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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Dream Theater fez a coroação de um novo líder em São Paulo

Texto e fotos: Pedro Zambarda


Com um show de três horas de duração, o Dream Theater marcou sua sétima passagem pelo Brasil agradando gregos e troianos no dia 4 de outubro dentro do Espaço das Américas, São Paulo. Para os fãs da fase clássica da banda, músicas da era Mike Portnoy foram executados com precisão e respeito. Para os novos adeptos do gigante do metal progressivo, já com Mike Mangini na bateria, novas composições foram apresentadas com direito a videoclipes.


O show abriu com uma animação envolvendo as capas dos álbuns do grupo e "False Awakening Suite", a abertura instrumental pesada do novo disco "Dream Theater" (2013), seguida por "The Enemy Inside" tocada junto com o videoclipe original. A banda investiu em músicas recentes no começo da apresentação, abordando os atentados de Boston ocorridos nos EUA no ano passado e os problemas com veteranos das guerras do Afeganistão e do Iraque. Sete composições das nove tocadas inicialmente eram de 2011 para frente.


A banda fez uma coroação neste show, assim como está fazendo em toda a turnê: O novo líder do Dream Theater é o guitarrista John Petrucci. Com sua guitarra customizada JPS Majesty, da Ernie Ball Music Man, o instrumentista norte-americano com cara de Jesus Cristo barbudo abusou de solos encorpados e mais eletrônicos em um equipamento novo. O solo de Petrucci, que ocorreu logo após de "Looking Glass", misturou harmônicos e velocidade com um palco colorido que mudava de cor de acordo com suas improvisações. Suavemente, e dominando seu instrumento, John Petrucci transformou uma participação solo de sua guitarra elétrica na introdução de "Trial of Tears", música clássica do disco "Falling Into Infinity" (1997).


Mas a coroação de John Petrucci não seria completa sem a voz de James LaBrie, que cantou afinado os clássicos e as músicas da nova geração de fãs do DT. LaBrie trocou a palavra New York da letra de "Trial of Tears" por São Paulo. Um destaque especial foi a atuação do cantor em Space-Dye Vest, logo após de anunciar uma série de músicas em homenagem ao disco "Awake" (1994). James LaBrie sentou-se próximo do tecladista Jordan Rudess e usou suas cordas vocais com sentimento, em sincronia com o teclado e as explosões da guitarra.


A dupla LaBrie e Petrucci também mostrou garra e perfeccionismo em "The Mirror" e "Lie", músicas antigas que foram executadas com perfeição. James LaBrie saiu do palco todas as vezes em que as músicas instrumentais eram executadas, como foi o caso da novíssima "Enigma Machine". Nesta faixa, utilizando animações parecidas com as da turnê de 2008 do disco "Systematic Chaos" (2007), o Dream Theater criou animações que mostraram a banda enfrentando um enorme dragão negro das máquinas. A sequência parecia a de um jogo de videogame ao vivo.



Antes de tocar "Awake", álbum que completou 20 anos exatamente no dia do show em São Paulo, o Dream Theater tocou "Breaking All Illusions" de maneira bem high-tech, com animações que mostram a degradação das grandes cidades, do dinheiro e da tecnologia. A mensagem da composição estava em sintonia com a banda de metal progressivo, que mistura virtuosismo instrumental com comunicação contemporânea.


O tecladista Jordan Rudess teve uma participação fundamental em faixas como "Illumination Theory", que durou mais de 22 minutos assim como no disco "Dream Theater". Rudess é responsável pelo mergulho da banda nos efeitos digitais, sobretudo com solos que são executados tanto no seu teclado giratório, quanto em outro de mão ou em seu aplicativo no iPad. O instrumentista é responsável pelos temperos que dão ares futuristas ao som do DT.


O intervalo de 15 minutos que o Dream Theater deu no meio de seu show foi um dos melhores que vi em minha vida. A banda exibiu vídeos engraçados no YouTube, os melhores covers de seus clássicos na internet e até propagandas humorísticas com seus integrantes transformados em bonecos de ação.


O baterista Mike Mangini se manteve mais escondido na bateria, mas o som estava bem regulado e foi possível ouvir nuances em sua percussão, que é diferente do estilo ritmado de Mike Portnoy. Mangini se dá melhor em músicas de alta velocidade, dominando com maestria a cozinha com o baixista John Myung. E conquistou os brasileiros com seu calçado verde exótico após o final do show. E que final, devo dizer.


A banda tocou em sequência as músicas "Overture 1928", "Strange Déjà Vu", "The Dance of Eternity" (sem Liquid Tension Experiment) e "Finally Free", composições inesquecíveis do álbum "Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory (1999)".


Eu tenho uma relação pessoal com o Dream Theater. A banda surgiu em 1985, mas lançou seu primeiro trabalho, "When Dream and Day Unite", no ano em que eu nasci - 1989. Este é o quinto show que vou deles, depois de 2005, 2008, 2010 e 2012. Só não fui em duas apresentações do grupo em 1998.


Consigo afirmar com todas as letras que esta foi a melhor performance da banda mais famosa do heavy metal progressivo no Brasil. E isso certamente se deu graças à coroação de John Petrucci como novo líder do grupo, após a saída traumática do fundador e baterista Mike Portnoy em 2011.

