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quarta-feira, 19 de março de 2014

Como Jimmy Page passou a usar a guitarra gêmea

Jimmy Page participou de um documentário chamado It Might Get Loud (A Todo Volume, do diretor americano Davis Guggenheim), lançado em 2009. O filme mostra a interação entre Page, um guitarrista clássico dos anos 1960 e 1970, com The Edge (U2), dos anos 80, e Jack White (White Stripes), dos anos 2000. O estilo diferente dos três mostra como Edge ficou preso ao punk rock e aos efeitos, enquanto White cultiva uma pegada mais purista e voltada ao blues. Page empolga no filme por sua pegada única na guitarra modelo Gibson Les Paul e seu estilo mais versátil, que funciona com efeitos e com experimentalismos, como o uso de arco de violino.


No filme, Jimmy Page aproveita para explicar como passou a utilizar a "guitarra gêmea" nos shows após a gravação do álbum Led Zeppelin IV, que originalmente não tinha título. O instrumento de Page é uma versão modificada da SG da Gibson, com dois braços. O músico explica no documentário de maneira clara o uso deste tipo específico de guitarra elétrica:

"A guitarra de dois braços surgiu com Stairway To Heaven. Originalmente, ela foi composta e era tocada no violão de 12 cordas. Pensei: Como tocarei isso no palco? Essa guitarra especial permitia que eu tocasse todas as cordas, utilizando um segundo braço de seis cordas para os solos".


O documentário It Might Get Loud está disponível no sistema de streaming Netflix do Brasil.

E ai, gostou de saber que uma das músicas mais icônicas do rock clássico fez Jimmy Page mudar de modelo de guitarra? Não deixe de comentar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os 68 anos de Jimmy Page


Jimmy Page completa 68 anos neste dia 9 de janeiro de 2013. Fundador do Led Zeppelin, uma das maiores bandas de hard rock dos anos 1970, ele aprendeu técnicas de produção já com os Yardbirds, uma década antes. Atualmente, é considerado um dos mitos da guitarra elétrica e um dos melhores instrumentistas do rock'n'roll, comparável à Jimi Hendrix, Richie Blackmore e Eric Clapton.

Quer conhecer mais sobre o trabalho dele? Veja o vídeo abaixo com Page tocando Prelúdio número 4 do músico erudito Frédéric Chopin:

terça-feira, 17 de julho de 2012

O adeus de John Lord, tecladista roqueiro e erudito do Deep Purple



O tecladista John Lord morreu de embolia pulmonar aos 71 anos, ontem, dia 16 de julho de 2012. Ele estava em tratamento contra um câncer no pâncreas. Nascido em 1941, ele criou o Deep Purple com Ian Paice em 68, dando origem a uma banda que ditou tendências do hard rock e dos roqueiros que buscavam referências eruditas e pesadas em suas músicas. Saiu da banda em 2002.

Fez parte do Whitesnake entre 78 e 84. Em sua carreira solo, criou melodias orquestradas e fez inclusive uma apresentação na Virada Cultural de São Paulo, em 2009.

O músico recebeu uma bela homenagem na Folha de S.Paulo em um obituário assinado pelo jornalista Marcelo Soares, fã do Deep Purple e da carreira de Lord. Para quem não pode conferir o tecladista ao vivo, ele foi responsável pelas belas composições e solos de clássicos do rock´n´roll como Smoke on the Water e Highway Star. Ficará imortalizado tanto pelas referências a Beethoven que colocava em suas músicas quanto pelos ótimos duetos com o guitarrista Richie Blackmore e o vocalista Ian Gillan.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Steven Tyler desafina ao cantar o hino nacional dos Estados Unidos


Vocalista da banda de hard rock Aerosmith e jurado do reality show American Idol, que mostra novos músicos, Steven Tyler pagou um micão neste mês: Foi convidado a cantar o hino nacional dos EUA em uma partida de futebol americano e desafinou em rede nacional. O cantor foi vaiado no estádio e foi criticado até nas redes sociais.

