
Ketleyn enfrentou a espanhola Isabel Fernandez (medalha de ouro nos jogos de Sydney, 2000), e graças a uma decisão da arbitragem, a nossa judoca venceu a luta. Os juizes puniram Isabel por falta de combatividade, e como o confronto estava no golden score, a brasileira saiu vencedora. O caminho em direção ao bronze diminuía, restavam apenas duas lutas. Primeiramente, a adversária foi a japonesa Aiko Sato, e com um ippon nossa atleta garantiu a vitória.
A campanha da brasileira já era inédita, a melhor da história do judô feminino, porém, Ketleyn Quadros nos proporcionou mais. Na luta valendo o bronze, a brasiliense venceu, por um ippon no golden score, a australiana Maria Pekli, conquistando a inédita medalha para o judô feminino. Como disse a técnica Rosicléia Campos: “A gente fez história!”.
Leandro Guilheiro, por sua vez, também fez história. O judoca santista ig

Pela segunda rodada, o brasileiro enfrentou o sul-africano Marlon August. Leandro despachou o africano por ippon; a próxima parada seria duríssima, o campeão mundial, Kichun Wang.
Cinco minutos de luta, não foram suficientes para consagrar um vencedor. O coreano Kichun Wang, e o brasileiro Leandro Guilheiro travaram uma dura batalha, mas o tão falado golden score, que foi favorável à brasileira, foi cruel com o judoca. Kichun aplicou um wazari, eliminando o santista. O sonho do ouro havia terminado.
Leandro, detentor da medalha de bronze em Atenas 2004, estreou na repescagem contra o uzbeque Shokir Muminov. O brasileiro superou seu adversário, com um ippon. Duas vitórias bastavam. O bronze se aproximava.
O primeiro adversário era conhecido de Guilheiro, o ucraniano Gennadii Bilodid. Eles já haviam se enfrentado na Super Copa do Mundo, etapa de Moscou. Igualmente àquela oportunidade, o brasileiro venceu – desta vez, pelo acúmulo de quatro punições-, e avançou, indo brigar pelo bronze. Na luta decisiva, Leandro foi fantástico. Com apenas 23 segundos de luta, o brasileiro aplicou um ippon no iraniano Ali Malomat, garantindo sua segunda medalha olímpica. Festa na cidade de Santos!
Continuando no ritmo, destacaremos a seleção feminina de vôlei. Nossas meninas, arrasaram as algozes russas, aplicando-nas um “sonoro” 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/14 e 25/16. As jogadoras não tomaram conhecimento das adversárias, e provaram que o fantasma de Atenas foi superado. A Rússia não ameaçou em nenhum momento, e se renderam à atuação do Brasil. Com duas vitórias, na liderança do Grupo B, a equipe de José Roberto Guimarães poderá garantir a classificação para as quartas-de-final, basta vencer a Sérvia – também com duas vitórias.
Na praia, Ricardo e Emanuel superaram Renato e Jorge, vulgos, Geor e Gia. Os brasileiros, naturalizados georgianos fizeram uma partida equilibrada com os atuais campeões olímpicos. As parciais, de 21/19 e 21/17 nos mostram que os jogadores naturalizados deram trabalho, mas não foram páreos para a eficiência e tranqüilidade de Ricardo e Emanuel.
Seguindo nas areias, Ana Paula e Larissa venceram seu segundo jogo na competição. Duelando contra as russas, Uryadova e Shiryaeva, a dupla brasileira encontrou enormes dificuldades. O jogo foi emocionante até o último ponto, e deixou claro a falta de entrosamento das jogadoras, algo que poderá ser fatal em curto prazo. As parciais foram de 19/21, 21/12 e 15/13, o suficiente para garantirem sua vaga para a próxima fase com uma rodada de antecipação.
Thomaz Bellucci, nosso melhor tenista desde Guga (em termos de Ranking), acabou eliminado logo na estréia. O algoz do brasileiro, foi o eslovaco Dominik Hrbaty, que aproveitou da sua experiência para superar Bellucci – que começou bem, vencendo o primeiro set. O placar de 2 sets a 1 (2/6,6/4 e 6/2), favorável a Hrbaty, acabou com o sonho do brasileiro. O tenista eslovaco terá um grande desafio na segunda rodada, enfrentará o americano James Blake.
