O movimento cultural hiphop (que une música, dança, poesia e pintura) surgiu na década de 1960 nos subúrbios estadunidenses. O RAP (Rhythm And Poetry), encarado por muitos como a trilha sonora do hiphop ou ainda como sinônimo deste - a despeito das evidentes diferenças -, nasceu na Jamaica, mas logo foi levado para os EUA por uma onda de emigração.
Essas manifestações têm como característica forte as letras de protesto, agressivas e engajadas. Munidos de rimas, lutam contra a realidade suburbana, logo dentre os temas mais abordados estão: drogas, violência, racismo e pobreza.
Na contemporaneidade, discute-se não só o valor e o papel dessas expressões populares, mas também tem sido abordado o papel da cultura negra nesse contexto, e o quão intrínsecos, ou não, as duas coisas são. Há quem diga que hiphop é a cultura em si, e que não se trata de uma manifestação da cultura negra, que são articulações distintas, apesar de se misturarem, uma vez que o hiphop abriga todas as etnias, raças e idades. Contudo, os negros sempre tiveram grande visibilidade dentro desse meio, por adotarem o estilo hiphop de vida, e toda a sua ideologia.
A cultura hiphop já é velha conhecida dos brasileiros. Temos artistas de renome, sobretudo representantes das periferias cariocas e paulistanas. No Oriente Médio não é diferente. A juventude palestina tem se articulado e manifestado toda a sua agonia através dessas letras, muitas vezes chocantes e emocionadas.
Refiro-me ao grupo DAM (em português: sangue), que está na ativa desde a década de 1990, e é composto por Mahmoud Jreri, 24, e pelos irmãos Tamer Nafar, 27, e Suhell, 23. Eles se definem como uma mistura entre o leste e o oeste, combinando percussão e ritmos árabes e melodias do Médio Oriente com a urbanidade do hiphop. Recebem muitas influências dos contínuos conflitos entre Israel e Palestina, mas o leque de temas de suas composições, todas autorais, abrange também o terrorismo, as drogas e os direitos das mulheres.
Seguem abaixo vídeos do grupo e destaco, ainda, a merecida observação atenta que devemos dar a esses jovens de realidade conturbada, tão vítimas de uma conjuntura social dura quanto os milhares de brasileiros que vivem em meio ao fogo cruzado e da disputa entre facções criminosas. Eles se manifestam, armados da própria voz.
Vídeo 1: clipe do DAM "Who's the Terrorist?" (legendas em inglês)
Vídeo 2: entrevista com rappers palestinos
Essas manifestações têm como característica forte as letras de protesto, agressivas e engajadas. Munidos de rimas, lutam contra a realidade suburbana, logo dentre os temas mais abordados estão: drogas, violência, racismo e pobreza.
Na contemporaneidade, discute-se não só o valor e o papel dessas expressões populares, mas também tem sido abordado o papel da cultura negra nesse contexto, e o quão intrínsecos, ou não, as duas coisas são. Há quem diga que hiphop é a cultura em si, e que não se trata de uma manifestação da cultura negra, que são articulações distintas, apesar de se misturarem, uma vez que o hiphop abriga todas as etnias, raças e idades. Contudo, os negros sempre tiveram grande visibilidade dentro desse meio, por adotarem o estilo hiphop de vida, e toda a sua ideologia.
A cultura hiphop já é velha conhecida dos brasileiros. Temos artistas de renome, sobretudo representantes das periferias cariocas e paulistanas. No Oriente Médio não é diferente. A juventude palestina tem se articulado e manifestado toda a sua agonia através dessas letras, muitas vezes chocantes e emocionadas.
Refiro-me ao grupo DAM (em português: sangue), que está na ativa desde a década de 1990, e é composto por Mahmoud Jreri, 24, e pelos irmãos Tamer Nafar, 27, e Suhell, 23. Eles se definem como uma mistura entre o leste e o oeste, combinando percussão e ritmos árabes e melodias do Médio Oriente com a urbanidade do hiphop. Recebem muitas influências dos contínuos conflitos entre Israel e Palestina, mas o leque de temas de suas composições, todas autorais, abrange também o terrorismo, as drogas e os direitos das mulheres.
Seguem abaixo vídeos do grupo e destaco, ainda, a merecida observação atenta que devemos dar a esses jovens de realidade conturbada, tão vítimas de uma conjuntura social dura quanto os milhares de brasileiros que vivem em meio ao fogo cruzado e da disputa entre facções criminosas. Eles se manifestam, armados da própria voz.
Vídeo 1: clipe do DAM "Who's the Terrorist?" (legendas em inglês)
Vídeo 2: entrevista com rappers palestinos
Um comentário:
Nadiesda, apesar de não ser fã de hiphop, gostei muito da informação.
Achei ainda mais válida a entrevista e seus comentários.
Postar um comentário