Dream Theater é uma banda que desagradará os tios mais velhos que preferem punk rock, além dos moleques mais novos que preferem músicas mais simples no rock. No entanto, é um grupo que estará no coração dos guitarristas e bateristas de YouTube, que estudam música instrumental pesada para tocá-la até a perfeição.

Confira o setlist da apresentação em São Paulo:

False Awakening Suite
The Enemy Inside
Shattered Fortress
In The Back of Angels
Looking Glass
Solo de John Petrucci, com harmônicos, palco colorido e velocidade
Trial of Tears
Enigma Machine, com animação dos integrantes em cartoon
Solo de Mike Mangini
Volta de Enigma Machine
Along for the Ride
Breaking All Illusions

Pausa de 15 minutos

The Mirror
Lie
Lifting Shadows of a Dream
Scarred
Space-Dye Vest
Illumination Theory

Bis:
Overture 1928
Strange Déjà Vu
The Dance of Eternity
Finally Free

sábado, 2 de agosto de 2014

Dream Theater: Turnê brasileira tem sete cidades em 2014

Por Pedro Zambarda

O quinteto de metal progressivo Dream Theater irá realizar alguns shows no Brasil, com datas programadas. Os shows vão promover o disco "Dream Theater". As apresentações confirmadas são:



30/09 - Porto Alegre/RS - Pepsi on Stage
02/10 - Curitiba/PR - Master Hall
04/10 - São Paulo/SP - Espaço das Américas
05/10 - Rio de Janeiro/RJ - Vivo Rio
07/10 - Brasilia/DF - Net Live Brasilia
10/10 - Recife/PE - Chevrolet Hall
11/10 - Fortaleza/CE - Centro de Eventos do Ceara

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dream Theater retorna ao Brasil para apresentar "Dream Theater"

Por Pedro Zambarda

Dream Theater virá pela quinta vez ao Brasil entre o final de setembro e o início de outubro. Informação é do jornal Destak. É a segunda apresentação da banda com o novo baterista Mike Mangini no lugar do fundador Mike Portnoy.


O DT veio em turnê  em agosto de 2012 promovendo o disco "A Dramatic Turn of Events", de 2011. O quinteto tocou em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília.

A banda faz turnês regulares no Brasil desde 1990, quando era uma das atrações da edição de 1998 do festival Monsters of Rock em São Paulo. No entanto, sem ser em festivais, esta é a quinta vez do grupo em terras brasileiras.


A banda pretende levar as músicas de seu novo álbum "Dream Theater", lançado no ano passado. O álbum é bem avaliado por trazer os principais elementos da banda e buscar resumi-la em uma sonoridade renovada, sem muitos conceitos complicados, mas com todos os elementos do rock e do metal progressivo.

Depois deste trabalho, ainda saiu o DVD "Live at Luna Park", gravado ao vivo na Argentina, na turnê de 2012.

Entre os integrantes, o vocalista James LaBrie é um dos cotados para voltar ao Brasil em novembro, para um show do projeto Metal All Stars.

Via Whiplash.net e Destak

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Os 10 melhores discos de 2012 segundo James LaBrie, Jordan Rudess e John Petrucci

Três dos cinco integrantes do Dream Theater elegeram dez discos como os melhores de 2012. Apesar de serem músicos e instrumentistas do heavy metal progressivo, as escolhas foram além do nicho musical deles. Confira o top 10 de James LaBrie, Jordan Rudess e John Petrucci.


James LaBrie, cantor:

1. Rush - Clockwork Angels
2. Neon Trees - Picture Show
3. Periphery - Periphery II: This Time It's Personal
4. Muse - The 2nd Law
5. Two Door Cinema Club - Beacon
6. Deftones - Koi No Yokan
7. Big Wreck - Albatross
8. The Killers - Battle Born
9. Grizzly Bear - Shields
10. Soundgarden - King Animal


Jordan Rudess, tecladista e pianista:

1. Squarepusher - Ufabulum
2. Sigur Ros - Valtari
3. Storm Corrosion - Storm Corrosion
4. Rush - Clockwork Angels
5. Steve Hackett - Genesis Revisited II
6. Daniel Jakubovic - Surrounded by a Million Goats
7. Echolyn - 2012
8. Tom Brislin - Hurry Up and Smell the Roses
9. Trevor Rabin - Jacaranda
10. The Flower Kings - Banks of Eden



John Petrucci, guitarrista:

1. Rush - Clockwork Angels
2. Periphery - Periphery II: This Time It's Personal
3. Muse - The 2nd Law
4. Mumford & Sons - Babel
5. Lamb of God - Resolution
6. Van Halen - A Different Kind of Truth
7. The Fray - Scars & Stories
8. Steve Vai - The Story of Light
9. Meshuggah - Koloss
10. Veil of Maya - Eclipse

Álbuns que os três músicos gostaram:

Rush - Clockwork Angels

Álbuns que James LaBrie e John Petrucci gostaram:

3. Muse - The 2nd Law

Informações obtidas na Roadrunner Records

domingo, 2 de setembro de 2012

Um novo Dream Theater, com um novo baterista, faz show em São Paulo


No mesmo dia em que o pop rock do Maroon 5 se apresentava no Anhembi, o metal progressivo do Dream Theater deu as caras no Credicard Hall. Confesso que, depois do último show em 2010, eu esperava apenas uma apresentação normal da banda, um espetáculo de virtuosismo que agradaria apenas aos fãs do gênero. Não foi nada do que eu vi nas mais de duas horas de apresentação no último dia 26 de agosto.


