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sábado, 14 de julho de 2012

O que é uma Comic-Con?



Está ocorrendo entre os dias 12 e 15 deste mês de julho a Comic-Con. Evento reúne em San Diego os fãs de quadrinhos, filmes e cultura pop para participarem de palestras com atores, diretores e produtores de filmes como Crepúsculo e Batman, além de seriados como Game of Thrones, Dexter e Big Bang Theory. Os visitantes costumam ir com fantasias de seus personagens favoritos. Mas essa feira sempre foi assim?

Comic-Con tem mais de quarenta anos. Foi um evento de verão criado em 1970 nos EUA para que fãs de quadrinhos, mangás e todas os desenhos animados pudessem compartilhar seus vícios e paixões. Os fundadores foram Shel Dorf, que morreu aos 76 anos, Richard Alf, que morreu neste ano aos 59 anos, e Ken Krueger, que faleceu em 2009, aos 83 anos. Eles eram revendedores e colecionadores de HQs e de livros de ficção científica, uma moda da época que continua até hoje.

Com a decadência da venda de quadrinhos mundialmente, o evento foi cada vez se tornando mais voltado ao cinema e ao mundo do entretenimento. Os super-heróis como Batman, Homem-Aranha e Super-Homem voltaram aos estandes da Comic-Con através de seus filmes, que se tornaram sucessos de bilheteria, superando clássicos cinematográficos.

Outra mudança recente no evento é o número de seriados de televisão apresentados, que já superam o cinema. Em 2011, a Comic-Con teve 80 programas de TV foram apresentados, comparando com apenas 35 filmes divulgados.

Alguns podem dizer que, com o tempo, o evento sofreu transformações drásticas. Mas vale lembrar que os 20 maiores faturamentos nos cinemas incluem os filmes Os Vingadores e Batman: O Cavaleiro das Trevas. Por isso, mesmo em outra mídia, as criações dos quadrinhos permanecem vivas, o que sempre favorece novas Comic-Cons nos Estados Unidos, que reúnem os fãs dessa cultura pop global.

domingo, 19 de abril de 2009

Aos Reis do Entretenimento

Foto do site Limao

Tantos dias depois da apresentação do Kiss, no dia 7 deste mês, uma terça-feira, parecia impossível que eu pudesse escrever uma resenha. No entanto, ainda me sinto na obrigação de comentar como foi a experiência de estar entre as 35 mil pessoas na Arena Anhembi, São Paulo, testemunhando uma apresentação digna de uma banda com quase 40 anos de carreira nas costas. Por conta de muitos detalhes, e pelo tempo que se passou, não vou comentar o repertório inteiro, mas apontar detalhes que vão além das músicas executadas, dos fogos de artifício e da maquiagem do público.

Foto de divulgação na TV Rock

Por Pedro Zambarda

Começo pela banda de abertura escolhida: para a surpresa de muitos, e sem nenhum telão que os mostrasse de perto, Edu Ardanuy, Andria Busic e Ivan Busic, da banda Dr. Sin, estavam no palco. Sabemos que rock progressivo e hard rock com maquiagem não costumam combinar, mas eu pessoalmente vibrei com os caras na ativa, apresar do Andria exagerar no discurso pró-Kiss e pró-público, ficando chato na maioria das vezes. Então, com um repertório reunindo Fire e You Stole My Heart, além de algumas do novo CD Bravo, eu não tinha como ficar triste. Mesmo assim, o pessoal insistia que eles estavam sendo inconvenientes e atrapalhando o show do Kiss. Bom, ficou essa situação até tocarem Futebol, Mulher e Rock´N´Roll. Nem preciso falar que todos começaram a pular absurdamente na parte do "eta, eta, eta, brasileiro quer..." - até mesmo quem não curtia Dr. Sin.

Setlist do Kiss em São Paulo não foi diferente do Rio, exceto pelo acréscimo de Love Gun, que não foi tocada na Apoteose por conta da chuva. No mais, de Deuce até She, Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer mostraram um entrosamento que uniu com feeling a "nova" banda (Tommy e Eric) com a "velha guarda" (preciso dizer?). O público estava extasiado com todas as luzes e efeitos sincronizados, mas era também interessante ver o guitarrista solo que substituiu Ace Frehley. Ele criou pequenas improvisações e deu um toque pessoal nas músicas exibidas. Ao mesmo tempo, o novo "Peter Criss" conseguia fazer uma bateria sólida e rica em detalhes, cantando também em alto e bom tom. Para fãs, nada podia estar mais perfeito.

