domingo, 31 de agosto de 2014

Marina Silva divulga projeto de "casamento civil homossexual" e depois modifica iniciativa para sua candidatura presidencial

Por Akemi Nitahara, da Agência Brasil

A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) fez hoje (30) uma caminhada pela comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Cercada por correligionários e candidatos a cargos no Legislativo, ela parou algumas vezes para conversar com moradores e comerciantes.


Marina disse que o programa de seu partido inclui o respeito às comunidades, com acesso a serviços públicos de qualidade na saúde e educação, além de um “esforço continuado para que a segurança pública possa de fato resolver o problema da violência”. Ela disse que é preciso também destinar recursos para urbanizar e regularizar os locais de moradia existentes, sem remoções das comunidades.

“O nosso compromisso é tratar as comunidades com respeito ao seu território, à sua identidade cultural. E temos uma meta de aumentar em mais 4 milhões as moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, inclusive com os programas para atender às comunidades nas suas próprias regiões de moradia, fazendo a urbanização e criando os espaços de convivência; [implantando] a educação de tempo integral, valorizando os espaços de afetividade e de cultura nas comunidades”.

Quanto à retirada do programa de governo do trecho que propunha apoio ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo, Marina disse que houve um “engano”, e foi divulgado um texto que não havia sido aprovado pela coordenação da campanha. De acordo com ela, o mesmo ocorreu em relação à energia nuclear.

Projeto de casamento civil homossexual foi modificado para "união estável". Alteração ocorreu 24 horas depois de protestos do pastor Silas Malafaia, o que aumentou suspeitas de pressão externa.

“Não é que foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa, que foi em relação à energia nuclear, que na parte de ciência e tecnologia foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre mim e o Eduardo [Campos], e na parte do movimento LGBT. O texto para publicação foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram suas demandas; foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas. Agora voltou com o texto que foi mediado”.

De acordo com ela, independentemente da posição quanto à política LGBT, o compromisso da candidatura é com a defesa do Estado Laico, respeito à liberdade individual e à liberdade religiosa.

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