quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Panorama Eleições 2008: Caso São Paulo - demais candidatos

Para que as matérias sobre as eleições paulistanas não fiquem parciais, seguem abaixo os candidatos a prefeito que não compareceram em nenhum dos debates (três no primeiro turno e dois no segundo turno) e que foram eliminados para que Gilberto Kassab e Marta Suplicy disputem votos neste domingo, dia 26 de outubro.



Levy Fidélix (28): "O resto é tudo cópia" é a principal frase de efeito do candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que também já foi apresentador de canais como Bandeirantes e SBT. Mesmo com todo esse carisma típico de um populista (principalmente ao usar um símbolo cômico como o "L" que seus vereadores e ele próprio simbolizam com os dedos), Fidélix amargou poucos votos por uma legenda inexpressiva pela cidade, enquanto candidatos como Marta e Kassab, pouco renovadores em propostas, ganharam por um maior reconhecimento já estabelecido. A campanha do candidato vem de uma proposta que ele criou desde sua entrada na política, em 1986 com a criação do Partido Liberal (PL), o famoso Aerotrem: um trem produzido pela Transrapid International & Co, empresa da qual Fidélix é representante, e que funciona por levitação magnética, valorizando sua velocidade média em relação a veículos como o metrô, que ainda usa trilhos. O propósito de criação desse veículo seria para ligar cidades como Campinas e São Paulo, sem custos de pedágio, exceto uma passagem (que deve, em tese, ser mais barata).





Anaí Caproni Pinto(29): Anaí tem, desde o berço, a influência sindical do pai, o metalúrgico Manoel Caproni, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) no ABC Paulista. Participando de movimentos como Voz Estudantil e grupos estudantis de tendência para a Causa Operária, ela participou da fundação e a legalização do Partido da Causa Operária (PCO), do qual ela já foi candidata a governadora. Pelas suas experiências e parcerias com setores proletários, sua candidatura, embora tenha conseguido poucos votos, não era apenas de esquerda, mas estava diretamente relacionada com o operariado industrial de São Paulo.





Edmilson Costa (21): "Pela governança comunista, vote 21" é a chamada da propaganda que traz a tona um conceito de ordem, de socialização e organização. Segundo Edmilson Costa, candidato a prefeito de São Paulo, em entrevista para Veja São Paulo em versão on-line, a cidade é desordenada e distanciada dos pobres, necessitando de uma revolução e um governo de esquerda que traga ordem e igualdade nos moldes leninistas e anti-privatizadores (para conferir com mais detalhes: http://vejasaopaulo.abril.com.br/red/blogs/eleicoes2008/2008/08/edmilson-costa.shtml). O político está no partido de esquerda mais antigo do Brasil, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) criado em Niterói, 1922. Dessa forma, tanto a candidatura quanto a propaganda partidária recupera seus membros históricos, como Luís Carlos Prestes e Vladimir Herzog (apesar de não ser, de longe, o membro mais politizado do grupo). A figura partidária e a de Edmilson se misturam, com propostas que relembram a revolução russa de 1917.

4 comentários:

Unknown disse...

Cara, morro de curiosidade pra saber o que o Edmilson ou mesmo a Anaí fariam se ganhasse. Construiram um muro e decretariam São Paulo um feudo comunista? Qualquer coisa assim?
Tem gnt que não tem a minima noção do que eh governar, impressionante

Nadiesda Dimambro disse...

O Edmilsom é um leninista, mas é a cara do Trotsky! UAHUAHAUHAUHAUAH
mas o jingle do PCB era super supimpa... "por uma cidade camaraaadaaaa"
:)

Pedro Zambarda disse...

Concordo demais, Naná!

Beijos!

Unknown disse...

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