Quem pensou que eu estava de fora da conhecida "maior festa de tecnologia" do país, estava enganado. Com o apoio e patrocínio da EDGY Experiências Digitais - a empresa em que trabalho, ultimamente, como bloggeiro e navegando pela internet -, pude conferir algumas das principais atrações desde o dia 21 de janeiro, uma quarta-feira, até o último dia de palestras, dia 24 (embora o evento só tenha fechado as portas totalmente no dia seguinte, após os festejos de encerramento). Para quem quiser uma cobertura mais detalhada, confira o blog da EDGY. Por aqui, segue um resumo do evento.
O que é essa tal feira tecnológica? Quem são os "campuseiros"? Bom, confesso que eles não diferem dos otakus de eventos de animes (talvez pensem mais, programem e sejam especialistas, em muitos casos. Mas podem ser tão nerds quanto o fã de desenhos japoneses, que são obsecados). Na verdade, quem pensa que é um indivíduo distante da realidade, se engana muito nessa convenção: são pessoas minimamente interessadas por informática, acostumada ao mundo que se expandiu com a internet e dispostos a conhecer novos horizontes, a socializar e interagir de novas maneiras.
Na área gratuíta, o destaque era para estandes fazendo exbições de jogos eletrônicos da Nintendo, Playstation e Xbox, tais como Mario Kart, Rock Band, Guitar Hero e Wii Sports. Também era disponibilizadas muitos computadores e uma área enorme chamada "Inclusão Digital". Nela, pessoas recebiam palestras sobre como criar e-mails e instrumentos virtuais que são indispensáveis no mundo atual. Era uma exposição para pessoas de dentro e fora da tecnologia, incluindo as exibições da TV HD3D (televisão em alta definição e com capacidade de reproduzir 3D), feita por pesquisas da Poli-USP em conjunto com o canal Cultura, da rede aberta.
Pagando R$150 e enfrentando o mau humor do supervisor espanhol da Telefônica, para adquirir seu cartão de acesso (e pagando mais R$150, se você quiser refeição gratuíta. Tenda e local para dormir já estão incluídos no primeiro preço), você tinha acesso a uma área maior, os fundos do Centro de Exposições Imigrantes, com diversos palcos com palestras rolando ao mesmo tempo. É ai que o potêncial do Campus Party se revelou, especialmente, em 2009: discussões promovidas pelo fórum online do Arenammo trouxeram, por exemplo, a fabricante Electronic Arts, responsável pelo MMORPG Warhammer. Eles ainda pretendiam convidar a Blizzard (ô sonho...).
Outras palestras, como, por exemplo, sobre o Projeto de Lei Azeredo, reuniu professores da Cásper, como Sérgio Amadeu, que é contra a legislação, e o assessor do próprio senador, João Portugal. Causando tumulto por tantos campuseiros reunidos para protestar junto com Sérgio e o professor da Fundação Getúlio Vargas, Ronaldo Lemos, a palestra transformou-se em um protesto de internautas contra a quebra do anonimato e um possível monitoramento da comunidade online. Isso tudo aconteceu no dia 23, simultâneamente com outras discussões e oficinas, como as de linguagem Java e Podcast, além de robótica.
No sábado, 24, era possível ver um robô montado com latas de energético Red Bull. Foi montado, também, um andróide com a configuração de SO em Linux, próximo dos notebooks em frente ao palco do Software Livre. Também não faltara figuras e mascotes. Um pinguim foi visto chamando a atenção de todos e andando até em caixas de lixo no dia 23, fazendo também propaganda de programas open source. As coelhinhas da Playboy que foram capa da edição de dezembro também participaram de todo o evento, perambulando nos estandes da Abril Digital e fazendo propaganda do conteúdo para o smartphone Vaio, da Sony.
Bloggeiros famosos também passaram por lá e deram palestras. Desde a gaúcha Dany Koetz, do Ah! Tri Né!, até Beatriz Kunze, cirurgiã dentista, comentarista de cibercultura na CBN de Curitiba e dona do Garota Sem Fio. Celebridades como Rafinha Bastos do CQC também apareceram na madrugada de sábado, 24.
Na área chamada Campus Verde, houve a presença de índios da tribo dos Tupinambás, comercializando cachimbos e fumos folclóricos, além de artesanato. Os indígenas também utilizaram computadores, contrariando o senso comum de que supostamente não conhecem a tecnologia.
Na área chamada Campus Verde, houve a presença de índios da tribo dos Tupinambás, comercializando cachimbos e fumos folclóricos, além de artesanato. Os indígenas também utilizaram computadores, contrariando o senso comum de que supostamente não conhecem a tecnologia.
Por fim, não poderia deixar de mencionar confusões. Dia 22, à 1h da madrugada, ocorreu a "Revolução dos Nerds" no Campus Party 2009: o funkeiro De Leve foi expulso após fazer um show no palco da Telefônica, sob vaias e ameaças. Outro problema foram as constantes sobrecargas do servidor 10GB do evento, que ficava lento várias vezes. Também foram expulsos campuseiros com bebidas alcóolicas.
Confira, abaixo, o vídeo que postaram no youtube sobre a "Revolução dos Nerds".
Um comentário:
2010 eu to la com certeza!!!
e lol, se tiver show de funk la vai ter váia de novo! XD
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