O Coringa é o vilão mais querido pelos fãs do Batman. E olha que a galeria de inimigos do morcego não é pequena. O carismático palhaço do crime já ganhou duas grandes interpretações no cinema e é o antagonista principal de diversas histórias em quadrinhos memoráveis. Agora, ele ganhou uma graphic novel só sua.
Coringa é fruto da parceria entre Brian Azzarello (o ganhador do Prêmio Will Eisner, criador de 100 Balas e roteirista de outro clássico do Batman, Cidade Castigada) e Lee Bermejo (desenhista de Resident Evil, Batman e Superman) e foi escrito em 2008, após o filme Batman - O Cavaleiro das Trevas. Por isso, vemos um Coringa com um visual muito parecido com o de Heath Ledger: ao invés do tradicional sorriso esgarçado, cicatrizes que chegam quase às orelhas. A arte-final é primorosa e o resultado é assustador.
O Coringa sai do Asilo Arkham e é recebido por Jonny Frost, um capanga de baixo nível. A partir desse encontro, a história é contada da perspectiva de Frost. Estar ao lado do Coringa e fazer parte de sua gangue, em especial durante a campanha de retomada de Gotham, é a glória máxima que um bandido pode querer. Mexer com um psicopata, no entanto, pode ser arriscado.
Batman só aparece nas últimas páginas, o que apenas reforça a ideia de que esta é uma história do Coringa. A obra de Azzarello fica no mesmo nível de A Piada Mortal, do mestre Alan Moore (que também ganhou uma reedição em formato de luxo e que receberá uma resenha minha ainda nesta semana) e merece ser lida. O preço parece salgado (R$25,90), mas o livro vem em capa dura e acabamento luxuoso.
É uma dica para fãs de quadrinhos já experientes e para aqueles que viram ao filme, gostaram, e não se conformam que Heath Ledger não está mais aqui para gravar uma continuação.
CORREÇÃO: Coringa começou a ser escrito em 2006, muito antes do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas. Portanto, pode-se dizer que o visual de Heath Ledger foi inspirado nos desenhos de Bermejo, e não o contrário, como eu havia dito antes.
9 comentários:
Mesmo nível de Piada Mortal? Calma lá hein André..será?
Bom, ainda não li, lerei em breve, mas fico com um pé atrás pq nunca fui fã do Azello. Seu Superman-pelo amanhã é pessima. Sempre o achei mto superestimado.
Mas darei esta chance
Olá, passei pra te avisar que te dei um selo da campanha " Olha Que Blog Maneiro" , você deve efetuar os mesmos procedimentos que eu citei no Pessoa Ordinária:
http://pessoaordinaria.blogspot.com/2009/03/selo-olha-que-blog-maneiro_03.html
Valeu pela recomendação, pessoa ;]
Bom, uma aventura solo do Coringa é deveras tentador. Se eu tiver grana, eu compraria.
Bom, eu gostei bastante. Ainda não li Pelo Amanhã, mas Cidade Castigada é foda. E eu acho que o Coringa do Azzarello, além de estar mais próximo do filme, está ainda mais sombrio que em A Piada Mortal, o que é ótimo.
Corrigindo a correção André: O visual foi sim inspirado pelo Heath Ledger, pq a arte só começou a ser produzida após as filmagens de Cavaleiro das Trevas terem se iniciado
"Coringa" estava pronto bem antes do filme, mas foi lançado depois graças a um golpe de marketing. Sua arte não foi inspirada diretamente em Heath Leger, não. o próprio Lee Bermejo garantiu que se baseou em conceitos estipulados para o filme "Cavaleiro das Trevas"(de um Coringa com cicatrizes ao invés de um sorriso). Mas essa ideia havia sido conccebida há muito tempo, como é possível conferir em várias fotos lançadas na Internet. Se você reparar bem, verá que o projeto inicial incluía cicatrizes que chegavam quase às orelhas (como na graphic novel). Já Ledger possuiu cicatrizes discretas, em comparação, que nem chegam ao meio das bochechas.
André, se o coringa de Azzarello é anterior, corrija a matéria. É importante que a informação esteja correta em primeira mão ao leitor, mesmo que ele já tenha lido o equívoco.
Eu sei disso. Tanto que acrescentei uam correção no final do texto no mesmo dia, quando li a informação correta. A matéria já está correta desde o primeiro dia em que ela foi ao ar.
Muito bem explicado André
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