segunda-feira, 6 de junho de 2011

Microsoft versus Apple: Duas conferências de inovação e conservadorismo tecnológico



Hoje, praticamente ao mesmo tempo, a Microsoft e a Apple se apresentaram em eventos distintos. A empresa de Steve Ballmer subiu ao palco em Los Angeles, no evento de videogames da E3, para apresentar novidades do Xbox 360 e do sensor de movimentos Kinect. Steve Jobs, CEO da empresa da maçã, fez uma apresentação para falar sobre o iCloud, sistema de distribuição de informações na chamada "computação em nuvem" - dados em rede ou na internet.

Foi engraçado a simultaneidade dos eventos: Uma conferência começou 13h e outra, 13h30. A Apple apresentou um sistema que integra downloads e dados entre os dispositivos da empresa, como iPhones, MacBooks, iMacs e iPods. Não é grande novidade. A Microsoft anunciou sequências de Gears of War, Halo, Mass Effect e Kinect Adventures, além de um novo Disneyland Adventures, para crianças, e um Star Wars. Falou também de parceria com o Youtube para a Windows Live do console Xbox 360. Falou de outros jogos. E só, sem grandes novidades.

Ambas as empresas revolucionaram a tecnologia. A Microsoft criou o Windows no final da década de 1980 e monopolizou sistemas operacionais para computadores. A Apple lançou o iPhone em 2007 e saiu na vanguarda dos smartphones com telas sensíveis ao toque. Na plataforma Xbox 360, a Microsoft novamente revolucionou lançando o Kinect, um sensor de movimento que capta o corpo inteiro do jogador para inseri-lo nos games.

Mesmo com esses históricos, as duas empresas ficaram no campo seguro e mantiveram projetos presos ao que já existe. Cada passo das companhias é calculado. O problema dessa estratégia? Uma oportunidade para a Nintendo e a Sony lançarem projetos de tecnologia mais ousados. A Big N já se adiantou e fala em Projeto Café, um substituto para o Nintendo Wii, que mudou os games em 2005/06. A outra gigante japonesa pode ter uma carta na manga na E3, mesmo evento em que a Microsoft participa.

A tecnologia é uma série de ousadias e conservadorismos. Melhor ficar na terra segura ou no voo revolucionário dos equipamentos eletrônicos e digitais? Não dá pra saber. Só acompanhando a corrida entre essas gigantescas corporações.

sábado, 4 de junho de 2011

Um filme de X-Men sobre a história de Magneto


Filmes de super-heróis de quadrinhos resultam em boas adaptações e em desastres cinematográficos. Para o alívio dos fãs, X-Men First Class é um excelente filme. Ao contrário de Wolverine: Origins, as mudanças criadas pelo diretor Matthew Vaughn alteram a história dos gibis e agradam de forma autêntica, ao mesmo tempo. O foco do longa é uma versão das origens do professor Charles Xavier e de Erik Magnus, o Magneto.

O enredo se passa na Crise dos Mísseis entre a URSS e os Estados Unidos na Guerra Fria, em 1962. Bombas estão montadas na Turquia, ameaçando a União Soviética. Por isso, os russos estão direcionando mísseis de Cuba contra os americanos, criando um temor de guerra internacional e nuclear.

Nesse contexto, entra a história de Magneto - um fugitivo judeu polonês, da Segunda Guerra, que foi criado com desejo de vingança após o Holocausto. De outro lado, Charles Xavier é mostrado como um milionário americano que se dedica à carreira acadêmica e aos estudos científicos sobre mutantes. O vilão Sebastian Shaw, interpretado pelo conhecido Kevin Bacon, entra no enredo totalmente diferente dos quadrinhos, como um oficial nazista que matou a mãe de Erik Magneto. A princípio, a história soa forçada, mas você passa a aceitar Shaw como um personagem que constitui a personalidade de Erik, o filme flui bem.

Xavier convive com Raven, uma mutante que foi parar em sua casa e que transforma sua aparência na de outras pessoas. Essa personagem pequena azul torna-se a Mística. Charles Xavier também conhece Dr. Henry "Hank" McCoy, que se torna a aberração conhecida como Fera. O professor X também recruta outros mutantes novatos, que ganham um papel secundário no filme, atraindo atenção principalmente nas cenas de combate.

