Tive finais de anos com festas com muitos parentes, com amigos que viajaram comigo, com comidas de todos os tipos, com confortos que fazem refrescar a memória. Esse final de ano foi algo mais caseiro, com o televisor ligado em DVDs antigos, sem muitos fogos para se ver, mas com uma sensação contínua de ainda respeitar a data. Tive o bom humor de sempre.
Não é que a mudança da idade de Cristo faça realmente diferença, dizendo da forma mais material possível. No entanto, é um ritual que muitos respeitam, é também uma cerimônia como tantas outras e, apesar da hipocrisia da grande maioria, é realmente interessante a questão de renovação presente na data.
Dia após dia nos transformamos, transfiguramos de tal forma que deixamos de nos reconhecer. O tempo parece transcorrer como um processo irreversível, enquanto temos a memória para reconfortar as lembranças marcantes, os casos anormais e o cotidiano que tanto nos irrita.
O fim de ano é, nada mais e nada menos, do que a representação dessa vida de camaleão que insiste em estar dentro de nós e se propagar, se adaptando às circunstâncias do momento, criando a grande imaginação que é a história.
Sopa de Letrinhas são crônicas (que deveriam ser) publicadas às quintas-feiras.
Falam de comunicação, de protesto e contra-protesto.
Falam de comunicação, de protesto e contra-protesto.
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