Ela tem 13 anos. Estuda em escola pública no Brasil. Ela poderia ser mais um retrato sobre a miséria da educação nacional, da falta de investimentos do Estado. Mas Isadora Faber foi além, muito além.
Ela registrou os problemas de sua escola. Sem fazer o discurso aceito por educadores e professores, que pedem mais investimento e devem receber mais investimento, ela apontou, problema por problema, os deslizes que existem dentro das instituições. Isadora, da sua forma, foi fazendo o típo mais eficiente de crítica: A diária. E o Diário de Classe transformou-se em uma página no Facebook com 528 mil fãs, comentada por 13 mil pessoas no momento.
A iniciativa de Isadora foi criada em julho de 2012 e se tornou fonte de inúmeras reportagens. A autora, assim como seu tema polêmico, já foi vítima de professores que não aceitam a crítica. Neste último dia do ano, acho que não custa lembrar desse tipo de engajamento, que foi apontado na época como "sintomas de um novo tipo de jornalismo".
Não acho que é um novo tipo de imprensa, mas, sim, é um tipo novo e eficiente de crítica.
Um comentário:
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