Veja o incidente com o músico no vídeo abaixo. A performance, despreocupada com a letra e com a afinação, seria até perdoável em uma música de rock. No entanto, na hora de cantar o hino, os deslizes se tornaram imperdoáveis para o público, resultando em vaias.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As melhores bandas canadenses de hard rock


O site BraveWords.com comemorou o aniversário do Canadá em julho, nas festividades da fundação do país, e elegeu 30 bandas de rock, hard rock e heavy metal que fazem mais sucesso no local. Confira a lista completa, logo abaixo:

#1) RUSH - Moving Pictures (Mercury - 1981)
#2) ANVIL - Metal On Metal (Attic - 1982)
#3) VOIVOD – Dimension Hatross (BMG - 1988)
#4) EXCITER - Violence & Force (Banzai - 1984)
#5) RUSH – 2112 (Anthem – 1976)
#6) ANVIL - Forged In Fire (Attic - 1983)
#7) STRAPPING YOUNG LAD – City (Century Media – 1997)
#8) RUSH – Signals (Anthem – 1982)
#9) RAZOR - Evil Invaders (Attic - 1985)
#10 MAX WEBSTER - Universal Juveniles (Anthem - 1980)
#11) RUSH – Hemispheres (Anthem – 1978)
#12) PILEDRIVER - Metal Inquisition (Cobra - 1985)
#13) ANNIHILATOR - Alice In Hell (Roadracer 1989)
#14) RUSH - A Farewell To Kings (Mercury 1977)
#15) SWORD - Metalized (Aquarius 1986)
#16) BACHMAN-TURNER OVERDRIVE - Not Fragile (Mercury - 1974)
#17) EXCITER - Heavy Metal Maniac (Shrapnel 1983)
#18) CRYPTOPSY - None So Vile (Wrong Again Records - 1996)
#19) HELIX – Walkin’ The Razor’s Edge (Capital - 1984)
#20) VOIVOD - Nothingface (Mechanic - 1989)
#21) KIM MITCHELL - Akimbo Alogo (Alert - 1984)
#22) SACRIFICE - Forward To Termination (Fringe - 1987)
#23) KILLER DWARFS – Stand Tall (1988)
#24) KICK AXE - Vices (Pasha/CBS - 1984)
#25) SLAUGHTER – Strappado (Diabolic Force – 1987)
#26) CONEY HATCH - Coney Hatch (Mercury - 1982)
#27) GORGUTS - Obscura (Olympic - 1998)
#28) WOODS OF YPRES - Against The Seasons: Cold Winter Songs From The Dead Summer Heat (Krackenhaus - 2002)
#29) INTO ETERNITY - The Scattering Of Ashes (Century Media - 2006)
#30) TRIUMPH – Allied Forces (Attic – 1981)

Da lista toda, é interessante notar: O rock progressivo de Rush domina cinco posições e um dos CDs, o pop Moving Pictures, encabeça a lista. A terra canadense, pelo visto, é do power trio Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart.

Via Whiplash

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sabbath renasce do paraíso ao inferno


Exatamente hoje, há 31 anos atrás, a banda de heavy metal Black Sabbath lançava seu Heaven and Hell sem seu primeiro vocalista, o marcante Ozzy Osbourne. No lugar dele, um cantor velho, de 38 anos, e assustadoramente baixo, com cerca de 1,50 metro de altura, fez sucesso com sua voz rasgada e melódica. Ronnie James Dio transformou o Sabbath das letras sentimentais, pessoais e até de protesto da era Ozzy em um grupo especialista em músicas obscuras e solos instrumentais elaborados.

Dio também popularizou os famosos "devil horns", os chifres do demônio, após fazer esse símbolo em um show para espantar o mal-olhado diante do público - um costume comum na Itália, de onde seus parentes vieram. Depois de fazer várias vezes o símbolo na turnê, não teve como não comparar a música de Black Sabbath com rituais satânicos, embora a banda nunca faça apologia ao uso de magia negra em suas canções.