Para começar, a casa de shows estava lotada. O motivo? O sucesso do novo CD, A Dramatic Turn of Events - que foi lançado durante a polêmica saída de Mike Portnoy da banda -, e a estreia de Mike Mangini, o novo baterista do grupo. Para quem estava no meio da aglomeração, os roqueiros do DT fizeram um show que agradou quem bastante esperava mais do mesmo.


O palco, composto por três cubos ao fundo, fez um show de luzes e efeitos especiais que, apesar da forte luz, deram toda uma aparência renovada ao Dream Theater. O show foi iniciado e terminado com a trilha sonora de Hans Zimmer para o filme A Origem (Inception), o que deu um tom dramático e interessante para toda a musicalidade da banda, brincando com a ideia de "sonho".


Logo na primeira música, Bridges in the Sky, os músicos são apresentados como super-heróis, em uma animação similar a da turnê Systematic Chaos: o vocalista James LaBrie é um guerreiro que vence um dragão, Jordan Rudess é o mago dos teclados, John Petrucci é um deus do trovão que toca guitarra, o baixista John Myung é um ninja e, para finalizar, Mike Mangini é apresentado como uma espécie de místico. Essa transformação dos integrantes em desenho animado arrancou aplausos e simpatia do público antes dos primeiros acordes e todas as composições complexas do Dream Theater.


Não ficando apenas no material novo de A Dramatic Turn of Events, o DT passou por clássicos como 6:00, A Fortune in Lies, War Inside My Head e The Test that Stumped Them All. The Silent Man, do álbum Awake, foi um momento de relaxamento da banda, com um acústico bem executado entre John Petrucci e James LaBrie, acompanhado pelas distorções e todo o arranjo de Jordan Rudess.


Com a saída de Portnoy, nitidamente, a banda ficou sem um líder no palco e nas composições, mas eles, neste show em São Paulo, pareceram livres para experimentar novas sensações ao vivo. LaBrie, que normalmente é estático nas apresentações, livremente puxou o público da pista e do camarote para vibrar com suas canções. John Petrucci, Jordan Rudess e John Myung ficaram brincando e andando com suas guitarras, teclados e baixos no palco, interagindo entre si. Mas, dos cinco integrantes, o que estava mais à vontade era Mike Mangini. Com uma bateria que é construída até o teto, ele se viu livre para brincar com os pedais duplos e com técnicas pouco usuais com as baquetas. Mangini estava tão solto que conseguiu até comer uma banana durante o solo de bateria.


John Petrucci pareceu ser o músico próximo de um líder dessa nova fase do Dream Theater, embora não comandasse de forma explícita no palco. Sua guitarra em músicas novas como Outcry, do novo CD, e em outras composições antigas, como A Fortune in Lies, do When a Dream and Day Unite, soaram limpas e adequadas para casa fase da banda. A improvisação que ele criou em The Spirit Carries On foi digna de emoções e aplausos - e foi executada com total iniciativa e criatividade do músico.


James LaBrie também cantou usando o boné atirado por um dos fãs. Teve poucos problemas com a voz, se comparado com shows de turnês antigas, e parece estar aprendendo a usar mais as sonoridades graves ao vivo, abandonando um pouco os agudos excessivos. Jordan Rudess continua com excessos de efeitos dos teclados, soando muito diferente de Kevin Moore e seus antecessores. Mas ele consegue cativar o público que aprecia seu som.


Foi a quarta vez que vi Dream Theater ao vivo em São Paulo. E, desta vez, era uma nova banda no palco. Com novos rumos, mesmo com o vácuo deixado pela ausência do marcante baterista Mike Portnoy.

Fotos superiores: Pedro Zambarda. Fotos do palco, da grade: Priscila Kawana

Pedro Zambarda foi convidado ao show pela assessoria da Cielo. A análise do espetáculo não sofreu qualquer influência da empresa.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Dream Theater lança novo clipe sem músicos posando no vídeo


Ao contrário dos tradicionais clipes de heavy metal, com músicos tocando a toda velocidade e posando com seus cabelos compridos, a banda de prog metal Dream Theater apostou em um clipe que mostra apenas a letra da canção Build Me Up, Break Me Down, do álbum A Dramatic Turn Of Events.

Não sei se o resultado agrada 100% dos fãs, mas foge da normalidade e parece neutro diante de outras bandas do estilo, como Pain of Salvation ou Symphony X. E ai, o que você acha dessa iniciativa? Veja o clipe abaixo:




Via Whiplash

domingo, 10 de julho de 2011

O novo Dream Theater divulga música e novo CD na internet


A banda de metal progressivo Dream Theater, já sem o baterista Mike Portnoy, lançará no dia 13 de setembro o novo CD A Dramatic Turn of Events. Com a entrada do novo baterista Mike Mangini, o grupo aproveita para divulgar também a nova música que abre o álbum: On the Backs of Angels.

