Há aproximadamente oito anos, a novela O Clone deu início a uma imensa onda de cultura árabe. As mulheres se encantavam com a maneira que o núcleo árabe dançava. Escolas de dança do ventre tiveram a sua procura visivelmente aumentada, pois todo mundo queria dançar como a personagem Jade. Hoje, outra novela da autora Glória Perez invade a casa dos brasileiros com uma nova cultura para apresentar em Caminho das Índias. O tema agora é cultura indiana. Mais uma vez, a cultura de outro país é trazida a vida dos telespectadores. E com essa cultura, suas danças.

Mas, parece que muita gente não que ser a protagonista Maya, personagem de Juliana Paes em Caminho das Índias. Segundo Isadora, a divulgação da cultura indiana não tem atraído muitas mulheres para as escolas de dança em busca de uma aproximação com a personagem. Segundo a professora de dança, a novela não tem apresentado muitas cenas de dança, o que não causa tanto interesse, mas as academias têm procurado muito professoras de dança indiana.

"São danças muito diferentes", diz categoricamente Isadora. Os trejeitos, a filosofia e muitos outros pontos colocam a dança do ventre e indiana em lados claramente distintos. Mas, aos olhos de um mero expectador, as vestimentas ricas e coloridas e o ritmo eletrizante tornam as duas um tanto próximas. Para a professora de dança indiana, a dança que ensina requer mais interesse na cultura do país para se quer aprender, já que não é conhecida pelo público com a mesma amplitude da dança do ventre. "Já dancei dança do ventre durante muitos anos e todo mundo sabe pelo menos o básico, já a dança indiana é muito menos popular. Da Índia, todo mundo só conhece o Yoga.", explica Isadora. Já Mahira explica que alguns movimentos são muito parecidos e que as duas danças ligadas a filosofia e ao autoconhecimento. A professora da dança árabe informa que até mesmo ouve um pequeno crescimento nas inscritas para as suas aulas com o início da nova novela. "Muita gente buscou a dança do ventre pensando que era dança indiana.", diverte-se a dançarina.
Um tema muito comentado quando se fala em danças orientais é o preconceito. A dança do ventre é sempre associada à promiscuidade e a dança indiana, por ser pouco conhecida, é vitima da ignorância. Isadora afirma que o preconceito vem muito mais dos expectadores masculinos. Para Mahira, a dança do ventre é erroneamente associada ao erótico e ao sensual. "A dança do ventre ativa a alma feminina e vem de antes dos hárens.", ensina a dançarina praticante. "Ela é uma celebração do ser feminino e o preconceito dá uma carga errada à praticante.", explica. "É uma bobagem esse preconceito, a alma feminina não deve ser tratada de forma erótica", afirma a profissional de dança indiana e a dançarina de dança do ventre também concorda.
Um comentário:
Interessante assunto e muito boa apuração, embora devo fazer algumas ressalvas sobre a linguagem. Tome cuidado com repetições ;]
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