sábado, 29 de novembro de 2008
A situação do "Aguaceiro" em Santa Catarina
terça-feira, 25 de novembro de 2008
E o dia chegou!
Ato na Diretoria da Cásper
sábado, 22 de novembro de 2008
O teatro da vida de Vilém Flusser
Em 2008, quatro integrantes do GTP, Grupo de Teatro da Escola Politécnica da USP, resolvem aprofundar sua pesquisa em teatro, dedicando-se à criação de um espetáculo que ultrapassasse o meio universitário e pudesse ser apresentado no circuito profissional paulistano. Sob a coordenação de Bia Szvat, o grupo escolheu a performance e uma busca estética da palavra como linguagem cênica para criar um espetáculo que falasse da vida e da obra de Vilém Flusser.
Filósofo tcheco, naturalizado brasileiro após fugir do nazismo em Praga, Vilém Flusser viveu por 30 anos em São Paulo, sendo professor de filosofia na Universidade de São Paulo (na Poli, mais especificamente), e desenvolveu inúmeros textos e trabalhos sobre as possibilidades da comunicação humana e do desenraizamento do homem, cuja importância vem sendo reconhecida nos últimos anos.
O tema não só diz respeito aos imigrantes e descendentes que formaram a cidade de São Paulo, mas a todos aqueles que sentem o vazio do não-acolhimento no mundo em que vivem.
A peça busca explorar de forma bem humorada as possibilidades cênicas que unem partes de textos, fatos reais e lendas que circundam a obra polêmica desse pensador.
A direção é de Bia Szvat, coordenadora do GTP.
Elenco é composto por Amanda Freire, Isa Giuntini, Lu Pasquarelli e Maurício Dwek.
A peça ainda está em cartaz para os dias 29 e 30 de novembro no espaço b_arco, localizado na Galeria Virgílio - R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 422 Pinheiros. O inicío é às 19h nos dois dias.
Ingressos: R$20,00 (inteira) / R$10,00 (meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos)
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Apitaço na Cásper Líbero, nesta segunda-feira
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Uma mancha ENORME na Cásper Líbero
Foi anunciado, aproximadamente às 15h de ontem e de FORMA NÃO OFICIAL, que a Fundação Cásper Líbero, entidade mantenedora da faculdade de jornalismo que muitos colaboradores do Bola da Foca fazem parte, decidiu aumentar sua mensalidade, que já estava na casa dos R$846,30, para o preço de aproximadamente R$930,00, ou seja, 9,6% de aumento. Isso me afeta, como estudante de tal instituição.
Todas as faculdades particulares fazem reajustes de contas baseados na taxa inflacionária no país, mas as ações da Fundação em questão se mostram muito acima das estimativas (a inflação ano passado foi de 3%, enquanto o aumento de mensalidade esteve na casa dos 6%). Fora essa polêmica, a Faculdade já enfrenta problemas de infra-estrutura, tanto pela falta de uma lanchonete que sirva os alunos (injustamente fechada pela mesma mantenedora assim que os estudantes questionaram sua qualidade), quanto pelos equipamentos que estão em falta e/ou demoram para serem substituídos.
O prédio da Gazeta, número 900, onde está a Cásper, infelizmente é mal gerido por uma organização que deveria ter uma clareza com seus funcionários, estudantes e professores. Mesmo com um house-organ exemplar como a revista A Imprensa, que conta com a participação dos próprios alunos, a Fundação parece tratar a Faculdade Cásper Líbero com um clientelismo que ela, certamente, não faz nem com os próprios empregados.
Agradeço publicamente o Centro Acadêmico Vladimir Herzog por conseguir, antecipadamente, esses dados de aumento das mensalidades, além de estar se esforçando em movimentar os estudantes contra esse abuso.