Confira o vídeo com a música completa, abaixo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A performance polêmica de Aquiles Priester na audição para o Dream Theater


Se você é fã do baterista brasileiro Aquiles Priester, da banda Angra, da banda Hangar ou tem problemas com críticos, saiba que este é apenas mais um texto de opinião (portanto, não leve tão a sério). Comentarei sobre a performance do músico na seleção do novo batera para a banda de prog metal Dream Theater. Ele não foi selecionado. E quais foram os possíveis motivos?

Primeira coisa que podemos notar no vídeo da Roadrunner Records (no fim deste post) é que Aquiles não fala fluente o inglês. Isso não é nada grave - e também não significa que ele não seja falante da língua estrangeira -, mas pode contar pontos contra na sintonia com a banda americana. Não acredito que a decisão do Dream Theater em excluí-lo da seleção tenha por base apenas isso, mas esse é um fator que dificulta a comunicação com os integrantes. Fica um clima diferente entre os membros, menos descontraídos, mais travados para tocar.

Outra coisa que salta aos olhos é o esforço que Aquiles fez praticando as músicas do DT. Isso conta pontos a favor no começo, com comentários deles elogiando o treino do profissional. No entanto, no final da performance de Dance of Eternity, Aquiles Priester erra o tempo na bateria. Um descuido comum? Sem dúvida. Mas pode ter sido um problema justamente do excesso do treino e da tensão.

Mike Portnoy era um baterista tão preciso e rápido quanto Aquiles, mas sabia flexibilizar seu modo de guiar as baquetas, tornando-se um instrumentista eclético. Priester, pelo contrário, só tocou em bandas com similaridades com o Angra. Nunca se aventurou em um cover de Beatles bem feito. Nunca fez uma música mais psicodélica, como o Transatlantic.

Por fim, faltou espontaneidade na improvisação de Aquiles Priester. O exercício que Jordan Rudess do Dream Theater fez foi pontual: Absorver uma melodia e devolver um ritmo agradável o mais rápido possível. Aquiles não deu uma resposta compatível durante a jam entre os instrumentos.

É muito triste saber que nosso baterista brasileiro não passou no teste do DT? É. Mas ainda não temos um batera com o nível de complexidade de Mike Portnoy conhecido no país. Aliás, há poucos músicos assim no mundo. Aquiles se equipara ao rival Ricardo Confessori, que está agora no Angra, e ao seu discípulo Eloy Casagrande, que toca com André Matos.

Ainda falta muito conhecimento para o baterista ao longo de sua carreira. E a velhice pode trazer um Aquiles diferente do que sabemos hoje em dia. É para esperar.

Assista aqui o vídeo até o tempo 4min25segs.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Um Dream Theater despreocupado com a crítica e mais melódico



O único disco do tecladista Derek Sherinian na banda de metal progressivo Dream Theater seria um trabalho, no mínimo, controverso dentro da história da banda. Não há grandes canções pesadas no CD Falling Into Infinity, lançado em 1997, mas sim uma banda que buscava um novo direcionamento, inovação e, acima de tudo, feeling nas músicas.

Teclados futuristas de Sherinian abrem o material com New Millenium que, acompanhado pela bateria constante de Mike Portnoy e com as entradas inspiradas da guitarra de John Petrucci, fala sobre a espera angustiante pelo novo milênio, a virada depois dos anos 2001. Era a música da época. Mesmo assim, o álbum teve uma recepção morna da crítica e do público, porque o Dream Theater não estava muito "pesado". Mas a banda estava melódica, progressiva, variada.

You Not Me é uma balada pop com refrão pegajoso feita para ser tocada em rádios, se não estivesse no CD errado do DT, do ponto de vista de quem avaliou em 97. Mesmo assim, a música consegue ser contagiante em seu coro e no seu vocal. Já Peruvian Skies é lenta, fala sobre assassinato e agressão de uma mulher, demora até crescer e ganha uma dimensão mais pesada. É uma música que, provavelmente, irá agradar fãs dos discos Awake e Images and Words, obras-primas do Dream Theater.

Quem rouba as atenções em Hollow Years é o guitarrista John Petrucci, com um som acústico que vai evoluindo, novamente, em outra canção. A música fala sobre superação, sobre amor e sobre temas simples que saem do sofrimento. É uma das composições mais bonitas do grupo, usando uma mensagem simples. Tem tanto apelo pop quanto You Not Me, mas pode conquistar um público ainda maior por sua profundidade.

Burning My Soul entra para a cota de canções repletas de refrões pesados que todo o CD do Dream Theater possui, embora ela não perca o teor melódico diante da leveza do restante do material. Hell´s Kitchen é uma música instrumental que é curta que conquista o ouvinte apenas pelo seu feeling. Essa é a essência de Falling Into Infinity.

Lines In The Sand já é uma composição mais complexa, com quebras de tempo e oscilações mais drásticas, mas mantendo a sensação agradável de todo o álbum. Fala sobre a criação de nossas crenças, usando a analogia do desenho das linhas na areia. Junto com Burning e Hell's Kitchen, as canções formam uma unidade melódica interessante.