Foto do site Terra

Foi então, quando a banda parou, que as "pequenas improvisações" viraram grandes solos, marcados com música erudita até o blues. Para as pessoas que pensam que Kiss é apenas um bom golpe marketing, sem muito conteúdo, Tommy Thayer criou um intervalo instrumental que atraiu todos os presentes até, por fim, disparar rojões da ponta do braço da guitarra. Sabe o sentido literal de show? Era o que testemunhamos ali.

Watchin´You e 100.000 Years, infelizmente, mostraram um Gene Simmons não mais com a mesma potência vocal. É a idade. Muitas vezes, Paul Stanley e até Eric Singer (?) cobriam suas partes na música. Porém, "The Demon" continua cativante, seja lambendo o próprio contrabaixo ou provocando o público enquanto pode.

Foto ao lado direito do site Terra

Black Diamond teve uma brincadeira de Paul Stanley. "Acidentalmente" tocando acordes dedilhados de Stairway to Heaven, o vocalista solta "oops, wrong music". "Not tonight". Então é executada a música verdadeira, embora o pessoal não reclamasse do cover espontâneo de Led Zeppelin. E, por fim, encerrando o primeiro bloco, Rock´n´Roll All Night foi ovacionada com seu real valor: é a música que mostratudo o que o Kiss já fez, mesmo que as pessoas estejam cansadas dela. A sensação era que todos já estavam plenamente satisfeitos naquele momento.

A segunda parte trouxe Shout It Out Loud, Lick it Up, Won't Get Fooled Again, I Love It Loud, I Was Made For Lovin' You, Love Gun e Detroit Rock City, que não são do CD Alive original de 1975. Mesmo assim, a apresentação em si era uma homenagem a esse álbum, que completará 35 anos em 2010 e que começou com os registros ao vivo da banda. Por isso, tanto público quanto os astros estavam cientes que, embora a formação original não estivesse ali, era histórico eles simplesmente terem durando todo esse tempo, independente das críticas.

Das últimas tocadas, I Love It Loud teve o tradicional "cuspe de sangue" de Gene Simmons, antes dele ser erguido por cordas, voando, até o palco superior. A tinta vermelha, que causa repulsa em pessoas que não curtem o Kiss, era acompanhada por batidas em um baixo extremamente amplificado, que dava todo o aspecto sombrio ao músico, iluminado apenas por uma luz verde.

Foto do lado esquerdo do site Terra

Provocando também o público, Paul Stanley perguntou também se eles gostariam de tocar a próxima música junto com ele. "São Paulo, do you want me there?" berrou o frontman, completando em seguida "then, scream my name!". O resultado foi Love Gun, que contou com o vocalista sendo transportado de tirolesa para um segundo palco, no meio do público (e longe da área VIP, para a raiva de muitos que pagaram caro).

Detroit Rock City, do álbum Destroyer, fechou a apresentação com mais brincadeiras da banda, com Paul Stanley ovacionando o público e berrando "São Paulo Rock City!". O show de fogos de diversas cores no final deu um excelente fim de noite para todos. Tínhamos presenciado os reis do entretenimento e, mesmo tantos dias após o show, eu não poderia deixar de descrever a sensação de satisfação estampada na cara das pessoas, de velhinhos até crianças, de pessoas que ficaram mais sossegadas atrás até o pessoal maquiado que estava suado e acabado no final do concerto.

Também é importante lembrar a qualidade técnica da banda. Da queda do manto escrito Kiss, que começou o show, até o final, as sensações eram variadas. Quem estava na área VIP e bem na frente, contou com provocações diretas da banda, que insistia em tocar para o público e não para eles mesmos. Aos que estavam na pista normal e mais ao fundo, Stanley e sua trupe posaram e provocaram muitas vezes diante das câmeras que estavam posicionadas no palco e sendo reproduzidas no telão. Era como ver um DVD muito bem feito ao vivo.

Foto do lado esquerdo do site Limao

Muitos podem não gostar do estilo lúdico e despojado do Kiss, com uma produção pesada que cuida de sua aparência. No entanto, depois de um show nos anos 1980 (em 83) e três na década de 90 (94, sem maquiagem, e 99, com máscaras e integrantes originais), essa apresentação está para ficar na memória. Possíveis falhas que ocorreram foram apenas devido à idade dos músicos Paul e Gene, apagadas pelo talento dos novos integrantes. De resto, Kiss é uma demonstração de profissionalismo e atitude, por mais que questionem ou que seja apenas pelo dinheiro.