Heaven and Hell, o álbum que estreou no dia 25 de abril de 1980, abre com Neon Knights, que fala sobre ilusão, o bem e o mal e a criação da verdade. Dio canta correndo, junto com um ritmo muito mais contagiante em comparação ao antigo Sabbath. Children of Sea, a primeira composição do novo vocalista com o líder e guitarrista Tony Iommi mostra contraste entre o peso e um acústico de abertura, em ritmo mais lento, falando sobre o fim do mundo e o fim das coisas.

Apelando para refrões pegajosos, apesar do solo extenso de guitarra marcando todo o CD, Lady Evil tem uma pegada mais hard rock, para todos os gostos. Já Heaven and Hell é a música viciante que mostra tanto o vocal marcante de Dio quanto o baixo de Geezer Butler, que dá um ar mais improvisado e diferente para uma música que fala sobre as contradições do paraíso e do inferno. A ideia da canção é não passar uma impressão óbvia sobre o bem e o mal.

Falando sobre sorte, Wishing Well é a faixa mais leve de todo o disco, sem mensagens muito densas. Mudando de contrabaixista, Geezer Butler cede espaço para Craig Gluber, que arrebenta com a música meio blues Die Young. A canção fala sobre liberdade juvenil e como ela pode conduzir à morte, em uma clara referência às drogas ou ao que pode limitar a própria vida.

Walk Away fala sobre uma presença feminina e atraente que, simultaneamente, desperta o desejo de fugir. Com uma guitarra lenta e inspirada, Lonely is the Word é o clímax do disco. A solidão caminha com as pessoas pela dura estrada que é a vida. Com uma sensação de pôr-do-sol, o disco mostra como a contrariedade e a densidade das composições deram vida ao novo Black Sabbath dos anos 80. Não é a toa que esse renascimento, do paraíso ao inferno, é tido como um dos melhores CDs daquela década para os fãs de heavy metal.

domingo, 19 de abril de 2009

Aos Reis do Entretenimento

Foto do site Limao

Tantos dias depois da apresentação do Kiss, no dia 7 deste mês, uma terça-feira, parecia impossível que eu pudesse escrever uma resenha. No entanto, ainda me sinto na obrigação de comentar como foi a experiência de estar entre as 35 mil pessoas na Arena Anhembi, São Paulo, testemunhando uma apresentação digna de uma banda com quase 40 anos de carreira nas costas. Por conta de muitos detalhes, e pelo tempo que se passou, não vou comentar o repertório inteiro, mas apontar detalhes que vão além das músicas executadas, dos fogos de artifício e da maquiagem do público.

Foto de divulgação na TV Rock

Por Pedro Zambarda

Começo pela banda de abertura escolhida: para a surpresa de muitos, e sem nenhum telão que os mostrasse de perto, Edu Ardanuy, Andria Busic e Ivan Busic, da banda Dr. Sin, estavam no palco. Sabemos que rock progressivo e hard rock com maquiagem não costumam combinar, mas eu pessoalmente vibrei com os caras na ativa, apresar do Andria exagerar no discurso pró-Kiss e pró-público, ficando chato na maioria das vezes. Então, com um repertório reunindo Fire e You Stole My Heart, além de algumas do novo CD Bravo, eu não tinha como ficar triste. Mesmo assim, o pessoal insistia que eles estavam sendo inconvenientes e atrapalhando o show do Kiss. Bom, ficou essa situação até tocarem Futebol, Mulher e Rock´N´Roll. Nem preciso falar que todos começaram a pular absurdamente na parte do "eta, eta, eta, brasileiro quer..." - até mesmo quem não curtia Dr. Sin.

Setlist do Kiss em São Paulo não foi diferente do Rio, exceto pelo acréscimo de Love Gun, que não foi tocada na Apoteose por conta da chuva. No mais, de Deuce até She, Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer mostraram um entrosamento que uniu com feeling a "nova" banda (Tommy e Eric) com a "velha guarda" (preciso dizer?). O público estava extasiado com todas as luzes e efeitos sincronizados, mas era também interessante ver o guitarrista solo que substituiu Ace Frehley. Ele criou pequenas improvisações e deu um toque pessoal nas músicas exibidas. Ao mesmo tempo, o novo "Peter Criss" conseguia fazer uma bateria sólida e rica em detalhes, cantando também em alto e bom tom. Para fãs, nada podia estar mais perfeito.

