spike Lee de racista por retratar a história de um herói negro em Django. Agora, parece que até uma das instituições mais relevantes do cinema mainstream está do lado de Tarantino.

O reconhecimento do roteiro de Django, sua história, parece dissipar as polêmicas que apareceram nas primeiras resenhas do filme, que reclamavam do palavreado chulo e das cenas de violência. Parece que a mensagem de repressão histórica com os negros e a "saga da vingança" foram triunfos reconhecidos pela Academia. 

O que será que Tarantino vai aprontar no terceiro filme de uma possível trilogia que começou com Bastardos Inglórios e prosseguiu agora, com Django?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A diferença entre publisher e criador de conteúdo

Em qualquer formato de mídia, seja jornais e revistas impressos, televisão e internet, há criadores de conteúdo como jornalistas, escritores, colunistas e especialistas. No entanto, dentro deste mesmo mercado, existem os chamados publishers, segundo a nomenclatura do jornalismo anglo-saxão, americano. No Brasil, o publisher é conhecido pelo trabalho de editoração.

O livro Dicionário de Comunicação, escrito pelos consultores de comunicação Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Guimarães Barbosa, é uma boa fonte de definições para as duas palavras. Conteúdo, de acordo com o dicionário, significa "conjunto de informações transmitidas pelos textos e imagens, em qualquer veículo editorial". O criador de conteúdo, portanto, é o jornalista ou o profissional de comunicação que tem envolvimento em primeira mão com a informação. Seja em forma de furo jornalístico ou serviço para a população, o profissional vai verificar se a informação é verdadeira. Criar conteúdo é atribuição primordial das agências de notícias e de alguns setores dos jornais, sites e programas de televisão.

Editorar é diferente de criar conteúdo, embora lide com os mesmos dados. O Publisher faz a seleção e o filtro de informações. Ele decide o que é relevante para uma determinada publicação, mesmo que o dado não tenha sido inteiramente apurado. Editorar, segundo o dicionário de Rabaça e Barbosa, é "reunir, organizar, anotar e, eventualmente, prefaciar, posfaciar ou copidescar texto de um ou de vários autores". No mesmo livro, é definido o significado de copidesque: "Redação final, melhorada, de uma matéria jornalística, ou de qualquer texto escrito". O redator geralmente é responsável por parte de trabalho de publishing, assim como seus editores.

Entender as diferentes funções de publishers e criadores de conteúdo é fundamental para saber, dentro das publicações de hoje, o que é inteiramente original e o que é trabalhado para publicação. Muitos veículos de comunicação são especialistas em conteúdo, enquanto outros preferem trabalhar melhor a informação para o público final. A escolha depende dos editores e dos chefes de cada um dos meios de comunicação, assim como das práticas de seus subordinados.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Facebook e o fenômeno das páginas com "frases para motivar"

A fanpage "Frases de Amor" tem 841 mil fãs neste momento na rede social Facebook. Mais pessoas seguem essa página do que páginas sérias de alguns jornais e de algumas revistas brasileiras. Esta fanpage também tem mais fãs do que alguns sites com alto tráfego na web brasileira.


Não sei quem é o autor da página, mas este texto não se trata disso. O assunto é outro.

Desde sempre, a internet abriga todo o tipo de site. Há sites com textos de autoria duvidosa, sites recheados de citações de supostas figuras famosas, sites de serviços e sites de jornalismo com um certo nível de credibilidade - que nem sempre é respeitado. Quando o Orkut cresceu em 2005, comunidades divulgavam citações de filósofos ocidentais. O Twitter explodiu em 2007, com suas mensagens de 140 caracteres. Nele, era possível "retuítar" mensagens, ou seja, copiar mensagens de pessoas que você seguia na rede.

Agora, o novo fenômeno do Facebook é das páginas de fãs com "frases para motivar", "frases motivacionais". É uma mistura de auto-ajuda com citações que já existiam na internet.

Qual é o problema desses tipos de página?

Autoria duvidosa, fraudes e frases tiradas do contexto. Ao invés das pessoas procurarem descobrir se o texto divulgado realmente significa aquilo que está escrito, elas disseminam informação sem responsabilidade. Muitas pessoas deixam de ler os livros de onde foram retiradas aquelas declarações para distribuir a citação entre seus amigos. Elas não procuram ver o vídeo do YouTube de onde foi retirada aquela frase. Algumas deixam de seguir determinados jornais e sites que divulgaram a informação em primeira mão, de uma fonte original.

Se você puder diversificar suas fontes de informação ao invés de seguir várias comunidades de "Frases", as chances de você ter um dado com mais relevância são maiores. Mas a escolha é sempre de cada um.