Foto acima e abaixo do site Terra

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Terrível Silêncio da Morte

Há dois anos Boaz tem o mesmo sonho. O israelense imagina que 26 cachorros raivosos correm pela cidade, param e ladram na frente da janela de seu quarto. Não são 30 e nem são 20 cães. São 26. E ele pode dizer com enorme certeza esse número, pois foi ele mesmo quem matou esses cachorros. Só que vinte anos antes dos pesadelos começarem. É com essa lembrança em forma de pesadelo que se inicia Valsa com Bashir, o filme israelense que premiado em Cannes no ano passado e que estréia no grande circuito essa semana.

O documentário trata sobre a tentativa de Ari Folman, veterano israelense na invasão do Líbano de 1982, em recuperar memórias de um fato que participou como testemunha ocular: o massacre dos campos de refugiados de Sabra e Shatila, que matou 3 mil palestinos.

Como não se recorda de nada, Ari, que é o protagonista e diretor do filme, busca nas lembranças de amigos rememorar momentos sangrentos que ele mesmo “apagou do seu sistema”. Por tratar de um fato extremamente cruel, o diretor transformou o documentário em uma animação, onde ele claramente brinca com as cores. O uso do preto e do contraste entre cores quentes e frias torna o filme uma experiência inigualável.


Apesar de não se tornar leve e “bonitinho”, o filme mostra uma realidade triste e sangrenta de uma forma quase lúdica. O espectador se entretêm com a trilha sonora que passa do rock progressivo a música clássica e com a união da realidade e da imaginação que quase se esquece que grande parte do que vê aconteceu de verdade. Todo o lirismo da cena em o amigo de Ari entra em transe e dança com uma arma na mão perante o cartaz do presidente Bashir Gemayel pode ter realmente acontecido, mas a platéia a vê como apenas uma alegoria da idéia que um homem com uma arma na mão pode enlouquecer.

De repente, a animação faz questão de lembrar que é um documentário e nos últimos minutos do filme coloca imagens reais dos palestinos mortos no massacre. Para se tornar mais forte, essa cena não tem trilha sonora, há apenas a voz e a imagem de uma senhora palestina que chora e sofre a morte de seus companheiros. A platéia, em choque com a súbita demonstração de realidade, sente que o diretor fez com que todos dançassem ao som de uma valsa que quando acaba traz o terrível silêncio da morte.


terça-feira, 31 de março de 2009

Brincando de Jade e brincando de Maya

Há aproximadamente oito anos, a novela O Clone deu início a uma imensa onda de cultura árabe. As mulheres se encantavam com a maneira que o núcleo árabe dançava. Escolas de dança do ventre tiveram a sua procura visivelmente aumentada, pois todo mundo queria dançar como a personagem Jade. Hoje, outra novela da autora Glória Perez invade a casa dos brasileiros com uma nova cultura para apresentar em Caminho das Índias. O tema agora é cultura indiana. Mais uma vez, a cultura de outro país é trazida a vida dos telespectadores. E com essa cultura, suas danças.

É visível o crescimento do interesse de alguns brasileiros pela Índia. Não é apenas com os 42 pontos de audiência da telenovela que isso é claramente visível. A indústria cinematográfica indiana vem crescendo muito e isso tem facilitado o acesso a filmes e músicas que embalam o país que vem apresentando um notável crescimento econômico. Isadora Gonçalves (da foto à esquerda) é professora de dança indiana clássica e moderna e se diz "uma maníaca por cultura indiana", a qual considera "extremamente contagiante".

Mas, parece que muita gente não que ser a protagonista Maya, personagem de Juliana Paes em Caminho das Índias. Segundo Isadora, a divulgação da cultura indiana não tem atraído muitas mulheres para as escolas de dança em busca de uma aproximação com a personagem. Segundo a professora de dança, a novela não tem apresentado muitas cenas de dança, o que não causa tanto interesse, mas as academias têm procurado muito professoras de dança indiana.

A dança do ventre, na época de O Clone, recebeu muito mais procura que a dança indiana recebe hoje, mas será que todas as Jades continuaram estudando a "dança secreta das cobras", como era chamada nos seus primórdios? Mahira Al Shakt (foto à direita) é professora de dança do ventre desde antes do alvoroço causado pela novela. Na escola em que ensina muitas dançarinas, hoje professoras, entraram para a dança graças aos véus da personagem de Giovana Antonelli. "Houve um aumento tanto de alunas como de profissionais na mídia.", diz. "Mas, só os mais sérios se mantiveram no mercado.", completa a professora.