Foto do site Terra

Foi então, quando a banda parou, que as "pequenas improvisações" viraram grandes solos, marcados com música erudita até o blues. Para as pessoas que pensam que Kiss é apenas um bom golpe marketing, sem muito conteúdo, Tommy Thayer criou um intervalo instrumental que atraiu todos os presentes até, por fim, disparar rojões da ponta do braço da guitarra. Sabe o sentido literal de show? Era o que testemunhamos ali.

Watchin´You e 100.000 Years, infelizmente, mostraram um Gene Simmons não mais com a mesma potência vocal. É a idade. Muitas vezes, Paul Stanley e até Eric Singer (?) cobriam suas partes na música. Porém, "The Demon" continua cativante, seja lambendo o próprio contrabaixo ou provocando o público enquanto pode.

Foto ao lado direito do site Terra

Black Diamond teve uma brincadeira de Paul Stanley. "Acidentalmente" tocando acordes dedilhados de Stairway to Heaven, o vocalista solta "oops, wrong music". "Not tonight". Então é executada a música verdadeira, embora o pessoal não reclamasse do cover espontâneo de Led Zeppelin. E, por fim, encerrando o primeiro bloco, Rock´n´Roll All Night foi ovacionada com seu real valor: é a música que mostratudo o que o Kiss já fez, mesmo que as pessoas estejam cansadas dela. A sensação era que todos já estavam plenamente satisfeitos naquele momento.

A segunda parte trouxe Shout It Out Loud, Lick it Up, Won't Get Fooled Again, I Love It Loud, I Was Made For Lovin' You, Love Gun e Detroit Rock City, que não são do CD Alive original de 1975. Mesmo assim, a apresentação em si era uma homenagem a esse álbum, que completará 35 anos em 2010 e que começou com os registros ao vivo da banda. Por isso, tanto público quanto os astros estavam cientes que, embora a formação original não estivesse ali, era histórico eles simplesmente terem durando todo esse tempo, independente das críticas.

Das últimas tocadas, I Love It Loud teve o tradicional "cuspe de sangue" de Gene Simmons, antes dele ser erguido por cordas, voando, até o palco superior. A tinta vermelha, que causa repulsa em pessoas que não curtem o Kiss, era acompanhada por batidas em um baixo extremamente amplificado, que dava todo o aspecto sombrio ao músico, iluminado apenas por uma luz verde.

Foto do lado esquerdo do site Terra

Provocando também o público, Paul Stanley perguntou também se eles gostariam de tocar a próxima música junto com ele. "São Paulo, do you want me there?" berrou o frontman, completando em seguida "then, scream my name!". O resultado foi Love Gun, que contou com o vocalista sendo transportado de tirolesa para um segundo palco, no meio do público (e longe da área VIP, para a raiva de muitos que pagaram caro).

Detroit Rock City, do álbum Destroyer, fechou a apresentação com mais brincadeiras da banda, com Paul Stanley ovacionando o público e berrando "São Paulo Rock City!". O show de fogos de diversas cores no final deu um excelente fim de noite para todos. Tínhamos presenciado os reis do entretenimento e, mesmo tantos dias após o show, eu não poderia deixar de descrever a sensação de satisfação estampada na cara das pessoas, de velhinhos até crianças, de pessoas que ficaram mais sossegadas atrás até o pessoal maquiado que estava suado e acabado no final do concerto.

Também é importante lembrar a qualidade técnica da banda. Da queda do manto escrito Kiss, que começou o show, até o final, as sensações eram variadas. Quem estava na área VIP e bem na frente, contou com provocações diretas da banda, que insistia em tocar para o público e não para eles mesmos. Aos que estavam na pista normal e mais ao fundo, Stanley e sua trupe posaram e provocaram muitas vezes diante das câmeras que estavam posicionadas no palco e sendo reproduzidas no telão. Era como ver um DVD muito bem feito ao vivo.

