quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Por que 2012 é ano bissexto?


Hoje o mês de fevereiro ganhou um dia a mais. Com este dia 29, 2012 mostra a sua peculiaridade, que só se repete a cada quatro anos. Mas por que isso acontece?

O acréscimo serve para manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos sazonais - relacionados às estações do ano. A expressão “ano bissexto” surgiu com a implantação do Calendário Juliano, no ano 45 a.C., definindo alterações no Calendário Gregoriano – que é adotado pela maioria dos países, principalmente os ocidentais.

Segundo a astronomia, um ano representa o período no qual a Terra completa uma órbita ao redor do Sol. Por isso, esse “ano solar” tem duração de 365,242199 dias, ou seja, cerca de seis horas mais longo que o atual ano civil, que dura 365 dias. Essa diferença multiplicada por quatro equivale a 24 horas ou a um dia - o tal dia 29 de fevereiro. Por isso foi criada uma correção para manter essa contagem de tempo.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Como fazer uma boa resenha?

Entre os diversos textos que as pessoas fazem, especialmente na internet, um dos formatos mais adotados é a resenha. E o que é uma resenha, seja no jornalismo ou na crítica de forma geral? É uma análise da estrutura de um produto, seja um livro, um filme ou mesmo um local visitado pelo autor do texto.

Por esse motivo, a resenha é um serviço para o leitor que tem interesse pelo produto ou que pode ter curiosidade por ele. Esse estilo de texto pode abarcar opiniões, mas elas não são úteis se não colaborarem para um entendimento amplo do que é analisado.

Por isso, se você for fazer uma boa resenha:

- Descreva a obra que você escolheu. Aponte detalhes sobre o estilo do autor e a narrativa que está proposta, seja em romance, em conto, em poesia ou mesmo em dissertação.

- Com as descrições, conecte o livro ou o filme com outros produtos similares ou mesmo diferentes. Faça isso de maneira que torne seu texto esclarecedor, usando humor ou outro recurso que lhe parecer apropriado na comparação.

- Tome cuidado com excesso de adjetivos. Os adjetivos devem servir para caracterizar seu texto, e não para dotá-lo de opinião superficial.

- Pode-se abordar a biografia do autor do produto ou da obra se isso facilitar o entendimento de seu leitor.

- A opinião deve surgir, então, se as descrições do objeto estiverem claras. O ideal é que as opiniões apareçam no final da resenha. A mudança dessa estrutura só pode acontecer se isso não atrapalhar na descrição do objeto escolhido. Pode-se falar mal no começo, desde que isso não desanime o leitor para saber novos detalhes.

- Cuide do vocabulário na resenha. Palavras simples ajudam a fazer o texto fluir, mas a criatividade conta pontos positivos para o resenhista que souber usar um vocabulário mais elaborado sem empolar a descrição.

- A questão do final de um filme ou de um livro depende do foco do seu texto. Se você escreve pra quem já viu o produto, entregar o final pode ser positivo para construir novas discussões sobre o tema. Mas a regra geral é evitar registrar detalhes que o leitor só vai ter em contato com a obra. O suspense e a expectativa fazem parte do trabalho do resenhista.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

E se Kurt Cobain estivesse vivo aos 45 anos?



O vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, completaria 45 anos no último dia 20 de fevereiro. Com seu suicídio, em 94, acabou a trajetória de uma das bandas que difundiu o rock alternativo de Seattle e uma legião de fãs ao redor de seu nome foi criada.

Vamos especular:

- Se ele estivesse vivo, estaria estagnado depois de lançar discos medíocres?

- Ele teria brigado com Dave Grohl e o Foo Fighters seria uma banda rival do Nirvana?

- Ele seria menos idolatrado como compositor? Ou teria preenchido o mundo popular do rock com mais letras com referências ao punk, como foi em Nevermind?

- Ele seria uma personalidade deprimente na mídia após vários tratamentos contra as drogas, sem sucesso?

- Ele entenderia o sucesso, depois de rejeitá-lo várias vezes?

- Ele terminaria o Nirvana em determinado ponto da carreira e faria como bandas clássicas promovendo novas reuniões dos integrantes antigos? O Soundgarden faz isso hoje.

- Ele teria derrubado mais sucessos do mundo pop, como fez com Michael Jackson no começo dos anos 90?

- Ele teria agregado novas influências para seu estilo de música?

- Weezer, Radiohead e vários grupos da música alternativa estariam com ele hoje? Pergunto isso considerando que as duas bandas citadas abraçam o Nirvana como um de seus impulsos na carreira.

Pense nessas possibilidades. Talvez a música mainstream nem estivesse mudada sem o suicídio de Kurt. Mas provavelmente alguma coisa não seria como é hoje.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A revista Rolling Stone em quarenta entrevistas

Jann S. Wenner criou a revista Rolling Stone em 1967 com dinheiro de seus parentes e totalmente focado na cobertura da contracultura hippie emergente nos Estados Unidos. A publicação saiu do universo underground e se tornou o que seu criador queria: Uma revista com "conversas mais penetrantes, íntimas e perceptivas" e que não trata só de música, mas sim da cultura pop.

