E entramos na última semana dos Jogos Olímpicos de Pequim. Com mais da metade das modalidades encerradas e campeões olímpicos conhecidos, já é possível fazer um balanço superficial dos jogos e da participação do Brasil. No atual momento (13:15h do dia 20 de Agosto) o Brasil tem uma medalha de ouro, nenhuma de prata e 5 de bronze, ocupando assim a 41º posição no quadro de medalhas, mas já garantimos ao menos a medalha de prata no vôlei de praia masculino e no futebol feminino. Destas medalhas conquistas, foram três no judô, uma na vela e duas na natação. O Brasil ainda disputa o bronze no vôlei de praia masculino e futebol masculino. A expectativa hoje é que o Brasil garanta ao menos mais 3 ou 4 medalhas de ouro (vôlei masculino e feminino, hipismo individual, vela e futebol feminino), além de algumas outras disputas com chance. Ou seja, supondo um extraordinário aproveitamento dessas disputas, o Brasil tem chances de superar as 5 medalhas douradas conquistas em Atenas.
A questão que fica agora é: qual avaliação pode ser tirada da nossa participação nos jogos? E para tal precisamos pensar nisso com um pouco de distanciamento do patriotismo que normalmente nos toma conta a cada medalha. Seria errado também querermos nos comparar com potencias olímpicas do nível de EUA, China e Austrália. Ou seja, devemos nos ater a velha batalha contra nós mesmos, e assim, perceber que houve pouco ou nenhum crescimento no potencial olímpico brasileiro em relação à Atenas 2004.
Na Grécia o Brasil terminou os jogos com um saldo de 10 medalhas. Sendo 5 de ouro, 2 de prata e 3 de bronze. Por um lado, já superamos nosso total de bronze, e já garantimos as 2 pratas (que provavelmente se converterão em ouro), mas as chances de ficarmos devendo medalhas de ouro são grandes. Contudo, o real problema é que o padrão de esportes com medalha se repete Olimpíada após Olimpíada. Mesmo na decepcionante participação em Sidney, o Brasil manteve as mesmas fontes de premiação. Vela, vôlei de quadra e praia, judô, hipismo e futebol, e o mais preocupante é que em vela e hipismo dependemos de um pouco número de atletas (no hipismo, apenas um) em esportes cujo custo é muito alto, dificultando assim o aparecimento de novas promessas. No futebol, o Brasil vêm se consolidando como uma grande potência no feminino, enquanto a modalidade masculina corre sério risco de ficar fora dos jogos a partir de 2012. Já o judô e as modalidades de vôlei se fixaram como tradicionais potências olímpicas, embora o primeiro esteja passando um sério jejum de medalhas douradas.
"Investir no esporte rende medalhas, recordes e um Brasil melhor"A questão que fica agora é: qual avaliação pode ser tirada da nossa participação nos jogos? E para tal precisamos pensar nisso com um pouco de distanciamento do patriotismo que normalmente nos toma conta a cada medalha. Seria errado também querermos nos comparar com potencias olímpicas do nível de EUA, China e Austrália. Ou seja, devemos nos ater a velha batalha contra nós mesmos, e assim, perceber que houve pouco ou nenhum crescimento no potencial olímpico brasileiro em relação à Atenas 2004.
Na Grécia o Brasil terminou os jogos com um saldo de 10 medalhas. Sendo 5 de ouro, 2 de prata e 3 de bronze. Por um lado, já superamos nosso total de bronze, e já garantimos as 2 pratas (que provavelmente se converterão em ouro), mas as chances de ficarmos devendo medalhas de ouro são grandes. Contudo, o real problema é que o padrão de esportes com medalha se repete Olimpíada após Olimpíada. Mesmo na decepcionante participação em Sidney, o Brasil manteve as mesmas fontes de premiação. Vela, vôlei de quadra e praia, judô, hipismo e futebol, e o mais preocupante é que em vela e hipismo dependemos de um pouco número de atletas (no hipismo, apenas um) em esportes cujo custo é muito alto, dificultando assim o aparecimento de novas promessas. No futebol, o Brasil vêm se consolidando como uma grande potência no feminino, enquanto a modalidade masculina corre sério risco de ficar fora dos jogos a partir de 2012. Já o judô e as modalidades de vôlei se fixaram como tradicionais potências olímpicas, embora o primeiro esteja passando um sério jejum de medalhas douradas.