Take Away My Pain e Just Let me Breath são duas músicas diferentes que abordam a libertação do homem de suas angústias existenciais. Uma apela para a balada acalma, enquanto a segunda conduz um ritmo mais pesado, apontando o vazio como uma solução. Anna Lee encerra o ciclo dessas canções falando do sofrimento de uma mulher que é incompreensível para o narrador do CD, com cicatrizes incuráveis.

O material se encerra melancólico, melódico e com um pingo de esperança em Trial of Tears. Dividida em três partes, a música narra uma chuva que se confunde com a depressão do próprio narrador, mostrando os paradoxos de nossos sofrimentos. Mostrando que pode chover até mesmo no paraíso. Falling Into Infinity vale ser ouvido porque é um álbum pouco valorizado, por ser "leve demais", e porque é profundo e atraente nos temas que aborda, de maneira imples.

Derek Sherinian participou do EP histórico Change of Seasons e do disco ao vivo Once in a LIVEtime. Mesmo assim, nada se compara ao trabalho dele em Falling Into Infinity.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A "máquina de bateria" nova do Dream Theater


O programa da emissora Discovery chamado "Super-Câmera" ("Time Warp") mostra o desempenho de Mike Mangini, o novo baterista do Dream Theater, com seus instrumentos. O vídeo está abaixo para você dar uma conferida e mostra como Mangini é um monstro de velocidade, chegando até 1247 batidas por segundo, utilizando apenas a força de seus pulsos.

A banda de metal progressivo está em boas mãos?



Fonte: Whiplash.net

sábado, 30 de abril de 2011

O "reality show" que o Dream Theater fez para escolher seu baterista. Foi necessário?




A banda de metal progressivo Dream Theater liberou, nessa semana, vídeos com um verdadeiro reality show para escolher um novo baterista. Ano passado, o músico Mike Portnoy anunciou que estava saindo da banda, porque queria dar uma trégua nas gravações e o grupo resolveu seguir sem ele. Com brigas divulgas na imprensa, o DT estampou a capa de sites como Blabbermouth e a revista Classic Rock presents Prog.

Confira, abaixo, a lista dos sete candidatos ao post de Mike Portnoy:

- Aquiles Priester, 39 anos, ex-Angra e Paul Di´Anno, atual Hangar.
- Peter Wildoer, 36 anos, do Darkane.
- Marco Minnemann, 40 anos, ex-Kreator, ex-Necrophagist, ex-Ephel Duath e já tocou Joe Satriani.
- Virgil Donati, 52 anos, do Planet X e do Seven The Hardway.
- Derek Roddy, 38 anos, do Hate Eternal, Nile e Today is The Day.
- Mike Mangini, 48 anos, ex-Steve Vai, ex-Extreme e ex-Annihilator.
- Thomas Lang, 43 anos, ex-John Wetton, tocou com Roberto Fripp e Glenn Hughes.

As audições, no final, mostraram um Derek Roddy muito fraco e duro para o estilo do Dream Theater, um Aquiles Priester que mal sabia falar inglês e que se deu mal no jam de instrumentos (muito mais do que sua falha em Dance of Eternity). Ficou a pergunta, assistindo aos vídeos: Era necessário mesmo expôr sete artistas para ocupar o posto de uma banda, numa nítida jogada de marketing para um novo CD?

No final, a banda ficou entre Mike Mangini, com perfil bem parecido com o peso e a versatilidade de Mike Portnoy, e Marco Minnemann, que foge dos padrões, apesar de fazer bem as versões originais das músicas. O Dream Theater optou pela segurança de Mangini, que é amigo pessoal de Portnoy e, possivelmente, honraria sua memória. O ruim é que o próximo álbum pode ser uma mesmice, considerando que o DT sendo um dos melhores grupos da atualidade em inovação musical.

Quer conferir o show que a banda fez na internet com a seleção? Veja todos os vídeos aqui e tire suas conclusões. No ar, fica a questão se isso realmente foi necessário. Se foi, o próximo álbum será fora de série. E é isso que os fãs esperam.

sábado, 2 de outubro de 2010

E o metal progressivo muda

Notícia velha, mas não custa escrever sobre.

Dia 8 de setembro, o baterista Michael (Mike) Stephen Portnoy deixou a banda Dream Theater. Ele, queria um hiato na banda. John Petrucci, Jordan Rudess, James LaBrie e John Myung queriam continuar gravando CDs ininterruptamente.

Certamente a separação deve ter envolvido brigas e desentendimentos entre esses caras, que são os melhores músicos do metal progressivo internacional. No entanto, as notícias deram a entender que Mike apenas saiu para ter seu tempo. E que o novo baterista será temporário.

Dream Theater é um marco na música internacional que, sem dúvida, teve grande parte do seu nome construído por Portnoy. O baterista permitiu a seu pai que nomeasse a banda, caracterizou seu som com uma percurssão pesada e quebrada em seu tempo.

Ter a notícia de um dos músicos formadores do estilo teve que sair de sua banda matriz é triste. O DT prolongou uma tendência iniciada pelo Rush, Genesis e Yes nos anos 1960. Muitos fãs se exaltaram e tentaram atribuir o acontecimento aos projetos paralelos de Portnoy: Na banda de heavy metal Avenged Sevelfold, ou no projeto de ícones do rock progressivo Transatlantic.