Essa edição da Larousse traz algumas das entrevistas históricas da publicação. Kurt Cobain, Eric Clapton, Keith Richards, Ozzy Osbourne e Johnny Cash mostram os bastidores das músicas e muitas das informações que você encontra sobre seus ídolos em publicações da área. A própria abertura do livro, com Pete Townshend explicando porque quebrava suas guitarras no show do The Who, mostra a realidade que transformou o rock de uma música vinda dos negros para um sucesso mundial desde a década de 1960.

Outros entrevistados, como Truman Capote e George Lucas, mostram o papel importante que a Rolling Stone teve, desde sua criação, de evidenciar a cultura norte-americana. Sem narrar a história da revista, só com impressões das fontes, a leitura voa em comentários sobre carreira, política, música e até cinema.

Recomenda-se, inclusive, a leitura do livro em inglês, para ver citações históricas em seu tom original. John Lennon, nesse livro de entrevistas, confessa que é um gênio, além de falar detalhes de sua separação com os Beatles e uso de LSD, acompanhado por comentários de Yoko Ono. Bill Clinton comenta, em um texto de 2000 da Rolling Stone, sobre o escândalo com Monica Lewinsky.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Dama neoliberal de Ferro interpretada por Meryl Streep


Criticada por privatizar as empresas inglesas, por combater sindicatos e por declarar guerra contra a Argentina pelas Ilhas Malvinas (chamada pelo Reino Unido de Falkland), a ex-premiê e atual baronesa Margaret Thatcher ganha traços rígidos e sensíveis na pele da atriz Meryl Streep. Indicada ao Oscar de 2012 de Melhor Atriz, Streep faz sucesso no novo filme Iron Lady, que estreou na última sexta-feira. O filme parece agradar tanto quem simpatiza com essa pessoa, que foi a primeira mulher a assumir o posto de primeira-ministra, quanto aumentar o coro das pessoas que criticam seus planos de austeridade fiscal nos anos 80.

A polêmica do filme, principalmente para os ingleses, é mostrar Thatcher hoje em dia, isolada e sentindo falta de seu marido falecido, Denis Thatcher. Essa face envelhecida da premiê mostra sua fragilidade como pessoa, o que contrasta com a mulher que assume o posto de maior poder no Reino Unido. Com o cargo de primeira-ministra, Streep mostra que a sede de ambição da mulher foi sua principal fonte para ficar no cargo.

Um dos pontos altos no filme, principalmente para pessoas que gostam da política conservadora de Thatcher, é mostrar como ela via a administração doméstica como a saída ideal para lidar com crises econômicas. Ela, como uma mãe que cuida de compras de supermercado, não hesita em fazer cortes para formar reservas. Seus adversários usavam sua origem para atacar suas políticas. Thatcher era chamada de "quitandeira", por ser filha de um comerciante humilde, que sabia cortar gastos.

Outro ponto é a crise que Margaret Thatcher criou ao atacar as Malvinas argentinas. Nem os Estados Unidos queriam que o Reino Unido massacrassem as ilhas do país latino-americano. A ação bélica, na realidade, garantiu que Thatcher ganhasse seu segundo mandato, que formou um ciclo de 11 anos da mulher no poder.

Três seriados que você deveria ver no Netflix

Conhece Netflix? Se você assiste filmes com frequência, deveria levar em consideração esse serviço. Por 15 reais mensais, o site oferece longas para que você assista sem fazer download, em transmissão streaming, assim como ocorre no YouTube. No entanto, os vídeos tem qualidade de DVD, se sua conexão for boa.

Para quem está entrando no serviço agora e quer recomendação de seriados internacionais para assistir no servidor brasileiro, seguem algumas indicações:


Todas as quatro temporadas de Battlestar Galactica estão no Netflix. Para quem gosta de ficção científica, a história dessa sitcom é uma pérola do gênero. No enredo, humanos tentam se defender da ameaça dos Cylons, robôs criados para trabalho escravo. Essa máquinas evoluem até produzirem modelos iguais aos homens. 

O ponto central da série é a destruição que os Cylons fazem contra as antigas colônias dos homens. A estação Galactica é a última esperança de salvação da raça humana, que procura a última colônia para habitar: A Terra.


Netflix só tem três temporadas de Dexter (existem seis temporadas do seriado, já). No entanto, para quem quer conhecer o perito da polícia que atua como serial killer de criminosos, vale a pena ver o streaming e ser introduzido ao universo do personagem.


