Muitas pessoas sonham em se transformar num super-herói, mas ninguém de fato toma alguma atitude para tornar tal sonho realidade. É com este argumento que o adolescente Dave Lizewski (Aaron Johnson) inicia sua saga no filme “Kick Ass – Quebrando Tudo”, que está em cartaz nos cinemas. O filme, dirigido por Matthew Vaughn, é uma adaptação da história em quadrinhos de mesmo nome, escrita por Mark Millar e ilustrada por John Romita Jr.
O garoto Dave, fissurado em HQs, é um típico “high-school boy” que vive uma normal e sem graça rotina escola-casa-escola. Cansado de não pertencer a nenhum grupo especial, além de não conseguir chamar a atenção da garota por quem está apaixonado, ele sonha em defender os fracos e oprimidos. Mesmo sem nenhum preparo físico, ele decide comprar uma fantasia e inventar um personagem: o super-herói Kick Ass. Após superar uma fracassada tentativa de encarar bandidos, que resulta numa temporada de internação hospitalar, o inexperiente Kick Ass envolve-se numa nova briga; agora vitorioso, ele ganha fama e tem sua imagem divulgada na Internet.
Assim, o myspace do nosso herói começa a ser bombardeado por mensagens de fãs pedindo sua ajuda. O que Dave não sabe é que existem mais dois heróis em ação muito mais aptos do que ele: Big Daddy (Nicolas Cage) e sua filha, uma esperta garota de onze anos, Hit Girl (Chloe Moretz). Para a sorte de Dave, a dupla de pai e filha – que persegue traficantes de drogas de Nova York - aparece no exato momento em que ele está prestes a ser morto por uma gangue de bandidos. Contando com a ajuda de Big Daddy e Hit Girl, Kick Ass acaba levando o crédito por acabar com os criminosos. Mas seu sucesso traz conseqüências perigosas: ele acaba envolvido nos planos da dupla que pretende se vingar de um mafioso, o bilionário Frank D’Amico (Mark Strong). É aí que aparece mais um super-herói: o nerd filho de Frank, Red Mist (Christopher Mintz-Plasse).
O filme - assim como outra produção americana recente, “Zumbilândia” - é um trabalho independente protagonizado por jovens atores desconhecidos, com exceção de Cage. Trata-se de uma comédia, apesar da violência absurda - que foi amenizada no cinema em oposição à história em quadrinhos original. No filme, a pequena Hit Girl fala palavrões, pratica artes marciais, manuseia facas e protagoniza sanguinolentas cenas de ação atirando com armas pesadas e decepando cabeças, braços e pernas, ao estilo de Uma Thurman em “Kill Bill”. Aliás, a semelhança de “Kick Ass” com os filmes de Quentin Tarantino é evidente. Além das cenas de violência, a grande quantidade de referências, o humor paródico e a trilha sonora marcante dão a impressão de estarmos assistindo a uma versão “teen” de “Pulp Fiction”.
Um comentário:
A comparação foi tão boa que deixa claro a motivação de ir ver :)
Um tipo de cinema repleto de referências como o de Tarantino em uma história dos quadrinhos, extremamente populares.
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