sábado, 21 de fevereiro de 2009

Crise Intestinal





Algumas empresas aproveitam-se do medo coletivo gerado pela "Crise Mundial".

Em tempos de crise*, a palavra "demissão" torna-se recorrente nos jornais e nas jornadas de trabalho de diversas empresas. Assim, quando alguma empresa anuncia que vai demitir funcionários, pouco se questiona e logo justifica-se: "É a Crise!"

Logo, o impera-se o medo coletivo de "ser o próximo desempregado".

Empresas como a Volkswagen aproveitam a oportunidade para lançar as demissões (voluntárias ou involuntárias). Em seguida, contratam funcionários mais jovens, com salários mais baixos e com maior carga de trabalho.

Enquanto empresas nacionais e multinacionais têm excelentes lucros, lucram ainda mais pagando menores salários. Eis a questão: Para onde vai o dinheiro?

A empresa alemã afirma em sua página oficial: "A Volkswagen do Brasil é uma empresa admirada por seus empregados, qualificados e motivados, uma parceira confiável para clientes, fornecedores e distribuidores, além de ser socialmente responsável."

No início do mês, um funcionário da Volkswagen não pôde parar a produção para ir ao banheiro. Com tantas demissões, não havia quem o subistuísse. "É humilhante! O funcionário não aguentou e cagou nas calças".

"Socialmente responsável"?

"Admirada por seus empregados"?

Para onde vão os lucros com exploração da alemã Volkswagen Brasil?

Frases:

"A crise é desumana e é uma merda!"

"A crise dá garras ao capitalismo selvagem."

"A crise é psicológica, mas torna-se psicossomática. Se todos acreditamos que estamos em crise, estamos em crise. E, então, o mercado financeiro, os investidores, as empresas, os empregados, os jornalistas agem de acordo com a crise e aí evidenciam-se seus efeitos."

*Jargão jornalístico?

7 comentários:

Unknown disse...

Afirmar que a crise é meramente psicologica demonstra uma certa ignorancia em relação ao assunto. Mas de fato, tem mta empresa ai mascarando as suas reformulações como efeitos da crise. No entanto, não acredito que isso aconteça com o setor automobilistico, que de fato, ta caindo aos pedaços

Felipe de Paula disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Felipe de Paula disse...

E aí, Luma. Gostei do seu texto, de verdade. Concordo com a utilização irresponsável do bordão "É a crise" por parte de diversas empresas, inclusive do setor automobilístico.
Mas não concordo quando você diz que "se todos pensam que estamos em crise, estamos em crise". Não dá pra se negar a existência da crise, o que se pode fazer é tomar cuidado para que ela não seja usada para mascarar ações sacanas e mal-intencionadas, tais como a que você citou.
Beijo!

MissBruno disse...

\m/

Luma Ramiro Mesquita disse...

"A crise é psicológica, mas torna-se psicossomática. Se todos acreditamos que estamos em crise, estamos em crise. E, então, o mercado financeiro, os investidores, as empresas, os empregados, os jornalistas agem de acordo com a crise e aí evidenciam-se seus efeitos."

Esta frase parece ser a mais polêmica.

Quem disse foi um administrador que trabalha com investimentos, este mundo "quase" virtual. Ele fala sobre a existência da crise nos EUA e seus efeitos no mundo. No entanto, acha que o alarde da crise é muito maior que a própria crise e isso mexe muito com ações.

Bom, espero que o posicionamento dele tenha ficado mais claro, agora.

Obrigada por comentar, Thiago e Felipe!

Mariana, não entendi o "\m/".

Abraço!

Pedro Zambarda disse...

\m/ é tipo "metal, cara!" XD

Luma Ramiro Mesquita disse...

rsrs

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