Para não ficar apenas em séries dramáticas, a última recomendação é uma comédia muito inteligente. The Office tem seis das oito temporadas no Netflix. É uma oportunidade para quem é fã nostálgico do seriado e quem quer conhecer.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O maestro da brasilidade em diversas línguas: Tom Jobim



De Orfeu da Conceição até Wave, de Garota de Ipanema até Chega de Saudade, um dos expoentes da bossa nova e da música erudita contemporânea dá as caras em A Música segundo Tom Jobim. E não é o maestro das entrevistas com a imprensa que aparece neste documentário musical, mas sim sua sonoridade que moldou um estilo baseado no jazz americano e suas inúmeras parcerias que deram originalidade para sua obra.

O documentarista Nelson Pereira dos Santos escolheu uma forma ousada de retratar o músico, usando apenas as principais apresentações e composições de sua vida. O trabalho, essencialmente, foi de edição sonora e de resgate de imagens, com o auxílio da própria família de Jobim. O resultado é agradável, sensível e esclarecedor para quem não teve a oportunidade de conviver com o maestro.

Vinicius de Morais está entre os amigos mais íntimos do músico, retratado em suas inúmeras composições em conjunto. Mas o documentário não dá espaço só para ele: Estrelas da MPB como Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Miucha e Gilberto Gil estão na telona. Astros do jazz americanos mostram também como transformaram a Garota de Ipanema de Jobim em um fenômeno mundial. Sua obra é mostrada até em francês.

Seja com grandiosas parcerias, ou apenas sozinho com seu piano ou seu violão, Tom Jobim está retratado de forma crua nesse filme. Que se espelha tanto na riqueza de um Orfeu da Conceição quanto nas repetidas versões de seus grandes sucessos, mostrando que ele criou músicas para permanecerem no imaginário popular.

Os aliens guardiões de Arthur C. Clarke


Escrito em 1953, O fim da infância, do escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, surpreende por trazer uma história com extraterrestres extremamente atual para os dias de hoje, inclusive com todas as teorias da conspiração que envolvem o ano de 2012. 

O enredo é simples: Aliens, identificados com o nome de Senhores Supremos, chegam até a Terra e aproximam suas naves diante dos governos do mundo inteiro. Só que, ao invés de começar uma invasão repressora, os extraterrestres interagem com os homens e fazem eles esquecerem suas diferenças.

A humanidade deixa de ter desigualdades sociais, crises econômicas e diferenças políticas. Os aliens, literalmente, elevam os homens até uma "Era de Ouro".

No entanto, Clarke sabe instigar o leitor e coloca seus Senhores Supremos como os novos deuses. A princípio, esses personagens, que vivem muito além dos seres humanos, não revelam sua aparência corpórea. Alegam que os homens não estão prontos para visualizá-la.

Depois, os aliens impedem os humanos de realizarem viagens espaciais.

Com essas duas regras, o livro de Arthur C. Clarke cria um suspense com várias reviravoltas envolvendo várias gerações de homens. O desfecho, se você for bom de prever finais, ainda pode surpreender bastante. O desenrolar dessa ficção ainda soará atual para muitas pessoas que acreditam no desenvolvimento humano.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Jovem Nerd lança rede social e deixa de ser site para se tornar portal


Reconhecido pelos podcasts que fazem fama no Brasil ao tratar de quadrinhos, filmes e livros da cultura nerd, o pessoal do Jovem Nerd resolveu reformular seu site e oferecer uma rede social aos fãs, lançada ontem na Campus Party 2012. Nos moldes do Facebook, com opção de timeline, adicionar amigos e compartilhar informações, a Skynerd ainda circula de forma privada, somente para usuários que fizeram pré-cadastro para testes.

Nós do Bola da Foca estamos fazendo testes nessa nova rede. Além do sistema, o site deles, que já conta com podcast e videocast, agora abriga áudios do site Matando Robôs Gigantes, outra página que aborda também a chamada cultura nerd. Em outras palavras,o Jovem Nerd está deixando os moldes de site para se tornar um portal de informações.

Mesmo que algumas pessoas não concordem com o formato portal, alguém duvida que redes como o Facebook viraram tendência para as páginas atualmente?

domingo, 5 de fevereiro de 2012

[COM SPOILER] A personalidade eficiente e controladora do Hoover de Clint Eastwood



Maquiagem pesada, envelhecimento e dureza em frases que parecem discursos. Esse é o retrato de J. Edgar Hoover pintado pelo ator Leonardo DiCaprio e pelo diretor Clint Eastwood, que se aventura em filmes criativos, polêmicos e bem autorais. 

Poderia fazer uma resenha superficial sobre o filme que ilustra o homem workaholic que formou o FBI moderno e que pensava sempre em uma sociedade de controle, mas não resisto e preciso fazer um texto mais reflexivo sobre esse personagem controverso.

Se você não quer saber detalhes importantes do roteiro de J. Edgar, vá ver o filme e pare de ler o texto agora. Se já viu o longa e quer discutir sobre a obra de Eastwood, clique no título do texto.

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