Os brasileiros melhoraram sua posição, na classificação geral do Concurso Completo de Equitação (CCE), após o cross-country. Anteriormente, ocupávamos a 11ª posição, mas depois das apresentações do nosso conjunto subimos para o 10° lugar. Outra mudança significativa foi na liderança. A Alemanha roubou o primeiro lugar da Austrália.
Ficou no quase. A seleção feminina de handebol, por muito pouco, não venceu a forte Hungria. Estivemos na frente do placar até o último segundo, quando as adversárias, em um arremesso de longa distância, empataram. Entretanto, nossas meninas não podem se queixar de azar. Elas tiveram muitas, e muitas, e muitas, oportunidades de vencer a Hungria; desperdiçaram gols, e não aproveitaram as punições de dois minutos (a equipe permanece esse tempo com uma jogadora a menos). Na próxima rodada, o Brasil enfrentará as atuais campeãs mundiais, as russas. É vencer, ou vencer.
Após mais uma derrota, outro time nacional que necessita de uma vitória, é o basquete feminino. Com um primeiro tempo desastroso, o time de Paulo Bassul não mostrou nenhuma força capaz de enfrentar as atuais campeãs mundiais. Para termos uma idéia, as australianas lideravam o jogo, ao término do segundo quarto, por 50 a 29. As meninas brasileiras conseguiram reagir, fizeram um bom terceiro quarto, contando com o extremo relaxamento das adversárias; a vantagem diminuiria para 10 pontos (59 a 49). A até então apagada, Lauren Jackson, apareceu no último quarto, dificultando o jogo de garrafão brasileiro, e impedindo qualquer reação. O placar final, de 80 a 65, reflete a diferença técnica entre os dois times. O Brasil enfrentará a Letônia, e precisa da vitória.
Nosso único representante do levantamento de peso, Welisson Silva, chamou a atenção do mundo. Infelizmente, o atleta não conseguiu levantar 162 kg, no arremesso, acabou falhando e deixando a barra cair sobre si. A cena é significativa, e podemos interpretá-la como o retrato do esporte brasileiro. Um atleta como Welisson, por si só, já é um vencedor. Sem incentivo e sem estrutura fica difícil conquistarmos marcas expressivas nas competições. Welisson acabou sofrendo um derrame no joelho direito, e conforme a estrutura do esporte nacional, é bem capaz dele arcar com as despesas da lesão, pagando tudo do próprio bolso. Dinheiro este, ausente à maioria dos atletas brasileiros; os olímpicos, e principalmente os que não alcançaram tal façanha.

Encerro o boletim diário falando da natação. As piscinas de Pequim parecem mágicas. A quantidade de recorde quebrados é inédita, e mais uma vez Michael Phelps brilhou.
Kaio Márcio “colou” em Phelps, conseguindo bater o recorde sul-americano dos 200m borboleta. O tempo de 1m54s65, garantiu o paraibano nas semifinais da competição. Por um outro lado, tivemos a eliminação, da também nordestina, Joana Maranhão. A pernambucana venceu sua bateria, 2m14s97, conseguindo sua melhor marca. Porém, a 22ª colocação no geral eliminou a nadadora; apenas 16 classificariam.
Talvez esteja exagerando, mas o revezamento 4x100 livre foi certamente uma das maiores provas da história, se não a maior. Os 32 nadadores estão de parabéns, porém destaco o duelo entre França e Estados Unidos. Alain Bernard, pelos franceses, e Jason Lezak, pelos americanos mergulharam por último na piscina. Bernard mantinha a vantagem de um corpo em relação aos EUA, porém com uma reação impressionante, quando parecia que o ouro iria para Paris, Jason Lezak nadou no vácuo do francês, e venceu a prova inacreditavelmente, uma braçada na frente do excelente Alain Bernard. O tempo de 3min08s24, supera em quatro segundos o antigo recorde. Segundo ouro para Phelps, restando seis, para superar Spitz.
