Novamente o grito de gol ficou preso na garganta do brasileiro. Pela terceira vez consecutiva dentro de casa, a nossa seleção não saiu do zero (Argentina, em Minas Gerais e Bolívia na própria cidade maravilhosa, mas no estádio do Engenhão).
Sem criatividade, o Brasil não superou a Colômbia, mesmo com um Maracanã recebendo um bom público – 54.910 pagantes -, mas muito aquém de um passado recente. O empate manteve a seleção na segunda colocação das Eliminatórias, mas a insatisfação do brasileiro com sua equipe é clara e cocreta.
O Brasil demonstrou a dificuldade na criatividade logo de início do jogo, em que os colombianos montaram duas linhas de quatro jogadores (defesa e meio-campo), que compactaram a equipe visitante e diminuíram os espaços para os brasileiros.
Insistindo pelo jogo central, a seleção contou com a ineficiência da individualidade de Robinho e Kaká, além de constantes erros de passes; a conseqüência desses fatores foram o início das vaias dos cariocas, logo aos quinze minutos da primeira etapa. A voz do povo pedia atitude à seleção, algo que se perdeu com Dunga no comando. O Brasil foi feliz quando jogou no contra-ataque, contudo não sabe ser Brasil – ir pra cima e pressionar o adversário. A Colômbia utilizou-se do contra-ataque, e jogava melhor.
As vaias individuais também chamaram a atenção. O primeiro a sofrer foi o lateral-esquerdo Kleber, do Santos. O camisa 6 tocava na bola e a torcida se enfurecia; a exigência era a escalação de Juan Maldonado, lateral do Flamengo (time da casa). O Brasil criou algumas oportunidade de gols, porém nada que fizessem a seleção merecer a vitória no primeiro tempo. Após o apito do árbitro, a chuva de vaias pairou pelo Maraca.
Obviamente necessitávamos de alterações, porém nosso glorioso Carlos Caetano não se movimentou, mantendo o mesmo time do fraco primeiro tempo. O início dos 45 minutos finais foi agitado, logo no início Jô exigiu boa defesa do experiente goleiro Agustín; porém a máquina novamente emperrou e o Brasil voltou à mediocridade.
Dunga acordou, levantou-se e chamou Mancini para dar maior movimentação no ataque. O jogador da Internazionale substituiu o apagadíssimo Elano. Imediatamente após a primeira alteração, Alexandre Pato ocupou o lugar de Robinho no campo. O artilheiro da “era Dunga” abusou da individualidade, e mereceu as vaias que recebeu – talvez essa tenha sido a pior partida de Robinho com a verde-amarela. Pato, pelo contrário, em seu primeiro toque na bola quase abriu o placar.
O jogo continuava morno, e esfriou de vez para o zagueiro Juan, da Roma. O defensor voltou a sentir uma lesão crônica na coxa esquerda, dando lugar a Thiago Silva, do Fluminense. Com a entrada de Thiago, o clima clubístico instalou-se no “maior do mundo”. Devida a péssima campanha do Flu no Brasileirão, rubros-negros, vascaínos e botafoguenses entoaram o coro de “Segunda Divisão”. A crítica virava ironia, e o “Adeus Dunga” subia de volume conforme os segundo se passavam.
A seleção sentiu a pressão e perdeu-se em campo. A confusão animou a Colômbia, que se tivesse um time mais qualificado, teria vencido o Brasil em pleno Rio de Janeiro. Após 90 minutos de um sofrível futebol, restou ao brasileiro protestar contra Dunga, pedindo a cabeça do treinador. Vale lembrar que a culpa não se restringe ao comandante; jogadores e principalmente dirigentes, em nome de Ricardo Teixeira, guiam o Brasil para o caminho da impopularidade e falta de identidade. O carisma do penta-campeão esfriou, nem o brasileiro agüenta mais assistir a sua seleção.
A seleção sentiu a pressão e perdeu-se em campo. A confusão animou a Colômbia, que se tivesse um time mais qualificado, teria vencido o Brasil em pleno Rio de Janeiro. Após 90 minutos de um sofrível futebol, restou ao brasileiro protestar contra Dunga, pedindo a cabeça do treinador. Vale lembrar que a culpa não se restringe ao comandante; jogadores e principalmente dirigentes, em nome de Ricardo Teixeira, guiam o Brasil para o caminho da impopularidade e falta de identidade. O carisma do penta-campeão esfriou, nem o brasileiro agüenta mais assistir a sua seleção.
Quer saber, concordo com o Thiago, verei o futsal, classificado à final da Copa do Mundo. Ou o Brasileirão, emocionante a cada rodada que se passa. Choque-rei no Domingo, esse eu não perco.
Nota: O técnico Alfio Basile demitiu-se do comando da seleção Argentina. O principal favorito à vaga é Sérgio Batista, treinador que guiou os argentinos ao ouro em Pequim.
Um comentário:
O Thiago tá certo em protestar, e você colocou o jogo num panorama mais jornalístico, mais imparcial.
Btw, o Dunga merece. Só não acho que devemos condenar todo os outros jogadores de futebol por isso.
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