sábado, 24 de abril de 2010

Militantes de esquerda insultam Hilda Molina na Feira do Livro de Buenos Aires

A médica cubana Hilda Molina teve que interromper a apresentação de sua autobiografia Mi Verdad esta noite pela intervenção de militantes e estudantes de esquerda. Molina expôs durante meia hora detalhes de sua obra em um salão na Feira do Livro de Buenos Aires, até que ocorresse a interrupção de membros do Movimento Argentino de Solidariedade com Cuba e de estudantes da Universidade de Buenos Aires, que começaram a insultá-la.

"Assim são as atitudes de repúdio em relação aos que pensam diferente do governo em Cuba: gritam e insultam", disse a cubana - antes de sair por uma porta lateral, evitando maiores alardes. As manifestações de apoio a Fidel e ao governo de Havana foram respondidas por um pequeno grupo de cubanos que ali estavam. Entre eles, uma mulher que carregava a bandeira de seu país e fotos de prisioneiros políticos.

Hilda Molina relata em seu livro como chegou ao desencanto com a revolução comunista encabeçada por Fidel e conta, também, sua peculiar relação com o líder. Além disso, a médica dá a entender que Castro sentia por ela mais do que admiração profissional, "mas nunca me faltou com respeito", revela.

Molina, que em 2009 teve autorização para sair de Cuba, atualmente cuida de sua mãe de 90 anos em tempo integral na capital argentina. Mas afirma: "meu sonho é voltar para meu país e exercer minha profissão de novo".

Um comentário:

Pedro Zambarda disse...

excelente matéria Fê. Algo que aconteceria aqui no Brasil ou fora, mas que é muito interessante.

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