sábado, 27 de setembro de 2008

Mais uma lenda que se vai...

Quando o mundo das artes estava começando a se recuperar da perda de Rick Wright, outra grande lenda nos deixa. Paul Newman, um dos maiores atores que o mundo já viu morreu na manhã deste sabádo. Newman, de 83 anos, sofria de câncer há algum tempo, apesar dele ou sua família nunca terem confirmado a doença oficialmente.

Vencedor do Oscar de melhor ator por "A cor do dinheiro", Newman era um dos últimos remanescentes da "era de ouro" de Hollywood. Início sua carreira com uma péssima interpretação, segundo ele próprio, em "Cálice Sagrado" de 1954. Mas foi interpretando o boxeador Rocky Graziano em "Marcado pela Sarjeta", de 1956, que chamou a atenção do público pela primeira vez. Era um dos maiores galãs da época, com um físico imponente e chamativos olhos azuis. Além do já citado Oscar, Newman concorreu outras nove vezes ao prêmio da academia, recebendo também um Oscar pelo conjunto de sua obra. Entre seus filmes mais marcantes está "Butch Cassidy", onde trabalha com seu parceiro em muitas outras obras, Robert Redford.

Mas Paul Newman tinha outra grande paixão em sua vida, paixão essa que para amigos e familiares superava o cinema: o automobilismo. Dono de uma equipe na Formula Indy americana, a Newman-Hass, Paul não era apenas um figurão, também competia. Começou com o hobby nos anos 70, com corridas de prototípos. Chegou a disputar a famosa 24 horas de Le Mans, onde foi segundo colocado e venceu as 24 horas de Daytona. Assim, não é de se estranhar que tenha se despedido do cinema interpretando justamente uma lenda das pistas, dando voz a um Hudson Hornett 1950 no animação "Carros", da Pixar. Seu último desejo foi realizando, morrendo em sua fazenda Westport, ao lado da família e longe do hospital que tanto odiava.

Adeus Paul, o mundo (assim como este colunista) sentirá sua falta.

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