Guitarras "Envenenadas"
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Entre o certo e o certo
“O jornalismo é conflito, e quando não há conflito no jornalismo, um alarme deve soar” explica o autor, que se tornou professor de Ética na Faculdade Cásper Líbero entre os anos 2001 e 2002. Sua afirmação vai contra a profissão como “etiqueta”, como atitudes que parecem educadas e de bom comportamento, mas não implicam em uma reflexão sobre o ofício, em uma formação crítica do jornalista.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
Flashmob contra Azeredo
Com mais de cem pessoas presentes, a manifestação contou com a presença do professor especialista em sofware livre no Brasil, e docente na pós-graduação da Cásper, Sérgio Amadeu Silveira.
De maneira geral, o descontentamento está ligado a liberdade do usuário dentro da rede, dos usos que ele pode fazer, atualmente, com os dados adquiridos, mesmo que possuam direitos autorais.
Em breve, fotos do evento.
sábado, 15 de novembro de 2008
Eu sei o que você está pensando
Com perguntas direcionadas, a tecnologia garante 90% de acertos e, caso erre, você ainda pode dar mais chances para a máquina, que pode fazer até 40 perguntas. Baseada em um banco de dados riquíssimo, que reúne desde dados da apresentadora Palmirinha, da Gazeta em São Paulo, até o histórico presidente norte-americano Abraham Lincoln, o programa Akinator só não acerta caso você pense/responda sobre personagens ou objetos muito pessoais, como algum parente seu ou algum pertence bem peculiar.
Desenvolvido desde 1988, como inteligência artificial, o programa "base" 20Q é hoje capaz de fazer cerca de 10 milhões de raciocínios lógicos, segundo seu criador canadense. Burgerner também desenvolve outros projetos temáticos utilizando essa mesma tecnologia de associações, por um jogo de perguntas.
Dessa forma, a dupla de franceses está fazendo sucesso em cima de uma tecnologia que já existia, mas com a inovação de incluir mais personagens na memória do "gênio" do jogo de adivinhação, conforme ele não consiga encontrar respostas. Com a sobrecarga de visitas e colaborações atualmente, o site, disponível em hebraico, alemão, inglês e francês, promete ocupar o tempo e atrair as atenções de muitos brasileiros por aqui.
Cuidado, Akinator sabe "o que você está pensando".
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Sopa de Letras
Desenhava, nesses últimos dias, na Cásper e perguntei...
O que acontece quando a foca fica bolada?
Ela poderia estar brava com algo. Poderia estar aborrecida ou até feliz. Poderia estar como o ser humano: um turbilhão de emoções e pensamentos. Ela poderia ser a figuração perfeita para quem participa desse blog-jornal, desse mural que aparentemente é "mais um", dessa miscelânea de pessoas, textos, opiniões, contra-opiniões, espertezas e burrices.
Mas acho que vi um fato, e tenho visto este fato com freqüência, que esclarece a cisma da bola, ou da foca. Acho que o jornalista, tal como o animal, fica no dilema entre equilibrar seu objeto de diversão ou divertir o observador divertido. Nessa mistura de agrados, não há prazer suficiente em ser apenas equilibrista, nem cara-de-pau indiferente o tempo todo pra ser palhaço.
Sopa de Letrinhas são crônicas (que deveriam ser) publicadas às quintas-feiras.
Falam de comunicação, de protesto e contra-protesto.
ricos? chicos? mitos?
Enquanto nós, pobres americanos, somente podemos pagar pela energia altamente poluente, produzidas por usinas termelétricas à base de carvão e petróleo e as perigosas usinas Nucleares.E por falar em petróleo... Voces brasileiros pagam o dobro pela gasolina, que ainda por cima é de má qualidade, que acabam com os motores dos carros, misturas para beneficiar os usineiros de álcool . Não dá para entender, seu país é quase auto-suficiente em produção de petróleo (75% é produzido aí) e ainda assim tem preços tão elevados. Aqui nos EUA nós defendemos com unhas e dentes o preço do combustível que está estabilizado a vários anos US$ 0,30 ou seja R$ 0,90 Obs: gasolina pura, sem mistura.
