Larissa Tsuboi Ogusico visitou o Museu da Paz e o Parque Memorial da Paz de Hiroshima em fevereiro de 2008.
Às oito horas e quinze minutos, horário de Hiroshima, na última quarta-feira, 6 de agosto, soava o sino do Parque Memorial da Paz e reinava o silêncio em homenagem às vítimas da primeira bomba nuclear lançada sobre uma cidade japonesa. Foi exatamente a essa hora, há exatos 63 anos, que o homem tomou conhecimento da capacidade de destruição de uma arma tão poderosa quanto temida.
Todos os anos, a data é recordada não apenas como a lembrança de um triste acontecimento, mas também como uma tentativa de alertar o mundo de que manter armas nucleares não vale a pena. Apesar de anualmente serem convidadas as autoridades dos países que já declararam possuir armas nucleares, poucas delas comparecem. Em 2007, uma resolução do Japão na ONU a favor da abolição dessas armas foi assinada por 170 países, tendo somente três se recusado a aceitá-la, entre eles os Estados Unidos.
O governo japonês também vem mudando de postura com relação às indenizações dadas aos sobreviventes da bomba, os chamados hibakushas. As conseqüências da bomba atômica são sentidas até hoje pelas gerações posteriores tanto física quanto psicologicamente. Na época, muitos japoneses de outras cidades, assim que ficaram sabendo da tragédia, rumaram para Hiroshima a fim de socorrer as vítimas, sem saber do perigo da radiação, e passaram a ter direito a essas indenizações. Já os hibakushas que migraram para o Brasil fugidos da tragédia podem atualmente receber suas indenizações sem ter de voltar ao Japão para isso.
O Museu Memorial da Paz e a cidade reconstruída
Qualquer visitante do mundo que passe por Hiroshima provavelmente terá dificuldade em imaginar como ficou a cidade após o bombardeio pela bomba apelidada de “Litlle Boy” - a que foi lançada pelo B-29 chamado “Enola Gay”. Como qualquer outra cidade do Japão, Hiroshima apresenta uma infra-estrutura típica de um país desenvolvido: ruas bem asfaltadas, transporte público funcionando devidamente, parques conservados e inúmeros prédios. Reconstruir a cidade até que ela chegasse ao que é hoje não foi um processo fácil. O espírito de coletividade presente na filosofia nipônica foi crucial para a recuperação do que fora perdido na guerra. Para isso, os japoneses deram o máximo de si mesmo após derrotados e seguiram o que acreditavam ser a vontade do imperador.
O Museu da Paz de Hiroshima é o lugar que congrega as tristes lembranças dessa data. Ao sair da estação de trem da cidade, é possível pegar um ônibus que pára num ponto bem em frente ao Genbaku Dome – a Cúpula da Bomba Atômica – único prédio nas imediações do ponto em que a bomba explodiu a permanecer em pé. Tanto o museu quanto o parque ficam próximos à edificação, tendo ao lado um dos diversos rios que atravessam Hiroshima. Caminhar por esse trajeto, principalmente sob a neve, mistura sensações de paz e tristeza ao mesmo tempo. O respeito àqueles que tanto sofreram no fatídico dia se mescla à incredulidade de que tudo possa ter ocorrido naquela bela cidade.
Já no museu, é comum os visitantes sentirem-se incomodados com a gravidade das fotos dos feridos e as tristes histórias daqueles que, subitamente, deixaram de viver. Dividido em seções, o Museu da Paz expõe objetos deformados pela bomba que pertenciam a crianças, donas de casa e trabalhadores, como: marmiteiras, camisas, chapéus e bicicletas – até mesmo unhas e tufos de cabelo é possível ver. Juntamente aos objetos, pode-se ler o que várias vítimas faziam no momento exato da explosão, às 8h15m, horário marcado num relógio de pulso que nunca mais voltou a funcionar. O fenômeno conhecido como “chuva negra”, que continha altas taxas de radiação também se faz presente numa parede transportada ao museu, bem como o degrau onde ficara a marca de uma pessoa incinerada pelos raios de calor. A drástica diferença entre duas maquetes que mostram Hiroshima antes e depois da explosão dão uma idéia clara do que a bomba foi capaz de destruir.
Uma das seções do museu é dedicada exclusivamente à questão do funcionamento da bomba de fissão nuclear. Um globo terrestre, no qual são assinalados os países que possuem armas atômicas, evidencia a constante preocupação dos japoneses em alertar o mundo de que o perigo, de certa forma, continua.