Mas a história ganha vigor com a vingança de Magneto contra Shaw. O vilão é protegido por Emma Frost, uma mutante com poderes similares ao professor Xavier. Quando Sebastian Shaw fica desprotegido, Magneto duela contra a habilidade de absorver energia do adversário. A luta será pelo capacete de metal que protegerá Erik Magnus dos poderes telepáticos de outros mutantes.


O filme mostra uma origem mais complexa do professor Xavier, lutando ao lado de mutantes, ao contrário dos quadrinhos, que mostram ele apenas como um telepata pesquisador. Magneto representa a opinião mais radical entre os mutantes, reunindo aliados entre os parceiros do professor X para formar seu próprio grupo contra os seres humanos. Enquanto essas crises acontecem entre os X-Men, eles tentam impedir que ocorra a Crise dos Mísseis, que poderá destruir a União Soviética e os Estados Unidos.

Esse longa-metragem estreou ontem. Se você puder ver nesta semana - e for admirador de quadrinhos -, vale muito a pena. Mesmo com as diferenças do filme em relação aos gibis.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mensagem leve, livre e com ritmo contagiante do Klatu


Quase três anos se passaram desde o primeiro CD, Em Busca do Rock Infinito (não lembra? Veja aqui), e a banda Klatu pouco mudou sua proposta. Isso é ruim? Alguns diriam que sim, porque mudar, no rock e na música, faz bem e permite experimentar coisas novas. No entanto, o novo single que o grupo enviou para este blog mostra que eles se mantém coesos na linha de fazer canções sem rótulos fechados.

Não cante esta música tem um pé na música de clássicos como Mutantes e outro pé nos conhecimentos de Leco Peres e Carol Arantes, os criadores do Klatu. A letra do novo single é sobre apreciar coisas sem nenhuma obrigação, sobre aprender, com um apelo ainda mais pop e grudendo do que outras composições do grupo.

No instrumental a banda manda ver com solos e bases abafadas da guitarra elétrica de Rodrigo Hid. O baixo de Leco Peres mantém as partes separadas da melodia unidas. Já a bateria de Fernando Michillo ganha destaque com a velocidade, força e ritmo pausado nos momentos certos, soando realmente agradável.

O clipe que a banda fez foi simples, com versões deles em avatares virtuais e uma paisagem urbana e espacial. A música deles já foi levada para o cinema no longa-metragem As Melhores Coisas do Mundo, da cineasta e diretora Laís Bodanzky. Agora é esperar se o novo CD deles terá músicas mais complicadas ou essa simplicidade bem aplicada nesse single.

Veja o clipe:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Falhamos com o Facebook, diz Eric Schmidt do Google


"Um presidente-executivo precisa assumir a responsabilidade. Eu errei", disse Eric Schmidt, do conselho administrativo do Google. Ele foi CEO da empresa por 10 anos e teve a chance de se aproximar do Facebook, que se tornou a maior rede social do mundo. Suas tentativas foram em vão. Agora, só lamentações.

As lamentações do executivo você pode ver abaixo, no vídeo de sua entrevista no D9 do AllThingsD.

"A internet é maravilhosa, mas não estamos maravilhados" diz Kevin Kelly no TED


Primeiro editor-executivo da revista WIRED, é óbvio que Kevin Kelly tem coisas importantes a dizer sobre a internet, como publisher de uma grande publicação de tecnologia. No entanto, é interessante como ele tem mensagens atuais ditas... há três anos atrás. Em dezembro de 2007, Kelly deu uma palestra ao TED, que você pode ver abaixo.


O mote principal da palestra é: "A internet é maravilhosa, mas não estamos maravilhados". Mas o interessante é como ele desenvolve seu raciocínio, mostrando que muitas pessoas não foram educadas para a vida em rede e que o online é mais do que se espera. Ele descreve a internet como um "corpo", uma "máquina única". A evolução dos smartphones, notebooks e todos os aparelhos embutidos em carros e outros locais são as "partes" desse corpo.

Kelly descreve essa tecnologia, essa estranha aliada, como uma máquina genuinamente humana. A internet somos nós e é por isso que temos redes sociais, aparelhos conectados e trocas infinitas de dados. Essas explicações simples, mas baseadas em dados concretos, fazem uma teoria clara de como estamos cada vez imersos nesse universo, independente de fatores financeiros. Reduzimos os custos para quase zero. Vivemos, cada vez mais, em função desse mundo.