Foto do lado esquerdo do site Limao

Muitos podem não gostar do estilo lúdico e despojado do Kiss, com uma produção pesada que cuida de sua aparência. No entanto, depois de um show nos anos 1980 (em 83) e três na década de 90 (94, sem maquiagem, e 99, com máscaras e integrantes originais), essa apresentação está para ficar na memória. Possíveis falhas que ocorreram foram apenas devido à idade dos músicos Paul e Gene, apagadas pelo talento dos novos integrantes. De resto, Kiss é uma demonstração de profissionalismo e atitude, por mais que questionem ou que seja apenas pelo dinheiro.




Foto acima e abaixo do site Terra

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O Retorno "Apoteótico" do Kiss ao Rio de Janeiro

Foto do site IOL Diário, de Portugal

O Kiss é uma banda onde todos os adjetivos, comentários e números são superlativos. E para comemorar os 35 anos da carreira de um dos maiores nomes da história da música, os quatro mascarados caíram na estrada e voltaram mais uma vez até a América Latina. Das outras três vezes, visitaram São Paulo (94 e 99) e Porto Alegre (99). Nesse tempo, visitaram também o México e a Argentina. Mesmo assim, o Rio de Janeiro teve que esperar por 26 anos, desde o dia 18 de junho de 1983, quando o Kiss fez a histórica apresentação onde tocaram pra aproximadamente 200 mil pessoas, para ver o evento que ganhou o título de “o melhor show de Rock ’n’ Roll da Terra”.

Hordas de fãs – muitos de máscaras no rosto -, chegavam de vários cantos e faziam dos arredores da Praça da Apoteose um verdadeiro "carnaval" rock and roll. Muitas famílias vieram prestigiar – filhos, pais, tios e, por que não, avós e netos -, numa demonstração clara das várias gerações de membros da chamada “Kiss Army”. Muitos estavam ali pra ver o Kiss pela primeira vez. O show prometia bastante, já que o set list da turnê é basicamente o mesmo do histórico “Alive”, que completa 35 anos em 2010, dando uma aura ainda mais especial ao evento.

Pontualmente às 21h30, as luzes se apagam. Uma gritaria ensurdecedora explode na Apoteose. No P.A., rolava “Won’t Get Fooled Again”, do The Who e tema do seriado CSI Miami. Antes da bandeira cair, Eric Singer esquenta ainda mais o clima ao acompanhar o P.A., tocando a batida característica da música do The Who. Ao final da música que serviu de introdução do show, Paul Stanley (guitarra/vocal) saúda o público e, acompanhado de 20 mil vozes, profere a clássica frase: “You wanted the best, you got the best. The hottest rock n’ roll band in the world, Kiss!” Uma explosão e o enorme bandeirão preto com o logo do Kiss em prata que escondia todo o palco cai e debaixo de toneladas de luzes e efeitos pirotécnicos, Gene Simmons (baixo e vocal), Paul Stanley (guitarra e vocal), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) aparecem. Êxtase total. A coisa mais comum naquele momento era você ver pessoas chorando ou gritando, todas com expressões atônitas ao presenciarem in loco um show do Kiss.

Como era de se esperar, entraram com a seqüência do Alive: Deuce – com direito ao balançar característico do Kiss, onde a linha de frente fica enfileirada batendo cabeça pros lados, tão imitados ao longo dos anos -, Strutter, Got To Choose e Hotter Than Hell. Todos os ingredientes tradicionais de um espetáculo do Kiss estavam ali: efeitos pirotécnicos, explosões e toneladas de luzes, as sirenes para Hotter Than Hell – embora achasse que entraria “Firehouse” que, apesar de estar no Alive, não foi tocada nos shows no Brasil -, as cusparadas de fogo e língua de Gene, as caretas e provocações safadas de Stanley, os instrumentos prateados, toda aquela performance e obviamente, os clássicos. A sensação era de estar num túnel do tempo, nos shows antológicos dos anos 70.

