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O estudo Para além dos links: diálogos entre o meio digital e o impresso, elaborado por Douglas Galan, revela que os jornais dão demonstrações de mudanças em suas linguagens. Segundo a pesquisa, desenvolvida na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, orientada pela professora Irene de Araújo Machado, o jornalismo impresso não está morrendo, como muitas pessoas têm imaginado. Na verdade, a mídia tradicional vem ganhando um novo significado.
A pesquisa aborda a relação entre as linguagens do meio impresso e aquelas do mundo digital, partindo do pressuposto de que os textos de jornais estão sofrendo modificações de conteúdo e formato baseadas no modelo veiculado no meio virtual. A partir dessa influência sobre a imprensa tradicional, o meio digital se revela como um elemento de grande significado na mente das pessoas. “O principal objetivo foi analisar as modelizações ocorridas no meio impresso, a partir do advento das mídias digitais. Por modelizações, pode-se entender a capacidade que as linguagens e os textos da cultura possuem em se reestruturar e adquirir novos contornos”.
Uma relação entre mídias
Galan constatou a presença do hiperlink em caráter simbólico dentro do jornais. Um hiperlink pode ser compreendido como o estabelecimento de relações de intertextualidade, de ligações com outros canais. Assim, segundo o pesquisador, é como se o meio impresso estivesse querendo propor uma relação hipermidiática com a internet. “Mesmo não podendo realizar efetivas interligações, percebe-se a criação de relações hipertextuais em caráter simbólico”. afirma Galan. “Também é curioso notar a naturalidade com que os textos culturais se recodificam no espaço semiótico”.
Ainda segundo o autor do estudo, do ponto de vista cultural, não existem precipitações ou emergências na promoção dessas mudanças no meio impresso a partir do digital. Como é apresentado no estudo, tudo acontece em uma dinâmica de estruturação, mobilidade e modelização que estão em harmonia com a situação instaurada na própria cultura, de modo que se considera que essas transformações vêm ocorrendo em um “processo gradual”.
Um futuro menos pessimista
Depois de elaborar o estudo, Galan mudou de opinião em relação ao futuro do jornalismo. “Dispenso as teorias catastróficas, a futurologia, as especulações perniciosas, que antes soavam a mim como ameaças ao jornalismo. Também adquiri mais confiança sobre a importância e a contribuição do jornalismo para com a cultura, e acredito que a atividade jornalística, tal como se desenvolveu, tem o seu lugar, de modo que não será descartado de maneira tão simples”.
Foram mais de quatro anos dedicados ao assunto, os quais envolveram a análise de veículos como Folha de S. Paulo, O Globo e O Dia, além da leitura de obras de teóricos da semiótica, campo do conhecimento linguístico que estuda os signos e as diversas formas de comunicação. Entre os autores, estão estudiosos como Marshall McLuhan, autor da obra “Os meios de comunicação como extensões do homem”, que serviu como ponto de partida para o estudo de Galan.
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