Em 2013, o Facebook ultrapassou o Google Search em tráfego segundo o ranking do site Alexa, um dos mais confiáveis da internet. Procurar informação que realmente vale a pena no Facebook é melhor do que disseminar dados falsos nessa rede, que cresce a cada dia.

Quentin Tarantino: A enorme quantidade de pessoas mortas em seus filmes

Você gosta dos filmes de Quentin Tarantino? A série Kill Bill, Pulp Fiction, Bastardos Inglórios e o novo Django - que chegou a ser chamado de racista (quer saber mais, leia este texto) - são longas marcados por cenas violentas e humor negro que viraram sua marca registrada no cinema. Tarantino também adora referências aos outros filmes de Hollywood e às várias produções cinematográficas B. O diretor faz um pastiche com muita ação que está conquistando fãs e alguns críticos.

Meu filme favorito de Tarantino? Pulp Fiction

Uma pessoa contou o número de pessoas que morrem nos filmes de Tarantino e fez um infográfico sobre essas mortes. Alguns dados curiosos: O filme com mais mortes é Bastardos Inglórios, com 396 falecimentos. A maioria das vítimas são alemães e nazistas que morrem incendiados no cinema de Shoshanna. Jackie Brown, o filme estrelado uma mula de drogas que é aeromoça, é o que tem menos mortes - apenas 4, incluindo a do traficante de armas e entorpecentes interpretado por Samuel L. Jackson.

Kill Bill Volume 1 tem 62 mortes, provando que o grupo dos 88 Loucos de O-Ren Ishii realmente não tinha 88 pessoas. Kill Bill Volume 2 teve 13 mortes. À Prova de Morte teve apenas 6 falecimentos. Pulp Fiction, um clássico de Tarantino, tem apenas 7 mortes, mesmo com a katana empunhada por Bruce Willis. Cães de Aluguel tem mais cadáveres, com 11 falecimentos.

Django, o novo filme do diretor com o cowboy negro, tem 64 mortos. Progressivamente, nota-se que os filmes de Quentin Tarantino estão ficando mais violentos. Ou, pelo menos, o número de mortes têm aumentado significativamente.

Confira o infográfico e fique por dentro dessas curiosidades. Há informações extras sobre cada uma das mortes.


Informação via Byte Que Eu Gosto (BQEG)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O livro que Bill Gates escreveu antes da popularização da internet

Bill Gates é um bilionário norte-americano reconhecido como fundador da Microsoft, uma das primeiras empresas de tecnologias especializadas em software, em programas. Sua empresa surgiu em Albuquerque, no estado do Novo México, em 1975. Eles licenciaram o sistema operacional DOS, mas a empresa dominou o mercado ao lançar o Windows, em meados dos anos 80, que funcionava na maioria dos computadores existentes.


No entanto, o senhor Gates também é autor de pelo menos um livro, além de dezenas de artigos publicados em jornais reconhecidos, como Wall Street Journal. Um dos maiores bilionários segundo os rankings da revista Forbes e da agência Bloomberg, Bill Gates publicou em 1995 o livro A Estrada do Futuro. Nele, o empreendedor lança especulações sobre a internet e a sua relação com os computadores em 10 anos.

Para Gates, a web é uma invenção comparável à imprensa de Johannes Gutenberg e seria popularizada principalmente pelo uso doméstico de computadores. A computação doméstica, a criação dos PCs, ocorreu graças aos software desenvolvido pela Microsoft e por empreendedores como Steve Jobs, da Apple, que criaram máquinas acessíveis ao grande público, fora dos círculos militar e acadêmico.

Como hoje a internet está muito desenvolvida em redes sociais e pela interatividade dos próprios usuários, a leitura desse livro é interessante justamente por retratar uma época muito diferente há quase 20 anos atrás. Bill Gates descreve, por exemplo, como seu amigo Warren Buffett, bilionário investidor do Berkshire Hattaway, não tinha o menor interesse em computadores até encontrar informações úteis sobre jogar bridge com amigos na web. Gates explica também como livros ciberpunks como o de William Gibson anteciparam termos que seriam utlizados em massa na informática.

Hoje, Bill Gates não tem mais o cargo de CEO da Microsoft, mas defende as criações de sua antiga empresa. Ele está envolvido em atividades de filantropia, no combate à pobreza e às doenças como a pólio.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Você pode assistir aos episódios de Pokémon de graça no Android e no iOS

Bateu saudades do seriado animado com Ash, Pikachu e companhia? Um aplicativo gratuito desenvolvido para iPhone, iPod, iPad e celulares Androids pode ser baixado gratuitamente para assistir os episódios da série Pokémon, que foi um game de sucesso da Nintendo para os portáteis Game Boy. O nome do aplicativo é Pokémon TV.