"É ruim depender tanto do [buscador do] Google. Mas se pensarmos que o quanto dependemos de alfabetos, isso não é tão ruim assim", diz Kevin Kelly.

Agradecimentos ao amigo Giovanni Gigliozzi.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma recomendação: Resenha de Turnê, de Maira Giosa


Eu poderia tentar fazer uma resenha sobre o filme Turnê, de Mathieu Amalric, sobre como ele aborda o bizarro e a desconstrução do enredo no longa-metragem. No entanto, preferi deixar para vocês o texto da jornalista Maira Giosa, do blog Projetor, que, por enquanto, é minha resenha favorita sobre o filme. Confiram.

Sarney diz que impeachment de Collor foi "acidente" na história brasileira


"Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, diz José Sarney.

Não sei quanto ao senhor presidente do Senado, mas os crimes foram comprovados. Por mais que a justiça no Brasil seja falha, Collor se afastar do cargo de presidente seria uma prova de honestidade. Mas o osso atrai o cachorro e, certamente, Fernando Collor de Mello não sai da política tão cedo.

E o "acidente" que José Sarney menciona se concretiza, e não uma postura política séria.

Via Agência Brasil

sábado, 28 de maio de 2011

As 10 informações que você deve saber antes de entrar no jornalismo


Não tenho 20 anos de carreira, não fui editor de nenhum veículo importante e não sou ninguém para dizer o que você deve fazer ou deixar de fazer. Mas, considerando que me formei em jornalismo no ano passado, não custa dar uns toques para quem pensa em entrar na imprensa, para quem cursa comunicação ou para quem tem curiosidade pela área.

Segue abaixo 10 informações importantes para quem quer entrar no jornalismo.

1 - Seu chefe, superior ou editor vai sempre falar que você está errado. Não vai te chamar de equivocado, não vai dizer que você cometeu um deslize, mas vai afirmar que você errou, sem leveza nenhuma. Com todas as letras. Esteja pronto para ouvir isso, ainda mais se você trabalha com texto, com TV ou com rádio, as áreas primordiais do jornalismo.

2 - Você não vai escrever os textos que gostaria. Nem vai estrear nos programas que sonha. No entanto, um alívio: Você vai conhecer coisas que não sabia e vai passar a gostar delas. Especialmente se você for um profissional com perfil aberto a descobrir novos conhecimentos.

3 - Escrever é editar. Mesmo se você for cuidadoso com ortografia, vai errar regras essenciais com uma demanda de trabalho alta. Se você for falar com um microfone de frente para uma câmera, o português oral será mais sensível aos erros. Procure sempre se editar, mesmo quando edita os outros. Procure o erro e não fuja dele.

4 - Seu público vai falar as coisas mais incoerentes a seu respeito. E vai dar dicas úteis. Saiba filtrar o que falam a você e sobre você.

5 - Jornalista imparcial é impossível, disse Heródoto Barbeiro, famoso âncora da Rádio CBN. No entanto, você poderá tomar decisões que não beneficiarão a empresa onde trabalha, mas sim o público. Isso é jornalismo. Um profissional comprometido com seu público é um jornalista. E dar o que o seu público precisa, não o que ele quer, é um esforço que requer tempo de carreira e intuição.Você trabalha para as empresas, mas também para quem consome seu produto. Essa é uma relação delicada para ser esquecida.

6 - Leia. Jornalista também é um leitor. Consuma mídia e verifique sempre seus concorrentes diretos. Se você entrou no jornalismo e tem preguiça de ler conteúdo, terá problemas. Imprensa é o espaço para quem sempre está descobrindo novos veículos.

7 - Não crie rivalidades apenas para ter uma opinião. Não emita opiniões que não são úteis ao público. Quando for parcial em determinado tema, tenha, pelo menos, um propósito claro.

8 - Não há cobertura perfeita, mas existe cobertura que sabe se criticar. Saiba onde parar na hora de apurar uma reportagem. Há informações que a imprensa não tem tanta necessidade de noticiar, como o sofrimento excessivo de algumas pessoas.

9 - Não crie regras definitivas no jornalismo, mas busque sempre uma apuração objetiva. Faça um texto claro para quem aprecia seu tema e para quem desconhece o assunto.

10 - Esteja sempre aberto ao aprendizado. Um jornalista é sempre aluno e professor dos temas que aborda. Explique o máximo que puder, mas tenha cabeça aberta para estar sempre aprendendo.

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