A maioria dos jornalistas brasileiros é formada por mulheres brancas, solteiras, com até 30 anos de idade. No total da categoria, elas representam 64%. A informação detalhada é de uma pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) na última semana.
O estudo Características Demográficas e Políticas dos Jornalistas foi feito a partir de respostas encaminhadas por 2.731 jornalistas brasileiros em todos os estados e em outros países. Os dados foram coletados entre os dias 25 de setembro e 18 de novembro de 2012, por e-mail, redes sociais, notícias em canais especializados e página da pesquisa na internet.
O levantamento também indica baixa presença de negros (pretos + pardos, segundo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) na profissão. Os pretos correspondem a 5% dos jornalistas e os pardos, 18%.
Sobre a formação profissional, o trabalho indica que nove em cada dez são diplomados em jornalismo, majoritariamente em instituições privadas de ensino. Além disso, quatro em cada dez têm cursos de pós-graduação. A maioria defende a exigência de algum tipo de formação superior para o exercício da profissão, sendo mais da metade a favor da diplomação específica em jornalismo.
O levantamento mostrou também que quase três quartos da categoria são favoráveis à criação de um órgão de autorregulamentação do exercício da profissão. Dois terços têm renda até cinco salários mínimos e quase metade dos jornalistas trabalha mais de oito horas por dia.
Texto original de Thais Leitão, da Agência Brasil
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