Os episódios estão separados por temporada - Kanto, Johto, Hoenn, Sinnoh e Unova. O usuário pode assistir o capítulo de graça. O único empecilho é que o desenho está em inglês, sem previsão de tradução para o português. Obviamente, nem todos os episódios estão no programa, ainda.

Informação via Tecnoblog

Marina Silva pretende criar um novo partido para disputar o governo federal em 2014

Ex-ministra e ex-presidenciável em 2010, Marina Silva já disputou as eleições com Dilma Rousseff e José Serra em 2010, terminando a votação em terceiro lugar. Agora, ao invés de se lançar candidata pelo Partido Verde, Marina decidiu se desfiliar e lançar uma legenda própria no próximo sábado, dia 16 de fevereiro de 2013.


Marina Silva criou um vídeo para divulgar o evento de criação do partido, que ocorrerá em Brasília e pode ser acompanhado pela internet. Segundo ela, o Brasil enfrenta uma "crise econômica, ambiental, política e de valores, uma crise civilizatória". Ela chama seu partido de "ferramenta política" na gravação. Marina foi ministra no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Confira abaixo o vídeo anunciando a convocação da nova legenda.


Informação via Brasil247

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os protestos virtuais contra Renan Calheiros atualmente e um protesto real em 2007

O parlamentar Renan Calheiros elegeu-se presidente do Senado por 56 votos do total de 76 pessoas presentes no dia 1º de fevereiro de 2013. Ele ocupou o lugar que era de José Sarney. Na mesma semana, o site de Estadão noticiou as petições online no Facebook (através do site Avaaz) que foram feitas contra o senador, que enfrenta acusações de corrupção/ficha suja e renunciou ao cargo em 2007.


Antes mesmo da eleição de Renan, o site Avaaz registrou 230 mil assinaturas em um abaixo-assinado feito pela ONG Rio de Paz. Mesmo com tantas mobilizações digitais, nada ocorreu com o novo presidente do Senado.

Com tantas manifestações virtuais, me lembro de uma mobilização que fiz na Avenida Paulista, com menos de 100 pessoas, e deu repercussão. Foi organizada por estudantes da Cásper Líbero, embora algumas publicações tenham afirmado que eram estudantes da USP. O protesto ocorreu em 2007.

Para relembrar essa mobilização na rua, e comparar com petições online - que normalmente não funcionam -, vou replicar uma nota que fiz na época do protesto. Ele foi postado no blog Cidadão do Mundo.

"Buzina ai!"

Dia 17 de setembro, cerca de 40 alunos da Cásper Líbero protestaram contra a absolvição do senador Renan Calheiros. Aparentemente, isso não deu em nada, mas foi interessante observar a quantidade de motoristas que buzinaram com o pedido dos alunos. Sem atrasar o trânsito, os estudantes conseguiram aparecer no site da UOL, Terra e Estadão, além da revista Veja.

No mesmo ano das manifestações contra o Bush, em março, tivemos esse pequeno, mas notável, ato de ativismo político (...).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Blind Guardian revela nomes das novas músicas de um álbum previsto para 2013

A banda de power metal Blind Guardian revelou os nomes de algumas músicas de um álbum previsto para ser lançado ainda em 2013. Encrypted Time, The Ocean, The Irish Hill, Prophecies, Soundtrack 2 e Midtempo Song são os nomes de algumas músicas citadas em uma carta escrita pelo vocalista da banda, Hansi Kürsch.


Segundo Hansi, a banda sofreu influências do rock progressivo de Emerson, Lake & Palmer (ELP) e do art rock do Savatage. O cantor também descreve Prophecies como uma música com elementos orquestrais e progressivos de bandas como o Queensrÿche. O título Encrypted Time foi inspirado, provavelmente, na paixão do guitarrista André Olbrich pelo jogo do MMORPG World of Warcraft.

Ou seja, podemos esperar um material muito bem trabalhado do Blind ainda neste ano.

Notícia via Whiplash.net

Três textos sobre a cobertura da imprensa no incêndio da Boate Kiss

Um incêndio na Boate Kiss na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, provocou 239 mortes e deixou 82 jovens internados. O incidente ocorreu no dia 27 de janeiro.


Confira três textos sobre a cobertura da imprensa no incêndio e reflita sobre como deve ser o jornalismo em casos de tragédia que envolvem tantos falecimentos de jovens e vidas em risco.