“Pense nas crianças mudas telepáticas
Pense nas meninas cegas inexatas
Pense nas mulheres, rotas alteradas
Pense nas feridas como rosas cálidas
Mas só não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radiotiva, estúpida inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada”
Às oito horas e quinze minutos, horário de Hiroshima, na última quarta-feira, 6 de agosto, soava o sino do Parque Memorial da Paz e reinava o silêncio em homenagem às vítimas da primeira bomba nuclear lançada sobre uma cidade japonesa. Foi exatamente a essa hora, há exatos 63 anos, que o homem tomou conhecimento da capacidade de destruição de uma arma tão poderosa quanto temida.
Todos os anos, a data é recordada não apenas como a lembrança de um triste acontecimento, mas também como uma tentativa de alertar o mundo de que manter armas nucleares não vale a pena. Apesar de anualmente serem convidadas as autoridades dos países que já declararam possuir armas nucleares, poucas delas comparecem. Em 2007, uma resolução do Japão na ONU a favor da abolição dessas armas foi assinada por 170 países, tendo somente três se recusado a aceitá-la, entre eles os Estados Unidos.
O governo japonês também vem mudando de postura com relação às indenizações dadas aos sobreviventes da bomba, os chamados hibakushas. As conseqüências da bomba atômica são sentidas até hoje pelas gerações posteriores tanto física quanto psicologicamente. Na época, muitos japoneses de outras cidades, assim que ficaram sabendo da tragédia, rumaram para Hiroshima a fim de socorrer as vítimas, sem saber do perigo da radiação, e passaram a ter direito a essas indenizações. Já os hibakushas que migraram para o Brasil fugidos da tragédia podem atualmente receber suas indenizações sem ter de voltar ao Japão para isso.
O Museu Memorial da Paz e a cidade reconstruída
Qualquer visitante do mundo que passe por Hiroshima provavelmente terá dificuldade em imaginar como ficou a cidade após o bombardeio pela bomba apelidada de “Litlle Boy” - a que foi lançada pelo B-29 chamado “Enola Gay”. Como qualquer outra cidade do Japão, Hiroshima apresenta uma infra-estrutura típica de um país desenvolvido: ruas bem asfaltadas, transporte público funcionando devidamente, parques conservados e inúmeros prédios. Reconstruir a cidade até que ela chegasse ao que é hoje não foi um processo fácil. O espírito de coletividade presente na filosofia nipônica foi crucial para a recuperação do que fora perdido na guerra. Para isso, os japoneses deram o máximo de si mesmo após derrotados e seguiram o que acreditavam ser a vontade do imperador.
O Museu da Paz de Hiroshima é o lugar que congrega as tristes lembranças dessa data. Ao sair da estação de trem da cidade, é possível pegar um ônibus que pára num ponto bem em frente ao Genbaku Dome – a Cúpula da Bomba Atômica – único prédio nas imediações do ponto em que a bomba explodiu a permanecer em pé. Tanto o museu quanto o parque ficam próximos à edificação, tendo ao lado um dos diversos rios que atravessam Hiroshima. Caminhar por esse trajeto, principalmente sob a neve, mistura sensações de paz e tristeza ao mesmo tempo. O respeito àqueles que tanto sofreram no fatídico dia se mescla à incredulidade de que tudo possa ter ocorrido naquela bela cidade.
Já no museu, é comum os visitantes sentirem-se incomodados com a gravidade das fotos dos feridos e as tristes histórias daqueles que, subitamente, deixaram de viver. Dividido em seções, o Museu da Paz expõe objetos deformados pela bomba que pertenciam a crianças, donas de casa e trabalhadores, como: marmiteiras, camisas, chapéus e bicicletas – até mesmo unhas e tufos de cabelo é possível ver. Juntamente aos objetos, pode-se ler o que várias vítimas faziam no momento exato da explosão, às 8h15m, horário marcado num relógio de pulso que nunca mais voltou a funcionar. O fenômeno conhecido como “chuva negra”, que continha altas taxas de radiação também se faz presente numa parede transportada ao museu, bem como o degrau onde ficara a marca de uma pessoa incinerada pelos raios de calor. A drástica diferença entre duas maquetes que mostram Hiroshima antes e depois da explosão dão uma idéia clara do que a bomba foi capaz de destruir.
Uma das seções do museu é dedicada exclusivamente à questão do funcionamento da bomba de fissão nuclear. Um globo terrestre, no qual são assinalados os países que possuem armas atômicas, evidencia a constante preocupação dos japoneses em alertar o mundo de que o perigo, de certa forma, continua.
“Pense nas crianças mudas telepáticas
Pense nas meninas cegas inexatas
Pense nas mulheres, rotas alteradas
Pense nas feridas como rosas cálidas
Mas só não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radiotiva, estúpida inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada”
Um comentário:
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