Aí no Brasil voces pagam escolas e livros para seus filhos, porque afinal, devem nadar em dinheiro, e aqui nos EUA, nós, pobres de país americano, como não temos toda essa fortuna, mandamos nossos filhos para as excelentes escolas públicas com livros gratuitos. Voces, ricaços do Brasil, quando tomam no banco um empréstimo pessoal, pagam POR MÊS o que nos pobres americanos pagamos POR ANO.
Bob Rabbit
Meu nome é Bourn..ops! Bond, James Bond!
A série sofreu uma drástica quebra em sua aventura anterior, Cassino Royale. Saía de cena o elegante e refinado Pierce Brosnan e entrava Daniel Craig, um Bond loiro, violento, e, quem diria, humano. Quantum of Solace é a seqüência direta de Cassino Royale, tendo início apenas alguns minutos após o fim do primeiro filme. O roteiro conta a tentativa de Bond em descobrir os responsáveis pela morte de único amor, Vésper Lynd (Eva Green). No meio do caminho ele acaba se esbarrando com o pretenso filantropo Dominic Greene (Mathieu Almaric), um agente da organização secreta Quantum (ecos da lendária S.P.E.C.T.R.E?) e com a boliviana Camille (Olga Kurylenko), que planejava se vingar de um ditador na Bolívia, que mantém negócios com Greene.
Talvez o primeiro grande problema que Quantum of Solace enfrente seja o fato de que o filme é claramente o segundo episódio de uma trilogia, embora nada oficial tenha sido dito. O roteiro é consideravelmente menos denso que o de Cassino Royale, o que gera um filme de “apenas” uma hora e cinqüenta minutos, nada em comparação com as duas horas e meia do antecessor. No entanto essa falta de densidade não deve ser confundida com uma má qualidade no roteiro. Não existem pontas soltas aleatórias, e aquelas criadas são visivelmente feitas de propósito, com o intuito de serem respondidas em um terceiro filme. Em resumo, a produção faz com que você saia do cinema sensação de que viu um ótimo filme de ação, ligado por um enredo presente, embora não muito forte.
Na direção, Martin Campbell deu lugar ao alemão Marc Foster. A escolhe soou estranha no começo, já que Foster não tinha nenhuma experiência em filmes de ação, sendo conhecido apenas por ótimos dramas como Em Busca da Terra do Nunca e Mais estranho que a ficção. No entanto o “novato” não faz feio, e mescla uma ótima direção de atores com seqüências impecáveis e tensas de ação. No entanto, quem esperava uma revolução ou ao menos uma nova leitura do gênero pelo diretor, vai acabar se decepcionando. A única sombra de algo realmente novo é um tiroteio feito paralelamente à seqüência da opera Tosca. A montagem final da cena é de cair o queixo. Mas o grande ponto relevante de Quantum of Solace está mesmo na criação do mito de James Bond
Em Cassino Royale James Bond não lembrava em nada aquele que estávamos acostumados a ver. Não era sutil, não era elegante, e não era preciso. Era visivelmente um grande agente apenas em começo de carreira, que por um acaso do destino, acabou confrontando-se com o amor de sua vida, algo que lhe abriu feridas que antes estavam cobertas, como a infância órfã ou a falta de apresso pela própria vida. Neste filme Bond está inflado de ódio, e ao mesmo tempo, severamente marcado pelo fato de acreditar ter sido traído por Vésper. E é neste contexto que vemos claramente o agente aos poucos se tornando aquilo que Ian Flamming criou em sua obra inicial. Bond se torna uma máquina de matar fria e calculada. Seus sentimentos existem, mas são suprimidos graças a várias doses de Martini e noites com lindas mulheres. De fato é justamente esta frieza de Bond e sua falta de apresso por qualquer vida que lhe garantem tantas mulheres. Vale a pena lembrar que tal tema já foi levemente tratado em 007 contra Goldeneye (estréia de Pierce Brosnan), em sua relação com 006. No entanto os produtores se acovardaram diante de tanta profundidade. Em Quantum of Solace, nem mesmo M (Judi Dench) escapa de seu charme, mas não no sentido sexual, entenda bem.