Respeito às vítimas, por Renato Essenfelder no Observatório da Imprensa: Texto crítico sobre deslizes éticos de repórteres na cobertura do incidente. O jornalista relembra o livro Covering Violence, de William Coté e Roger Simpson.

Esta cobertura não foi boa, foi ótima, por Eugênio Bucci na revista Época: O jornalista e colunista defende virtudes na cobertura da imprensa no caso da Kiss, que foi além de depoimentos emocionados da tragédia para tentar investigar os motivos que causaram o incidente. Bucci é colunista na Época e no Estadão e, apesar do tom elogioso do artigo, ele é válido para documentar os avanços dos jornalistas em situações como essa.

Caruso versus Latuff, por Paulo Nogueira no Diário do Centro do Mundo: Autor critica o charge publicado por Chico Caruso sobre a tragédia de Santa Maria e faz um texto comparativo que também questiona a atuação da imprensa em entrevistas. Vale a leitura.

Opinião e anonimato na internet

Nesses últimos dias, postei três textos no site Observador Político, mantido pelo instituto iFHC, do ex-presidente brasileiro. O site é um espaço aberto para debate político, mas se transformou em um fórum de discussão e disputa entre usuários com posições políticas contrárias, esquerda e direita, "fla-flu".

Marco Túlio Cícero, um grande orador político em Roma. Seria ele um Observador Político de sua época?

Provoquei os usuários questionando a razão pela qual eles utilizam o anonimato para se expressar. Depois, expus minhas próprias posições sobre o tema. Eu acredito que o anonimato deve ser uma regra na internet, mas questiono as pessoas que utilizam nicknames para afirmarem coisas sem responsabilidade ou para ataques contra a imagem de figuras públicas. 

Também questiono internautas que acreditam cegamente em suas opiniões como válidas, sem estarem abertos ao debate real em rede.

Os textos geraram quase de uma dezena de comentários (até o momento), com muitas pessoas questionando meus reais motivos e outras justificando, de maneira bem embasada, que anonimato é algo pessoal do usuário na web. Replico aqui, no Bola da Foca, os três textos que postei sobre os temas de opinião e anonimato na intenet. Junto com os textos estão os links do site Observador.


Observador Político diverso ou Observador Político único?

Este site tem que abarcar apenas alguns pontos de vista ou mais pontos de vista, de maneira civilizada e sem pessoas se escondendo em um anonimato simplista?

Eu dou meu nome e a cara a bater. E os senhores?

Eu sou favorável ao anonimato

Eu sou favorável ao anonimato.

Porque, no mundo real, você não é obrigado a dizer seu verdadeiro nome às pessoas. Você não é obrigado a se identificar e não vivemos em constante vigilância.

Mas sou contra o anonimato que defende discussões de baixo nível, de ataques entre usuários na internet. Sou contra o anonimato que quer difamar as pessoas, que quer afastar novas opiniões e novos internautas das discussões.

E você. É favorável à qual tipo de anonimato?

Opinião só vale quando o outro concorda?

Vejo desde o tempo do IRC na web e dos fóruns de discussão em sites um comportamento padrão de internautas que discutem política: a necessidade de concordar 100% com as teses do interlocutor.

Essa concordância muitas vezes se dá porque o cara quer vender um ponto de vista e não, necessariamente, debater uma ideia. Debate pressupõe uma convivência com opiniões diferentes. Não precisam ser opostas, mas devem ser diferentes. Em política, as pessoas deveriam compôr seus pontos de vista absorvendo mais ideias de um mesmo debate.

No entanto, o que acaba acontecendo é um fla-flu: Se você concorda, está com o grupo dominante da discussão. Se discorda, vai provocar brigas e separações no espaço virtual.

Minhas teses não valem só para política, é bom ressaltar.

E você, acha que opinião na internet só vale quando o outro concorda?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Exposição gratuita: 30 anos de Centro Cultural São Paulo

Se você quiser ver uma mistura obra de pintores, de artistas e de um poeta com a história de São Paulo, a exposição dos 30 anos de CCSP pode ser vista gratuitamente na cidade até o dia 17 de fevereiro. 

A exposição é multidisciplinar e mostra obra de intelectuais do Centro Cultural São Paulo, que deram nome até para alguns cômodos do local, como Ademar Guerra, Adoniran Barbosa, Alfredo Volpi, Caio Graco, Eurico Prado Lopes, Flávio de Carvalho, Flávio Império, Henfil, Jardel Filho, Jorge Andrade, Lima Barreto, Louis Braille, Mário Chamie, Oneyda Alvarenga, Paulo Emilio Salles Gomes, Sérgio Milliet e Tarsila do Amaral.


