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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Uma entrevista com Luciana Genro sobre o que podemos esperar do segundo governo Dilma

Por Pedro Zambarda


Como você avalia o resultado da disputa presidencial entre Aécio e Dilma?

A oposição de direita não tem autoridade política para criticar o PT. Aécio denunciando a corrupção na Petrobrás é patético. O PSDB dizendo que vai defender os pobres é ridículo. Então venceu o mal menor, na visão da maioria do povo. Não tenho dúvida que os mesmos que comemoraram a vitória de Dilma vão sair às ruas em breve para lutar por mais direitos.

A pouca margem de votos demonstra que ela será uma presidente mais débil, mais refém dos partidos fisiológicos como o PMDB e que o PT está sangrando o seu patrimônio político cada vez mais. É na esteira de uma esquerda que abandonou suas bandeiras que a direita se fortalece. Por isso estamos construindo o PSOL para oferecer ao povo uma alternativa de esquerda coerente.

Foi prudente não manifestar um apoio explícito a Dilma?

Sim, foi muito correto. E o que está ocorrendo agora prova que estávamos certos. Uma semana depois das eleições o Banco Central aumentou a taxa de juros e especula-se que o Ministro da Fazenda virá do sistema financeiro. As posições de esquerda do governo são sazonais, isto é, só duram até o final do segundo turno.

Como você avalia a campanha do PT? 

Durante o primeiro turno, Vladimir Safatle escreveu um texto muito interessante abordando simbolicamente a “estação das cerejas vermelhas”. Ela dura o período da campanha eleitoral. Serve para dar discurso à candidata do PT, para polarizar com o PSDB, animar a militância e termina no dia seguinte ao segundo turno. Foi isso o que ocorreu. Uma campanha que não corresponde à postura do governo ao longo dos 12 anos que o PT governou e que não corresponde ao que vem pela frente.

O primeiro discurso de Dilma reeleita abordou a reforma política. Ela vai seguir a cartilha do que você chamou de “três irmãos siameses”?

Infelizmente não vejo que haverá mudanças de rumo. Ao contrário, a situação econômica é bem complicada e os “mercados” exigem ajuste. Dilma vai fazer exatamente o que ela dizia que Aécio iria fazer. Um ajuste nas costas do povo, para garantir superávit primário e seguir pagando os juros para os credores da dívida pública. Ela não tem disposição de enfrentar os interesses do capital financeiro, dos bancos e dos milionários.

Por isso não tem outra saída a não ser se render a eles. Aécio poderia ser pior, com um ajuste sem anestesia. Mas com Dilma o ajuste virá de qualquer forma. O plebiscito para a reforma política, uma proposta democrática que Dilma defendeu, já está sendo abandonado pelo PT diante da resistência do PMDB. Eles não têm disposição de lutar nem pelo que eles mesmos dizem defender.

A entrevista completa foi publicada no Diário do Centro do Mundo, o DCM.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Levy Fidelix e Luciana Genro incendiaram o debate dos presidenciáveis

Por Pedro Zambarda

“Órgão excretor para mim não é órgão sexual. E eu prefiro perder votos de quem simpatiza com isso”, disse Levy Fidelix, na frase que marcou a noite.


O candidato do PRTB nitidamente fez uma declaração homofóbica, que despertou a fúria de muitos usuários de redes sociais que estavam assistindo ao debate dos presidenciáveis que ocorreu neste domingo (28).

No entanto, o debate já começou aquecido. Luciana Genro foi a responsável pelos primeiros ataques em formato de perguntas. Inquiriu Dilma Rousseff sobre a falta de reforma previdenciária nos últimos 12 anos do PT no governo federal. Depois, reclamou quando Eduardo Jorge insinuou que ela não poderia ser presidente e relembrou do trabalho dele ao lado de políticos camaleônicos como Gilberto Kassab, responsável por muitos atrasos na prefeitura de São Paulo mas com verba suficiente para fundar seu próprio partido.

Luciana não poupou nem Marina, cuja “nova política” foi imediatamente relacionada aos setores do agronegócio e às igrejas evangélicas, considerados pela candidata como “reacionários”.

Num tom de voz alto e nem sempre respeitando o tempo de suas próprias perguntas ou tréplicas, Luciana Genro adotou uma tática agressiva contra todos, defendendo a si própria e ao PSOL como uma esquerda autêntica.

Mas talvez nem ela esperava o que viria em sua última pergunta ao candidato Levy Fidelix.

“O Brasil é campeão de mortes na comunidade LGBT. Por que as pessoas que defendem a família se recusam a reconhecer como família quem tem o mesmo sexo?”.

A pergunta de Luciana foi a senha para que Levy Fidelix declarasse uma guerra da “maioria” – os heterossexuais – contra a “minoria” – os gays, lésbicas e transexuais. “Como presidente da República, não posso endossar isso ai não. Como pode ficar um pai de família, um avô, ficar escorado com medo de perder votos? Prefiro perdê-los”, disse o candidato, em alto e bom som.

Levy Fidelix provocou a euforia de quem assistia o debate e entende a importância de defender a causa LGBT, mesmo sem ser militante ou mesmo sem saber o quanto a comunidade gay sofre. O discurso do Pastor Everaldo, embora seja praticamente o mesmo, não foi tão agressivo ou contundente quanto o de Levy. Fora os dois, nenhum outro candidato tratou o tema com tanta insensibilidade quanto Levy.

O “homem do aerotrem” perdeu toda a sua aura de bonachão e terminou o debate numa declaração conformada de que iria perder as eleições. Terminada a discussão, Eduardo Jorge, o “rei da zoeira no Twitter”, foi o primeiro candidato a falar sobre a criminalização da homofobia como é feito em casos de racismo nas redes sociais.

Desta forma, os três principais candidatos nanicos botaram fogo e deram a tônica do debate nesta noite. Enquanto isso, Aécio Neves manteve seus ataques em cima da corrupção e da Petrobras e Marina Silva tentou justificar em diferentes momentos a tal da nova política.

E Dilma pediu o direito de resposta toda vez que mencionavam o seu governo, mesmo em perguntas de terceiros. Embora todos os candidatos a criticassem, não se viu nenhum dos presidenciáveis irem contra o Bolsa Família ou as iniciativas sociais, principais heranças do PT no governo federal.


Leia também, no DCM: De extravagância a excrescência: por que o eleitor é obrigado a conviver com Levy Fidelix

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Se eleita, candidata Luciana Genro do PSOL promete combater a homofobia e a transfobia

Por Pedro Zambarda

A candidata esquerdista Luciana Genro, do PSOL, prometeu combater a homofobia e a transfobia caso seja eleita presidente da República nas eleições de outubro deste ano. Declaração foi dada em uma entrevista ao site Diário do Centro do Mundo, o DCM. Ela tem entre 0,3% e 1% das intenções de voto segundo institutos como Datafolha e Ibope.


"Pretendo dar apoio presidencial ao casamento civil igualitário, além de equiparar o crime de homofobia ao racismo e implementar um projeto de 'Escola Sem Homofobia'. A ideia é combater o bullying escolar para desenvolver uma educação com respeito à diversidade. Essas serão as primeiras medidas que tomaremos no Planalto, contra a homofobia e a transfobia", disse Luciana ao DCM.

Quer conferir a entrevista completa? Clique aqui.

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