"São danças muito diferentes", diz categoricamente Isadora. Os trejeitos, a filosofia e muitos outros pontos colocam a dança do ventre e indiana em lados claramente distintos. Mas, aos olhos de um mero expectador, as vestimentas ricas e coloridas e o ritmo eletrizante tornam as duas um tanto próximas. Para a professora de dança indiana, a dança que ensina requer mais interesse na cultura do país para se quer aprender, já que não é conhecida pelo público com a mesma amplitude da dança do ventre. "Já dancei dança do ventre durante muitos anos e todo mundo sabe pelo menos o básico, já a dança indiana é muito menos popular. Da Índia, todo mundo só conhece o Yoga.", explica Isadora. Já Mahira explica que alguns movimentos são muito parecidos e que as duas danças ligadas a filosofia e ao autoconhecimento. A professora da dança árabe informa que até mesmo ouve um pequeno crescimento nas inscritas para as suas aulas com o início da nova novela. "Muita gente buscou a dança do ventre pensando que era dança indiana.", diverte-se a dançarina.

Um tema muito comentado quando se fala em danças orientais é o preconceito. A dança do ventre é sempre associada à promiscuidade e a dança indiana, por ser pouco conhecida, é vitima da ignorância. Isadora afirma que o preconceito vem muito mais dos expectadores masculinos. Para Mahira, a dança do ventre é erroneamente associada ao erótico e ao sensual. "A dança do ventre ativa a alma feminina e vem de antes dos hárens.", ensina a dançarina praticante. "Ela é uma celebração do ser feminino e o preconceito dá uma carga errada à praticante.", explica. "É uma bobagem esse preconceito, a alma feminina não deve ser tratada de forma erótica", afirma a profissional de dança indiana e a dançarina de dança do ventre também concorda.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Será este o novo destino da indústria fonográfica?

É inevitável falar de indústria fonográfica sem citar Madonna. Ela é detentora de um dos álbuns mais vendidos em 2008, ao lado de artistas como Coldplay e Duffy que, mesmo em tempos difíceis quando falamos em vendagens de CD’s, ainda conseguem se sobressair (vendendo algo em torno de 6 milhões de cópias). É um número muito baixo para 12 ou 13 anos atrás, mas que hoje é significado de um bom negócio.

Madonna é contratada da Warner desde o início de sua carreira, quando lançou o single Everybody, em 1983, e, de lá pra cá, são 25 anos de contrato de sucesso.

O comentário que corre entre fãs da cantora é que, desde o álbum Confessions On a Dancefloor, de 2005, a Warner tem deixado a desejar. Com o lançamento de seu mais recente álbum, Hard Candy, o que vimos foi uma divulgação zero por parte da Warner Music para a maior estrela da casa, que é um nome forte, sinônimo de vendas. Cogita-se até mesmo boicote da grande gravadora a sua contratada.

Eis que no final de 2007 é anunciado: Madonna assina contrato com a empresa Live Nation, gigante do mundo do entretenimento, porém sem experiência nenhuma com o lançamento de álbuns. A empresa, que já administrava suas duas últimas turnês, agora também terá controle total sobre sua música, desde a divulgação e lançamento de singles, CD’s e DVD’s até a administração de seus fã-clubes, site pessoal e exploração da marca Madonna.

Estima-se um contrato em torno de US$ 120 milhões, com vigência de 10 anos a partir de 2009, prevendo o lançamento de três álbuns inéditos e três turnês mundiais. Além disso, Madonna também torna-se acionista da empresa.

Ambos os lados prometem inovação nunca vista anteriormente no modo como sua música chegará aos fãs, de forma ilimitada.

E o negócio mostra-se arriscado, uma vez que a Live Nation decidiu por distribuir o material fonográfico por outro selo que não o seu. Exemplo: a gravação oficial em DVD da turnê Stick & Sweet é de propriedade da Live Nation, porém até segunda ordem, a idéia é lançá-lo pela Universal Music.

Como se não bastasse tamanho passo, a empresa também contratou outros artistas de peso para seu casting, além de Madonna: U2, Shakira, Jay-Z e Nickelback, afirmando que pretende ter os artistas mais famosos do mundo, com apelo nos 5 continentes e foco em grandes turnês mundiais, que como sabemos, é o que realmente rende financeiramente de uns tempos para cá.

Muitas são as dúvidas a respeito dos próximos lançamentos dos cinco artistas em questão. Mas uma que não quer calar: será este o novo modelo para salvar a indústria fonográfica de um colapso? Artistas como o Radiohead tentam nos mostrar alternativas há um certo tempo. Façam suas apostas na que parecer mais promissora.

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