Tarsila do Amaral chama atenção na exposição. Os quadrinhos de Henfil empolgam o visitante. Além deles, um poeta que chama atenção na exposição do CCSP é Mário Chamie. Chamie foi criador do movimento Poesia-Práxis, foi secretário de Cultura de São Paulo e inaugurou o próprio Centro Cultural São Paulo, em maio de 1982. Sua arte e a história do centro cultural se misturam. O poeta também fez parte da Academia Paulista de Letras.

Mário Chamie faleceu no dia 3 de julho de 2011.

A exposição, gratuita, estará disponível de terça-feira até sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Mais informações estão no site do CCSP.

Bola da Vez #21: Sites mantidos por instituições de ex-presidentes e ex-presidenciáveis

Eles são fontes de informação no noticiário político e estão em dados oficiais de seus governos até investigações sobre corrupção em suas gestões. Mas um lado menos divulgado sobre os políticos brasileiros é que alguns deles mantém canais de mídia e de debate na internet. Os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso possuem páginas próprias, enquanto a ex-presidenciável Marina Silva e o ex-presidenciável José Serra possuem colunas em famosos jornais.



Confira os links dos canais de cada um:

Instituto Lula: Site do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém atualizadas as notícias do ex-presidente e um vasto material fotográfico para consulta e download (a licença do material é a Creative Commons 3.0). É uma boa fonte de notícias para quem quer se informar sobre Lula ou para a imprensa obter informações oficiais do ex-presidente.

Observatório Político: Mantido pelo iFHC, o instituito de Fernando Henrique Cardoso, o site se dedica a comentar o noticiário político nacional e criticar a atual gestão, da presidente Dilma Rousseff. FHC, ex-presidente, é militante pelo PSDB, o partido de oposição ao governo federal. Uma das virtudes do site é incentivar a interatividade do leitor e do visitante. A página recebe textos diariamente e promove discussões nos comentários.

Coluna de Marina Silva na Folha de S. Paulo: A ex-presidenciável Marina Silva disputou as eleições de 2010 com Dilma Rousseff pelo Partido Verde. Atualmente, ela mantém uma coluna no jornal comercial de maior circulação no Brasil, a Folha. Em suas colunas, Marina discute sustentabilidade, meio ambiente e política nacional, que foram as diretrizes de sua carreira.

JoséSerra.com.br: José Serra foi concorrente de Dilma Rousseff e de Lula em eleições presidenciais. Já teve uma coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Atualmente, o tucano mantém um site próprio, com seus textos e suas interações em mídias sociais. Vale a pena acompanhar quais serão seus passos em futuras eleições.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Documentário Downloaded, sobre o Napster, estreia em março

Shawn Fanning e Sean Parker criaram um site chamado Napster em 1999. A página foi a primeira a propagar a difusão de MP3 sem custo na internet. O site enfrentou processo nos tribunais de um certo Lars Ulrich, baterista do Metallica.


Agora a história vai virar filme. Assim como Sean Parker foi interpretado por Justin Timberlake no filme A Rede Social, sobre o Facebook, o Napster terá seu próprio longa-metragem, mas em forma de documentário. Donwloaded será lançado no dia 10 de março, durante o festival South by Southwest (SXSW), contando inclusive com um painel que terá a presença de Shawn Fanning e seu antigo parceiro, Sean Parker.

Ansioso com o filme? Veja o trailer, a seguir.



A comunidade no Facebook do filme é a DownloadedDoc.
Via Whiplash.net

Dupla de orientais faz um cover de Gangnam Style no violão

Uma dupla de garotas orientais fez um cover acústico, uma versão, da música Gangnam Style, do rapper Psy. A composição retira os efeitos eletrônicos e a edição pop e deixa uma música simples, mas agradável e macia para o ouvinte. Parece um pouco com a bossa nova brasileira.


Psy é rapper e atualmente se tornou um ícone do chamado K-pop, a música popular sul-coreana. Seu nome verdadeiro é Park Jae-sang e ele nasceu em 1977. Ele começou a aparecer na televisão coreana em 2000, após abandonar os estudos na Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

O vídeo de Gangnam Style original foi visto 1,2 bilhão de vezes desde que foi publicado em julho de 2012. A agência AFP informou que a música Gangnam Style gerou ao todo US$ 8 milhões ao YouTube só em publicidade no YouTube.

EDIT: As duas orientais são, na verdade, Janice e Sonia. Elas vivem em Sydney, na Australia, e tem parentes sul-coreanos. No dia 16 de fevereiro de 2013, o vídeo chegou em 10 milhões de pageviews no YouTube. Mais informações no canal Jayesslee.

Veja abaixo o cover das duas orientais.


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