Essa crise entre fãs e as mudanças no prog é um pouco triste, mas isso deve se apaziguar nos próximos dias.

domingo, 16 de maio de 2010

Unidos pelo Rock Progressivo


O baterista Mike Portnoy vivia um dos seus ápices na banda Dream Theater em 1999: com o lançamento de Metrópolis pt. II: Scenes from a Memory, o grupo alcançou tanto o sucesso com pessoas fora do metal progressivo quanto seus fãs mais exigentes. Neal Morse, por outro lado, havia lançado o CD Day for Night no mesmo ano, sem tanto sucesso. Ambos decidiram, por afinidades musicais e oportunidade de tocarem juntos, formar o supergrupo Transatlantic, reunindo músicos diferentes com o mesmo apreço pelo rock progressivo.

A banda se completou com a guitarra solo inconfundível de Roine Tolt, do The Flower Kings, e com o baixista Peter Trevawas, do famoso Marillion. O trabalho de estréia do grupo, SMPTe, foi lançado em 2000 com excelente aceitação da crítica. Esse CD não trazia nenhum conceito mirabolante no título, que são apenas as iniciais dos integrantes. No entanto, seu conteúdo é um profundo entrosamento e vários jams entre os músicos envolvidos.

Dividido entre cinco músicas, o material não decepciona nem os fãs de metal, ligados a Mike Portnoy, e nem os fãs do progressivo elaborado, e algumas vezes leve, de Neal Morse. All of the Above abre o CD com uma guitarra que oscila do abafado para o melodioso rapidamente, enquanto o teclado dá um tom moderno e até futurista para a música. Música dividida em cinco partes - "Full Moon Rising", "October Winds", "Camouflaged in Blue", "Half Alive", "Undying Love" e "Full Moon Rising (Reprise)" -, a abertura fala sobre a renovação que o outono traz, entre todas as estações do ano. O vocal agradável de Morse dá ritmo e harmonia com toda a riqueza instrumental de uma música que fala sobre clima, sobre sensação. No meio do instrumental, um jam entre o teclado/piano com a bateria é nítido, dando também um tom jazzístico para a composição, com capricho de Portnoy, Roine Tolt e Peter Trevawas. A música é extensa, com meia hora de duração, mas não cansa em nenhum momento, por ser contagiante.

We All Need Some Light é a segunda música, traduzindo a relação de Neal Morse com o cristianismo. Com uma ambientação acústica e espiritual, a canção fala sobre a necessidade da iluminação em nossas vidas, passada de uma maneira simples e direta. Para quem não gosta de rock progressivo, essa música é de fácil digestão, além de ser uma excelente balada da banda. Segue-se a distorcida e pesada Mistery Train, que expressa os dilemas do acaso na vida. As músicas do Transatlantic permanecem nessas temáticas simples e diretas até o final do CD, sem perder a empolgação com a riqueza dos instrumentos.

Mas Morse aprofunda as letras em My New World, que transforma a temática de renovação de All From Above em um clímax. O Transatlantic passa nessa música a mensagem de que uma criança pode criar um universo inteiramente novo depois de perder a inocência, de ver a guerra. Ambientado no Vietnã, nos anos 60, a canção é uma crise que existe até hoje da "geração Woodstock" e o mundo globalizado que surgiu depois da Guerra Fria.

Por fim, In Held (Twas) in I é um cover épico da banda Procol Harum, de 1967. Falando sobre loucura e de um encontro espiritual com Dalai Lama, a música retoma a temática de renovação, mas com um instrumental muito mais dramático. Sem dúvida, é uma excelente maneira de encerrar o CD, em diversas melodias entre todos os instrumentos. Um material para ser lembrado.

Se você não conhece muito sobre rock progressivo, SMPTe é um ótimo disco para começar. Não se intimide com o tamanho das músicas e ouça, como se não tivesse compromisso algum. Neal Morse faz um excelente trabalho como vocalista, agradando qualquer pessoa que tiver a chance de ouví-lo, junto com músicos de primeira qualidade. É uma audição agradável, com certo peso e uma construção de muita qualidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Mike Portnoy em turnê com Avenged Sevenfold


Às 21h30 de hoje, dia 4 de maio, Mike Portnoy, o baterista da banda de metal progressivo Dream Theater, escreveu em seu microblog Twitter que é oficial sua turnê com a banda Avenged Sevenfold. Os Sevenfold sofreram ano passado, em dezembro, com a perda do baterista oficial James Sullivan por causas ainda desconhecidas.

Cerca de uma hora antes de anunciar no Twitter, Portnoy postou a mesma notícia no fórum de seu site oficial, que atraiu comentários positivos de fãs.

Agora resta pensar: o som do Avenged Sevenfold (AX7F) será a mesma coisa com a entrada do baterista habilidoso do Dream Theater? É esperar pra ver.