Embora esta nova faceta de Bond tenha forte ligação com o personagem original escrito por Ian Flamming, ele encontra ecos recentes em outro espião com iniciais JB. A trilogia Bourne foi uma grande revolução na construção de heróis de ação, e é impossível deixar de notar suas influências no Bond de Daniel Craig. Embora tais influências desagradem aos mais puristas, e de certa forma desvirtuem de fato o personagem (algumas seqüências clássicas como “Bond, James Bond” ficaram de fora), nota-se que elas foram necessárias para a continuidade da série. O público de hoje não se interessa mais por foguetes da morte ou laboratórios em vulcões. A série se foca muito mais na construção de um personagem que foi se descaracterizando ao decorrer do tempo, e o talento de Daniel Craig nesta nova empreitada é fundamental. Vale dizer que o novo Bond não é uma cópia de Jason Bourne, mas sim uma remodelação muito eficiente que pegou carona em uma trilogia que, por que não, também não existiria sem o agente inglês.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Não é "só...", mas é "yeah..."
Uma coisa é o seu gosto por esportes não coincidir com os de Stacy Peralta, Jay Adams e Tony Alva, outra coisa é não notar que um filme como Reis de Dogtown (Lords of Dogtown) tem a sutileza que, talvez, não existisse se não tivesse sido dirigido por Catherine Hardwicke. Atualmente, a diretora está dirigindo o tão esperado filme Crepúsculo, adaptação cinematográfica do livro homônimo de Stephenie Meyer, mas já em 2003, dois anos antes do lançamento de Reis de Dogtown, Catherine dirigiu o polêmico Aos Treze.
Talvez haja um titubeio quanto a um enredo, mesmo baseado em fatos reais, que trata de um trio de loiros californianos que, não contente em surfar nas grandes ondas de Venice Beach, promovem o caos com seus pés sobre outras pranchas, desta vez móveis sobre rodas, não água. Dentre um grande grupo de garotos skatistas, destacam-se Stacy (John Robinson), J.A. (Emile Hirsch) e Tony (Victor Rasuk), três amigos já previamente inseparáveis, que compartilham uma mesma paixão pelos esportes. Liderados por Skip Engblom (Heath Ledger), os Z-Boys carregam o nome de sua loja, a Zephyr Skate Shop, pelos concursos que participam.
Foi quando decidiram dar às caras ao mundo, que este os acolheu com grande fervor. Ainda que Tony tivesse recusado a primeira oferta – a mesma oferecida, então, para os três –, mais tarde ele cairia na conversa de Topper Burks (Johnny Knoxville). Stacy também é levado por outro empresário, enquanto Jay resolve largar o grupo de Skip. Acontece que, conforme vai passando o tempo e a fama deles, crescendo, o distanciamento acaba se tornando o motivo de, mais tarde, eles se verem como estranhos. Não somente Tony levava as competições contra Stacy muito a sério, como Jay permanecia em Venice, com os mesmos amigos, preso em sua vida desregrada.
Bastou um acidente durante um torneio – e um proposital soco no olho – para que Tony ficasse hospitalizado e Stacy ficasse sabendo que Sid (Michael Angarano), um dos velhos amigos, estava muito doente. E é visitando Sid que o trio se reúne, desconhecendo-se. Mas é nessa mesma parte que uma das mais belas cenas do filme acontece: Sid, de cadeira de rodas, assiste aos três andarem de skate na piscina vazia de sua casa, como costumavam fazer nos velhos tempos. Os garotos, não contentes em fazer de Sid somente um espectador, levam-no para dentro da piscina, circundam-no com suas manobras sobre o skate e fazem-no sentir as curvas da piscina mais uma vez, novamente sobre rodas.
