sábado, 26 de julho de 2014

Com a morte de Suassuna, Academia Brasileira de Letras perde o terceiro acadêmico em um mês

Por Marcelo Brandão e Paulo Virgilio da Agência Brasil
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Morreu no dia 23 de julho, de parada cardíaca, o escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna. Ele estava internado, desde segunda-feira (21) no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) determinou luto oficial de três dias. Em nota divulgada logo após tomar conhecimento da notícia, Holanda Cavalcanti lembra o fato de que Suassuna é o “terceiro grande acadêmico” que a  academia perde no espaço de um mês – ele se referia a Ivan Junqueira, morto no dia 3 deste mês, e a João Ubaldo Ribeiro, no dia 18.

“Estendemos à família de Ariano nossos profundos sentimentos de pesar. E, à multidão de seus amigos, leitores e admiradores no Brasil e no mundo, nossa solidariedade  pela imensa perda. Ariano reunia em sua pessoa as extraordinárias qualidades de homem de letras e de intelectual no melhor sentido da palavra, alguém que, dispondo de uma cultura invulgar, era, ao mesmo tempo, um homem de ação. À sua maneira ocupava-se e preocupava-se com os problemas sociais, focado nos da sua região”, destaca o presidente da academia.

Geraldo Holanda Cavalcanti destacou também o engajamento do escritor paraibano com o Movimento Armorial, “através do qual buscava revigorar a identidade nordestina e suas peregrinações, levando, com humor, sua mensagem por todo o Brasil”.

Ariano Suassuna era o sexto ocupante da Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 3 de agosto de 1989, na sucessão de Genolino Amado. Em 2004, a ABL apoiou a produção do documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e exibido na Sala José de Alencar da instituição.

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