segunda-feira, 28 de maio de 2012

House - Everything Ends


Tudo acaba. E quando estamos falando de uma série de TV, é melhor que acabe mesmo, de forma anunciada e programada, mostrando o verdadeiro desfecho que aqueles personagens merecem ter. Mas não há como negar a tristeza que bate quando os créditos do último episódio sobem. Diferentemente de um filme, a longa duração de séries cria uma conexão com o telespectador que vai além de gostar ou de não apreciar. Se torna uma prazerosa rotina e, como tal, é difícil dizer adeus a ela.

Poster do último episódio de House
Pois bem, House acabou. Depois de 8 temporadas e 176 episódios, a que talvez tenha sido a série mais influente e mais reconhecida do século XXI (junto com 24 Horas) chegou ao fim. Obviamente não vou comentar sobre o episódio final, já que ainda não foi exibido no Brasil. Mas algumas coisas precisam ser ditas sobre a série, que viu sua audiência cair um pouco nos últimos meses, assim como uma natural crise criativa. A verdade é que mesmo nos últimos episódios, onde o roteiro parecia já ter se esgotado, House ainda tinha seus momentos brilhantes.

Tendo como principais pilares uma história ousada para a TV da época – a série começou em 2004 –, a performance do comediante inglês Hugh Laurie no papel de House não demorou para se tornar a série mais popular dos EUA, a ponto de colecionar prêmios. De forma sutil, House foi uma adaptação moderna de Sherlock Holmes, apresentando um personagem que em sua genialidade e vício por casos médicos impossíveis Ele era incapaz de estabelecer conexões humanas, exceto com seu melhor e único amigo, James Wilson (e não, ter as mesmas iniciais de John Watson não é mera coincidência).

Só que o mais importante e o principal motivo por trás da popularidade e da qualidade da série é o fato de não ser uma série médica. Alguns até podem dizer que a viam por conta dos casos, mas o que cativava em House era uma humanidade difícil de achar nos seriados atuais. Cada episódio dissecava mais profundamente os personagens. E quando achávamos que os havíamos entendido, tudo se revirava. Não porque o roteiro era indeciso, mas porque as pessoas o são.

O que fica é que, depois de 8 temporadas, House precisava de um fim, porque tudo precisa. O seu maior legado é a certeza de que vale a pena investir personagens controversos, que obscurecem qualquer relação entre bem e mal. O certo e o errado que tínhamos, até então, em séries. A TV americana soube aproveitar isso. Séries como Mad Men, Justified, Game of Thrones e Dexter são descendentes diretas de House. Fica a esperança de que algum dia, em um futuro que parece ser distante, a TV brasileira também aprenda essa lição.

Um comentário:

Caroline Matias disse...

r]É realmente deixar de lado uma série como essas foram anos se dedicando, assistindo todos os episódios, mais pelo menos ela teve um fim bonito!

Bruns

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