O roteiro do filme foi escrito pelo próprio Stacy Peralta, que faz participação do filme, singelamente, como um diretor de TV. Não só ele foi posto no jogo, como também Tony Hawk, promovido por Stacy aos quatorze, quando ingressara na companhia de skate Powell Peralta, aparece como um astronauta que, ao tentar “brincar” com o skate de Peralta, escorrega e cai. Os verdadeiros Tony Alva e Jay Adams também têm uma curta aparição, na festa dada por Skip, apenas como convidados.
Às dicas:
Para as tietes de plantão que não curtem nem skate, nem surf, vale a pena ver outra vez o aclamado garotinho loiro de Elefante (filme de Gus Van Sant), agora de mega hair. Heath Ledger também não fica para trás, com o seu jeito junkie, como deixara transparecer com Coringa, em Batman, O Cavaleiro das Trevas, além do sex-symbol de Jackass, Jhonny Knoxville, agora loiro e a la pimp – mesmo fazendo festinhas particulares com um transsexual.
Para os marmanjos que preferem futebol ou simplesmente não se interessaram pelo filme, talvez se interessem pela caliente irmã de Tony, Kathy Alva, interpretada por Nikki Reed, a Sadie de The O.C. Já para os fãs de surf e skate que ainda não viram e não conhecem os Z-Boys... meus pêsames!
Mas então...
Ver um filme como Reis de Dogtown não só vale pelos atores, como também pela narrativa dinâmica, a fotografia de cores saturadas, o figurino retrô e a trilha sonora com o melhor do rock, desde Iron Man (Black Sabbath) até Voodoo Child (Jimmy Hendrix) – sem se esquecer de Cher, com Half Breed.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Criador da Wikipedia em São Paulo
"Comunicação na Era Digital" segundo Marcelo Tas
Ex-estudante da Escola de Preparação para Cadetes do Ar (EPCAR), Marcelo Tas foi convidado por representantes do Comando Militar do Sudeste, com sede em São Paulo, para uma palestra durante o II Estágio de Comunicação Social entre os dias 10 e 18 de novembro de 2008. Com uma platéia formada essencialmente por estudantes de jornalismo e militares, o apresentador, que completou 49 anos ontem, trouxe temas sobre as novas mídias na atualidade, passando desde o choque de gerações que ocorre com sua implantação até a mudança das formas de educar crianças e jovens para esse novo universo.
Relatando sobre sua experiência como bolsista de estudos de comunicação em Rádio e TV da New York University, em 1988, Marcelo Tas se considera "primeiro internauta" no Brasil, pois teve acesso privilegiado aos primeiros Personal Computers (os populares PCs ou computadores pessoais) e a uma conexão internet, focada especialmente para estudos acadêmicos. Essa inovação só veio ao nosso país ao longo da década de 1990, principalmente após o governo de Fernando Collor.
Esse interesse por tecnologias, segundo o apresentador, vem também de sua experiência na Escola Politécnica da USP, única graduação universitária que obteu (os estudos de Rádio/TV na Escola de Comunicação e Artes, a ECA-USP, feitos depois, não foram concluídos). Fazendo uma brincadeira com a platéria, Tas perguntou qual invenção humana teria contribuído mais com a comunicação, dando como opções de resposta a roda, o computador, livros ou os números. "Normalmente falam dos livros, que foram fortemente propagandeados pela prensa inventada por Gutenberg e em seu primeiro exemplar produzido em série, a Bíblia, que é um best-seller até hoje como todos sabem" - alegou, falando sobre a resposta mais aceita. "No entanto, ele não as numerou. Então, a pessoa que deu número para cada página, que indexou o conteúdo, criou a primeira rede de comunicações apreensível por qualquer pessoa. O mundo digital é justamente isso" concluiu o apresentador.
