domingo, 18 de abril de 2010

Blogar é brincar de escrever

O problema é o significado da palavra brinquedo. Brincar não é fazer algo trivial, mas exercitar os gostos, tornar o que é positivo desse ato. Blogar, na verdade, não tem a menor diferença de escrever um livro na vida real, exceto pelo suporte. Ora escrevemos por dom, ora por necessidade.

Os críticos dos blogs afirmam que essa mídia não tem tanta relevância justamente por ser recente, por ser feita por gente sem formação adequada. Em muitos casos, o argumento está correto. Mas é sempre importante lembrar que, como toda a brincadeira de infância, blog pode trazer um diferencial para quem o faz, para quem ousa mantê-lo. Muitos transformam em profissão, como no meu caso, outros, usam para ter contatos com gente desse meio. Além desses dois tipos de usuário, ainda há aqueles que entram por puro experimentalismo, fazendo coisas fora do comum, fora do que o público considera popular ou mesmo que dê retorno social ou financeiro ao autor.

Por esses motivos, é tudo uma grande brincadeira. E brinquedos são aparelhos usados para nos exercitar. Na verdade, a grande metáfora dessa história é que o blog não é nada mais do que um instrumento. Analisar as pessoas que o usam apenas por ele, é esquecer de toda a criatividade de seus autores.

Nascem, dos blogs, excelentes jornalistas, publicitários, homens de comunicação. Lidar com texto, com conteúdo, é trazer alguma lógica, seja para um cliente ou para um leitor. Desenvolvedores de tecnologia só trazem aparatos lógicos dentro de seus sistemas numéricos. O papel dos blogueiros é usar esse suporte para divulgar uma lógica geral, uma brincadeira que inclua todas as pessoas nessa grande bagunça que é a internet.

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