Principais Resultados:
100m costas feminino - classificadas para a final
1- Kirsty Coventry (ZIM) - 58s77 (WR)
2- Natalie Coughlin (EUA) - 59s43
3- Reiko Nakamura (JAP) - 59s64
4- Anastasia Zueva (RUS) - 59s77
1) Peter Vanderkaay (EUA) 1m45s76
2) Taehwan Park (COR) 1m45s99
3) Jean Basson (AFS) 1m46s13
4) Michael Phelps (EUA) 1m46s28
5) Paul Biedermann (ALE) 1m46s41
6) Yoshihiro Okumura (JAP) 1m46s44
7) Dominik Meichtry (SUI) 1m46s54
8) Robbie Renwick (GBR) 1m47s07
1- Libby Trickett (AUS) - 56s73
1) Kosuke Kitajima (JAP) 58s91
8) Mark Gangloff (EUA) 1m00s24
1) Hayden Stoeckel AUS 52s97
1) EUA 3m08s24 (RM)
1 Federica Pellegrini ITA 1m55s45 (WR)
1 - Rebecca Adlington (UK) - 4m03s22
2 - Katie Hoff (EUA) - 4m03s29
200m borboleta masculino – classificados às semifinais
1- Michael Phelps (EUA) - 1m53s70
CCE – Cross country
1- Lucinda Fredericks (AUS) - 30.40
Basquete feminino
Grupo A
Rússia 77 X 72 Coréia do Sul
Bielorrússia 80 x 57 Letônia
Austrália 80 x 65 Brasil
Grupo B
Espanha 85 x 62 Nova Zelândia
República Tcheca 81 x 47 Mali
Estados Unidos 108 x 63 China
Handebol feminino
Grupo A
França 21 x 19 Cazaquistão
Noruega 31 X 17 Angola
Romênia 34 x 20 China
Grupo B
Brasil 28 x 28 Hungria
Coréia do Sul 30 x 20 Alemanha
Rússia 28 x 24 Suécia
Vôlei de praia masculino
Grupo B
Conde/Baracetti (ARG) 2 x 0 Samoilovs/Plavins (LET) - 23/21 e 21/19
Rogers e Dalhausser (EUA) 2 x 0 Heyer e Heuscher (SUI) - 21/15 e 21/10
Grupo C
Schacht e Slack (AUS) 2 x 0 Fernandes e Morais (ANG) - 21/15 e 21/9
Ricardo e Emanuel (BRA) 2 x 0 Geor e Gia (GEO) - 21/19 e 21/17
Grupo E
Nummerdor e Schuil (HOL) 2 x 1 Kjemperud e Skarlund (NOR) - 13/21, 21/15 e 15/9
Laciga e Schnider (SUI) 2 x 0 Klemperer e Koreng (ALE) - 21/15 e 21/15
Vôlei de praia feminino
Grupo A
Jia e Wang (CHI) 2 x 1 Van Breedam e Mouha (BEL) - 18/21, 21/19 e 15/13
Maaseide e Glesnes (NOR) 2 x 0 Kuhn e Schwer (SUI) - 21/11 e 21/17
Grupo C
Barnett e Cook (AUS) 2 x 0 Saka e Rtvelo (GEO) - 21/18 e 21/12
Ana Paula e Larissa (BRA) 2 x 1 Uryadova e Shiryaeva (RUS) - 19/21, 21/12 e 15/13
Grupo E
Esteves Ribalta e Crespo (CUB) 2 x 0 Kadijk e Mooren (HOL) - 21/11 e 21/15
Vôlei feminino
Grupo A
Cuba 3 x 0 Estados Unidos - 25/15, 26/24 e 25/17
China 3 x 1 Polônia - 22/25, 25/15, 25/20 e 25/22
Japão 3 x 0 Venezuela - 25/12, 25/17 e 25/12
Grupo B
Sérvia 3 x 0 Argélia - 25/14, 25/13 e 25/13
Itália 3 x 0 Cazaquistão - 25/19, 25/15 e 25/21
Brasil 3 x 0 Rússia - 25/14, 25/14 e 25/16
Judô Leve feminino(até 57kg)
Ouro - Giulia Quintavalle (ITA)
Judô Leve masculino (até 73kg)
Ouro - Elnur Mammadli (AZE)
5 comentários:
Welisson Silva é mesmo um vencedor... a foto é bem dramática, e deve ter sido mesmo!
Espero que ele tenha o mínimo de suporte para superar, física e psicologicamente.
Mais uma vez parabéns pela cobertura :)
Obrigado, pelos elogios!
Espero sempre melhorar, e agrada-los na cobertura, desta, que é com certeza, A MAIOR OLIMPÍADA DA HISTÓRIA
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