Sobre a diferença entre o digital e as tecnologias antigas, como o sistema analógico que existia em celulares, Marcelo Tas fez uma explicação teórica utilizando os vídeos cassetes como exemplo. "O sistema analógico de uma fita, por exemplo, se faz pela leitura das ondas elétricas que ele propaga. No sinal digital, como muitas pessoas puderam ver na TV Brasil que tem essa tecnologia, as ondas elétricas se equivalem a um número e, se esse número não é reconhecido, o sinal simplesmente deixa de funcionar" explicou Tas. E complementando: "por isso, quando você fazia apenas uma cópia do VHS (fita cassete), havia comprometimento da imagem na leitura das ondas. Imagine na cópia da cópia? Com essa conversão numérica nas atuais tecnologias, a qualidade é mantida. Temos ai, senhores, a criação da pirataria".
"Era digital é da transparência, em todos os sentidos da palavra. É importante que possamos dialogar para entendê-la" disse Marcelo Tas, colocando as explicações técnicas em um contexto maior. Respondendo perguntas de alunos de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, ele deu destaque ao preconceito que existe contra blogueiros, sobre os materiais que existem na internet, chamados injustamente de "superficiais", e sobre qualquer tecnologia nova que apareça. "Muitos professores encaram a web como se fosse a televisão no começo do século XX. Taxam o aparelho como "instrumento do mal". Nem internet e nem televisão são maléficos. O que vale na comunicação são os usos que fazemos desses instrumentos".
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Várias vidas em uma só
Sem citá-lo em nenhuma passagem, Bob Dylan é descrito de maneira abrangente no filme. Para não deixar escapar a complexidade de seus comportamentos, desde a influência da literatura beat de Jack Kerounac até os protestos que promoveu com o poeta, também beatnik, Allen Geinsberg (que aparece no filme, interpretado pelo ator David Cross), o diretor optou por criar personagens que descrevessem as diferenças e semelhanças dos "vários Dylans".
O primeiro dessa seleção de criações é o menino negro e canhoto Woody Gunthrie, que é inspirado no cantor e violonista folk de mesmo nome e que inspirou Bob Dylan a empunhar um violão e tocar a música “de seu tempo”, sem estar preso ao blues de Robert Johnson e outros músicos negros das décadas de 1930 e 1940. Com o violão que tem os dizeres “esta máquina mata fascistas” (que eram do instrumento do Gunthrie verdadeiro), o garoto inspira velhos “blueseiros” e até homens brancos, além de andar escondido em trens de cargas. Interpretado por Marcus Carl Franklin, ele representa a passagem do tempo e as primeiras ousadias de Dylan sozinho pelos Estados Unidos.
O segundo, que na verdade é apresentado antes mesmo do garoto, é um personagem que não pertence a nenhum tempo e a nenhum espaço, representado apenas por uma tela branca por trás de seu corpo. Apesar de vestir roupas típicas do século XIX, o “Arthur Rimbaud” de Não estou lá, interpretado por Ben Whishaw, é um poeta que se resume ao seu cigarro e às constatações paradoxais de Dylan sobre sua própria vida. O verdadeiro Rimbaud reflete uma natureza tempestuosa em poemas que influenciaram toda uma geração de intérpretes folk e astros do rock, como a musicista e poetiza Patti Smith. Ela, por sua vez, era uma fã incondicional de Bob Dylan. Por essas relações diretas e indiretas, Rimbaud torna-se uma espécie de protagonista mais “distante” das histórias que se interligam.
O Jack Rollins do ator Christian Bale, que se transforma no personagem Pastor John na famosa “fase cristã” de Bob Dylan no final da década de 1970, é o típico superstar popular, especialmente dentro da música folk. Portando uma gaita junto com o tradicional violão, preso por ferros, Rollins não tem uma fala sequer no filme.
O que interessa em sua essência é a imagem que Bob Dylan consagrou dos astros folks, principalmente inspirado pela música de Woody Gunthrie. Rollins é mais bem descrito pela ex-namorada Alice Fabian, interpretada por Julianne Moore. Alice, por outro lado, é uma simulação perfeita de Joan Baez, uma das primeiras namoradas “públicas” de Dylan, e tão boa compositora no folk quanto ele próprio.
