terça-feira, 10 de julho de 2012

O Homem-Aranha realista e bem humorado de Andrew Garfield




Fui ver O Espetacular Homem-Aranha, dirigido por Marc Webb (500 Dias com Ela) e protagonizado pelo ator Andrew Garfield (o Eduardo Saverin de A Rede Social). Esperava pouco do filme e a ideia de contar a história do super-herói, depois de três filmes com o Tobey Maguire, não me agradou de cara. Eis que fui surpreendido por este bom longa-metragem, com um roteiro bem amarrado.

Em primeiro lugar, o filme começa com a boa proposta de focalizar mais nos pais de Peter Parker do que no tio Ben e na tia May, casal que cria o rapaz nerd que será picado por uma aranha radioativa e se tornará o cabeça de teia mais famoso de Nova York. Isso deu toda uma nova roupagem pra história, que não pareceu desgastada nem aos olhos do fã e nem para o leigo nos quadrinhos da Marvel Comics.

Sem pressa, mas fazendo tudo de maneira amarrada - não dando sono ou parecendo monótono -, o longa-metragem nos apresenta Gwen Stacy, assistente de laboratório do doutor Curt Connors e estudante de ensino médio. Colega de sala de Parker, é ela que provoca a visita do estudante ao laboratório da Oscorp, pertencente ao empresário Norman Osborne, que possui criaturas em testes. Aficionado por biologia e ciências, Parker conhece tanto Connors quanto parte dos segredos da empresa. E mais: Descobre que o projeto científico de seus pais é daquele local.

Com a picada da aranha, o jovem ganha poderes realmente notáveis, a ponto de quebrar móveis de maneira totalmente desastrada e a usar seus reflexos sem nenhuma noção do que está fazendo. Lutando com criminosos na rua, sem nenhum propósito concreto, Peter Parker cria aos poucos o herói que se identificará como o Homem-Aranha. E o ponto de virada, como não pode deixar de ser, voltam a ser os tios do rapaz nerd.

O Espetacular Homem-Aranha acerta em criar um herói que faz piada com suas próprias capacidades, acerta em colocar os personagens em idade jovem (final do ensino médio, dando a entender que haverá continuações que mostrarão o processo de amadurecimento) e, por fim, nos coroa com boas cenas de ação que convencem. Quando Parker sai machucado de um combate, ele realmente volta com o rosto cortado para casa, como um ser humano ficaria. E quando Curt Connors se revela como o vilão Lagarto, os combates começam a ficar realmente pesados no filme.

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