Nota adicional: Portnoy gravou parte das baterias do novo CD do AX7F. Uma mudança na banda? Cedo para dizer.

domingo, 28 de março de 2010

A rotina de ver Dream Theater no Brasil


Ver Dream Theater pela terceira vez na vida torna esse acontecimento uma rotina, mas não retira a magia e a novidade dele. Eu esperava de Mike Portnoy, James LaBrie, John Petrucci, John Myung e Jordan Rudess a mesma qualidade de performances que assisto desde 2005, executando com fidelidade músicas que definiram minha adolescência e começo da fase adulta. Mesmo com um palco simples, com panos que simulavam nuvens, que os fãs acharam pobres em relação às formigas e ao farol do show de 2008, a energia tomou conta de todos em 19 de março, quando A Nightmare To Remember começou a ser executada, às 22h30.

Com tranças nas primeiras músicas, o baterista Mike Portnoy tocava com entusiasmo e força, falando constantemente com o público. Seu vocal está em plena forma, assim como suas viradas e técnica melhorada ao longo dos anos. Me decepcionei apenas pelo fim de The Prophets of War, música cantada em coro por todos com sua letra mostrada no telão, terminar com uma gravação da letra, e não com voz do batera.

John Petrucci fez um solo que abusou de bends e uma guitarra limpa logo após de A Rite of Passage. Para as pessoas que normalmente acusam o guitarrista de não possuir técnica, de "fritar" ou tocar rápido demais, seu instrumental cativou todos os presentes. O último álbum, Black Cloud & Silver Linings, mostrou sua capacidade com cordas. Ao vivo, na turnê desse trabalho, não provou ser diferente.

Jordan Rudess mostrou a diversidade de efeitos e técnica em seu teclado na improvisação após o Medley Pull Me Under/Metropolis. Nesse momento do show, próximo do final e da épica (e longa) música The Count of Tuscany, Rudess abusou dos efeitos com uma bateria extremamente rápida de Portnoy, puxando toda a banda para tocar rápido seus instrumentos. O show de guitarra, baixo, bateria e teclado não soou pretensioso, mas intenso.

Diferente desses músicos, que mantiveram sua qualidade e trouxeram novidades, James LaBrie me decepcionou um pouco. Nos últimos shows e desde o CD Octavarium, seu vocal parecia apelar menos para falsete e notas altas, ganhando uma substância na voz. Na apresentação do dia 19, sua voz sumiu em músicas calmas como Hollow Years. Seu trabalho como cantor é sempre tema de polêmica para fãs.

Por fim, John Myung estava sonoramente apagado em Black Cloud & Silver Linings, tocando músicas que não valorizam o contrabaixo. No show, além de continuar pouco notável, o baixista estava imóvel como sempre, sem chamar muito a atenção do público. Seu trabalho como músico é notável, mas ele poderia criar material que evidenciasse o baixo.

Mesmo que muitas coisas desagradem muitas pessoas, é um privilégio ver isso três vezes, de três maneiras diferentes. Pude testemunhar o crescimento da maior banda de heavy metal progressivo nestes cinco anos, e espero pelo quarto, quinto e sexto show. Vou o máximo de apresentações que puder. Este testemunho é a minha forma de demonstrar sinceridade com essa banda, e, ao mesmo tempo, estimular os fãs de rock, metal e todo o gênero musical a curtir, com carinho, seus músicos favoritos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dream Theater - turnê no Brasil em 2010

Segundo a Whiplash.net e o site oficial da banda, o Dream Theater marcou 4 datas para tocar no Brasil. No dia 16 de março eles estarão no Pepsi on Stage, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; 18 de março no Master Hall, em Curitiba, Paraná; 19 de março no Credicard Hall, em São Paulo; e dia 20 de março no Citibank Hall, Rio de Janeiro.

Vindos do Berklee College of Music, em Boston, nos EUA, desde 1988 a banda tem fama internacional por um heavy metal com influências de rock progressivo. Abaixo, você pode conferir a versão ao vivo de uma das músicas do mais recente álbum deles, Black Clouds and Silver Linings, que já foi resenhado no Bola. Confira:


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Passagem das Trevas para a Luz

Trazendo temas pessoais, dando destaque para solos de guitarra com feeling e com poucas músicas, mas bem progressivas, o Dream Theater revive elementos que cativam os fãs, sem perder o passo em direção ao futuro. As trevas, o peso e a agressividade estão em sintonia com a luz de muitas melodias de Black Cloud & Silver Linings, lançamento de junho de 2009 e receita de uma banda elaborada que continua aclamada por um público fiel.

Por Pedro Zambarda

A Nightmare to Remember é um óbvio retorno às origens do DT: Metallica. Mas a música não é uma cópia, pois apenas tem alguma inspiração no pessoal do thrash metal, ainda tendo sua característica mais progressiva. Portnoy provavelmente estava satisfeito com o lançamento de Death Magnetic e fez um trabalho nessa faixa que abusa do pedal duplo, parecido com a trupe de Hetfield em ...And Justice For All. Os teclados de Jordan Rudess possuem uma variedade de efeitos que fez parte de Systematic Chaos. Muito efeito wah-wah vem da guitarra de Petrucci. Mas há problemas também no instrumental, principalmente no baixo de Myung, que some no meio de uma bateria exagerada. LaBrie está em forma e mostra de cara. Não abusa de agudos e não desaparece, marcando as músicas com sua personalidade.