Eis que surge a interpretação mais controversa e a mais cativante do filme. Em takes entrecortados, Heath Ledger, consagrado esse ano pela interpretação do Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas, encarna Robbie Clark, um homem que não é músico, mas sim um ator que interpreta Rollins em novelas de televisão. Sua vida pessoal com sua mulher, Claire, uma representação de Sara Dylan, a esposa que permaneceu mais tempo com o músico, é um constante desastre. Com sotaque francês, a mulher é atraente apenas nos tempos de solteiro, tornando-se um empecilho para sua vida desregrada mesmo estando casado.
Simultânea a história de Clark, Jude Quinn traz a faceta mais polêmica de Bob Dylan: o abandono das músicas folk, a adoção da guitarra elétrica na composição de Like a Rolling Stone e o uso de drogas mais pesadas, como o LSD. Encarnando esse “Dylan polêmico”, os traços femininos de Cate Blanchett contrastam com seu linguajar agressivo. Acordado dias e dias, Quinn abusa de afetaminas, apresenta as drogas aos Beatles (que aparecem no filme entorpecidos e perseguidos por várias fãs mulheres, após o sucesso nos Estados Unidos, em 1965) e concede entrevistas polêmicas para a imprensa britânica, durante sua turnê. Marcante também é a atuação de Bruce Greenwood, que interpreta o repórter da BBC inglesa, Keenan Jones.
Ao fim do filme, ainda intercalando com a interpretação breve de Bale do “Dylan religioso”, Pastor John, que abandona as drogas, Richard Gere protagoniza o personagem mais fraco do filme, apelidado de “Billy The Kid". Diferente do criminoso das histórias norte-americanas, o personagem de Gere parece um homem passivo aos acontecimentos, vago e instável em seus comportamentos. Chega a ameaçar Patt Garrett, que é a representação do homem que matou o verdadeiro Billy e é interpretado também por Greenwood, mas ainda se reserva mais ao culto da observação e da vida marginal, totalmente alheia.
Todos esses “Dylans” – e nenhum deles, uma vez que seu nome sequer é mencionado – somam-se a trilha sonora do músico verdadeiro, como The Ballad of Thin Man, e também músicas de outras bandas, como I´m Not There (a música-título do filme), da banda Sonic Youth.
Uma imagem que ficará na cabeça de muitas pessoas ao verem esse filme será, muito provavelmente, a que Jude Quinn usa a guitarra elétrica pela primeira vez, revoltando os fãs do “Dylan folk” e esclarecendo, de vez, o caráter contestador interminável desse artista que é Bob Dylan.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Barack Obama é eleito presidente dos Estados Unidos
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
"One Voice": o relato de um nova-iorquino sobre as eleições nos Estados Unidos da América
The night before the 2008 U.S. Presidential Election, Barack Obama stood in front of a crowd of
Na noite anterior às eleições americanas para presidente de 2008, Barrack Obama esteve perante um público de 80.000 pessoas em Manassas, Virginia, e recontou uma história que ele disse centenas de vezes, mas que não poderia ter um fim até 24 horas depois. A linha histórica de seu Fired Up, Ready to Go clamou a confirmação que uma voz pode mudar o mundo. O começo do progresso tem um humilde começo, mas um ideal fim. É a crença que a linha de dominós tem o poder de segurar muralhas frágeis.
Muitos de nós não viveram durante uma revolução. Isso agora mudou. Muitos de nós não fizeram parte de algo maior. Isso agora mudou. Muitos de nós acreditamos que governantes não eram para, por ou pelas pessoas. Isso agora mudou. Uma pessoa com honráveis idéias e com o desejo de difundí-las pode ver elas moverem avenidas de pessoas nas terras nativas e estrangeiras. A idéia de que nós não somos uma nação grande a menos que nós todos tenhamos força. De que nós não seremos uma nação rica enquanto os pobres não forem alimentados. De que nós não somos uma nação democrática a menos que todas as nossas vozes sejam ouvidas. Esse é o movimento de Obama.