"Fazia tempo que não víamos vocês”, disse Stanley, que depois de saudar mais uma vez o público, veio com mais quatro pedradas: Nothin’ to Lose, C’mon and Love Me, Parasite e She. Neste momento, a chuva que caiu durante a semana no Rio de Janeiro e havia dado uma trégua no dia do show, resolve dar o ar da graça. Tommy então faz seu solo, lançando fogos através da guitarra e a chuva aperta ainda mais, transformando-se num dilúvio bíblico típico de fevereiro na Apoteose. A banda volta ao palco com Watchin’ You e 100.000 Years, com solo de Eric Singer e a plataforma onde estava a bateria subindo até o teto do palco.

A chuva vai embora e pra animar ainda mais vem Cold Gin. Depois de destilarem clássicos e mais clássicos, o Kiss finaliza a primeira parte do show com o verdadeiro hino do rock, Rock and Roll All Nite, e uma outra chuva - de papéis picados - cai sobre a platéia, completamente extasiada. Desta vez, o foguetório veio também da parte de trás do palco.

O público então pede bis cantando a melodia clássica de I Love it Loud e depois de alguns minutos, o Kiss volta para o palco, com Paul Stanley empunhando uma bandeira do Brasil. A primeira da seqüência do bis, foi Shout It Out Loud. A surpresa ficou com Lick It Up, da fase “sem máscaras” que atravessou os anos 80 e durou até a metade dos 90. Atendendo a pedidos, I Love it Loud também fez parte do bis.

O gran finale obviamente veio no melhor estilo do Kiss. Paul Stanley, diz: “Rio é uma cidade do Rock. Mas nós vamos levar vocês a uma outra cidade do Rock. Essa aqui se chama, Detroit Rock City!". Êxtase completo. Assim como em Rock and Roll All Nite, a platéia recebeu um bombardeio de luzes, fogos e muita pirotecnia. Depois de duas horas de show, as luzes do palco desligam. Nos telões, um “Obrigado, Rio de Janeiro, Nós amamos vocês”. A lindíssima God Gave Rock and Roll to You serviu de trilha sonora da despedida e da queima de fogos de fazer inveja as escolas de samba.

Não resta dúvidas de que o Kiss tem o melhor show de rock da Terra. É gratificante ver bandas veteranas mostrando principalmente as novas gerações uma verdadeira aula de rock. Nada daquela arrogância típica de bandinhas metidas a depressivas, nada de discursos panfletários baratos, virtuoses sonolentas e, sim, um verdadeiro culto ao rock. Muitos criticam o Kiss pelo marketing, mas de nada adianta se a banda não tiver talento, carisma e dedicação, coisa que os mascarados cinquentões tem de sobra. Não é por acaso que estão há mais de 30 anos na estrada. Sinceramente, um dos melhores shows já vistos no Rio de Janeiro. Finalmente, a Praça da Apoteose recebeu um espetáculo digno do seu nome.

Foto do site IOL Diário, de Portugal

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ticketmaster divulga preços para show do Kiss


Dessa vez é pra valer. Durante o ano passado, fiquei esperando pelo show do Kiss - em vão. Os rumores sobre a vinda da banda se mostraram infundados. Agora, o site oficial deles já divulgou as apresentações oficialmente: uma em São Paulo e outra no Rio.
Na capital paulista eles tocarão na Arena Skol Anhembi. O site da ticketmaster já divulgou os preços dos ingressos - nada baratos, como era de se esperar. Você pode optar pela Pista (R$170,00) ou pela Pista Vip (R$350,00).
A partir do dia 5 de fevereiro, a venda estará oficialmente aberta. Fico pensando se vai acontecer a mesma coisa que de fato aconteceu no show do Bob Dylan: preços altíssimos (chegando a R$900,00) e ingressos esgotados em um dia. Na dúvida, já estou poupando dinheiro.

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