A notícia boa é o aparecimento de esportes que, se manterem o atual ritmo de evolução, podem vir a trazer medalhas em jogos futuros. O Brasil, que passava por uma crise no atletismo desde a aposentadoria de estrelas, pode recuperar algumas medalhas no salto triplo, salto a distancia e salto com vara. A natação que parecia destinada ao esquecimento após o fim da era Gustavo Borges e Xuxa renasceu das cinzas graças a César Cielo, mas tal caso não reflete uma melhora no investimento neste esporte. Investimento? Essa é a grande questão que ficará em nossas cabeças após o fim dos jogos. Qual é a real participação do Governo Federal e do COB nas medalhas conquistadas por nossos atletas? E será que enviar a maior delegação de todos os tempos é reflexo de qualquer melhora na estrutura brasileira?
É muito estranho que um país como o Brasil, com 190 milhões de habitantes e um verdadeiro berço para atletas talentosos fique atrás de países como Ucrânia, Romênia e Suíça no quadro de medalhas. É muito estranho também que o senhor Carlos Arthur Nuzman pose ao lado de atletas vencedores como Rodrigo Pessoa e Robert Scheidt e até mesmo como provavelmente fará com César Cielo, já que tais conquistas não tiveram mérito nenhum do programa de incentivo ao esporte do governo. Mais estranho ainda é a forma como uma chuva de medalhas no Pan invariavelmente se transforma em decepção nas olimpíadas, e isto ainda surpreende o COB. Ou será que o Comitê Olímpico Brasileiro não tem real noção de nosso tamanho? E por fim a grande questão: Como um país que não consegue ou não quer dar apóio algum a seus atletas, que sofrem com a falta de patrocínio e infra-estrutura para treinar, tem a pretensão de sediar uma Olimpíada em 2016? Seriam os atletas estrangeiros melhor tratados que nossos próprios? Enfim, são questões que ficam e dificilmente são respondidas. O COB e o Ministério dos Esportes provavelmente tomarão os louros das poucas conquistas para si, enquanto dirão que os fracassos fazem parte do processo de evolução. Enquanto isso nossos atletas, verdadeiros heróis, voltarão a sua dura rotina, após os flashs das câmeras pararem e eles saírem da pauta.
É muito estranho que um país como o Brasil, com 190 milhões de habitantes e um verdadeiro berço para atletas talentosos fique atrás de países como Ucrânia, Romênia e Suíça no quadro de medalhas. É muito estranho também que o senhor Carlos Arthur Nuzman pose ao lado de atletas vencedores como Rodrigo Pessoa e Robert Scheidt e até mesmo como provavelmente fará com César Cielo, já que tais conquistas não tiveram mérito nenhum do programa de incentivo ao esporte do governo. Mais estranho ainda é a forma como uma chuva de medalhas no Pan invariavelmente se transforma em decepção nas olimpíadas, e isto ainda surpreende o COB. Ou será que o Comitê Olímpico Brasileiro não tem real noção de nosso tamanho? E por fim a grande questão: Como um país que não consegue ou não quer dar apóio algum a seus atletas, que sofrem com a falta de patrocínio e infra-estrutura para treinar, tem a pretensão de sediar uma Olimpíada em 2016? Seriam os atletas estrangeiros melhor tratados que nossos próprios? Enfim, são questões que ficam e dificilmente são respondidas. O COB e o Ministério dos Esportes provavelmente tomarão os louros das poucas conquistas para si, enquanto dirão que os fracassos fazem parte do processo de evolução. Enquanto isso nossos atletas, verdadeiros heróis, voltarão a sua dura rotina, após os flashs das câmeras pararem e eles saírem da pauta.
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