"Fired Up, Ready to Go" from one woman's voice changed a room, Obama said. He said if it could change a room it could change a city, and if it can change a city it can change a state, and if can change a state it can change a nation, and if it can change a nation it can change the world. Pessimism and politics have always been linked. That link is now broken and shall remain that way as long as we accept the power of our own voices. It has has the power of millions. November 4th 2008 has proven that.
America feels like it can now make it's founding principles a current reality. That certainly will not be easy. We are responsible for two current wars, many innocent lives lost and the broken pieces of the world economy. These are the scars of inaction. The work of hope and change begins now.
Tradução do texto: Pedro Zambarda
Obrigado Bush!
Bush entrou para a história porque permitiu que pela primeira vez na história dos EUA, brancos e negros comemorassem juntos, um ao lado do outro. Se abraçando, chorando, sorrindo, gritando. Claro que existiram as exceções, os resquícios da podridão humana representada pelo racismo. Mas graças a Bush, nesse 5 de novembro, eles perderam. Obrigado Bush.
Bush entrou para a história porque pela primeira vez, desde Martin Luther King, alguém possibilitou uma revolução comportamental nos EUA. E fez com que pessoas que nunca sonharam com dias melhores gritassem juntas: Nós podemos! Obrigado Bush.
Bush entrou para a história porque foi ele quem nos possibilitou viver 8 anos de trevas políticas. 8 anos de um governo que não se preocupou com os pobres do próprio país, e que se esforçou para deixar os outros países mais pobres ainda. Foi ele quem fez com que, depois destes anos, uma chama de esperança nascesse no coração do mundo inteiro. Afinal, grandes mudanças vêm depois de grandes percalços. Obrigado Bush.
Bush entrou para a história porque provou que a vitória pelo medo é um erro. Provou que os EUA elegeram alguém que queria simplesmente caçar seus terroristas, e não alguém que evitasse que os mesmos terroristas nascessem. A lição está aprendida. Obrigado Bush.
Tudo o que nos resta agora é torcer para que a esperança em Obama seja justificada. Que o Obama seja o presidente que manterá a união que foi feita em sua eleição. Que não seja apenas lembrado como o primeiro presidente negro da história, mas como o presidente que fez com que os EUA voltassem a ser vistos com bons olhos pelo mundo. Como o presidente que levou seu lema “Yes, we can!” a todos americanos, e porque não, a boa parte dos habitantes do planeta, provou que ele não é nada além da verdade. Você fez história hoje Obama. E o que esperamos é que seja apenas a primeira página, e não apenas um bom capitulo em um péssimo livro.
Trash de Qualidade
Um dos mais aclamados longas produzido pela dupla, em adição de Will Keenan, é Terror Firmer, uma adaptação cinematográfica do livro All I Need to Know about Filmmaking I Learned from the Toxic Avenger, autobiografia escrita por Lloyd e subsidiada por Penguin Putnam, em 1998. Trata-se de um livro sobre o cotidiano de uma produtora de filmes explotation (ou trash, como alguns críticos preferem), com várias histórias verídicas, outras fictícias - o que parece ser muito mais que constante, na versão das telas.
Se você procura sexo, nudez, excretos, vômito, pickles, hermafroditas, Lemmy (Motörhead), sangue, machados, bonecos de ventríloquo, alienígenas, obesos, bizarrices, punks, órgãos e Lunachicks, esse filme é o elo de seus desejos desconexos.
Will Keenan não só produziu o filme, mas também foi o protagonista, junto de Alice LaTourelle e Trent Haaga, formando o triângulo amoroso que liga toda a equipe de uma produtora de filmes de baixo orçamento, em que o diretor é cego e o elenco é um show de horrores. Definitavamente, tudo que acontece entre eles pode ser tratado como fait diver.
O vídeo abaixo não é o trailer original, mas um apanhado de algumas das melhores cenas. Por isso, atenção: o filme tem coisa muito "pior"!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Semana de Jornalismo - Escola de Comunicação e Artes, USP
sábado, 1 de novembro de 2008
O "Muro de Senna" começa a ruir
Orquestra e muita improvisação
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