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Os vagões seguem carregando 4,6 milhões de pessoas todos os dias em São Paulo. Mas para esses 42 trabalhadores demitidos a greve histórica do metrô não acabou.
Diego Guimarães Pereira, Camila Ribeiro Duarte Lisboa, Ricardo Senese, Celina Mara Araújo Maranhão e Alex Alcazar Fernandes |
Em terra de maquinista grevista é rei
O sangue frio, o jogo de xadrez, as táticas e estratégias para protagonizar mudanças trabalhistas em um ambiente dominado por ganância. A demissão sumária dos 42 grevistas foi a última cartada do governo, de um estado dito democrático mas que permite a criminalização e o esmagamento das lutas sociais.
Foram demitidos com base nos artigos 260 a 262 do Código Penal, que trata do impedimento ao funcionamento de transporte público e de estradas de ferro, e 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prevê justa causa por "incontinência de conduta ou mau procedimento".
Conquistas, vitórias. Demissões à parte
A empresa que comanda o Metrô não conseguiu comprovar nenhuma das acusações contra os metroviários e chegou ao absurdo de emitir uma segunda justificativa das demissões, numa tentativa de corrigir o erro cometido.
Uma campanha nacional de luta pela readmissão foi proposta pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que teve como deliberações o uso do adesivo da campanha pela readmissão, a suspensão das horas extras, um abaixo-assinado, a realização de ato-show e atos públicos pela readmissão. Entre as iniciativas está também uma ação na Justiça, cujo documento foi protocolado na última quinta-feira (16).
A primeira vitória da campanha foi a reincorporação de dois trabalhadores demitidos "por engano", o que mostra, segundo o informativo do Sindicato, que é possível reverter as outras demissões.
A multa milionária solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE) aos metroviários de São Paulo no valor de R$ 354,4 milhões foi rejeitada pela Justiça. Na decisão foi avaliado que a Justiça Comum não pode analisar a ação que julga o direito de greve da categoria.
Nós somos metroviários
“Nossa luta não é só pela readmissão dos metroviários. É também pela readmissão dos trabalhadores do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], pela libertação dos presos políticos e contra a repressão imposta aos movimentos sociais”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres.
A luta dos metroviários é contra os ataques ao direito de liberdade de manifestação e de organização, em defesa do direito de greve e em defesa do transporte público de qualidade.
Um comentário:
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