A nightmare to remember / I'd never be the same / What began as laughter /So soon would turn to pain. Essa faixa tem tantas nuances e uma diversidade que até o próprio Mike Portnoy, sem largar as baquetas, arrisca cantar por volta do tempo 10min. A voz dele dá uma quebra fundamental na canção. A música tem pausa no ritmo frenético por volta dos 4min e passa realmente a impressão de estar em um pesadelo, em um acidente de carro. In peaceful sedation I lay half awake / And thought of the panic inside starts to fade /Hopelessly drifting / Bathing in beautiful agony. Começo, meio e final lindos, por mais que se fale em tragédia.

Depois desse retorno ao peso e ao heavy metal que sempre foram bases do Dream Theater, A Rite Of Passage é uma balada grudenta sobre as passagens da vida e com letra mais positiva em relação à música anterior, mas ainda com um peso e virtuose que a deixa respeitável para fãs do progressivo. Traz na letra, também, referências claras a maçonaria e nenhuma aos integrantes da banda, desembocando em outros assuntos. Turn the key / Walk through the gate / The great ascent / To reach a higher state /A rite of passage. John Petrucci está realmente equipado com pedais, mas não deixa de usar escalas elaboradas em um solo, enquanto Portnoy resolve reduzir o ritmo sem perder qualidade. LaBrie sobe um pouco a voz, sem se comprometer, e, infelizmente, Myung continua apagado.

Wither não é rica instrumentalmente, mas acerta em outra balada marcante e uma letra mais soft (e é a mais curta do álbum, 5min25s). Lembra I Walk Beside You, do Octavarium, que ainda desperta a raiva dos devotos da primeira fase da banda, mas é acessível a fãs de outros estilos. I wither /And render myself helpless / I give in /And everything is clear / I breakdown / And let the story guide me / I wither / And give myself away. LaBrie canta com naturalidade e à vontade, com o coro de vocais de fundo formado por John Petrucci e Mike Portnoy.

A distorção mais pesada da guitarra anuncia a próxima música, acompanhada por intervenções do teclado. The Shattered Fortress traz riffs de músicas anteriores do DT para encerrar a chamada “saga da cachaça”, amplamente divulgada na internet. Com passagens de The Glass Prison, do antológico Six Degress Of Inner Turbulence, e The Root of All Evil, do CD Octavarium, a letra trata sobre reabilitação durante o alcoolismo, feita por Mike Portnoy no melhor estilo "Eric Clapton" de compôr e transmitir mensagens sobre o tema dos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos. I am responsible / When anyone, anywhere / Reaches out for help / I want my hand to be there são nitidamente frases de apoio aos que não conseguem se livrar do álcool e aos reabilitados que desejam ajudar (caso do próprio Portnoy).

The Best of Times é uma das mais belas melodias criadas para a guitarra. A banda em si se aquieta nessa música. Rudess começa com um teclado acompanhado por violino, enquanto, aos poucos Petrucci surge com um violão. LaBrie quebra a introdução leve em dueto com Portnoy. A letra resgata o passado do pai de Mike Portnoy e é uma homenagem a sua morte recente (começo de 2009). O encerramento dela é que decepciona um pouco: Petrucci executa um solo de guitarra de dar inveja, mas, ao invés de ser prolongado, ele é bruscamente interrompido.

Com arranjos típicos de Rush, uma novidade para o Dream Theater, The Count of Tuscany fecha muito bem essas 6 músicas. Sendo a mais longa de todas as faixas (cerca de 19min16s), a música pode ser facilmente dividida em três partes. O começo traz a melodia principal, sendo interrompido por um refrão muito mais pesado de LaBrie e Portnoy, como vozes. Entre as passagens do refrão, teclado que lembra Scenes From a Memory e até Images and Words. Não é uma volta completa ao passado, mas agrada muitos fãs.

O tema que encerra o CD é sobre a cidade natal de John Petrucci, Tuscany, trazendo histórias de seu passado familiar e outros detalhes. Linda é a seqüência que segue pelas frases Of course you're free to go / Go and tell the world my story / Tell them about my brother /Tell them about me / The Count of Tuscany. A parte final segue um outro solo de guitarra tão inspirado quanto em The Best of Times, mas retomando, aos poucos, a primeira melodia.

Esse álbum não consegue o mesmo sucesso de um EP como Change of Seasons, mas é bonito como ele trata bem de temas particulares de dois integrantes fundamentais da banda - Portnoy e Petrucci - e aborda o tema da iluminação de maneira concreta. Agora é esperar que eles mantenham LaBrie com a mesma qualidade vocal dos últimos álbuns e, finalmente, que dêem maior destaque a John Myung, principal prejudicado nos últimos lançamentos, deixado de lado nas composições.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Novo material da banda Dream Theater mais pesado para 2009



No vídeo acima, é possível conferir um copilado de trechos misturados do novo álbum da banda de metal progressivo Dream Theater. Segundo outro vídeo, que tem as vozes do baterista Mike Portnoy e do guitarrista John Petrucci, produtores do material, no programa de rádio Friday´s Night Show (de Eddie Trunk), as músicas estão sendo mixadas hoje, nesta segunda-feira.

Para os fãs, é uma excelente notícia de uma banda que não costuma decepcionar em serviço, por mais críticas que recebam.

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